"Se há risco iminente, vamos dizer", fala prefeito de SP
Hoje, durante a comemoração da chegada do Ano Novo Chinês no bairro da Liberdade, em São Paulo, o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), falou sobre o sigilo imposto pela prefeitura às empresas contratadas para a inspeção de oito pontes e viadutos da cidade.
O termo de confidencialidade, que proibe as empresas de fornecer documentos como laudos, projetos e contratos à imprensa, prevê consequências jurídicas. "Isso é para termos total controle e saber que aquilo que vai ser divulgado é exatamente o que diz respeito ao que foi pesquisado. Pedimos esse termo para que possamos ter tranquilidade de poder divulgar tudo aquilo que as pessoas precisam saber, mas que corresponda com a realidade", diz Covas.
O termo foi imposto após engenheiros da prefeitura confirmarem que há "risco iminente de colapso" em seis pontes e viadutos da capital. Segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, o documento emitido pela Secretaria de Infraestrutura e Obras (Siurb) versa da situação de pontes e viadutos, como Cidade Jardim, Eusébio Matoso e Cidade Universitária. O documento serviu de base para a contratação emergencial e sem licitação das empresas que farão a vistoria nas vias.
O prefeito Covas reforçou que a população não precisa entrar em pânico. "Divulgaram atas que estavam mal redigidas criando confusão na população. É um problema sério [a situação das pontes e viadutos], grave e não podemos correr o risco de ter documentos parciais e laudos incompletos sendo divulgados e criando pânico quando não precisa criar pânico. Se há um risco iminente, nós vamos dizer."