Mãe se passa por filha de 10 anos e denuncia pedófilo

Durante cinco dias a mulher se passou pela criança e, seguindo orientações de uma advogada, conseguiu gravar o suspeito em um vídeo. "Quando me viu, ele desligou e depois mandou mensagem dizendo que minha filha que tinha procurado. Foi muito difícil", afirmou

qua, 03/10/2018 - 09:04
Arquivo Pessoal O homem tem 30 anos e é estudante de educação física em Fortaleza, no Ceará Arquivo Pessoal

Uma mulher se passou pela filha de 10 anos para conseguir reunir provas contra um pedófilo. Segundo a mãe, o homem chegou a mandar fotos das partes íntimas e constantemente pedia fotos da garota pelada. Ele tem 30 anos e é estudante de educação física em Fortaleza, no Ceará.

De acordo com a mãe, ela sempre acompanhava as redes sociais da filha, que comentou que um adulto estava comentando as suas postagens. A mulher então percebeu que o homem tinha mais de 200 mil seguidores e que 90% eram crianças. Após o homem pedir para a criança usar outra rede social, ela começou a se passar pela menina. "Ele pediu que ela fizesse Snapchat porque as mensagens somem. Eu resolvi dar continuidade para ver até onde ia: fiz o Snap, coloquei o nome dela e me passei por ela. Ele pedia insistentemente foto dos seios dela", contou em entrevista ao portal G1.

Ainda de acordo com a mãe, ela reforçava nas mensagens que era uma criança. "Ele dizia que gostava de peito pequeno, de menina pequena, que ia ensinar a beijar, a transar", disse. Durante cinco dias a mulher se passou pela criança e, seguindo orientações de uma advogada, conseguiu gravar o suspeito em um vídeo. "Quando me viu, ele desligou e depois mandou mensagem dizendo que minha filha que tinha procurado. Foi muito difícil. Eu não tenho sangue de barata. Agora eu não quero mais nenhum tipo de contato com ele, entreguei tudo na delegacia", afirmou.

De acordo com a polícia, o criminoso deve responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. "A gente vai tentar a qualificação dele. Tem um nome, mas a gente não sabe se é mesmo, porque é da rede social que ele usava. A gente precisa agora qualificá-lo, identificá-lo. Ela entregou algumas conversas trocadas entre elas e o suspeito", explicou a delegada Silmara Marcelino. "A princípio é 241, do ECA, aliciar, assediar, instigar ou constranger através de mensagem ou qualquer meio de comunicação com cunho sexual", afirmou. A investigação está a cargo do Núcleo de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca).

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