Caso Mirella: 'O machismo bateu na porta dela'
Parentes e amigos da fisioterapeuta, morta em Boa Viagem, protestam no Fórum do Recife pedindo a prisão do acusado
Muitas pessoas, entre família, amigos e apoiadores, fazem um ato no Fórum Joana Bezerra, no Recife, pedindo justiça no caso do assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, de 28 anos. A mulher foi degolada em seu flat em Boa Viagem na quinta-feira.
Cartazes com os dizeres "somos todos Mirella" e "feminicio basta" foram colados na grade de entrada do fórum. Todos na expectativa da chegada do suspeito, Edvan Luiz, vizinho da vítima que é aguardado para audiência de custódia.
Alguns visivelmente emocionados, outros mais equilibrados preencheram as escadarias da entrada. Quando a primeira viatura do sistema penitenciário apareceu, muitos correram para o lado de fora. Começam a bater no carro, gritar justiça, vários começaram a chorar e abraçar alguém próximo. Alguns acompanharam o carro até o outro lado, onde o veículo entra. Não era Edvan Luiz.
Cada barulho de sirene deixava os manifestantes atentos. "Mirella era uma pessoa cheia de vida e foi brutalmente tirado isso dela", disse Solange cordeiro, tia da vitima. Os pais de Mirella não participam do ato. Vieram de Gravatá, foram ao enterro mais cedo, mas não tinham condições de participar do ato.
"Ela lutava contra o machismo e isso bateu na porta dela", comentou Clarice Compasso, amiga da fisioterapeuta. A família pretende fazer uma passeata no próximo domingo em Boa Viagem.