Agência espacial comemora início da missão ExoMars 2016
Última vez que um foguete europeu foi à Marte já faz 13 anos
O presidente da agência espacial francesa CNES, Jean-Yves Le Gall, comemorou nesta segunda-feira o lançamento bem sucedido da sonda russo-europeia ExoMars 2016 rumo ao planeta vermelho, estimando que trata-se de uma missão "notável".
O foguete russo Proton transportou nesta segunda para o espaço a ExoMars 2016, composta por uma sonda capaz de detectar gases em nível de vestígios, chamada de TGO (Trace Gaz Orbiter). O foguete também transporta um módulo de testes de aterrissagem, batizado de Schiaparelli.
"Era uma missão muito perigosa. Não é todo dia que vamos a Marte. A última vez, para a Europa, foi há treze anos com a missão Mars Express", disse Le Gall à AFP após ter assistido ao lançamento a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
"Foi uma grande sorte termos participado desta missão memorável", afirmou. "O bom resultado de segunda garante o destino da ExoMars 2018", acrescentou.
O conselho da ESA irá discutir essa semana outra missão russo-europeia, ExoMars 2018, que enviará um veículo para que busque sinais de vida passada sobre Marte. A esperança é encontrar moléculas orgânicas que seriam testemunhas de uma vida passada em Marte.
A ExoMars 2018, que ainda não saiu do papel, pode ser atrasada em dois anos, segundo o diretor-geral da ESA, Jan Wörner.
"Acredito que se fizermos esforços, é possível que estejamos em forma para lançarmos em 2018", afirmou Le Gall. "Tudo indica que a data de 2018 é viável".
O orçamento das duas missões ExoMars, que é de 1,2 bilhão de euros em cerca de vinte anos (2002 a 2022) para a Europa, precisaria de uma expansão.
"Se lançarmos a ExoMars 2018 com dois anos de atraso, o prolongamento será ainda maior. É melhor lançar o quanto antes", disse Le Gall.