Diretor do Detran é proibido de dirigir após 26 multas

Das infrações cometidas por ele, segundo prontuário do próprio Detran-MG, 18 foram por excesso de velocidade

seg, 08/01/2018 - 10:52
Reprodução/EPTV Paulista de Guaratinguetá, Alves Júnior cometeu 26 infrações de trânsito, quase todas a bordo de sua caminhonete Dodge Journey Reprodução/EPTV

Envolvido em polêmica por somar 120 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o novo diretor do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), delegado César Augusto Monteiro Alves Júnior, teve o documento apreendido na tarde desta segunda-feira, 8. Entretanto, ele foi mantido no cargo após reunião no governo estadual.

Paulista de Guaratinguetá, Alves Júnior cometeu 26 infrações de trânsito, quase todas a bordo de sua caminhonete Dodge Journey. Dessas, 16 já constam como pagas nos cadastros do Detran, faltando dez para serem quitadas.

A decisão teve o aval do chefe da Polícia Civil de Minas, João Octacílio Silva Neto, ao qual está subordinado o Detran estadual. O novo diretor foi nomeado no mês passado e alega não ter sido notificado sobre as infrações de trânsito. No último sábado, 6, ele declarou ter aberto um processo administrativo contra ele mesmo para apurar essas multas.

A CNH de Alves Júnior já havia sido suspensa por 60 dias por passar de 50 pontos. Das infrações cometidas por ele, segundo prontuário do próprio Detran-MG, 18 foram por excesso de velocidade. Ele é formado em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) na capital paulista e ingressou na Polícia Civil de Minas em 1992 como delegado.

Penalidade

Em nota, o governo estadual informou que Alves Júnior, "como qualquer outro cidadão, tem que passar pelo processo de punição e reciclagem por ter ultrapassado o limite de pontos na CNH".

Já a Polícia Civil declarou que a permanência à frente do Detran se deve "ao histórico do delegado", que em 25 anos atuando como servidor da instituição mostrou "habilidade técnica, competência, compromisso e urbanidade no trato com o cidadão". Diz ainda que ele entregou voluntariamente a CNH "para dar início ao processo de suspensão".

A reportagem entrou em contato com o diretor do Detran-MG, mas ainda não obteve resposta.

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