Primeiro voo do Beluga XL, o novo gigante da Airbus
A aeronave substituirá progressivamente a atual Beluga ST a partir de 2019
O novo Beluga XL, o avião de carga da Airbus em forma de baleia sorridente, realizou seu primeiro voo de teste nesta quinta-feira (19) na região de Toulouse, no sul da França.
O Airbus A330-743 Beluga XL servirá para transportar as peças da maioria dos aviões da gama Airbus dos diferentes locais de produção do grupo europeu (situados em vários países, como Alemanha, Espanha e Reino Unido) até a fábrica de Toulouse, onde a montagem é realizada.
A aeronave substituirá progressivamente a atual Beluga ST a partir de 2019 e "faz parte de nosso sistema de produção", indicou Bertrand George, diretor do programa Beluga XL, detalhando a rede de fábricas europeias envolvidas no quebra-cabeça da Airbus, mas que "só estão a duas horas de voo de Toulouse".
"Todos os aviões da Airbus, com exceção do A380, que tem seu próprio modo de transporte, passam duas horas no Beluga", detalhou George.
A semelhança do Beluga XL com a baleia branca homônima se acentuou com os olhos do cetáceo e um grande sorriso pintado na parte da frente do avião, uma decoração decidida pelos funcionários do grupo em uma votação.
O programa, lançado em 2014, prevê a construção de cinco unidades XL. A primeira estará operando em 2019.
Para realizar esta aeronave de 18,9 metros de altura, 63,1 metros de comprimento e cuja fuselagem tem 8,8 metros de diâmetro, os engenheiros partiram de "uma base de A330, da qual modificamos as asas, os motores e a parte inferior da fuselagem", detalhou George.
"É uma plataforma excelente, uma base robusta", ressaltou, lembrando que centenas de A330 voam diariamente pelo mundo.
Segundo o diretor do programa, o novo avião era necessário para a produção do novo avião de longo alcance A350 XWB, de última geração, que requer materiais compostos.
"Hoje transportamos as asas do A350 XWB uma por uma, amanhã as transportaremos de duas em duas", destacou George.
O voo de teste durou quatro horas e o Beluga XL sobrevoou os Pirineus e parte do Mediterrâneo antes de voltar a Toulouse.