Tabagismo: ansiosos usam cigarro como escape
Usado para aliviar a tensão, o tabaco traz malefícios para a saúde
Hoje é o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para incentivar as pessoas a ficarem um dia sem fumar e também para chamar a atenção para os efeitos negativos que esse hábito causa à saúde.
Entre os fumantes estão muitas pessoas que sofrem de ansiedade e acabam desenvolvendo o vício de fumar para aliviar a tensão, e o cigarro possui substâncias que causam alterações químicas no organismo. "Quando a pessoa descobre uma forma de escape ela cria um condicionamento, o que vira uma compulsão por perder o controle, que pode prejudicar a saúde, a vida social, convivência familiar e até o trabalho", explica o psicólogo Rodrigo Casemiro.
Segundo Casemiro, a ansiedade é um estado de agitação interior, que ocorre por diversos fatores, sejam eles positivos ou negativos. Além disso, pode vir acompanhada de sintomas como tensão muscular, dor de cabeça, inquietação, aceleração de batimentos cardíacos, dor de barriga e respiração ofegante, entre outros.
A operadora de máquina, Fernanda Kazue Egashira, 30 anos, foi diagnosticada com ansiedade em 2016 e o vício no cigarro acabou virando sua forma de relaxar. "Quando fico ansiosa ou nervosa, meu escape é o cigarro, sem dúvida. Mas não se trata de encarar [o cigarro] como um remédio. Eu não me vejo parando de fumar tão cedo. Se tem algo que me deixa irritada é saber que meu cigarro tá acabando", conta.
O problema é que o uso continuo do cigarro pode causar consequências, como o desenvolvimento de câncer de pulmão e garganta, queda de cabelo, impotência sexual e dificuldades respiratórias. Ainda pode prejudicar a saúde de pessoas próximas, que se tornam fumantes passivos ao inalar a fumaça do cigarro, que pode desencadear doenças graves, como as que atingem o sistema respiratório.