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Depois de 44 anos, o primeiro caso de raiva humana é confirmado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), nesta terça-feira (5). O infectado foi um adolescente entre 15 e 19 anos, de acordo com a pasta, ele é a primeira vítima de raiva humana no Distrito Federal desde 1978. 

O início da campanha de vacinação antirrábica foi antecipado na cidade para iniciar nesta quarta-feira (6), às 9h, por conta do caso. 

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O jovem, natural do DF, está internado em estado grave na UTI de um hospital da cidade desde o último dia 20. A infecção ocorreu no dia 21 de maio, depois de ter sido arranhado por um gato. O adolescente passou a ter febre, dor no corpo, olhos e articulações a partir de 15 de junho.

A Secretaria possui um laboratório de diagnóstico de raiva que é referência no Distrito Federal, nas cidades do entorno e nos estados de Rondônia e Tocantins. A unidade funciona junto às instalações da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses. 

De acordo com o médico veterinário e suplente da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, em registro no ano passado, "o vírus rábico circula no DF em quirópteros [morcegos], nos bovinos, equídeos e outros animais". "No Distrito Federal, o único caso da raiva humana foi registrado em 1978, como resultado bem-sucedido do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva Humana. O último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, em 2001", disse. 

A doença da raiva é caracterizada por sintomas neurológicos e, ainda segundo a pasta, "é uma doença quase sempre fatal (praticamente 100% dos casos evoluem para óbito), para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição".

Sintomas

A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de 45 dias, no entanto, o tempo de incubação pode mudar de acordo com os diferentes fatores, um deles é a parte do corpo e a profundidade da mordida. Se a vítima for criança, a doença se desenvolve mais rapidamente.

A Secretaria de Saúde do Mato Grosso confirmou o primeiro caso de um morcego que portava o vírus da raiva, no Bairro Pioneiro, em Lucas do Rio Verde, no interior do estado. No município, não havia registros de raiva em morcego, mas um caso registrado de raiva em bovino no ano de 2019. Nos registros gerais do estado, não há menções a outros casos, com exceção de um registro no ano de 2000. 

Após a nova infecção, a Vigilância Sanitária emitiu alerta epidemiológico. De acordo com a Prefeitura, o morcego foi encontrado em uma residência no bairro. A análise do exame foi feita pelo Laboratório de Apoio à Saúde Animal, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT). 

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A raiva é transmitida ao homem quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele lesionada ou mucosa, por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. Segundo a Vigilância Sanitária, caso haja possível exposição ao vírus ou contato com o animal, deve-se lavar imediatamente o local com água e sabão e procurar uma unidade de saúde para atendimento, se necessário, aplicação de vacina ou soro antirrábico. 

Com a confirmação do caso, a Secretaria alerta sobre os cuidados que precisam ser tomados: 

- É importante que cães e gatos domiciliados estejam vacinados contra a raiva; 

- Se encontrar um morcego, não toque no animal e nem deixe que outras pessoas ou animais se aproximem; 

- Isole o morcego em um recipiente para evitar fugas e utilize baldes ou caixas; 

- Após isso, é preciso entrar em contato com a Vigilância Sanitária. 

Casos de raiva humana no Brasil 

Os casos da doença têm ressurgido no país, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. No mês de abril, o Governo de Minas Gerais confirmou o quarto caso suspeito de raiva humana no estado. O caso mais recente, registrado em 23 de abril, tratou-se de uma menina indígena de 11 anos, que precisou ser internada no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. 

Ela é moradora da reserva indígena maxakali, no município de Bertópolis, no Vale do Mucuri, onde foram confirmados dois casos da raiva humana: de um menino de 12 anos, que morreu em 4 de abril; e de uma garota da mesma idade, que também precisou ser internada. 

Um jovem de 24 anos morreu em março após ter contraído raiva humana em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 22, pela prefeitura após relatório emitido pela Secretaria Estadual da Saúde.

A vítima morava em Colombo, no interior do Paraná, mas passava férias em Ubatuba, na casa do sogro. Segundo a prefeitura, ele contraiu a doença após um acidente com um morcego no dia 3 de janeiro.

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O paciente não buscou atendimento médico na cidade e, ao voltar ao Paraná, em 15 de janeiro, iniciou o esquema de vacinação, mas não completou o tratamento, de acordo com a administração municipal. Em 19 de fevereiro, o jovem foi internado com quadro clínico que sugeria raiva humana e morreu no dia 9 de março.

Em nota divulgada no site, a prefeitura de Ubatuba informou que adotou medidas de prevenção da doença assim que foi informada pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo sobre a suspeita. Segundo a Vigilância em Saúde de Ubatuba, as medidas incluíram a captura de morcegos no bairro da Casanga.

Também foram vacinados cães e gatos do bairro Casanga e orientação à população sobre o manejo de morcegos a ações após acidentes com animais.

Pelo País

Na última terça-feira, 19, o jornal O Estado de S. Paulo informou que ao menos 12 pessoas morreram vítimas de raiva humana desde o início do ano na comunidade de Melgaço, no arquipélago de Marajó, no Pará, município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Foram 14 casos notificados e sete confirmados laboratorialmente pelo Instituto Evandro Chagas e pelo Instituto Pasteur.

O Ministério da Saúde informou que o País está próximo da eliminação da doença. Em 2017, foram registrados seis casos de raiva humana - um em Pernambuco, um em Tocantins, um na Bahia e três no Amazonas, todos causados pela variante do vírus que circula entre morcegos.

A doença

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordida. Também pode ser transmitida por arranhões ou pela lambedura desses animais. Os morcegos podem abrigar o vírus por longo período, sem sintomas aparentes.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirma que uma criança internada com suspeita de raiva humana morreu na terça-feira, 15, no Hospital Regional de Breves, na região do Marajó. De acordo com a pasta, já são 12 casos notificados para a doença, com seis óbitos, sendo um deles já confirmado.

Outra criança morreu na sexta-feira, 11, após ser mordida por um morcego e contaminada por raiva, em uma comunidade em Melgaço, também no Marajó, segundo informações da Sespa, divulgadas na segunda-feira, 14. Este foi o primeiro caso confirmado desde 2005.

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Até o momento, quatro crianças seguem internadas na Santa Casa de Misericórdia em Belém e mais duas vítimas estão no Hospital Regional de Breves, sendo um adulto. A maioria permanece em estado grave. Coletas sorológicas foram realizadas em todos os pacientes que foram internados, inclusive os que morreram, as quais a Sespa já encaminhou para o Instituto Pasteur, em São Paulo, referência no diagnóstico de raiva.

A secretaria paraense reforça que continua o trabalho de investigação e prevenção da raiva humana no município de Melgaço. Para intensificar as ações, a Sespa enviou na segunda-feira mil doses de vacinas antirrábicas e 300 frascos de soro antirrábico.

As ações se concentram na localidade de Rio Laguna, que fica a cerca de 70 km de Melgaço, onde residem aproximadamente mil pessoas. Até a publicação desta matéria, 500 pessoas já tinha sido vacinadas.

Desde o dia 4 de maio, equipes da Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde estão no local para investigar as suspeitas, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e o Ministério da Saúde.

Todas as pessoas com suspeita da doença apresentam quadro semelhante, com sinais e sintomas como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos - paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir), desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos).

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