O Brasil se destacou no 8º Fórum Mundial da Água com as iniciativas da Agência Nacional de Águas (ANA) e pela legislação sobre recursos hídricos. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, ocorrida nesta sexta-feira (8), o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, ressaltou que as normas brasileiras auxiliaram a organização hídrica de outros países, como a África do Sul.

“Nossa legislação reconhece bacia hidrográfica como unidade de planejamento e incentiva a gestão participativa por meio de comitês”, acrescentou Braga, que também é secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do estado de São Paulo. o presidente do Conselho ainda afirmou que, na questão hídrica, dois pontos precisam ser destacados: disponibilidade e gestão de demanda. “Precisamos de uma demanda mais racional e eficiente e temos que incentivar as pessoas a reduzir o uso da água e evitar o desperdício para sermos eficientes, seja no âmbito doméstico, seja de irrigação. Além disso, temos que aumentar a capacidade de preservação de água”, disse.

Braga alertou que, nos meses de maior volume de chuva, a água tem que ser armazenada de forma correta para ser usada posteriormente e evitar perdas no abastecimento. “Hoje perdemos 30%, 40% e, em alguns lugares, 50% de água com vazamentos, acessos ilegais e furtos. Isso tem que ser combatido para diminuirmos a necessidade de infraestrutura”, afirmou.