Bolsas da Europa operam em leve baixa
O apetite por risco é pressionado por uma revisão nas apostas para a trajetória de juros nos Estados Unidos, com a expectativa agora de redução menos agressiva na taxa de juros no país
As bolsas europeias operam em território negativo nesta segunda-feira (8), mas com pouco impulso. O apetite por risco é pressionado por uma revisão nas apostas para a trajetória de juros nos Estados Unidos, com a expectativa agora de redução menos agressiva na taxa de juros no país. Além disso, notícias locais estão em foco, como a eleição na Grécia, indicadores da Alemanha e novidades do setor corporativo.
Por volta das 6h50 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em queda de 0,09%, em 389,75 pontos.
Nos Estados Unidos, a geração acima do previsto de vagas em junho levou a uma mudança no posicionamento de investidores, que preveem agora redução menos expressiva dos juros no país. A notícia influenciou negativamente nas bolsas de Nova York na sexta-feira e ainda freou parte do apetite por risco nas praças asiáticas e europeias nesta segunda-feira.
No próprio continente, o Nova Democracia confirmou o favoritismo e venceu as eleições gerais de domingo na Grécia. O partido de centro-direita promete cortar impostos para fomentar o crescimento e gerar empregos, embora analistas se mostrem reticentes quanto à capacidade de se executar essa estratégia em um quadro ainda bastante delicado das finanças do país. O Nova Democracia deve ficar com 158 das 300 vagas do Parlamento e o próximo premiê será o líder da sigla, Kyriakos Mitsotakis. O Nova Democracia obteve 39,8% dos votos, com quase todos eles já apurados, e o governista Syriza, de esquerda, ficou com 31,5%, o que levará à saída do primeiro-ministro Alexis Tsipras. A Bolsa de Atenas operava em queda de 1,60%, mais que as principais do continente.
Na agenda de indicadores, a produção industrial da Alemanha cresceu 0,3% em maio ante abril, como previsto pelos analistas. Já o superávit do país ficou em 18,7 bilhões de euros em maio, após ajustes sazonais.
No setor corporativo, a ação do Deutsche Bank chegou a subir 3% no início do pregão, após o banco anunciar no fim de semana a intenção de fazer uma grande reestruturação, que deve incluir o corte de 18 mil empregos pelo mundo até 2022, ou 20% de seu pessoal atual. O executivo-chefe da companhia alemã, Christian Sewing, disse que a intenção é tornar o banco de investimentos menor, porém mais estável. Após abrir em alta forte, o papel do Deutsche Bank chegou a operar em território negativo e agora estava praticamente estável, em baixa de 0,04% em Frankfurt.
International Consolidated Airlies Goup, por sua vez, tinha baixa de 1,42% em Londres, após a notícia de que ela terá de pagar 183,4 milhões de libras por um vazamento de dados dos clientes. A plataforma de investimentos Hargreaves Lansdown diz que a controladora da British Airways deve conseguir pagar a multa, mas precisa evitar novos episódios do tipo.
Às 6h58 (de Brasília), a Bolsa de Londres operava em baixa de 0,16%, Frankfurt caía 0,06% e Paris tinha baixa de 0,15%. Milão oscilava e subia 0,05%, Madri recuava 0,19% e Lisboa registrava queda de 0,29%. No câmbio, o euro operava estável, a US$ 1,1228, e a libra avançava a US$ 1,2535.