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Doença viral aguda caracterizada por febre e aumento das glândulas salivares, a caxumba - ou popularmente chamada de papeira - se apresenta como surto em Pernambuco desde maio de 2016. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde foi totalizado, nesse último ano, 76 surtos – várias pessoas doentes em uma mesma localidade - que envolveram 836 casos. Os mais afetados foram os adolescentes e adultos jovens. 

Diante desse cenário, a SES aponta para a importância da vacinação como medida preventiva e informa sobre a obrigatoriedade de notificação dos casos para que o Estado tome as medidas para barrar o surgimento de novos casos. 

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Vacinação 

A imunização pode ser feita através da vacina tríplice viral – tem proteção também contra rubéola e sarampo. Segundo a SES, pelo calendário brasileiro de vacinação, ela deve ser aplicada nas crianças aos 12 meses. Um reforço deve ser feito aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

Já em crianças acima de dois anos que não foram vacinadas aos 12 meses e adultos entre 20 e 29 anos, não imunizados ou que não sabem se foram vacinados, a indicação é aplicar a tríplice viral em duas etapas, com intervalo de 30 dias entre elas. No caso dos adultos dos 30 aos 49 anos, não imunizados ou que não sabem se foram vacinados, devem procurar os postos de saúde para se prevenir com uma dose.

Entenda o que é a caxumba

É uma doença viral aguda caracterizada por febre e aumento das glândulas salivares. A SES informa que estes sintomas podem vir acompanhados de dores musculares, anorexia, dor de cabeça, mal-estar, dor à mastigação e dificuldade de deglutição (engolir). 

A forma de contágio se dá pelo contato com as secreções respiratórias (gotículas de saliva, espirro, tosse) com um indivíduo infectado, mesmo quando assintomático. Ela pode ser transmitida pelo indivíduo adoentado no período de uma semana antes e vai até nove dias após o aparecimento da inflamação nas glândulas salivares.

De acordo com o diretor geral de Controle de Doenças e Agravos da SES, George Dimech, “como a carga viral da doença é mais elevada nos dias que antecedem e logo após o início da doença, recomenda-se o isolamento social do doente com afastamento das atividades habituais por até cinco dias após o surgimento dos primeiros sintomas”.

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A Caxumba, conhecida popularmente como Papeira, tem voltado a afetar algumas pessoas da Região Metropolitana do Recife. Com característica marcante por ser uma doença incômoda e que o paciente apresenta dificuldades para ingerir alimentos, o vírus pode ser evitado desde a infância com a proteção através de vacina.

“Peguei Caxumba aos 26 anos porque não fui vacinada na infância e fui pega de surpresa. No entanto, em apenas uma semana já estava bem melhor. Só que é uma doença muito incômoda porque, além de não poder comer direito, tive que ficar isolada das pessoas pra evitar o contágio, assim como se afastar do trabalho, já que é isso acontece de maneira muito rápida e fácil”, conta a médica veterinária Carolina Sampaio. Além disso, a profissional acrescenta que o cuidado para que outras pessoas não adquiram a doença também, deve se dar, principalmente com as gestantes, afinal, é uma doença que pode aumentas as chances de abortos espontâneos. 

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A veterinária também frisa que, na mesma época em que esteve doente, outros amigos, da mesma faixa etária, também contraíram a doença e tiveram o ciclo encerrado no mesmo período. “Eu e outras pessoas também tiveram outras doenças depois que a Caxumba passou, como Faringite e Amigdalite porque a imunidade caiu, facilitando contrair outras doenças”, relatou. 

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a Caxumba não faz parte das doenças de notificação compulsória, mas recebem dados sobre surtos. Em 2015 não houve surto da doença no estado, no entanto, em 2016, já foram registrados dois em Olinda e um em Jaboatão dos Guararapes. 

Segundo a Secretaria de Saúde do Recife (SESAU), a cidade não está em surto e, da mesma forma que a SES informou, não se trata de uma doença de notificação compulsória.

Sintomas e formas de prevenção

A Caxumba tem como principal sintoma o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, por conta disso, o rosto tende a inchar. A depender da gravidade da doença, pode causar miningite e surdez, mas não é letal. Já para os pacientes que passaram da puberdade, os cuidados e repouso devem ser redobrados, afinal, o inchaço e pode afetar testículos, no caso dos homens, e ovários, nas mulheres, podendo levar à esterilidade de ambos os sexos. 

A forma mais eficaz de prevenção é através da vacinação. A Secretaria Estadual de Saúde alerta que a as crianças devem tomar a vacina Tríplice Viral (protege do Sarampo, Caxumba e Rubéola) aos 12 meses. Aos 15 meses, é feito o reforço com a Tetra Viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela). 

Já para as crianças acima dos dois anos, a vacina deve ser tomada, em duas etapas e com intervalo de 30 dias. Os adultos entre 20 e 49 anos, que não foram imunizados na infância, devem procurar os postos de saúde para se prevenir. 

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