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Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nessa quarta-feira (1º), novo corte de 0,5 ponto porcentual para a Selic, que passou de 12,75% para 12,25%, no momento em que o governo discute a revisão da meta de déficit zero para as contas públicas em 2024. Foi o terceiro corte consecutivo.

Em comunicado divulgado após a reunião, o colegiado repetiu a defesa da "firme persecução" das "metas fiscais já estabelecidas" para a redução das expectativas de inflação. "Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", diz o texto.

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Como o Estadão informou, o valor da nova meta fiscal vai depender de uma definição mais clara de quanto o governo conseguirá obter de aumento de receitas com as medidas já apresentadas ao Congresso. Para atingir a atual meta, a equipe econômica teria de buscar R$ 168,5 bilhões em receitas extras.

O BC afirmou que o novo corte da taxa básica de juros foi "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025".

O Copom indicou ainda que, mantidas as condições atuais, a Selic poderá ser reduzida "na mesma magnitude" (em 0,5 ponto) nas próximas reuniões. O colegiado volta a se reunir no início de dezembro. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", diz o comunicado do Copom.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os juros elevados, que encarecem o crédito e desmotivam investimentos, derrubaram o desempenho dos setores industriais mais tecnológicos no segundo trimestre deste ano. Apenas a indústria de média-baixa tecnologia, que inclui ramos da extrativa, registrou aumento de produção no País no período, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

"Aqueles setores que dependem muito de financiamento continuam muito restringidos, e eles estão super-representados na indústria de alta e média-alta tecnologia", explicou Rafael Cagnin, economista responsável pelo estudo do Iedi.

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O levantamento do Iedi separa os ramos industriais em quatro faixas de intensidade tecnológica, seguindo uma metodologia difundida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): alta, média-alta, média e média-baixa.

A produção da indústria de alta tecnologia recuou 1,7% no segundo trimestre de 2023, ante o segundo trimestre de 2022, com destaque para as perdas no complexo eletrônico, especialmente a menor fabricação de equipamentos de rádio, TV e comunicação.

Já a média-alta registrou um tombo de 7,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, segunda queda consecutiva, impactada pelos bens de capital mecânicos e elétricos e produtos químicos, apontou o Iedi.

"O quadro de juros é bastante elevado, os juros básicos, mas também os juros finais. Nesse período de relativo endividamento, também as garantias e contrapartidas finais (para concessão de crédito) tendem a ser mais rígidas. Em 2023, ainda teve o problema da crise das Americanas, que aumentou o spread dos mercados de capital e piorou as condições de financiamento das empresas", disse Cagnin.

VALOR

Esses segmentos industriais mais tecnológicos são importantes não apenas pela geração de valor de seus produtos, mas também por replicar seus ganhos na economia, movimentando o restante da cadeia produtiva, e por ofertar empregos de maior qualidade no mercado de trabalho, mais qualificados, e, consequentemente, mais bem remunerados e formais, disse Cagnin.

"Têm efeitos multiplicadores maiores. O exemplo mais indiscutível é a indústria automobilística, de média-alta tecnologia, que esparrama muito o crescimento, porque congrega uma diversidade muito grande de serviços e de componentes e insumos industriais, que vai da siderurgia, borracha, plástico, tecido, eventualmente couro, cada vez mais eletrônicos embarcados."

A produção dos setores de média intensidade tecnológica caiu 1,8% no segundo trimestre de 2023, completando sete trimestres seguidos de perdas. A última vez que houve expansão foi há dois anos, no terceiro trimestre de 2021, quando subiu 6,6%.

O que salvou a indústria de um desempenho ainda pior no segundo trimestre foram os avanços de produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,9%) e derivados de petróleo (4,9%), na faixa de média-baixa tecnologia, que cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2023, ante o segundo trimestre de 2022.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reunião de análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que havia começado às 10h09, terminou às 11h18 desta quarta-feira, 20. Nessa primeira fase da reunião do Copom, que começou na terça-feira, 19, o colegiado revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic.

Nesta quarta à tarde ainda ocorre a segunda parte do encontro do Copom, na qual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da instituição definem o nível da Selic, que será anunciado a partir de 18h30, já no período da noite.

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Após o início do afrouxamento monetário, em agosto, os juros básicos da economia brasileira estão em 13,25% ao ano, de 13,75% antes.

É unânime no mercado financeiro a aposta em nova redução de 0,50 ponto porcentual, para 12,75% ao ano, conforme amplamente sinalizado pelo Banco Central.

Em agosto, o Copom afirmou que seus membros, unanimemente, anteviam redução da mesma magnitude nas reuniões seguintes. Desde lá, em participações em eventos públicos, os diretores do BC têm repetido que a "barra" é alta para acelerar o passo.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai manter o ritmo de cortes da taxa Selic na reunião da semana que vem, com mais uma redução de 0,50 ponto porcentual (para 12,75% ao ano), e vai sinalizar a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário. "Mais do que reduzir meio ponto, indicando que vai [continuar a] cair. Isso é fundamental", afirmou, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews.

Alckmin criticou o Banco Central por ter mantido a taxa Selic em 13,75% ao ano durante um ano.

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"Em 2020, a inflação era, que nem hoje, 4%, e os juros eram 2%. Era negativo 2%. E o problema não é ter levado a 13,75%, é manter um ano a 13,75%. É um verdadeiro milagre da economia brasileira conseguir crescer", disse o vice-presidente.

Para Alckmin, o nível restritivo da taxa Selic inibe investimentos. "Quem precisa tomar empréstimo, não toma, porque tem dificuldade, e quem poderia investir também não investe, é desestimulado para ficar na ciranda financeira."

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, elevou o tom contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e criticou a falta de diálogo com o presidente da instituição. Chamando-o de "cidadão", Lula sugeriu que Campos Neto mantém contato com "quem o indicou", em referência ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

"O presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior e o Banco Central, agora, é autônomo, não tem mais interferência da presidência da República que podia chamá-lo para conversar", disse Lula. "Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não conversa comigo. Ele deve conversar com quem o indicou e, quem o indicou, não fez coisas boas neste país", acrescentou.

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As declarações ocorreram durante a cerimônia comemorativa de 18 anos de criação do Programa Agroamigo, nesta sexta-feira, 1º, em Fortaleza, no Ceará.

Nas falas, o chefe do Executivo voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic, a 13,25%, após um corte do Comitê de Política Monetária (Copom) no início de agosto. Desde então, Lula ainda não havia comentado sobre a queda da Selic.

"O cidadão ao Banco Central precisa saber que ele é presidente do Banco Central do Brasil, e não do Banco Central de um país que não seja o Brasil", comentou, pedindo queda na taxa básica de juros.

Mencionando seu antecessor e principal adversário político, Bolsonaro, o presidente voltou a dizer que "o mandato para quem está no governo passa muito rápido, mas para quem está na oposição esperando, a vaga demora muito". "O Bolsonaro deve estar coçando as unhas e mordendo porque vai demorar para ele. Vai demorar e, certamente, ele não voltará", declarou.

Oferecimento de crédito

Lula disse que o governo precisa encontrar dinheiro para oferecer crédito a quem quer trabalhar e produzir, inclusive quando a demanda pelos empréstimos é maior que o orçamento original dos programas.

O presidente também se referiu aos programas Agroamigo e Crediamigo, do Banco do Nordeste. "Os juros estão altos, porque 2,16% ao mês é muita coisa", declarou. Segundo Lula, "precisamos baixar mais ainda", mas sem quebrar o banco.

De acordo com o presidente, a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "só têm sentido de existir se for para fazer as coisas diferentes do que fazem os bancos privados".

Em sua avaliação, o BNDES precisa de muito dinheiro, mas não lhe é oferece a quantidade necessária. "Precisamos de dinheiro para investir a juros baratos", afirmou.

Na esteira do oferecimento de crédito, Lula pontuou que os grandes produtores rurais são muito importantes, mas que são os pequenos que produzem mais alimentos.

O uso do rotativo do cartão de crédito - linha de financiamento mais cara do País, amplamente difundida entre a população de menor renda - mais do que dobrou nos últimos três anos. A concessão cresceu 108% no período entre junho de 2020 e o mesmo mês de 2023, quando alcançou R$ 30,2 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). Os juros médios nessa modalidade superaram os 437% ao ano (números de junho), mas instituições chegam a cobrar quase 1.000%, segundo o BC.

O consumidor cai no rotativo toda vez que opta por pagar apenas uma parte da fatura do cartão até o vencimento. Nesse cenário, a inadimplência alcançou o recorde de 53% em maio (agora está em 49%), e levou governo e Congresso a pressionarem pela queda dos juros. Temendo um tabelamento, como ocorreu com o cheque especial - que hoje tem teto de 8% ao mês -, os bancos aceleraram as negociações com varejistas e empresas do setor.

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Razões

Essa disparada na concessão do rotativo, segundo especialistas, tem diversas explicações. Elas vão desde o impacto da pandemia no orçamento até a proliferação do número de cartões e o maior acesso a esse tipo de crédito, passando pela falta de educação financeira.

"Muitas pessoas, principalmente as que estavam na informalidade, tiveram períodos de perda de renda durante a pandemia", afirma a coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim. Ela explica que, por falta de opção, as famílias de baixa renda acabam recorrendo a linhas de crédito sem garantias, que têm juros mais elevados. "A grande oferta de cartões atende a essa necessidade, mas isso vem acompanhado da maior taxa do mercado", diz.

Vários cartões

A proliferação de cartões de crédito, com a entrada de novos concorrentes, ajuda a explicar o maior uso do rotativo. Dados do BC apontam que 20 milhões de pessoas passaram a ter acesso a um ou mais cartões entre 2019 e 2022. Uma expansão positiva, do ponto de vista de inclusão financeira, mas que tem potencial de aumentar o nível de endividamento das famílias, alerta o BC.

O aumento nas emissões foi puxado pelas instituições digitais, mas a autoridade monetária também cita as instituições financeiras pequenas e médias e aquelas ligadas às lojas varejistas.

Ricardo Vieira, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), diz que a Abecs está finalizando uma proposta com medidas que podem contribuir para a redução do juro do rotativo.

Educação financeira

A falta de educação financeira também está no cerne da disparada do uso do rotativo. Ione, do Idec, aponta que parte dos consumidores usa o cartão para pagar despesas correntes e, assim, "complementar" a renda do mês.

Na hora da compra, os consumidores avaliam se a parcela cabe no bolso, mas esquecem os juros. Os especialistas também apontam que falta planejamento de longo prazo para se adquirir bens à vista, sem ter de recorrer aos parcelamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os juros futuros começam o dia estáveis em toda a curva, diante do dólar perto da estabilidade ante o real, mas com viés de alta, enquanto os retornos dos Treasuries recuam, num dia de agenda fraca que deve manter a liquidez menor nesta sessão.

Às 9h18 desta quarta-feira (19), a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 ia para 12,760%, de 12,753% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 marcava 10,74%, de 10,72%, e o para janeiro de 2027, 10,15%, de 10,14% no ajuste de terça-feira. O DI para janeiro de 2029 apontava 10,48%, de 10,49%.

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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem um novo convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareça ao Senado para explicar os rumos da política monetária e o patamar da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano.

O presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), disse que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) foi uma "notícia positiva" e que espera uma redução da taxa de juros.

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Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a ata reforçou o acerto do governo nas medidas já adotadas. "Há uma sinalização clara de boa parte da diretoria (do BC) de que os efeitos de uma taxa de juros elevada produziram os resultados, e de que o risco fiscal está afastado. Isso é o mais importante. O Brasil está em uma trajetória fiscal sustentável e, portanto, a harmonização da política fiscal com a monetária deve acontecer brevemente", afirmou o ministro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou quatro requerimentos — dos senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogerio Marinho (PL-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM) — para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja convidado novamente à comissão para prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a definição da taxa básica de juros, a Selic.

Em 25 de abril deste ano, Campos Neto esteve na CAE. Na ocasião, o presidente do Banco Central, que também integra o Conselho Monetário Nacional (CNM), defendeu a autonomia da entidade monetária, tratou de questões referentes ao regime de metas; processo de autonomia; inflação no mundo e no Brasil; atividade econômica; política fiscal; taxas de juros, mercado de capitais; e "agenda inclusiva".

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Os senadores ouviram o gestor sobre o que é necessário para reduzir a taxa básica de juros (Selic), que desde agosto de 2022 tem se mantido em 13,75%.  Em seu requerimento, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, afirmou que o "Brasil está estupefato" diante da sétima vez consecutiva, o Copom ter mantido a taxa de juros. 

"O choque com a decisão do Copom é de fácil compreensão. O Brasil passa por um claro processo de redução da inflação. O IPCA dos últimos meses tem sido reiteradamente abaixo das expectativas, e desacelerou para apenas 0,23% em maio.

A projeção de IPCA para 2023 do Relatório Focus — que o Banco Central afirma tanto levar em conta em suas decisões — caiu de mais de 6% para pouco mais de 5% nas últimas semanas. Já a prévia do IGP-M trouxe a maior deflação da história: 6,7% negativo no acumulado em 12 meses. E, talvez ainda mais importante, as expectativas de inflação para 2024 estão dentro do intervalo de flutuação da meta", disse Randolfe. 

Na abertura da reunião desta terça-feira, o presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que o Copom já acena para uma iminente redução da Selic.  Fonte: Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpou o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, embora sem citá-lo nominalmente, pelos juros altos do Plano Safra. A declaração confirma reportagem publicada na segunda-feira (26) pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, de que o governo, nos bastidores, jogou na conta da Selic o programa de crédito aquém do desejado.

Informado na manhã desta terça-feira (27), o Plano Safra 2023/24 terá financiamento de R$ 364,22 bilhões. Os juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para produtores inscritos no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e de 12% ao ano para os demais. Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, de acordo com o governo.

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"O Plano Safra terá R$ 364 bilhões de reais, a uma média, não sei o total, de 10% de juro ao ano. É caro, é muito caro. Esse juro poderia ser mais barato. Mas é que tem um cidadão no Banco Central, a gente não sabe quem colocou ele lá, que traz o juro básico em 13,75%", declarou Lula no programa "Conversa com o Presidente", transmissão ao vivo nas redes sociais promovida semanalmente pelo governo.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou a jornalistas que deseja aprovar a "convocação" do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para prestar depoimento à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o "quanto antes".

Desde a aprovação da autonomia do Banco Central, o presidente da autarquia, porém, perdeu status de ministro e, assim, não pode ser convocado à CAE - é apenas convidado a comparecer.

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Questionado se o governo apoia o que chamou de "convocação" a Campos Neto, Randolfe respondeu: "É uma iniciativa minha."

Sob renovada pressão diante da melhora do cenário inflacionário, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou às 10h15 desta terça-feira (20). É o quarto encontro no novo mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem pressionado pela queda de juros desde o início do ano.

O Copom começou na manhã desta terça com a primeira sessão de análise de conjuntura, primeira parte da reunião em que o Copom revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic. A discussão sobre a conjuntura se estende pela tarde de hoje e a manhã da quarta-feira, 21.

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Na quarta à tarde, ocorre a segunda parte do encontro, quando o colegiado define o nível da Selic, que é anunciado a partir de 18h30.

Apesar da forte ofensiva do governo, a expectativa majoritária é de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida. De 46 instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast, 45 esperam estabilidade e apenas uma espera queda para 13,50% ao ano.

Mas a maioria do mercado prevê que o BC inicie o ciclo de flexibilização em agosto, exatamente um ano após finalizar o aperto monetário mais longo de sua história. Desde o Copom de maio, um conjunto de notícias favoráveis se acumularam no cenário inflacionário e foram reconhecidas por membros do colegiado.

Houve surpresas desinflacionárias nos dados de curto prazo, incluindo em preços de serviços, descompressão de expectativas de inflação e apreciação cambial, além de continuidade da deflação nos índices de preços ao produtor.

No campo fiscal, o novo arcabouço fiscal foi aprovado na Câmara, com endurecimento de regras, e está em tramitação no Senado, o que já teve efeito sobre o mercado de juros futuros.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que esse movimento e a queda de expectativas inflacionárias abrem espaço para um juro mais baixo à frente, embora tenha pedido "paciência" em evento com executivos do setor do varejo.

No Boletim Focus, as medianas são de 5,12% para o IPCA - índice de inflação oficial - de 2023, ainda acima do teto da meta (4,75%), e de 4,04% para 2024, superior ao centro da meta (3,00%). No último Copom, as projeções do colegiado eram de 5,8% e 3,6%, nessa ordem, mas a expectativa é de que haja redução nessa reunião graças à descompressão das medianas na Focus e a apreciação cambial.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realiza, na próxima terça-feira (20), uma passeata em todo país pela redução das taxas de juros. A data foi escolhida por ser o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central do Brasil (BCB), que define a taxa básica de juros da economia, a famosa taxa Selic

No Recife, o ato será realizado na Rua do Sol, em frente à sede dos Correios, a partir das 15h. A manifestação tem o apoio de centrais sindicais. Nesta sexta (16) foi realizado um ato virtual, chamado de “tuitaço”, em que usuários utilizaram a hashtag #JurosBaixosJa, para mobilizar e conscientizar a população. 

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O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, respondeu declaração feita pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e reiterou ser uma "opção" da autoridade monetária manter juros altos para impedir o crescimento do País. A declaração de Pimenta reacende as críticas do governo federal contra a taxa básica de juros do País, a Selic, a 13,75% ao ano.

"Não é sério. É uma opção de manter juros altos para favorecer o rentismo e impedir o País de crescer", disse o ministro, em publicação no Twitter neste sábado, 13. "Brasil precisa de crédito barato, a economia girar, gerar emprego e criar oportunidades. Sociedade está endividada e refém deste política monetária contrária aos interesses nacionais."

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A mensagem de Pimenta responde à declaração de Campos Neto que havia afirmado que a culpa do crédito caro no Brasil é do governo, que deve muito, e não da autoridade monetária. A fala de Campos Neto ocorreu ao programa do empresário Abílio Diniz na CNN Brasil, gravada em 9 de maio e transmitida na noite desta sexta-feira, 12.

"Se o empresário reclama do crédito caro, a culpa é do governo que deve muito. Quando o governo faz uma emissão longa com taxa real acima de 6%, isso não tem relação com o BC. Se a dívida do governo fosse baixa, o custo do dinheiro seria baixo. Os juros não são causa e sim consequência de um problema", comentou Campos Neto durante a entrevista. O presidente do BC também reforçou que a meta de inflação é determinada pelo governo e não pela autoridade monetária.

O secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, evitou fazer projeções sobre juros, uma vez que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria de política monetária do Banco Central (BC).

"Não cabe a mim fazer agora qualquer tipo de projeção sobre política monetária. Já não fazia quando estava na condição apenas de secretário-executivo. Agora na condição, interinamente, de indicado pelo presidente para essa posição, menos ainda", declarou Galípolo ao responder, em entrevista para a BandNews, se existe margem para corte de juros superior ao projetado pelo mercado.

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Segundo o secretário, serão as expectativas, que dependem das ações do governo, que permitirão a queda da taxa Selic. "São consensos e convenções que farão a formação de preço no mercado e, a partir disso, temos a referência. Por isso, as curvas futuras são sempre grandes referências para decisões tomadas na política monetária", afirmou.

Ao falar sobre o arcabouço fiscal, em "momento final" na relatoria, Galípolo disse que há um esforço no Legislativo para aprimorar o texto. Rebatendo opiniões de que não há recursos para o governo entregar as metas fiscais prometidas, o secretário disse que existe, sim, de onde retirar, dando como exemplo subsídios não eficazes. "O arcabouço coloca a discussão sobre conflito distributivo."

O propósito da regra fiscal, pontuou, é suavizar o ciclo econômico, mas também assegurar a agenda de governo escolhida, em outubro, nas urnas. "Todo trabalho de recomposição da base tributária é para atender aos programas sociais e a sustentabilidade das contas públicas", declarou Galípolo, acrescentando que o trabalho do ministério é apontar as consequências das escolhas que estão sendo feitas pela sociedade.

Desconfortável com os preços dos veículos no Brasil, nessa quinta-feira (4), o presidente Lula (PT) prometeu avaliar alternativas para baratear esses valores e oferecer melhores condições de pagamento para aquecer o mercado. Ele também voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela atual taxa de juros. 

A fala foi feita na primeira reunião do recém-formado Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão". O órgão foi recriado pelo presidente para auxiliar na elaboração de políticas públicas. 

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"Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular. É para classe média", afirmou Lula em seu discurso.

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Mais uma vez, o presidente fez críticas diretas ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pela taxa de juros de 13,75%. "É engraçado, é muito engraçado o que se pensa neste país. Todo mundo aqui pode falar de tudo, só não pode falar de juros. Todo mundo tem que ter cuidado. Ninguém fala de juros, como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas", apontou. 

O BC defende que a taxa é necessária para controlar a inflação. Por outro lado, os juros altos acabam dificultando a tirada de empréstimo e, consequentemente, amarram a economia e o oferecimento de empregos.

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia nesta quarta-feira (3) a sua decisão a respeito da taxa de juros de referência da economia brasileira, a Selic. De forma considerável, o consenso dos economistas é de que o BC irá cortar na taxa mais cedo. Os juros básicos estão desde agosto do ano passado em 13,75%, no maior patamar desde 2016.

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 O consenso entre economistas é de que os diretores do BC devem manter a taxa onde está e que não devem também mudar consideravelmente seu tom mais duro em relação aos próximos passos, mesmo com a avaliação crescente, que ganhou forma nos últimos meses, de que há espaço para que o Banco Central comece os cortes na taxa mais cedo.

Alguns indicadores, de fato, passaram a ajudar o Banco Central na tarefa de avaliar os juros altos e, com eles, a pressão que causam sobre a economia. Foi o caso de vários sinais de uma desaceleração já em curso no Brasil e no mundo, como o Produto Interno Bruto (PIB) negativo no último trimestre do ano passado, as quedas na indústria e no varejo e uma inflação que passou a perder força rapidamente.  

Também trouxe alívio para o cenário a apresentação pelo governo, no fim de março, de sua proposta para a regra fiscal que deverá substituir o atual teto de gastos. Por outro lado, há diversos fatores que ainda carregam o caminho para juros mais baixos, e mesmo que uma ala dos bancos e consultorias esteja revisando para baixo suas projeções para os juros, as reduções são suaves.

O QUE AINDA IMPEDE A QUEDA DA SELIC

Preços de itens como serviços ainda em alta, expectativas para a inflação deste e do próximo ano ainda afastadas da meta, e também, um mercado de trabalho resiliente e aquecido estão entre os elementos mencionados pelos analistas do outro lado da balança que ainda impedem o BC de ser mais agressivo em sua descida de juros.  

Atualmente, de acordo com o relatório semanal Focus, do BC, a projeção média do mercado é que a Selic chegue ao fim de 2023 aos 12,5%, em uma ligeira redução em relação ao projetado há duas semanas (13,75%), mas ainda acima do que no começo do ano, quando a estimativa geral era estava em 12,25%.

É também um nível abaixo dos 13,75% atuais. As projeções para a inflação, por outro lado, seguem sendo revistas para cima e falam, atualmente, em um IPCA a 6% ao fim do ano – mais alto, inclusive, do que está agora (4,65% em março) e ainda longe da meta que deveria ser cumprida pelo BC neste ano, que é de 3,25%, com margem de tolerância entre 1,75% e 4,75%.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 21, que a economia não gira em torno da Selic. Ao ouvir de um empresário na Lide Brazil Conference que o elevado patamar da taxa de juros atrapalha o Brasil a crescer, Campos Neto respondeu que só 20% do crédito é ligado à Selic; o restante é ligado a taxas longas. "Obviamente, o Banco Central quer cair o juro", disse.

"Se a gente não conseguir fazer um movimento na Selic com credibilidade, a taxa longa não cai", justificou. "O que move o Brasil não é a taxa de juros de um dia, é a taxa de juros de três, cinco, dez anos. Para fazer que a queda da Selic gere um movimento de queda prolongada de juros, precisa ter credibilidade. O Banco Central está esperando o melhor momento para fazer para que isso tenha um ganho real para as pessoas. A economia não gira na Selic".

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Para justificar a necessidade de se manter a Selic no patamar em que se encontra, Campos Neto comparou a política monetária a uma tubulação de água que se encontra entupida. Ou seja, para se atingir o fluxo de água desejado numa tubulação entupida, e neste caso pelo elevado porcentual de crédito, o BC precisa elevar a pressão da água.

"Uma das coisas que explicam a tubulação de política monetária entupida é o elevado porcentual de crédito direcionado", disse, explicando que quando isso ocorre e a política monetária muda, o BC não tem influência sobre este porcentual.

Então, de acordo com ele, para se ter o efeito desejado o BC aumenta a pressão de juro na "tubulação congestionada". "É o efeito que a gente chama também da meia entrada. Se você tem a meia entrada, a principal tem que ser mais cara para compensar", disse acrescentando que enquanto no Brasil há 40% de direcionamento de crédito, em outros países o índice é de, em média, 4%. "Isso explica, em parte, o porquê de às vezes o nosso juro ser mais alto. É porque um componente de crédito subsidiado mais alto faz com que nossa política monetária tenha menos efeito".

Campos Neto insistiu que, estruturalmente, a taxa de juro tem que ser maior quando o componente de crédito subsidiado é também maior. "Isso não é porque eu acho A ou B é correto ou errado. Isso é um estudo que sai da relação entre potência da política monetária e o espaço que a gente tem", afirmou.

Sobre os argumentos de que a taxa de juro real no Brasil é muito alta, o presidente do BC diz que se for comparar a taxa real de um país que já aumentou a taxa nominal com países que ainda estão subindo a sua taxa nominal de juro, o resultado da comparação das taxas reais será distorcido.

"Então, a gente precisa medir contra o núcleo da inflação, dado que nossa inflação cheia tem a contaminação da desoneração dos preços de comunicação, gasolina e energia elétrica. Isso afetou a inflação cheia. Mas ela é alta, mas não está muito distante das dos outros", disse Campos Neto.

O presidente do Banco Central fez um discurso amparado em números, no qual defendeu com veemência o sistema de metas de inflação e a autonomia do BC. "O anseio pela queda de juros é político, mas nosso trabalho é técnico", afirmou Campos Neto.

O dirigente lembrou que a Argentina aumentou sua meta e a taxa de juros caiu, mas a inflação disparou. Segundo Campos Neto, se o Banco Central não tivesse aumentado a taxa de juros na eleição, hoje a Selic seria de 18,75%. "Quando a inflação sai do controle, as empresas e o ricos se adaptam, mas os pobres não. Inflação é desigualdade e aumento de pobreza. Quem tem menos recursos não consegue se proteger", afirmou.

O economista frisou que, se for feito um ajuste de juros "sem as condições", o resultado pode ser "desastroso" para o crédito. "Países que abandonaram o sistema de meta entraram num sistema inflacionário muito alto", completou.

O presidente do Senado Brasileiro, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou nesta sexta-feira, 21, a se dirigir ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pedir a redução da taxa básica de juros brasileira. Pacheco fez o pedido no seu discurso de abertura do segundo e último dia do evento Lide Brazil Conference London na capital britânica.

De acordo com Pacheco, a atual taxa de juros brasileira, em 13,75% ao ano torna difícil o crescimento da economia brasileira.

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"Quero mais uma vez destacar ao nosso querido Roberto Campos Neto, com devida vênia, a nossa reivindicação relativamente ao juro do Brasil, com a natural cordialidade respeito e acatamento, mas é uma súplica do Congresso Nacional. Não poderia deixa de externar que 13,75% ao ano realmente são muito difíceis para o crescimento do Brasil e tenho certeza que o BC, sob a condução de Roberto Campos Neto, haverá de cuidar de maneira muito veemente para que essa taxa de juro se reduza no Brasil", disse.

Pacheco reforçou também os compromissos dele e do Senado com uma arrecadação sustentável e inteligente e razoável, sem a criação de novos impostos.

O senador também redobrou seu compromisso com o acordo bilateral firmado entre o Brasil e o Reino Unido à não bitributação e ao marco legal das garantias, um pleito colocado ontem no evento, que será colocado para apreciação do Congresso na forma do Projeto de Lei 4188 e com o marco fiscal, que em maio será apreciado na Câmara e no Senado.

O evento, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) na capital britânica, teve início na quinta-feira (20) e se encerra nesta sexta-feira com a palestra do presidente do Conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Larry Summers criticou nesta sexta (31) governantes que atacam a independência dos bancos centrais de seus países. Segundo ele, bater nessas instituições buscando redução da taxa de juros é um "jogo de tolos". A declaração foi feita durante a 9.ª edição da Brazil Conference, que ocorre na Universidade Harvard e no Massachusetts Institute of Technology (MIT), até hoje. Organizado pela comunidade brasileira de estudantes em Boston, o evento tem parceria do Estadão, que faz a cobertura e a transmissão dos painéis.

Summers participou de debate sobre os desafios para o desenvolvimento econômico da América Latina. O americano afirmou que o sucesso de uma economia pode ser aferido pela sua capacidade de evitar mudanças bruscas nos preços ao consumidor. "A melhor forma que encontramos para manter os preços estáveis, e que são uma espécie de âncora, são os bancos centrais independentes e as formas como eles funcionam, capazes de isolar a si mesmos", afirmou o ex-secretário americano. "Os bancos não ouvem, então você não consegue baixar a taxa de juros, mas o mercado ouve."

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As falas do economista ocorreram em meio aos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de integrantes do governo e do PT à independência do Banco Central brasileiro e aos juros praticados no País. O ex-secretário não citou diretamente a gestão petista.

Democracia

Summers fez ainda um paralelo entre os atos golpistas em Brasília, no dia 8 de janeiro, e o que aconteceu no Capitólio, nos Estados Unidos, ressaltando os desafios à democracia. "Não acho que seja preciso muita imaginação das ciências sociais para ver paralelos importantes entre o que acontece no meu país e o que acontece no seu."

O ex-secretário chamou atenção para o cenário de inflação elevada, que atinge a América Latina, da qual o Brasil é a maior economia, e para preocupações globais como mudanças climáticas e riscos geopolíticos. "Há o fluxo de preocupação com a inflação e o desafio de restaurar a estabilidade de preços, que é um tanto perene na América Latina." E enfatizou a importância do desempenho do Brasil. "O Brasil assume grande importância como a maior e mais influente nação na região", disse.

No mesmo evento, o presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, afirmou que restrições fiscais são importantes para controlar a inflação no pós-pandemia, mas ponderou que elas dificultam a entrega de benefícios sociais para a população, como melhorias na saúde e educação.

"O governo não tem os recursos necessários para satisfazer essas demandas que a sociedade está pedindo, e está perdendo a paciência pedindo, porque os recursos que eles têm normalmente são limitados e a região enfrenta restrições fiscais", afirmou o ex-presidente do Banco Central. "Os bancos centrais estão reagindo à inflação alta e, portanto, a gente tem hoje no mundo taxas de juros mais altas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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