Fiesp aposenta o Pato e lança sapo inflável contra juros
"O Sapo inicia hoje sua carreira, seu trabalho, sua missão", afirmou Paulo Skaf
"Chega de Engolir Sapo" é o nome da campanha lançada nesta terça-feira (13) durante reunião entre o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, e líderes da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura que representam milhares de empresas e milhões de empregos. A ideia é combater "os juros mais altos do mundo", cobrados dos consumidores brasileiros.
Skaf destacou a importância do dia e lembrou a semelhança com o início, em setembro de 2015, da campanha Não Vou Pagar o Pato, que virou símbolo do polêmico impeachment de Dilma. "O Sapo inicia hoje sua carreira, seu trabalho, sua missão", afirmou. "Quanto ao Pato, está recolhido, disse, mas pronto para sair às ruas caso haja qualquer ameaça de aumento de impostos". completou.
O alvo da campanha está nos juros cobrados pelos bancos de consumidores. "O foco é no que as pessoas, o povo, estão pagando", disse Skaf, que mostrou a diferença entre o que paga uma aplicação financeira básica, a caderneta de poupança, e o que é cobrado pelo cheque especial. "A pessoa que tivesse depositado dez anos atrás R$ 100 na caderneta teria hoje R$ 198,03, enquanto uma dívida de R$ 100 também contraída dez anos atrás representaria hoje mais de quatro milhões de reais".
As ações iniciais da campanha, no dia de seu lançamento, incluíram anúncios em jornais, assinados pela Fiesp e pelo Ciesp, a distribuição de folhetos explicativos nas portas de bancos na avenida Paulista por 150 pessoas vestidas como sapos e a divulgação no Facebook. Sapos gigantes foram posicionados na entrada do prédio da Fiesp.
"Não dá para aceitar que as coisas continuem assim", disse Skaf. "Juros altos diminuem o investimento das empresas, afastam as famílias de seus sonhos e emperram o crescimento do país. O crédito a preço justo é uma demanda inadiável. Chega de engolir sapo. Diga não aos juros mais altos do mundo", finalizou.