Dólar volta a subir ante moedas principais

O juro da T-note de 10 anos novamente subiu acima da marca simbólica de 3% nesta quarta-feira

qua, 25/04/2018 - 17:20

O dólar avançou em relação a outras moedas principais nesta quarta-feira, 25, à medida que os rendimentos dos títulos americanos voltaram a ganhar força, em meio a especulações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá elevar as taxas de juros com mais agilidade.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 109,34 ienes, o euro recuava para US$ 1,2174 e a libra cedia para US$ 1,3934. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, fechou em alta de 0,45%, aos 91,241 pontos.

O juro da T-note de 10 anos novamente subiu acima da marca simbólica de 3% nesta quarta-feira, atraindo investidores que buscam ativos que geram maior rendimento e tornando mais cara a moeda dos Estados Unidos, disseram os investidores. Nos últimos dias, o dólar está apoiado por expectativas crescentes de que o Fed irá elevar os juros um total de quatro vezes neste ano.

De acordo com o CME Group, os futuros dos Fed funds, usados por investidores para fazer apostas para a política futura do banco central americano, sugerem que a chance de quatro elevações nos juros em solo americano em 2018 aceleraram para 47%. Um mês atrás, o valor estava em 33%. Taxas de juros mais altas nos EUA costumam atrair investidores para o dólar com as promessas de retornos maiores.

À medida que os yields dos Treasuries aumentaram, ficou mais caro para os investidores a aposta contra o dólar em relação a outras moedas, como o euro, enquanto outros grandes bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE), ainda não retiraram a acomodação na política monetária. "A grande vantagem de rendimento que o dólar acumulou nos últimos meses está finalmente começando a ter importância", afirmou o diretor de estratégia cambial na América do Norte do BNP Paribas, Daniel Katzive.

Discursos de dirigentes do BCE corroboraram a tese de que a autoridade monetária da zona do euro deve demorar a retirar estímulos. Para Yves Mersch, que integra o conselho executivo do banco, um amplo grau de acomodação continua necessário para garantir inflação próxima a 2%. Já o presidente do Banco da Lituânia, Vitas Vasiliauskas, foi mais positivo, ao afirmar que o fortalecimento da expansão econômica na região "aumentou minha confiança de que é hora de fazer a transição do programa de compra de ativos". No entanto, ele disse que o encerramento das compras "não deve ser abrupto". (Com informações da Dow Jones Newswires)

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