Homem norte-coreano cruza fronteira entre as duas Coreias
Segundo o Exército, o homem foi detectado quando se deslocava para o Sul, após ter cruzado a Linha de Demarcação Militar da Zona Desmilitarizada (DMZ) na noite de quarta-feira (31)
Um homem norte-coreano cruzou a fronteira intercoreana e estava sob custódia da Coreia do Sul nesta quinta-feira (1º) (noite de quarta no Brasil), anunciou a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando o estado-maior do Exército de Seul.
A identidade do norte-coreano e as circunstâncias nas quais ele cruzou a linha de demarcação, estritamente vigiada, não foram detalhadas no momento.
Segundo o Exército, o homem foi detectado quando se deslocava para o Sul, após ter cruzado a Linha de Demarcação Militar da Zona Desmilitarizada (DMZ) na noite de quarta-feira (31).
"O Exército obteve a custódia desta pessoa, de acordo com o procedimento" estabelecido, disse o estado-maior conjunto em um breve comunicado.
"A pessoa, não identificada, é um homem norte-coreano e a agência governamental correspondente o está interrogando como correspondente o está interrogando sobre como cruzou a fronteira e quais foram seus motivos", acrescentou.
Mais de 30.000 norte-coreanos escaparam do país fechado rumo ao sul desde que a península da Coreia ficou dividida pela guerra, há mais de 65 anos, segundo dados oficiais. A motivação, em muitos casos, foram as prolongadas dificuldades econômicas.
Pyongyang é alvo de duras sanções econômicas devido aos seus múltiplos testes nucleares e lançamento de mísseis, o último deles esta semana.
O regime tacha os desertores - que representam uma importante fonte para conhecer os brutais maus-tratos dados aos cidadãos - de "escória humana".
Os contatos entre o Norte e o Sul estão em um nível mínimo desde fevereiro, quando uma segunda cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, terminou de forma abrupta sem um acordo relativo ao desmonte do arsenal nuclear de Pyongyang e o alívio das sanções.
A fronteira entre a Coreia do Norte - dotada da arma atômica - e a Coreia do Sul - um país democrático e desenvolvido - é a última restante dos anos da Guerra Fria.