Mais Médicos tem inscrição prorrogada até 7 de dezembro
Inicialmente, interessados tinham até o dia 25 de novembro para fazer a inscrição
O Ministério da Saúde afirmou nesta quinta-feira, 22, que o prazo para a inscrição de profissionais formados no Brasil no programa Mais Médicos será prorrogado até o dia 7 de dezembro. Inicialmente, interessados tinham até o dia 25 de novembro para fazer a inscrição. A extensão do prazo deverá ser adotada em razão de instabilidade no sistema de inscrição que, de acordo com a pasta, foi alvo de tentativa de invasão por hackers.
Embora a invasão não tenha sido concretizada, o sistema ficou instável desde ontem, quando foram abertas as inscrições. Até o momento, a situação não foi normalizada. Médicos interessados em participar do programa ainda têm dificuldades para ingressar no sistema.
A decisão de prorrogação anunciada hoje contraria o que havia sido dito pela pasta até o início da manhã. A posição inicial era de manter o cronograma. No entanto, ganhou corpo no Ministério o receio de que, inalterado o planejamento, o processo fosse questionado na Justiça, sob a justificativa de que profissionais teriam sido prejudicados com os atrasos, o que conturbaria ainda mais o processo de provimento de vagas.
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 6.394 profissionais formados no Brasil se inscreveram para trabalhar no Mais Médicos até o momento. Do total, no entanto, foram validados 2.812 pedidos. As demais inscrições foram anuladas, por apresentarem inconsistências nos dados apresentados. Dos inscritos efetivados, 2.209 já escolheram os locais onde vão trabalhar. Isso representa 26% das vagas que serão abertas com a saída de profissionais cubanos que deixam o programa.
Occhi afirmou que médicos brasileiros que já fizeram a inscrição e escolheram o local de trabalho não precisam aguardar o prazo inicialmente previsto, de 3 de dezembro, para se apresentar ao posto. "Se eles quiserem, podem ingressar imediatamente", disse.
Na semana passada, em uma reação a declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o governo de Cuba decidiu interromper o programa. Os 8.332 profissionais já encerraram suas atividades e retornam à ilha a partir de hoje. A previsão da Organização Panamericana de Saúde (Opas) é de que todos deixem o Brasil até dia 12.