SP: 86% dos presídios não têm bloqueador de celular
Entre 2013 e 2017, o número de celulares apreendidos em unidades prisionais subiu 59%, passando de 9.051 para 14.410
Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas gerais do governo do estado de São Paulo aponta que dos 168 presídios, 145 não têm bloqueador de sinal de aparelho celular. O número corresponde a 86% de todas as unidades prisionais.
Entre 2013 e 2017, o número de celulares apreendidos em presídios de todo o estado subiu 59%, passando de 9.051 para 14.410. Do total, 6.338 foram encontrados fora das celas; 4.853 dentro das celas; 2.702 na área externa; 492 com visitantes; 15 com funcionários das unidades prisionais; e 10 com prestadores de serviço.
O TCE recomendou que a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária faça a instalação dos equipamentos bloqueadores, além de cumprir com o plano de construção de novas unidades prisionais. O secretário da pasta, Lourival Gomes, respondeu ao Tribunal que foram adotados critérios e ordem técnica de inteligência, resultantes de longo tempo de pesquisa e estudo.
O analista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Guaracy Mingardi, afirmou que muitos crimes são realizados por meio de celulares disponíveis dentro do presídio e que ao diminuir a possibilidade de facções criminosas se comunicarem, elas acabam enfraquecendo.