Polícia faz reconstituição do assassinato de arquiteta
O crime aconteceu no dia 13 de março dentro da casa de Maria Alice Soares dos Anjos, no Sítio Histórico de Olinda
A Polícia Civil de Pernambuco vai realizar nesta terça-feira (10) a reconstituição do assassinato da arquiteta e artista plástica Maria Alice Soares dos Anjos, de 74 anos, morta no último dia 13 de março. Maria Alice foi encontrada em sua casa na Rua 13 de maio, no Sítio Histórico de Olinda, região metropolitana do Recife. Conhecida como 'Baixinha', ela era uma das fundadoras do bloco 'Eu acho é pouco'.
Um dia após o crime, amigos de Maria Alice acharam estranho o fato de a artista não ter ido para aula de pilates e resolveram entrar na casa dela por meio de um imóvel vizinho. Ao chegarem no local, encontraram a idosa caída. O corpo da arquiteta apresentava vários ferimentos na cabeça.
No dia 25 de março, a Polícia Civil prendeu Renato José da Silva, de 28 anos, suspeito de matar Maria Alice. Ele confessou o crime. Renato era jardineiro de Baixinha há quatro anos. Envolvido com o consumo de crack, ele havia sido acolhido por ela.
Percebendo que estava sendo furtada, Baixinha havia mudado a fechadura da casa. Com o objetivo de roubar dinheiro na casa da patroa, Renato conta ter tentado entrar pela frente com a cópia da chave que havia feito sem autorização. Como a fechadura havia mudado, ele tentou entrar pelos fundos.
"Ele entra, ela escuta um barulho, aí abre a janela, olha pra ele e diz 'agora você vai levar o outro?' se referindo ao botijão de gás. Ele diz 'não, mas desce aqui'. Maria Alice desce, abre a porta e o procura, mas ele se escondeu. Ela pergunta 'cadê você?', aí ele aparece. Renato alega que deu uma chave de pescoço nela, que caiu ao chão, depois começou a resmungar e ele deu uma pedrada e depois um jarro na cabeça de dona Maria Alice", explicou, na época, a delegada responsável pelo caso, Andrea Griz.
A delegada afirmou, também, que o criminoso cometeu o homicídio para que ela não espalhasse que era ele quem cometia os furtos em sua casa. A reconstituição do crime estava prevista para começar por volta das 12 desta terça. Antes, Renato José da Silva estava sendo ouvido pelos policiais na delegacia do bairro do Janga, em Paulista.