Ubatuba confirma morte de turista por raiva humana
A vítima morava em Colombo, no interior do Paraná, mas passava férias em Ubatuba, na casa do sogro
Um jovem de 24 anos morreu em março após ter contraído raiva humana em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 22, pela prefeitura após relatório emitido pela Secretaria Estadual da Saúde.
A vítima morava em Colombo, no interior do Paraná, mas passava férias em Ubatuba, na casa do sogro. Segundo a prefeitura, ele contraiu a doença após um acidente com um morcego no dia 3 de janeiro.
O paciente não buscou atendimento médico na cidade e, ao voltar ao Paraná, em 15 de janeiro, iniciou o esquema de vacinação, mas não completou o tratamento, de acordo com a administração municipal. Em 19 de fevereiro, o jovem foi internado com quadro clínico que sugeria raiva humana e morreu no dia 9 de março.
Em nota divulgada no site, a prefeitura de Ubatuba informou que adotou medidas de prevenção da doença assim que foi informada pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo sobre a suspeita. Segundo a Vigilância em Saúde de Ubatuba, as medidas incluíram a captura de morcegos no bairro da Casanga.
Também foram vacinados cães e gatos do bairro Casanga e orientação à população sobre o manejo de morcegos a ações após acidentes com animais.
Pelo País
Na última terça-feira, 19, o jornal O Estado de S. Paulo informou que ao menos 12 pessoas morreram vítimas de raiva humana desde o início do ano na comunidade de Melgaço, no arquipélago de Marajó, no Pará, município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Foram 14 casos notificados e sete confirmados laboratorialmente pelo Instituto Evandro Chagas e pelo Instituto Pasteur.
O Ministério da Saúde informou que o País está próximo da eliminação da doença. Em 2017, foram registrados seis casos de raiva humana - um em Pernambuco, um em Tocantins, um na Bahia e três no Amazonas, todos causados pela variante do vírus que circula entre morcegos.
A doença
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordida. Também pode ser transmitida por arranhões ou pela lambedura desses animais. Os morcegos podem abrigar o vírus por longo período, sem sintomas aparentes.