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O vereador Leonardo Dias (PL-AL) enviou um ofício à prefeitura de Maceio (AL) pedindo a suspensão do cachê pago a Nando Reis após o cantor fazer críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um show na capital alagoana.

A assessoria do cantor disse ao Estadão que não há o que comentar sobre o assunto.

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No documento publicado em seu perfil no X (antigo Twitter), o vereador diz que o músico "manifestou sua opinião política de forma desproporcional e desonrosa" no momento em que afirmou ter "certeza que o Brasil só vai ter jeito na hora da prisão de Bolsonaro". A frase foi cantada no meio da música "Do seu lado".

O parlamentar também solicita que a Procuradoria-Geral do Município instaure um inquérito para averiguar se o contrato foi descumprido, por supostas violações de normas "referente à proteção a honra e da imagem, bem como inobservância de alguma cláusula prevista no contrato de prestação de serviço".

O caso ocorreu durante a apresentação do cantor no Festival Verão Massayó, neste domingo, 21, promovido pela prefeitura. Na rede oficial do evento no Instagram, a atitude dividiu opiniões. Alguns internautas defendem o cantor, dizendo que ele foi "grandão" e "deixou um recado e não errou em nada", enquanto outros afirmam que a atitude de sugerir que o ex-presidente seja preso foi "lacração".

Após a publicação no perfil do parlamentar, houve bate-boca entre ele e outra vereadora, Teca Nelma (PSD), que sugeriu que o vereador deve "procurar o que fazer". "Sua atuação se resume a bajular o inelegível. Se a punição por falar besteira fosse não receber, você não teria recebido um salário sequer."

Dias respondeu dizendo que a colega "vive de vitimização", é "mimizenta" e "intelectualmente desonesta". "Nunca propôs nenhuma matéria concreta em favor da cultura, vem bostejar a respeito de meu posicionamento quanto ao episódio do Nando Reis."

O vereador termina discussão com um GIF em que um boneco faz "mi mi mi".

Apesar de ter perdido na região Nordeste, em Maceió Bolsonaro obteve 273.549 votos nas eleições de 2022, o que corresponde a 57,18% dos votos válidos, sendo a única capital da região a dar maioria ao ex-presidente.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira, 17, que a Prefeitura da capital volte a fornecer o serviço de aborto legal realizado no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. A oferta do procedimento havia sido suspensa em dezembro pela prefeitura.

Na decisão, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre determinou ainda que o hospital faça uma busca ativa para que todas as pacientes que tiveram o procedimento cancelado sejam atendidas. O hospital, tido como referência e que oferece a realização do aborto legal há cerca de 30 anos, fica proibido de negar o agendamento do serviço para novas pacientes.

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Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo disse em nota que o serviço de aborto legal segue disponível às gestantes em outros quatro hospitais municipais "independentemente do período gestacional", e que o procedimento também é feito em hospitais estaduais (leia a íntegra da nota abaixo).

Já sobre a decisão do TJ-SP diz que, "ainda que o Município tenha mantido/disponibilizado o serviço e a realização do procedimento em outras unidades de saúde após a suspensão", o Hospital Vila Nova Cachoeirinha é o único da cidade de São Paulo que não impunha limite de idade gestacional.

O processo de interrupção da gravidez no Brasil é previsto na Constituição em três casos: caso haja risco de vida para a mulher, em caso de estupro e quando o feto é anencéfalo.

A decisão liminar respondeu a uma ação popular movida pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo deputado estadual Carlos Giannazi e pelo seu irmão, o vereador Celso Giannazi, todos do PSOL.

O juiz também dá a opção do serviço não ser reativado na unidade, com a condição de que a Prefeitura providencie que as novas pacientes e aquelas que tiveram o acesso negado sejam atendidas por outros hospitais. O reagendamento deve ser feito em no máximo dez dias.

Em ambas as opções, a Prefeitura de São Paulo deve se encarregar de procurar a paciente que teve o serviço negado pelo hospital. O juiz dá o prazo de cinco dias para a Prefeitura decidir qual das opções vai acatar.

"O aborto legal constitui, logicamente, um direito, e a criação de obstáculos para sua realização, além de simbolizar retrocesso, representa grave violação aos direitos e à dignidade da mulher", diz trecho da decisão.

Na última semana, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações sobre interrupção do atendimento hospital em questão. O órgão questionou o porquê de a unidade de saúde não oferecer o serviço desde dezembro, sendo que é especializado no atendimento de mulheres com mais de 22 semanas de gravidez.

Na ocasião, MPF também pediu informações aos hospitais municipais do Tatuapé, do Campo Limpo, do Jardim Sarah e Tide Setúbal, para averiguar se a oferta do procedimento está regular, independentemente da idade gestacional, conforme prevê a legislação.

Se não respeitar a decisão do TJ-SP, a administração municipal terá que pagar multa diária de R$ 50 mil. A prefeitura não respondeu se acatará a decisão, nem quais das opções propostas pelo juiz vai seguir, caso acate.

O que diz a Prefeitura

"O serviço de aborto legal segue disponível às gestantes no município de São Paulo, independentemente do período gestacional, conforme estabelece a legislação em quatro hospitais: Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), Hospital Municipal Tide Setúbal e Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni (Jardim Sarah). Lembrando que o procedimento também é feito em hospitais estaduais. A reorganização do Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha tem como objetivo realizar no local mutirões de cirurgia, como de endometriose e histerectomia, e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher a fim de atender à demanda necessária."

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, na quarta-feira (10), uma decisão liminar da ministra Carmen Lúcia que suspende dois concursos públicos da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). Os editais tinham o objetivo de contratar oficiais e praças, mas limitavam o ingresso de mulheres a apenas 20% das vagas disponíveis.

A decisão proíbe a divulgação dos resultados e a homologação dos concursos, que já estavam nas fases finais de publicação. Como é uma liminar, a determinação é temporária e a ministra já solicitou que a pauta seja incluída na primeira sessão plenária da Corte, para ser apreciada em fevereiro, após o recesso do Judiciário.

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Os editais previam que, para a vaga de soldado, com remuneração de R$ 6 mil mensais, as mulheres poderiam disputar apenas 100 vagas, enquanto os homens concorreram a 400. Já para oficiais, com salário de R$ 16,3 mil, elas concorreram a 10 vagas, enquanto eles a 40.

A decisão da ministra atendeu a um pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionava trechos da Lei Complementar estadual 587/2013, de Santa Catarina, que estabelecem um porcentual mínimo de vagas que deveriam ser reservadas para mulheres em concursos da PM e também dos Bombeiros Militares no Estado. Em sua decisão, Carmén Lúcia observou que, num primeiro momento, a medida pode ser interpretada como uma política de ação afirmativa, "direcionada a favorecer, a promover e a ampliar o acesso da população do sexo feminino em cargos públicos".

Entretanto, ela avalia que a norma também pode servir de respaldo para limitar as vagas aos 20% reservados para mulheres - como ocorreu nos dois concursos julgados - e garantir que elas sejam excluídas "da esmagadora maioria dos cargos ofertados".

Nos últimos meses, o Supremo suspendeu outros concursos de polícias militares pelo Brasil pelo mesmo motivo. Em novembro, o ministro Dias Toffoli suspendeu a aplicação de provas dos concursos públicos da Polícia Militar do Estado do Pará (PM-PA) por limitar a 20% as vagas destinadas a mulheres, totalizando 880 vagas para elas, enquanto 3.520 ficariam para os homens.

Apenas uma semana antes, o ministro Cristiano Zanin autorizou que o concurso da PM do Rio de Janeiro, que havia sido suspenso, pudesse prosseguir, mas que as cotas por gênero fossem retiradas. Edital previa apenas 10% das vagas para mulheres.

Em dezembro, Zanin também suspendeu novas convocações de candidatos aprovados nos concursos públicos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso pelo mesmo motivo. O ministro também havia suspendido um concurso da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por discriminação, e só liberou a retomada com a retirada da regra de gênero.

Com passagens por Barcelona e Arsenal, o ex-jogador holandês Marc Overmars sofreu uma suspensão em âmbito mundial nesta quarta-feira. O ex-meio-campista da seleção da Holanda foi punido por ter enviado mensagens de teor sexual a funcionárias do Ajax, clube onde atuou como diretor esportivo entre 2012 e 2022.

Overmars, de 50 anos, já havia sido punido internamente pela Federação de Futebol da Holanda, no ano passado. Nesta quarta, a entidade ampliou a suspensão para nível global pelo período de um ano. "Temos o dever de denunciar esta sanção ao comitê disciplinar da Fifa, que decidiu assumir a suspensão a partir de 16 de novembro de 2023", informou a federação.

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Em fevereiro de 2022, Overmars pediu demissão no Ajax e admitiu ter adotado "comportamento inadequado" no clube de Amsterdã. O ex-jogador enviou mensagens e fotografias de cunho sexual para diversas mulheres que trabalhavam no clube.

No ano passado, um tribunal independente suspendeu Overmars por dois anos de qualquer atividade ligada ao futebol. Em seguida, a federação holandesa pediu a Fifa que a punição ganhasse âmbito mundial. Isso porque o ex-jogador foi contratado ainda em 2022 para atuar como diretor técnico do time belga Royal Antuérpia.

O jogador, que ainda poderá apelar a Fifa contra a decisão, não se manifestou publicamente, assim como o clube belga, que pode vir a demitir o dirigente nos próximos dias.

Overmars foi considerado um dos melhores jogadores de sua geração. Na década de 90, brilhou com as camisas do Ajax e do Arsenal. No início dos anos 2000, reforçou o Barcelona. No currículo, ele tem títulos da Liga dos Campeões, do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra. Pela seleção holandesa, esteve nas Copas do Mundo de 1994 e 1998.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) suspendeu na noite desta quinta-feira, 4, a nomeação do advogado Filipe Mello, filho do governador Jorginho Mello (PL), para assumir a Casa Civil do Estado.

O mandado de segurança preventivo foi protocolado pelo PSOL-SC e aprovado pelo desembargador João Marcos Bush que concedeu a medida liminar. A decisão classificou a nomeação como de "dano grave, de difícil ou impossível reparação" e apontou "risco aos princípios da moralidade, impessoalidade e nepotismo" que envolvem a ação.

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Um dos argumentos citados ressalta a lei estadual nº 1.836/2008 que proíbe a nomeação de cônjuge, companheiro(a) ou parente, para cargos em comissão, confiança ou de função gratificada na administração pública de Santa Catarina.

"Não pode o chefe de Poder tratar a máquina pública como coisa privada e transformá-la em entidade familiar, compondo a equipe de governo com membros da sua família", discorreu o documento.

O desembargador também questiona a qualificação do advogado para o cargo e aponta mérito para decisão. "Cumpre questionar, entre os mais de cinco milhões de eleitores de Santa Catarina, existiria alguém mais qualificado que o filho do Governador?", indaga Bush.

O anúncio da nomeação de Filipe pelo governador foi feito na quarta-feira, 3, e substituiria Estêner Soratto da Silva Júnior (PL), que deve retomar as atividades como deputado estadual após próxima nomeação do governador. Além do filho, Jorginho Mello nomeou outros oito novos nomes para o seu governo.

Segundo currículo divulgado pelo governo de Santa Catarina, Filipe Melo foi secretário na administração estadual entre 2011 e 2016, durante a gestão de Raimundo Colombo (PSD). O advogado controlou as pastas de Planejamento, Assuntos Internacionais e Turismo, Cultura e Esporte. Ele também foi secretário na prefeitura de Florianópolis, de 2005 a 2006 e de 2017 a 2018.

O rodízio municipal de veículos na cidade de São Paulo ficará suspenso até esta sexta-feira (5) voltando a valer a partir da próxima segunda-feira (8). A suspensão ocorre desde 26 de dezembro de 2023, em razão das festas de fim de ano.

Neste período, no entanto, continua valendo normalmente o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF), segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

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Vela lembrar que a operação, quando está em vigor, restringe a circulação de veículos no Anel Viário da Cidade nos períodos da manhã, das 7 horas às 10 horas, e da tarde, das 17 horas às 20 horas.

"Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação prevista no Código de Trânsito Brasileiro implica infração de trânsito de nível médio, resultando em multa no valor de R$ 130,16 e acréscimo de quatro pontos no prontuário do motorista", acrescenta a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito.

O rodízio de carros em São Paulo foi criado em 1997 para limitar a quantidade de veículos nas vias da capital durante os horários de pico. A regulamentação municipal determina em quais dias e horários os carros e caminhões podem circular. A regra vale de acordo com o final da sua placa. Desta forma, a ideia é reduzir os congestionamentos.

Finais das placas em cada dia do rodízio

- Segunda-feira: placas de final 1 e 2;

- Terça-feira: placas de final 3 e 4;

- Quarta-feira: placas de final 5 e 6;

- Quinta-feira: placas de final 7 e 8;

- Sexta-feira: placas de finais 9 e 0.

Onde fica o centro expandido

A restrição da circulação é delimitada nas ruas e vias da cidade do chamado Centro Expandido. Ou seja, inclui bairros que circundam o centro histórico. É o caso de Liberdade, Consolação, Bom Retiro, Brás, Mooca, Lapa, Barra Funda e Vila Leopoldina. Bem como Pinheiros, Vila Mariana, Saúde, Ipiranga e Moema, por exemplo.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu, na segunda-feira, 1º, um alerta de tsunami importante para Ishikawa e alertas ou avisos de tsunami de nível inferior para o restante da costa oeste da ilha principal do Japão, Honshu, e também para a ilha do norte de Hokkaido. O alerta foi rebaixado algumas horas depois, e todos os alertas de tsunami foram suspensos até a manhã desta terça-feira, 2.

Os alertas ocorreram em meio a uma série de terremotos poderosos que atingiram o oeste do Japão e que deixaram pelo menos 48 pessoas mortas e milhares de edifícios, veículos e barcos danificados. Autoridades alertaram que mais terremotos podem ocorrer. Réplicas do abalo continuaram a abalar a província de Ishikawa e áreas próximas um dia após um tremor de magnitude 7,6 atingir a região na tarde de segunda.

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Foram confirmadas 48 mortes em Ishikawa, segundo autoridades. Outras 16 pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto os danos às casas eram tão grandes que não puderam ser avaliados imediatamente, disseram as autoridades. Relatos da mídia japonesa indicaram que dezenas de milhares de residências foram destruídas.

O porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, disse que 17 pessoas ficaram gravemente feridas e forneceu uma contagem ligeiramente menor de mortes, enquanto afirmava estar ciente da contagem da província. Áreas ainda estavam sem água, energia e serviço de celular, e os moradores expressaram tristeza por suas casas destruídas e futuros incertos.

Ondas com mais de um metro atingiram alguns lugares. Pessoas evacuadas de suas casas se reuniram em auditórios, escolas e centros comunitários. Os serviços de trens-bala na região foram interrompidos, mas grande parte foi restabelecido nesta terça-feira. Trechos de rodovias foram fechados. Meteorologistas previram chuva, gerando preocupações sobre edifícios e infraestrutura já desmoronados.

Vídeos mostraram fileiras de casas desabadas e virados. Navios meio submersos flutuavam em baías onde ondas do tsunami haviam avançado, deixando a costa enlameada.

"Não é apenas uma bagunça. A parede desabou, e você pode ver até o cômodo ao lado. Acho que não podemos mais viver aqui", disse Miki Kobayashi, moradora de Ishikawa, enquanto varria ao redor de sua casa. Ela também mencionou que a casa já tinha sido danificada em um terremoto de 2007.

Parte do cotidiano

Embora o número de vítimas continue a aumentar gradualmente, os alertas públicos rápidos, transmitidos por meio de mensagens e telefones, e a resposta rápida do público em geral e das autoridades parecem ter mantido pelo menos parte dos danos sob controle. Os esforços de resgate realizados rapidamente por bombeiros, policiais e militares são um testemunho de como esta nação suportou repetidamente desastres, que praticamente se tornaram parte do cotidiano.

Toshitaka Katada, professor da Universidade de Tóquio especializado em desastres, disse que as pessoas estavam preparadas porque a área havia sido atingida por terremotos nos últimos anos. Eles tinham planos de evacuação e suprimentos de emergência em estoque. "Provavelmente não há povo na Terra, exceto os japoneses, que esteja tão preparado para desastres", afirmou em uma entrevista por telefone à Associated Press.

Katada alertou que a situação ainda é precária e imprevisível. O terremoto e tsunami de março de 2011 no nordeste do Japão foram precedidos por outros terremotos. "Isso está longe de terminar", disse. Previsões de cientistas foram repetidamente refutadas, como no terremoto de 2016 em Kumamoto, no sudoeste, uma área anteriormente considerada relativamente livre de terremotos. A única projeção real possível é que não se pode fazer projeções, acrescentou Katada. "Ter muita confiança no poder da ciência é muito perigoso. Estamos lidando com a natureza".

Imagens aéreas da mídia japonesa mostraram danos generalizados nos locais mais atingidos, com deslizamentos de terra fechando estradas, barcos lançados nas águas e um grande incêndio que transformou uma parte inteira da cidade de Wajima em cinzas. O exército japonês enviou mil soldados para as zonas de desastre para se juntar aos esforços de resgate, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida. "Salvar vidas é nossa prioridade e estamos lutando contra o tempo", disse ele. "É crucial que as pessoas presas em suas casas sejam resgatadas imediatamente".

Um terremoto com uma magnitude preliminar de 5,6 sacudiu a área de Ishikawa enquanto ele falava. Mais terremotos continuaram a abalar a região, totalizando mais de 100 réplicas nas últimas 24 horas. Reguladores nucleares disseram que várias usinas nucleares na região estavam operando normalmente. O terremoto e tsunami de 2011 causaram o derretimento de três reatores e a liberação de grandes quantidades de radiação em uma usina nuclear no nordeste do Japão.

EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em um comunicado que sua administração está "pronta para fornecer qualquer assistência necessária ao povo japonês". O Japão é frequentemente atingido por terremotos devido à sua localização ao longo do "Anel de Fogo", um arco de vulcões e falhas na Bacia do Pacífico. Fonte: Associated Press.

Em outro despacho de forte repercussão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli cassou acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que havia suspendido o pagamento de quase R$ 1 bilhão em penduricalhos a juízes federais. A decisão foi tomada nesta terça-feira (19).

Com isso, magistrados que ingressaram na carreira na década de 1990, por exemplo, poderão embolsar até R$ 2 milhões cada, conforme revelou o Estadão em novembro do ano passado.

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A situação expôs um embate entre o TCU e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que referendou o pagamento do benefício. O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, acusou o tribunal de contas de se intrometer em tema do Conselho.

O pagamento retroativo do chamado Adicional por Tempo de Serviço (ATS) havia sido suspenso em abril pelo ministro do TCU Jorge Oliveira. Conhecido como quinquênio, o benefício permitia um aumento automático de 5% a cada cinco anos nos contracheques dos magistrados. O penduricalho estava extinto desde 2006, mas em novembro de 2022 o Conselho da Justiça Federal (CJF) o ressuscitou para os magistrados mais antigos. O CJF é um colegiado formado em parte por integrantes da própria Justiça Federal. Compõem o órgão ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e desembargadores federais.

Auditores do TCU preveem que o retorno do quinquênio causará um "dano irreversível" aos cofres públicos.

'Competência'

Os juízes federais não gostaram da decisão do Tribunal de Contas e a associação que representa a categoria, a Ajufe, entrou com um mandado de segurança no STF para restabelecer o benefício. Agora, Toffoli acatou o argumento dos magistrados.

O ministro do STF entende que o TCU não pode interferir na competência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que havia, inicialmente, referendado o penduricalho de R$ 1 bilhão. "Entendo que não compete ao Tribunal de Contas da União sobrepor-se, no caso específico, à competência constitucional atribuída ao Conselho Nacional de Justiça, adentrando no mérito do entendimento exarado por este último, sob pena de ofensa à independência e unicidade do Poder Judiciário", escreveu Toffoli.

É o mesmo argumento usado pelo ex-procurador-geral da República (PGR) Augusto Aras, que também saiu em defesa dos juízes federais. "O Tribunal de Contas da União não é o defensor universal do erário e do patrimônio público", assinalou Aras, em agosto.

Recurso

A Advocacia-Geral da União (AGU) deverá recorrer da decisão de Toffoli. Isso porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou, a ministros do Supremo e do TCU, descontentamento com a decisão do CNJ que liberou os penduricalhos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a interlocutores que não há esforço fiscal que aguente essa fábrica de benefícios do Judiciário, concedidos por vias administrativas. Associações da Justiça têm recorrido aos órgãos de controle para obter vantagens financeiras.

Em nota, o presidente da Ajufe, Nelson Alves, informou que a "importante decisão" de Toffoli restabeleceu o equilíbrio constitucional nesse caso específico, "assegurando a independência do Poder Judiciário, fortalecendo as competências do Conselho Nacional de Justiça, bem como do Conselho da Justiça Federal."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os moradores do Alto José Bonifácio, na Zona Norte do Recife, estão sem serviço de transporte público. Após um motorista de ônibus ser rendido e um veículo da linha 743 - Alto José Bonifácio/João de Barros ser incendiado nessa quarta-feira (13), a Rodoviária Caxangá informou que suspendeu “momentaneamente” o atendimento no Alto e que toda a demanda foi transferida para terminais próximos. Na noite da terça-feira (12), criminosos também tentaram chegaram a jogar gasolina contra um outro ônibus, mas não tiveram sucesso ao atear fogo. 

O episódio é investigado pela Polícia Civil. Há suspeita de que o incêndio tenha relação com uma represália do tráfico de drogas local, após a prisão de traficantes no bairro. O veículo foi atacado enquanto ainda estava no estacionamento e ninguém ficou ferido. 

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Em nota, a Caxangá informou que o veículo foi retirado de circulação e que será reposto por um outro da frota reserva da empresa. “A Caxangá reitera que estará à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações sobre os casos. A operação do terminal do Alto José Bonifácio foi momentaneamente transferida para os terminais mais próximos até que seja possível reestabelecer o serviço na área. A linha será recomposta com um veículo da frota reserva da empresa”, informou a rodoviária. 

Por enquanto, os moradores têm a opção de se dirigir aos terminais de Dois Unidos, Alto Santa Terezinha (Água Fria) e Xambá, ou outros terminais próximos. Ao todo, o desfalque é de duas linhas e 12 veículos que atendiam ao terminal do Alto de José Bonifácio. 

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Prova do concurso público do municípío de Guamaré, na Região Costa Branca do Rio Grande do Norte, foi suspenso no dia da aplicação, no último domingo (10). O cancelamento foi devido a um erro na impressão das folhas de resposta, que deveria conter 50 questões, mas, apresentava apenas 30. A suspensão foi comunicada pela banca organizadora do certame, a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (Funcern), aos candidatos nos locais de provas. O certame conta com mais de 13 mil inscritos. 

Por meio de nota, a Funcern lamentou o ocorrido e informou que vai provienciar, junto com a prefeitura de Guamaré, a retificação do edital "com novo cronograma para aplicação das provas o mais breve possível". Além diso, a banca salientou o compromisso com "a lisura, a transparência e a retidão ons certames (...) Informamos ainda que a própria Funcern dará conhecimento do ocorrido ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte".

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 Confira a nota na íntegra:

O que diz a prefeitura de Guamaré

Por  meio das redes sociais, a Prefeitura de Guamaré falou sobre a suspensão do concurso. Na nota, publicada na último domingo (10). No texto, a gestão afirmou que foi surpreendida, "uma vez que, a banca contratada, após regular procedimento, a Funcern, tem, experiência comprovada na elaboração e aplicação de provas voltadas aos concursos públicos". 

Em outro trecho do comunicado, a prefeitura diz que foi instaurado um "procedimento administrativo com objetivo de paurar as responsabilidades da Funcern, principalmente, para a reparação dos dados aos inscritos e aos cofres público". Veja a publicação: 

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Depois de anunciar uma greve nesta sexta-feira, 1º, motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo recuaram e decidiram suspender a paralisação. A razão do impasse é uma disputa pela presidência do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores dos Ônibus de São Paulo (SindMotoristas).

A categoria decidiu cancelar a paralisação depois que a Prefeitura de São Paulo protocolou no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região um mandado de segurança cível contra a entidade na tarde desta quinta-feira, 30. Na ação, o poder municipal requer a garantia do funcionamento da frota de ônibus, sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia de paralisação.

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Não houve uma assembleia formal para definir a greve, que foi convocada pelo candidato Edvaldo Santiago, vencedor das eleições pela chapa 4. O diretor Nailton Francisco de Souza, representante da chapa vencedora, afirma que uma audiência está marcada para a manhã desta sexta-feira com o Tribunal Regional do Trabalho para discutir a questão.

A paralisação foi cogitada como um protesto contra o cancelamento do resultado das eleições da entidade pela Justiça do Trabalho. Após a eleição, a Justiça atendeu pedido da chapa 1 (Manoel Portela) e suspendeu as eleições, determinando novo pleito com urnas eletrônicas.

A chapa 4, que assumiria a direção nesta sexta-feira, afirma ter entrado com recurso - que não foi julgado pelo TRT - e defende que a eleição foi legítima. Segunda essa corrente, a decisão judicial fere o estatuto do sindicato.

As outras chapas e a diretoria do sindicato afirmam que o chamamento da greve não representava toda a categoria dos motoristas de ônibus. "O Sindimotoristas, através do seu presidente, cujo mandato foi prorrogado (...) informa a população em geral e as autoridades competentes que não convocou a realização de greve / protesto. A paralisação está sendo convocada pela extinta comissão eleitoral e pelo encabeçador da Chapa 4, que concorreu na eleição do sindicato, eleição esta que teve seus efeitos suspensos pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região", diz nota da entidade. "Essas pessoas buscam coagir o Poder Judiciário para validarem de qualquer maneira uma eleição viciada e fraudulenta."

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) informa que desconhece os motivos para a paralisação de motoristas dos ônibus urbanos. "E, se o motivo é briga interna sindical e questões judiciais, o que a população usuária e as empresas têm a ver com esses problemas, para serem prejudicadas, tanto na operação como na mobilidade?", questiona, em nota.

Essa seria a segunda greve na cidade de São Paulo na mesma semana. No dia 28, terça-feira, metroviários e ferroviários, além de trabalhadores da saúde e educação, pararam as atividades em protesto contra os planos de privatização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A greve, chamada pelo governador de "deboche" e movimento "político", afetou praticamente todas as linhas de transporte sobre trilhos. A paralisação durou 24 horas.

Votação já causou transtornos

A eleição do sindicato dos motoristas já havia trazido transtornos para a cidade. No dia 21 de novembro, trabalhadores fecharam nove terminais de ônibus na véspera do encerramento da votação, sem qualquer aviso prévio. Longas filas de ônibus se formaram no corredor na avenida Santo Amaro, uma das vias mais importantes para a mobilidade na zona sul de São Paulo. Ao menos 530 mil passageiros e 368 linhas de ônibus foram afetados.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, decidiu suspender a portaria que restringia o trabalho aos domingos e feriados. A medida exigia que as empresas do comércio conseguissem autorização prévia por meio de convenção coletiva e aprovassem uma legislação municipal para operar aos domingos e feriados.

Para Marinho, houve muita desinformação em relação à portaria, cujo objetivo era apenas discutir o funcionamento do comércio aos domingos. "O intuito é valorizar o espírito da negociação coletiva, de dizer que o funcionamento aos domingos tem de ser negociado."

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Segundo ele, um grupo será formado para discutir e refazer o texto da portaria, que voltará a valer a partir de março do ano que vem. Até lá, vale a portaria de 2021, que facilitava o funcionamento de comércios aos domingos em feriados e que dispensava convenção coletiva ou lei municipal para permitir o trabalho nesses dias.

O recuo de Marinho ocorreu após forte reação de empresários representados pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços. Mais cedo, antes da coletiva do ministro, o presidente da frente, deputado Domingos Sávio (PL-MG), deu um ultimato ao governo: "Vota hoje. Se não revogar, a nossa disposição é votar hoje", afirmou o parlamentar, referindo-se ao projeto de decreto legislativo (PDL) que derruba os efeitos da portaria.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu a aplicação de provas dos concursos públicos da Polícia Militar do Estado do Pará (PM-PA). Isso porque o concurso limitava a 20% as vagas destinadas a mulheres, totalizando 880 vagas para elas, enquanto 3.520 ficariam para os homens.

O ministro observou que o edital do concurso viola o princípio constitucional da isonomia, ou seja, a regra de que todos são iguais perante a lei, destacando que a Constituição Federal proíbe a diferenciação de sexo como critério de admissão nas relações de trabalho.

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Segundo o ministro, não havia nenhum dado ou informação que justificasse a diferença de aptidão entre os sexos para exercer as funções policiais, e, portanto, não há qualquer justificativa racional para a discriminação.

A decisão é uma resposta a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7486, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) questionando o dispositivo da Lei estadual 6.626/2004, que autoriza a distinção de sexo conforme necessidade da administração da PM. A porcentagem fixada nos concursos da corporação eram respaldados pela lei. Com a decisão, o ministro suspende os efeitos desse dispositivo legal.

Na última semana, houve outra decisão do STF envolvendo concursos da Polícia Militar que limitava a participação feminina. O ministro Cristiano Zanin autorizou que o concurso da PM do Rio de Janeiro que havia sido suspenso pudesse prosseguir, mas que as cotas por gênero fossem retiradas. Edital previa apenas 10% das vagas para mulheres.

As provas para oficiais e para praças, estavam marcadas para os dias 10 e 17 de dezembro. A decisão será submetida ao voto do Plenário do Supremo. Por enquanto, a continuidade do concurso fica suspensa até a decisão final da ação ou com a publicação de um novo edital, que garanta às mulheres o direito a concorrer a totalidade das vagas.

Policiais federais fizeram ato público e suspenderam as atividades, nesta quinta, 16, na capital paulista e em unidades do interior e litoral do estado em 'defesa da reestruturação das carreiras policial e administrativa e melhorias salariais'. Em São Paulo, os manifestantes se concentraram em frente à sede da Superintendência da PF, na Lapa de Baixo.

Cerca de 200 policiais, entre delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos, além de servidores administrativos, participaram do ato.

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Em outros Estados, os federais também fizeram manifestações contra o que chamam de 'desrespeito' do governo nas negociações com a classe. "A falta de avanço nas negociações da instituição com o governo, que chegou a chancelar uma proposta, que contemplaria as carreiras policial e administrativa da Polícia Federal, motivou a nova mobilização da categoria", informou o Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo.

Uma primeira manifestação já havia sido realizada em 26 de outubro. O ato desta quinta, 16, Dia do Policial Federal, recebeu grande adesão em todo o País. Susanna do Val Moore, presidente do Sindicato, destacou que 'diversos cargos da esfera federal passaram por reestruturação nos últimos 20 anos, o que não aconteceu, ainda, com a Polícia Federal'.

Segundo ela, a instituição 'corre o risco de ficar defasada, inclusive para combater o crime com a eficiência que a tornou referência em todo o País'.

"Não podemos ficar para trás, pois é a sociedade que também perde.", alertou Susanna. "Por enquanto, só temos promessas por parte de governos, e nunca cumpridas. Peço que todos nos mantenhamos unidos nesta pauta", convocou.

A delegada Tânia Prado - presidente da Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal -, ressaltou a importância da mobilização em um dia simbólico da corporação. "Hoje é o Dia do Policial Federal. Mais um ano que passamos sem ter motivos para comemorar. Não temos alternativa para cobrar a promessa de reestruturação por parte do Ministério da Justiça, senão esta mobilização", anotou Tânia Prado.

Carlos Sobrinho, representante regional do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF, pregou união da categoria, em suas mais diversas funções. "Os servidores administrativos têm de estar unidos às demais categorias, para que haja a valorização de todos, de forma a tornar a Polícia Federal mais eficiente para servir à sociedade."

Em frente à Superintendência, Ricardo Saad, da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, declarou que as reivindicações, também por melhores salários, 'vão além dos muros da instituição'.

"O cidadão está acostumado a ver a Polícia Federal todos os dias nas ruas e quer continuar tendo este orgulho", observou Saad. "Esta é uma pauta do Estado e os governantes precisam saber e entender isso. Sabemos que há uma construção em jogo, mas não podemos ser ignorados."

O Comitê Olímpico Russo recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra a suspensão imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no mês passado, por ter incorporado conselhos esportivos ucranianos. O tribunal divulgou nesta segunda-feira que registrou o recurso, mas não definiu prazo para um veredicto.

A disputa jurídica não deverá afetar os atletas russos que se classificarem para os Jogos Olímpicos de Paris no próximo ano. O COI já havia anunciado que os esportistas do país poderiam competir na França, desde que recebam convite direto das federações de cada modalidade, em um processo que não passa pelo comitê russo.

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A última rusga entre a Rússia e o COI foi provocada pela incorporação, pelo organismo russo, dos conselhos desportivos de quatro regiões da Ucrânia. Ao anunciar a sanção, o COI afirmou que a ação "constitui uma transgressão da Carta Olímpica porque viola a integridade territorial do Comitê Olímpico da Ucrânia".

A Rússia fez um movimento semelhante em 2016 para incorporar conselhos desportivos na região da Crimeia, que tinha sido anexada pelo país dois anos antes. Naquela ocasião, o COI não anunciou nenhuma suspensão. Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, os atletas russos não puderam competir em nome do país nem exibir seus símbolos nacionais, como hino e bandeira, mas a sanção foi uma resposta ao histórico de uso de substâncias proibidas. Por anos, a Rússia operou um programa de doping patrocinado pelo Estado.

A Corte Arbitral do Esporte divulgou que o apelo russo pede que o comitê olímpico do país seja reintegrado "beneficiando-se de todos os direitos e prerrogativas concedidos pela Carta Olímpica". Com a punição, o comitê russo perde o direito de uma parte dos direitos de transmissão da Olimpíada e patrocínio, o que equivale a milhões de dólares no ciclo olímpico de quatro anos. Autoridades russas trabalham juridicamente ter acesso aos recursos que não estão sendo pagos devido às sanções econômicas provocadas pela guerra na Ucrânia.

A Rússia é uma potência olímpica. Nos Jogos de Tóquio, os atletas russos terminaram na quinta colocação no quadro de medalhas, com 20 ouros, 28 pratas e 23 de bronze. O Brasil ficou em 12º lugar, com 7 medalhas de ouro, 6 de prata e 8 de bronze.

O Egito suspendeu ontem as saídas de estrangeiros e palestinos feridos da Faixa de Gaza. A decisão foi tomada após Israel bombardear um comboio de ambulâncias no sábado, matando 15 e deixando 60 feridos. O Exército israelense admitiu o ataque, mas garantiu que os veículos eram utilizados por terroristas do Hamas.

Com isso, ontem não houve lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza e o Brasil ainda aguarda a repatriação de 34 pessoas presas no enclave - 24 são brasileiros, 7 são palestinos em processo de imigração e 3 são parentes.

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Desde que o Egito reabriu a fronteira, no dia 1.º, 599 estrangeiros foram autorizados a sair, a maioria americanos e nenhum brasileiro. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, acredita que o grupo possa sair a partir de quarta-feira, mas já admite atraso no cronograma.

Ontem, aviões israelenses atacaram o campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. Autoridades locais disseram que 47 pessoas morreram. O novo bombardeio ocorreu diante do apelo de alguns países, inclusive dos EUA, para uma pausa humanitária no território.

Reféns

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, no entanto, voltou a rejeitar ontem qualquer cessar-fogo sem que o Hamas liberte os cerca de 240 reféns que estão no cativeiro em Gaza.

O Ministério da Saúde do território palestino informou ontem que o número de mortos nos ataques israelenses ultrapassou 9,7 mil, dos quais 4 mil seriam crianças.

Além da pressão externa, Netanyahu começa a sentir também o peso da insatisfação de parte da sociedade israelense. Nos últimos dias, manifestantes se juntaram a um protestos diante da casa do premiê, em Jerusalém, pedindo sua renúncia.

Sob pressão, Netanyahu pediu uma investigação para determinar se os protestos pró-democracia influenciaram os ataques do Hamas, no dia 7 de outubro. Durante as manifestações contra a reforma do Judiciária, proposta pelo premiê, muitos reservistas e pilotos anunciaram que não serviriam mais o Exército.

Divisão interna

As declarações de Netanyahu deixaram irritado o general reformado Benny Gantz, rival do premiê que aceitou integrar um governo de união após os ataques. Ontem, ele disse que a mobilização da sociedade israelense foi total. "Fugir à responsabilidade e caluniar em tempos de guerra é um insulto ao Estado. O primeiro-ministro deveria se retratar de forma clara e inequívoca", disse Gantz, na primeira divergência pública entre os dois após a formação da aliança.

Diplomacia

O New York Times informou ontem, citando seis diplomatas de alto escalão de vários países, que Israel vem tentando discretamente obter apoio internacional para a transferir centenas de milhares de civis de Gaza para o Egito. Segundo o governo israelense, seria uma ato "humanitário" para poupar os palestinos da guerra.

A ideia tem sido rejeitada pela maioria dos governos - incluindo os EUA - em razão do risco de o deslocamento em massa se tornar permanente. Diplomatas temem que o fluxo de refugiados possa desestabilizar o Egito.

Além disso, líderes palestinos acusam Israel de usar a guerra contra o Hamas para expulsar definitivamente 2 milhões de civis de Gaza, assim como os israelenses fizeram com 700 mil palestinos durante a criação de Israel, em 1948. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ordenou o cancelamento de todos os atos da Mesa Diretora da última quarta-feira (1º) o que suspendeu a publicação dos nomes indicados pelo Palácio do Planalto para assumir vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e em embaixadas.

Procurado, Pacheco não comentou.

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A decisão de Pacheco impactou as indicações de Daniela Teixeira ao STJ, de Rodrigo Gabsch à embaixada do Kuwait e de Carlos Luiz Dantas Perez à embaixada da República Dominicana. As informações são do Jornal Nacional.

A suspensão foi ordenada pelo presidente do Senado sob suspeitas de favorecimento de Daniela Teixeira. A mesa diretora do Senado havia enviado apenas o nome da advogada para ser publicado no Diário Oficial da União (DOU), o que a beneficiaria ao assumir o cargo de ministra do STJ.

Por ser nomeada antes, ela teria o "critério de antiguidade", o que a garantiria preferência ao escolher as turmas do STJ e em uma eventual indicação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O caso agora está sob investigação, pois Pacheco assinou ao mesmo tempo o despacho autorizando a publicação no DOU de todos os três indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STJ: Daniela Teixeira, Afrânio Vilela e Teodoro Santos.

A hipótese até o momento é de que tenha ocorrido um erro no sistema do Senado, mas, de acordo com o G1, também há a possibilidade de aliados de Daniela terem articulado a antecipação para beneficiá-la. A expectativa é que Pacheco envie novamente todos as indicações na próxima segunda-feira, 6.

Pacheco avisou a Casa Civil da Presidência que houve um "erro de origem". A partir da informação, o governo Lula anulou a publicação da edição extra do DOU que contaria com a nomeação de Daniela.

A Procuradoria da República em São Paulo entrou com uma ação na Justiça Federal para tentar suspender o concurso da Marinha, concluído no ano passado, e revisar todas as convocações feitas desde então. O argumento é que houve descumprimento da lei de cotas, que prevê a reserva de 20% das vagas para candidatos pretos e pardos. O edital previu a abertura de 140 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior.

A ação civil pública afirma que candidatos negros aprovados com nota suficiente para serem convocados pela ampla concorrência estão sendo chamados nas vagas reservadas. O Ministério Público argumenta que, na prática, o método burla o percentual previsto na lei e, ao invés de promover a participação de pretos e pardos, restringe a entrada dos cotistas. "A lei de cotas é literal, não havendo como conferir diferente interpretação", diz o processo.

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O MP defende que os cotistas concorram, concomitantemente, a vagas reservadas e de ampla concorrência. Desse modo, se o candidato preto ou pardo for aprovado pela lista geral, sua vaga é liberada para ser preenchida pelo próximo cotista. A regra está prevista no edital, mas segundo o processo não estaria sendo aplicada nas convocações.

O concurso foi organizado pela Amazônia Azul Tecnologias de Defesa, a Amazul, empresa pública vinculada ao Comando da Marinha. A Procuradoria da República chegou a se reunir com dirigentes da empresa para tentar resolver o assunto extrajudicialmente, mas as negociações não andaram.

"A Amazul recusa-se à aplicação correta da política de cotas para pretos e pardos nos processos seletivos para ingresso em seus quadros, descumprindo, assim, com o seu dever de reparação e de justiça social para com as minorias étnicas", afirma a procuradora da República Ana Letícia Absy, que assina a ação.

O meio-campista do Newcastle, Sandro Tonali, foi suspenso por dez meses pela Federação Italiana de Futebol (FIGC, sigla em italiano), nesta quinta-feira (26), por apostar em times em que jogou - o que o excluiu do resto da temporada do Campeonato Inglês, bem como de competir pela Itália na Eurocopa do próximo ano.

Tonali, de 23 anos, que se tornou o segundo jogador suspenso pelo esquema de apostas, concordou com um acordo judicial com a federação que incluía terapia para o vício do jogo.

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O agente de Tonali, Giuseppe Riso, reconheceu recentemente que seu cliente tem problemas com jogos de azar e que Tonali disse aos promotores que apostou no Milan e no Brescia quando jogou nesses clubes.

A FIGC agiu após uma investigação dos promotores de Turim sobre jogadores de futebol que usavam sites ilegais para apostar em jogos.

A suspensão de Tonali significa que ele não poderá retornar a tempo para a Euro 2024, que acontece de 14 de junho a 14 de julho. A atual campeã Itália ainda não se classificou.

A cooperação de Tonali com as autoridades permitiu que a punição mínima de três anos para jogadores que apostam em jogos de futebol fosse bastante reduzida.

O presidente da FIGC, Gabriele Gravina, disse que Tonali foi suspenso por 18 meses, mas que oito desses meses foram comutáveis por meio de tratamento para o vício do jogo e fazendo pelo menos 16 aparições públicas em centros para jovens jogadores de futebol e associações para viciados em recuperação.

"Não podemos apenas pensar em punir os meninos e não ajudá-los a se recuperar", disse Gravina. "Acho que vale muito mais, do que um mês de suspensão, oito meses dando palestras sobre o que passaram, de forma honesta e com o comportamento correto."

Na semana passada, o meio-campista da Juventus, Nicolò Fagioli, foi suspenso por sete meses depois de concordar com um acordo judicial com a federação que também estipula que ele se submeta a terapia para o vício do jogo.

Ao contrário de Fagioli, Tonali admitiu que apostou nos jogos do Milan quando jogou na equipe, mas sempre na vitória do time de Milão, por isso não houve sugestão de manipulação de resultados.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta segunda-feira (23), suspender o concurso público para a Polícia Militar do Rio de Janeiro. A decisão do ministro foi motivada por uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a reserva de 10% de vagas para mulheres no certame, cujas provas foram aplicadas em agosto.

Com a decisão, fica suspenso o curso de formação de soldados aprovados na primeira fase do concurso, a aplicação de nova prova objetiva e a divulgação de qualquer resultado até decisão final do Supremo.

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No entendimento do ministro, as mulheres devem concorrer entre a totalidade das vagas disponíveis. “O percentual de 10% reservado às candidatas do sexo feminino parece afrontar os ditames constitucionais quanto à igualdade de gênero”, decidiu Zanin.

Em agosto, governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou que decidiu anular a prova objetiva do concurso diante das denúncias de fraudes. As novas provas estavam previstas para o próximo mês.

A discussão sobre a limitação da participação de mulheres em concursos militares começou após Cristiano Zanin suspender, no mês passado, o concurso da Polícia Militar do Distrito Federal. A medida foi tomada após o PT acionar a Corte para contestar uma lei local que fixou limite de 10% de participação de mulheres no efetivo da corporação.

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