Caxumba volta a afetar pernambucanos
Vírus tem feito vítimas na Região Metropolitana do Recife
A Caxumba, conhecida popularmente como Papeira, tem voltado a afetar algumas pessoas da Região Metropolitana do Recife. Com característica marcante por ser uma doença incômoda e que o paciente apresenta dificuldades para ingerir alimentos, o vírus pode ser evitado desde a infância com a proteção através de vacina.
“Peguei Caxumba aos 26 anos porque não fui vacinada na infância e fui pega de surpresa. No entanto, em apenas uma semana já estava bem melhor. Só que é uma doença muito incômoda porque, além de não poder comer direito, tive que ficar isolada das pessoas pra evitar o contágio, assim como se afastar do trabalho, já que é isso acontece de maneira muito rápida e fácil”, conta a médica veterinária Carolina Sampaio. Além disso, a profissional acrescenta que o cuidado para que outras pessoas não adquiram a doença também, deve se dar, principalmente com as gestantes, afinal, é uma doença que pode aumentas as chances de abortos espontâneos.
A veterinária também frisa que, na mesma época em que esteve doente, outros amigos, da mesma faixa etária, também contraíram a doença e tiveram o ciclo encerrado no mesmo período. “Eu e outras pessoas também tiveram outras doenças depois que a Caxumba passou, como Faringite e Amigdalite porque a imunidade caiu, facilitando contrair outras doenças”, relatou.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a Caxumba não faz parte das doenças de notificação compulsória, mas recebem dados sobre surtos. Em 2015 não houve surto da doença no estado, no entanto, em 2016, já foram registrados dois em Olinda e um em Jaboatão dos Guararapes.
Segundo a Secretaria de Saúde do Recife (SESAU), a cidade não está em surto e, da mesma forma que a SES informou, não se trata de uma doença de notificação compulsória.
Sintomas e formas de prevenção
A Caxumba tem como principal sintoma o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, por conta disso, o rosto tende a inchar. A depender da gravidade da doença, pode causar miningite e surdez, mas não é letal. Já para os pacientes que passaram da puberdade, os cuidados e repouso devem ser redobrados, afinal, o inchaço e pode afetar testículos, no caso dos homens, e ovários, nas mulheres, podendo levar à esterilidade de ambos os sexos.
A forma mais eficaz de prevenção é através da vacinação. A Secretaria Estadual de Saúde alerta que a as crianças devem tomar a vacina Tríplice Viral (protege do Sarampo, Caxumba e Rubéola) aos 12 meses. Aos 15 meses, é feito o reforço com a Tetra Viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela).
Já para as crianças acima dos dois anos, a vacina deve ser tomada, em duas etapas e com intervalo de 30 dias. Os adultos entre 20 e 49 anos, que não foram imunizados na infância, devem procurar os postos de saúde para se prevenir.