Expulso da PM, Cabo gerenciava casas de jogos de azar
Cabo também é acusado de proteger as casas de incursões policiais
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) publicou no Diário Oficial desta quarta-feira (5) a decisão de excluir um policial que foi preso durante operação da Polícia Federal em 2014. O cabo da PM é acusado de ser proprietário de estabelecimentos de jogos de azar em diversos bairros do Recife.
Ele foi alvo da Operação da Polícia Federal intitulada “Trevo”. Além de gerenciar as casas, o policial também teria a tarefa de cuidar da instalação das máquinas de caça-níqueis e protegê-las de incursões da força policial da qual fazia parte.
De acordo com a SDS, o vínculo do cabo com as casas de jogos de azar foi comprovado pela apreensão de equipamentos eletrônicos utilizados em máquinas de caça-níqueis na sua casa. O oficial também é acusado de fazer atividade comercial quando estava afastado por licença médica e, sob o mesmo pretexto, ter negligenciado o chamamento para ser ouvido em sindicância, tendo sido encontrado, porém, em uma festa no mesmo dia. “Pelo exposto, o militar feriu os preceitos éticos impostos aos militares do Estado, demonstrando não possuir condições éticas de permanecer integrando a PMPE”, diz trecho da portaria da SDS.
A operação
A Polícia Federal deflagrou a Operação Trevo em 13 estados. O objetivo era investigar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em quatro anos. Conforme as investigações, dinheiro que deveria ser repassado a unidades filantrópicas com a compra de bilhetes de loterias voltavam ao grupo criminoso. Na primeira fase da operação, foram 36 mandados de prisão, entre temporárias e preventivas, sendo 24 em Pernambuco; e 57 mandados de apreensão, com 32 sendo cumpridos no estado.