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A Coreia do Norte disparou vários mísseis de cruzeiro nesta terça-feira (30) em direção a sua costa oeste, informou o Exército da Coreia do Sul, no mais recente teste armamentista executado por Pyongyang.

O Exército da Coreia do Sul "detectou vários mísseis de cruzeiro desconhecidos lançados no Mar do Oeste da Coreia do Norte às 7H00 (19H00 de Brasília, segunda-feira)", afirmou o Estado-Maior Conjunto do país em um comunicado.

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As agências de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos "estão realizando uma análise detalhada", acrescenta a nota.

"Nosso Exército está cooperando estreitamente com o dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que fortalece o acompanhamento e a vigilância, além de monitorar de perto as atividades norte-coreanas", completa o comunicado.

Ao contrário dos mísseis balísticos, os testes de mísseis de cruzeiro não são proibidos pelo regime de sanções da ONU contra a Coreia do Norte.

Os mísseis de cruzeiro geralmente operam com um sistema de retropropulsão e voam a uma altitude menor do que os mísseis balísticos, o que dificulta a detecção e interceptação.

As relações entre as duas Coreias sofreram uma acentuada deterioração nos últimos meses, com a suspensão de acordos para conter a tensão, o aumento da vigilância na fronteira e exercícios com munição real perto da linha que divide a península.

Pyongyang acelerou os testes de armas desde o início do ano. Nas últimas semanas, o regime anunciou que testou um "sistema de arma nuclear subaquático" e um míssil balístico hipersônico de combustível sólido.

Na segunda-feira, a imprensa estatal norte-coreana informou que o líder Kim Jong Un supervisionou o lançamento de um míssil de cruzeiro estratégico a partir de um submarino.

Pyongyang também reivindicou o primeiro teste de uma nova geração de mísseis de cruzeiro.

"Acreditamos que a Coreia do Norte iniciou a produção em larga escala de mísseis de cruzeiro solicitados pela Rússia", declarou à AFP Ahn Chan-il, desertor que se tornou analista e dirige o Instituto Mundial de Estudos Norte-Coreanos.

Estados Unidos e Coreia do Sul acusam o Norte de fornecer armas para a Rússia utilizar em sua guerra contra a Ucrânia, apesar das sanções da ONU que proíbem tais acordos.

"Parece que estão realizando (...) experimentos com este mísseis no mar", disse Ahn.

A Coreia do Norte disparou neste domingo (28) vários mísseis de cruzeiro, informou o Exército da Coreia do Sul, em um momento de grande tensão entre Pyongyang e Seul.

"Nossas Forças Armadas detectaram vários mísseis de cruzeiro não identificados disparados perto das águas que cercam a região norte-coreana de Sinpo às 8H00 de hoje" (20H00 de Brasília de sábado), afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.

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O lançamento aconteceu poucos dias após Pyongyang disparar vários mísseis de cruzeiro em direção ao Mar Amarelo, o que o país classificou de nova geração de mísseis de cruzeiro estratégicos.

O Norte intensificou os testes de armas durante janeiro, incluindo o que chamou de "sistema de armas nucleares subaquáticas" e um míssil balístico hipersônico que utiliza combustível sólido.

O Estado-Maior Conjunto sul-coreano afirmou que o lançamento está sendo analisado pelas autoridades de inteligência do Sul e dos Estados Unidos, que também "monitoram outros movimentos e atividades da Coreia do Norte".

Ao contrário dos mísseis balísticos norte-coreanos, os testes de mísseis de cruzeiro não estão proibidos pelas sanções da ONU.

Os mísseis de cruzeiro são frequentemente propulsionados por motores a jato e voam a altura menor que os mísseis balísticos, o que dificulta a detecção e interceptação.

Pyongyang anunciou na quinta-feira que executou um dia antes o primeiro teste de uma nova geração de mísseis estratégicos de cruzeiro, o Pulhwasal-3-31.

O teste foi parte de um "processo de constante atualização do sistema de armas e uma atividade regular e obrigatória", afirmou a agência oficial KCNA.

A agência não divulgou quantos mísseis foram lançados na ocasião.

A Coreia do Norte informou, nesta sexta-feira (19), que testou um "sistema de armamento nucleares submarino" em resposta aos exercícios navais conjuntos de Washington, Seul e Tóquio, envolvendo um porta-aviões nuclear americano.

Os exercícios "ameaçavam seriamente a segurança" do Norte, por isso, em resposta, Pyongyang "fez um importante teste de seu sistema de armamento nuclear submarino Haeil-5-23", de acordo com um comunicado do Ministério da Defesa feito pela agência de notícias estatal KCNA.

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No ano passado, o isolado país comunista já havia anunciado a realização de vários testes de um suposto drone submarino de ataque nuclear (uma versão diferente do Haeil) que poderia desencadear "um tsunami radioativo". À época, analistas duvidaram de que Pyongyang tivesse esse tipo de armamento.

Esta semana, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão fizeram exercícios navais ao longo da costa da ilha de Jeju que, segundo os países aliados, seria uma resposta ao lançamento de um míssil hipersônico, por parte da Coreia do Norte, no domingo (14).

As manobras mobilizaram nove navios dos três países, incluindo o porta-aviões americano "USS Carl Vinson".

Um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Norte disse nesta sexta-feira que esses exercícios "constituem uma causa de maior desestabilização da situação regional e são um ato que ameaça seriamente a segurança", segundo a KCNA.

O porta-voz não revelou a data exata do teste, mas disse ter garantido que sua "postura de contra-ataque submarino baseada em armas nucleares está se aperfeiçoando ainda mais".

"Suas diferentes ações de resposta marítima e submarina continuarão dissuadindo as manobras militares hostis dos navios dos Estados Unidos e de seus aliados", acrescentou.

A situação na Península Coreana piorou nos últimos meses, com ambos os lados renunciando a um acordo fundamental para conter as tensões, o que aumenta sua segurança fronteiriça.

Na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou o vizinho do Sul como seu "principal inimigo" e dissolveu as agências governamentais dedicadas a promover a cooperação e a reunificação da península. Também ameaçou iniciar uma guerra, se Seul violar "nem que seja 0,001 milímetro" de seu território.

- Mobilização de drones? -

O novo anúncio do teste submarino "é um claro sinal da mobilização dos drones Haeil para usá-los em sua frota marítima", disse Hong Min, analista do Instituto Coreano para a Unificação Nacional, em Seul.

"O comunicado do Norte ilustra a posição de Pyongyang de que responderá proporcionalmente aos exercícios militares do Sul, do Japão e dos Estados Unidos", acrescentou.

Ainda assim, o Norte parece que tenta não "cruzar a linha para provocar um conflito armado".

Ahn Chan-il, um desertor norte-coreano que se tornou analista do Instituto Mundial de Estudos Norte-Coreanos, disse à AFP que era "difícil determinar as capacidades exatas" do suposto sistema de armas nucleares submarinas de Pyongyang.

"Considerando o nível científico em matéria de defesa da Coreia do Norte e o fato de a arma ainda esteja em fase de desenvolvimento, ainda não se encontra em uma etapa que represente uma ameaça significativa", afirmou.

Em sua habitual reunião política no final do ano, Kim ameaçou um ataque nuclear contra o Sul e pediu o reforço do arsenal militar de seu país ante uma guerra que pode "estourar a qualquer momento".

No domingo, a Coreia do Norte disparou um míssil hipersônico de combustível sólido e dias antes de realizar exercícios de fogo real perto da tensa fronteira marítima com o Sul.

Em resposta, Seul ordenou manobras de seu Exército e evacuou algumas ilhas perto da fronteira. No final do ano anterior, Kim conseguiu pôr em órbita o primeiro satélite espião do país, para o qual, segundo Seul, recebeu ajuda da Rússia em troca do fornecimento de armas para Moscou para a guerra na Ucrânia.

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico neste domingo (14), anunciou o Exército sul-coreano, poucos dias depois de vários exercícios de artilharia com munição real que sinalizam um endurecimento da posição do regime de Pyongyang.

"A Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado em direção ao Mar do Leste", disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão.

Segundo o Estado-Maior Conjunto, o míssil voou mil quilômetros.

A Guarda Costeira japonesa anunciou ter detectado "um objeto, potencialmente um míssil balístico, lançado pela Coreia do Norte", citando informações do Ministério da Defesa do país, e pediu que os navios na área fossem cautelosos.

O último míssil lançado pela Coreia do Norte, em 18 de dezembro, foi um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-18 de combustível sólido, o mais avançado que possuem, e foi disparado em direção ao Mar do Japão.

Em janeiro, a Coreia do Norte realizou exercícios de artilharia com munição real em sua costa ocidental, perto de ilhas sul-coreanas cuja população civil foi chamada para se abrigar.

- Mudança de tom -

Na quarta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, descreveu a Coreia do Sul como o "principal inimigo" do país.

"Finalmente chegou o momento histórico em que devemos defini-lo como o Estado mais hostil em relação à Coreia do Norte", afirmou Kim, qualificando seu vizinho como o "principal inimigo" de Pyongyang.

Essas declarações marcam uma mudança de tom na política norte-coreana, e analistas acreditam que Pyongyang adotará uma posição mais dura no futuro.

As relações entre as duas Coreias estão em seu ponto mais baixo em décadas.

Em dezembro, Kim ordenou acelerar os preparativos militares para uma "guerra" que poderia "ser desencadeada a qualquer momento".

Ele também denunciou uma "situação de crise persistente e incontrolável", supostamente causada por Seul e Washington com seus exercícios militares conjuntos na região.

Pyongyang conseguiu lançar um satélite espião no ano passado, após, segundo a Coreia do Sul, receber assistência tecnológica russa em troca de entregas de armas para a guerra que Moscou trava na Ucrânia.

Nesse sentido, autoridades norte-coreanas anunciaram neste domingo que o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte visitará a Rússia na próxima semana.

No ano passado, a Coreia do Norte também consolidou sua posição como potência nuclear em sua Constituição e lançou vários mísseis balísticos intercontinentais, violando resoluções da ONU.

Em novembro, Seul suspendeu parcialmente um acordo concluído com Pyongyang em 2018, que visava a prevenir incidentes militares na fronteira, mais uma indicação do agravamento das tensões entre os dois vizinhos.

Desde que Pyongyang realizou seu primeiro teste nuclear, em 2006, o Conselho de Segurança da ONU adotou inúmeras resoluções pedindo que a Coreia do Norte encerre seus programas nucleares e de mísseis balísticos.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, retornou a seu país depois de concluir a "visita oficial de boa vontade" à Rússia, que abriu "um novo capítulo" nas relações entre os dois países, informou a imprensa estatal nesta terça-feira.

Kim "completou sua visita oficial à Federação da Rússia e passou pela estação ferroviária de Tumangang, a estação fronteiriça, na manhã de segunda-feira", informou a agência estatal KCNA.

Durante a viagem, o dirigente "aprofundou ainda mais a relação de camaradagem e os vínculos de amizade com o presidente russo (Vladimir) Putin e abriu um novo capítulo no desenvolvimento das relações entre a RPDC e a Rússia", afirma a agência, que utiliza a sigla do nome oficial da Coreia do Norte.

Na visita de vários dias, Kim teve uma reunião com Putin, inspecionou foguetes espaciais, aviões e submarinos, além de ter acompanhado uma demonstração militar da Frota Russa no Pacífico.

A viagem provocou inquietação entre os países ocidentais por um possível acordo de venda de armas entre Coreia do Norte e Rússia, algo que o Kremlin negou.

Analistas acreditam que a Rússia está disposta a comprar munições norte-coreanas para utilizar na Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte tem interesse na tecnologia de satélites de Moscou.

Durante a viagem, Kim afirmou que a relação com a Rússia será a "prioridade número um" da Coreia do Norte, que historicamente tem a China como sua principal aliada e benfeitora.

Pyongyang e Moscou enfrentam sanções internacionais devido as testes de armas nucleares e à guerra na Ucrânia, respectivamente.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, expressou "sinceros agradecimentos" ao presidente Vladimir Putin ao concluir uma viagem de quase uma semana à Rússia, que abordou principalmente as questões de defesa.

A visita de Kim pela região do extremo leste russo indicou as possibilidades de cooperação militar entre Pyongyang e Moscou, que enfrentam sanções internacionais devido ao programa armamentista e à guerra na Ucrânia, respectivamente.

O dirigente norte-coreano inspecionou foguetes espaciais, aviões e submarinos russos durante a visita. Além disso, Kim e Putin trocaram rifles como presentes, um gesto simbólico após a reunião de cúpula dos governantes.

A viagem de Kim alimentou os temores ocidentais de que o isolado país asiático, que possui armamento nuclear, poderia fornecer equipamento bélico a Moscou para a invasão da Ucrânia.

A agência estatal norte-coreana de notícias KCNA afirmou nesta segunda-feira que Kim "transmitiu sinceros agradecimentos ao presidente Putin e à liderança russa pelo tratamento especial e sua hospitalidade cordial".

Ele também desejou "a prosperidade da Rússia e o bem-estar de seu povo", afirmou a agência, ao informar que o dirigente iniciou a "volta para casa".

Durante a visita, Kim disse que a Coreia do Norte, que tem a China como principal aliada e benfeitora, transformará as relações bilaterais com Moscou em sua "prioridade número um".

Analistas destacam que a Rússia deseja munições norte-coreanas para a guerra na Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte precisa de ajuda para desenvolver sua tecnologia de satélites e melhorar seus equipamentos militares.

Na quarta-feira da semana passada, os dois líderes se reuniram no cosmódromo de Vostochni, que fica a quase 8.000 quilômetros de Moscou.

Depois do encontro, Putin citou a perspectiva de uma cooperação maior com Pyongyang e reconheceu que existem "possibilidades" na área militar.

O Kremlin, no entanto, destacou que nenhum acordo foi assinado e que não havia a intenção de assinar qualquer acordo.

- Visita a um aquário -

No domingo, Kim visitou o Aquário de Primorie, o maior da Rússia e um dos principais do mundo, ao lado de comandantes militares.

Imagens publicadas pela imprensa estatal mostraram Kim sorrindo enquanto aplaudia a apresentação de uma morsa e seu tratador.

Kim também "observou golfinhos e outros animais realizando acrobacias e visitou vários pontos do aquário", segundo a KCNA.

O líder norte-coreano também elogiou as instalações por sua "reputação como base de pesquisa científica popular" sob a liderança de Putin.

A visita de Kim à Rússia "brilhará por muito tempo na história" e consolidará "a unidade militante" entre os dois países, ao mesmo tempo que "abre um novo capítulo" nas relações, afirmou a KCNA.

Durante a reunião de cúpula, Putin também aceitou o convite de Kim para visitar a Coreia do Norte em breve.

Antes de deixara a cidade de Vladivostok, Kim recebeu cinco drones explosivos, um de reconhecimento e um colete à prova de balas como presentes do governador da região russa de Primorie, fronteiriça com a China e a Coreia do Norte.

O líder norte-coreano Kim Jong-un está voltando para casa neste domingo, 17, vindo da Rússia, encerrando uma viagem de seis dias que gerou preocupações globais sobre acordos de transferência de armas entre dois países que possuem impasses com o Ocidente.

O trem blindado de Kim partiu ao som da canção da marcha patriótica russa "Despedida da Eslava" no final de uma cerimônia em uma estação ferroviária em Artyom, uma cidade no extremo leste da Rússia, a cerca de 200 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte, segundo a agência de notícias estatal russa RIA.

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Altos funcionários, incluindo o ministro de Recursos Naturais da Rússia, Alexander Kozlov, e o governador regional de Primorye, Oleg Kozhemyako, estiveram presentes na cerimônia, que contou com uma banda militar russa tocando hinos nacionais norte-coreanos e russos.

Desde que entrou na Rússia na terça-feira passada, na sua primeira viagem ao exterior em mais de quatro anos, Kim encontrou-se com o presidente Vladimir Putin e visitou locais militares e tecnológicos importantes, destacando o aprofundamento da cooperação de defesa dos países frente aos confrontos cada vez mais intensos com o Ocidente.

Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul disseram que a Coreia do Norte poderia fornecer munições extremamente necessárias para a guerra de Moscou contra a Ucrânia em troca de sofisticada tecnologia de armas russas que promoveria as ambições nucleares de Kim. Fonte: Associated Press

O presidente russo, Vladimir Putin, aceitou um convite do líder Kim Jong Un para visitar a Coreia do Norte, informou nesta quinta-feira (14) a agência de notícias estatal KCNA.

Após uma reunião realizada na véspera na Rússia, "Kim Jong Un convidou Putin para visitar a Coreia do Norte quando for conveniente", divulgou a KCNA. "Putin aceitou o convite com prazer e reafirmou sua vontade de avançar com a história e tradição de amizade entre os dois países", acrescentou.

Kim disse nesta quarta-feira a Putin que está certo de que a Rússia irá alcançar "uma grande vitória" contra os seus inimigos, enquanto os aliados ocidentais da Ucrânia alertaram para um possível acordo armamentista entre a Rússia e a Coreia do Norte.

A Rússia tornou-se um pária para o Ocidente após invadir a Ucrânia no ano passado, e busca fortalecer suas alianças com outros países isolados.

Kim Jong Un, o ditador de terceira geração, planeja se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou a mídia estatal de ambos os países na segunda-feira (11) - a primeira confirmação oficial da cúpula entre os dois líderes. Os relatórios não especificaram quando ou onde especificamente a conversa ocorrerá.

A viagem marcará a primeira viagem internacional de Kim em mais de quatro anos. O ditador partiu de Pyongyang, capital da Coreia do Norte, na tarde de domingo no horário local, e pegou seu trem pessoal à prova de balas, informou a mídia estatal da Coreia do Norte. Fotos mostraram Kim, que estava acompanhado por altos funcionários do partido, do governo e militares, acenando para os norte-coreanos da porta do trem. O relatório não mencionou se Kim já havia chegado à Rússia.

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Autoridades dos EUA disseram esperar que Kim se reunisse em breve com Putin, onde os dois poderiam avançar nas negociações sobre a venda de munições de Pyongyang para ajudar Moscou a reabastecer seus suprimentos para a guerra na Ucrânia.

Putin está programado para viajar na segunda e terça-feira para Vladivostok, a cerca de 1.200 quilômetros de Pyongyang, e participar do Fórum Econômico Oriental, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Kim e Putin conheceram-se em Vladivostok em 2019, o único encontro presencial até à data.

Peskov disse a um meio de comunicação russo na segunda-feira que não havia planos para conversações entre Putin e Kim no fórum econômico, que termina na quarta-feira.

A Coreia do Norte deu mais um passo na suspensão do seu rígido confinamento devido à Covid-19, permitindo que os seus cidadãos no exterior voltem ao país, informou a mídia estatal neste domingo (27).

A agência estatal KCNA publicou que a sede estatal de Prevenção de Emergências determinou que “os cidadãos no exterior foram autorizados a voltar para casa”.

“Aqueles que regressarem ficarão sob a devida observação médica em locais de quarentena durante uma semana”, acrescentou. Especificou que a decisão foi tomada “em relação ao alívio global da situação pandêmica”.

A Coreia do Norte fechou as suas fronteiras no início de 2020 em resposta à pandemia do coronavírus, impedindo até a entrada dos seus próprios cidadãos.

As mudanças indicam que a Coreia do Norte modificará a sua rigorosa política anticovid para suspender gradualmente as medidas de quarentena, disse à AFP Cheong Seong-chang, pesquisador do Instituto Sejong.

“Com o último anúncio, espera-se um retorno em grande escala dos norte-coreanos por terra”, acrescentou. Pyongyang começou gradualmente a mostrar sinais de suspensão das restrições sanitárias.

- Primeiras aberturas -

Em julho, autoridades chinesas e russas participaram de uma parada militar em Pyongyang, tornando-se os primeiros dignitários estrangeiros a visitar o país em anos.

Na semana passada, uma delegação de atletas norte-coreanos participou de uma competição de taekwondo no Cazaquistão, enquanto a companhia aérea estatal Air Koryo realizou o seu primeiro voo comercial internacional em três anos.

O voo chegou ao aeroporto de Pequim na manhã de terça-feira e jornalistas da AFP observaram dois norte-coreanos, reconhecíveis por usarem distintivos com os rostos dos ex-líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il, passando pelo portão de desembarque.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse ter autorizado a retomada dos voos comerciais entre Pequim e Pyongyang.

"Durante a temporada de viagens de verão e outono (...) o lado chinês aprovou planos para voos de passageiros, como as rotas Pyongyang-Pequim e Pequim-Pyongyang da Air Koryo", disse o ministério chinês na segunda-feira.

No entanto, os analistas esclarecem que o governo norte-coreano ainda não está pronto para abrir totalmente as suas fronteiras.

“Primeiro, os norte-coreanos não foram vacinados”, disse Cho Hanbum, pesquisador do Instituto Coreia para a Unificação Nacional.

Ele acrescentou que Pyongyang pode estar assustada com o “colapso” do sistema médico chinês após a sua decisão repentina, em dezembro, de pôr fim à sua política de Covid Zero, que manteve durante três anos.

A China registrou um aumento maciço nas hospitalizações e mortes que, segundo alguns especialistas, teriam deixado cerca de 2 milhões de mortos nas semanas seguintes à suspensão da Covid Zero.

O sistema de saúde norte-coreano é um dos mais deficientes do mundo e carece de vacinas contra a covid, de tratamentos antivirais ou de capacidade para realizar testes em massa.

A Coreia do Norte falhou na sua última tentativa de colocar um satélite espião em órbita, informou a mídia estatal nesta quinta-feira (24), meses depois de um primeiro foguete ter caído no oceano após a decolagem.

O líder do país comunista, Kim Jong Un, priorizou o desenvolvimento de satélites de inteligência como contrapeso à crescente atividade dos Estados Unidos na região.

A Administração Nacional de Desenvolvimento Espacial "realizou o segundo lançamento do satélite de reconhecimento Malligyong-1 a bordo do novo foguete de lançamento Chollima-1 do Campo de Lançamento de Satélites de Sohae (…) na madrugada de 24 de agosto", segundo a mídia estatal.

"O voo na primeira e na segunda fase do foguete foi normal, mas o lançamento falhou devido a um erro no sistema de ignição de emergência na terceira fase do voo", disse a agência de notícias oficial KCNA em um relatório.

Joseph Dempsey, pesquisador do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, disse à AFP que, embora o texto da decisão seja confuso, Pyongyang provavelmente se referia à "separação" do satélite do lançador.

Segundo a KCNA, "a causa do acidente não é um grande inconveniente" e planejou uma terceira tentativa para outubro, depois que analisar o problema e tomar medidas para corrigi-lo.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que detectou a decolagem às 3h50 locais (15h50 de quarta-feira, no horário de Brasília) do "que os norte-coreanos chamam de foguete espacial".

O projétil foi disparado para sul a partir da província norte-coreana de Pyongan do Norte e "atravessou o espaço aéreo internacional" sobre o Mar Amarelo, disse a mesma fonte.

"Nosso exército está em posição de total prontidão e em estreita coordenação com os Estados Unidos, enquanto aumenta seu nível de segurança", disse o comando militar.

O governo japonês foi o primeiro a anunciar o lançamento do projétil que, segundo Tóquio, sobrevoou o seu espaço aéreo perto da ilha de Okinawa. Denunciou também que Pyongyang usou tecnologia de mísseis balísticos, proibida pela ONU.

"Este último lançamento da Coreia do Norte é extremamente problemático do ponto de vista de garantir a segurança dos residentes afetados, assim como das aeronaves e navios", disse o porta-voz principal do governo, Hirokazu Matsuno.

A Coreia do Norte informou na terça-feira à Guarda Costeira japonesa que lançaria um satélite entre 24 e 31 de agosto.

O Japão mobilizou navios militares e seu sistema de defesa aérea caso o dispositivo caísse em seu território. Além disso, juntamente com Seul, exigiu que Pyongyang não prosseguisse com o lançamento.

"Embora ainda tenha sido um fracasso, o voo foi mais longe do que a tentativa anterior", disse o pesquisador Joseph Dempsey.

"O espaço é complicado, o fracasso e as lições aprendidas costumam fazer parte do desenvolvimento de projetos em evolução que terminam bem-sucedidos", disse ele.

A Coreia do Norte já havia tentado em maio colocar em órbita o que descreveu como seu primeiro satélite de reconhecimento militar, mas o foguete que o transportava caiu no mar minutos após a decolagem.

O primeiro voo comercial internacional da Coreia do Norte chegou nesta terça-feira (22) a Pequim, no momento em que Pyongyang flexibiliza o bloqueio de suas fronteiras decretado pela pandemia de Covid-19.

A Coreia do Norte fechou suas fronteiras no início de 2020 em resposta ao vírus e, até as últimas semanas, não demonstrou sinais de abertura.

No mês passado, autoridades chinesas e russas compareceram a um grande desfile militar em Pyongyang e, na semana passada, uma delegação de atletas norte-coreanos foi autorizada a participar de uma competição de taekwondo no Cazaquistão.

Nesta terça-feira, o voo JS151 Pyongyang-Pequim da companhia estatal Air Koryo pousou às 9H17 (22H17 de Brasília, segunda-feira) na capital chinesa.

Correspondentes da AFP presentes no aeroporto de Pequim-Capital observaram apenas dois norte-coreanos saindo pelo portão de desembarque. Ambos utilizavam cartões com os rostos dos ex-líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il, respectivamente avô e pai do atual líder norte-coreano Kim Jong Un.

Um dos passageiros era o general Kim Jin, segundo Colin Zwirko, analista do portal NK News, especializado em notícias da Coreia do Norte. Nenhum deles fez declarações à imprensa.

Um voo da Air Koryo decolou de Pequim com destino a Pyongyang, de acordo com um site de rastreamento de voos.

A NK News informou que a Air Koryo também deve retomar os voos entre Vladivostok, no extremo leste russo, e Pyongyang nesta semana.

A Coreia do Norte pretende lançar um satélite de espionagem nos próximos dias, quase três meses após uma primeira tentativa fracassada, o que provocou críticas do Japão e da Coreia do Sul e pedidos de cancelamento.

O lançamento está previsto para acontecer entre 24 e 31 de agosto, informaram as autoridades do país comunista à Guarda Costeira do Japão, que mobilizou sua frota e o sistema de defesa aérea como precaução caso o aparelho caia em seu território.

A Coreia do Sul afirmou que o lançamento seria um "ato ilegal" por violar as sanções da ONU que proíbem Pyongyang de desenvolver mísseis balísticos, armas que compartilham tecnologia com veículos de lançamento espaciais.

"O chamado 'lançamento de satélite' da Coreia do Norte é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o ministério sul-coreano da Unificação em um comunicado.

"Não importa quais desculpas a Coreia do Norte tente inventar, não pode justificar o ato ilegal", acrescentou.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, fez um apelo para que Pyongyang suspenda os planos e afirmou que está trabalhando com Seul e Washington para obter mais informações.

Também pediu a seus ministros que "adotem todas as medidas possíveis como preparação a eventualidades imprevistas".

A Guarda Costeira do Japão informou que as autoridades norte-coreanas detalharam três possíveis áreas de perigo: o Mar Amarelo, o Mar da China Oriental e a costa leste da ilha filipina de Luzon.

Em maio, a Coreia do Norte tentou colocar em órbita o que descreveu como seu primeiro satélite de reconhecimento militar, mas o foguete que o transportava caiu no mar poucos minutos depois da decolagem.

Pyongyang afirmou que desenvolveu o satélite de espionagem como um contrapeso necessário à crescente presença militar dos Estados Unidos na região.

- "Provocação nuclear" -

O lançamento deve coincidir com os grandes exercícios militares conjuntos de Washington e Seul, que começaram na segunda-feira e devem prosseguir até 31 de agosto.

A agência oficial norte-coreana de notícias KCNA afirmou em um comunicado que estas manobras constituem uma "provocação nuclear", o que pode desencadear "uma guerra termonuclear".

"Pyongyang parece que está sincronizando seu próximo lançamento de satélite com os exercícios conjuntos 'Escudo de Liberdade de Ulchi', tendo melhorado e complementado os aspectos técnicos do lançamento nos últimos três meses", declarou Choi Gi-il, professor de Segurança Nacional na Universidade Sangji, à AFP.

"Dada a natureza do regime norte-coreano, três meses parecem suficientes para detectar as falhas no lançamento fracassado de maio e corrigi-las, mas temos que observar se conseguirão desta vez", acrescentou.

O dirigente norte-coreano Kim Jong Un estabeleceu o desenvolvimento de satélites militares como uma prioridade do país.

Os serviços de inteligência da Coreia do Sul informaram na semana passada ao Congresso que o Norte poderia tentar lançar o satélite entre o fim de agosto e início de setembro.

A queda do primeiro satélite em maio provocou uma longa operação de Seul para recuperar os destroços do dispositivo e iniciar uma análise.

O ministério da Defesa sul-coreano afirmou, após um estudo de especialistas americanos e de Seul, que o satélite não tinha utilidade militar.

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de longo alcance, afirmou o exército da Coreia do Sul nesta quarta-feira (12), poucos dias depois de Pyongyang ameaçar derrubar qualquer avião espião dos Estados Unidos que violar seu espaço aéreo

As relações entre as duas Coreias estão em um dos piores momentos, sem contatos diplomáticos entre os países e com o aumento dos testes de armas do Norte, onde o ditador Kim Jong Un determinou o desenvolvimento do arsenal nuclear.

Estados Unidos e Coreia do Sul intensificaram os exercícios militares conjuntos na região e prometeram o "fim" do regime norte-coreano caso utilize armas nucleares contra seus aliados.

O comando militar de Seul detectou o lançamento de um míssil balístico de longo alcance às 10h (22h de Brasília, terça-feira) a partir da região de Pyongyang.

"O míssil balístico foi disparado em uma trajetória vertical e percorreu 1.000 quilômetros, antes de cair no Mar do Leste", também conhecido como Mar do Japão, anunciou o Estado-Maior Conjunto.

A Coreia do Norte já utilizou em vários momentos os lançamentos com trajetória vertical para evitar que o projétil entre no espaço aéreo de países vizinhos.

O lançamento "é uma provocação grave que prejudica a paz e a segurança na península da Coreia" e viola as sanções da ONU contra Pyongyang, afirmou o comando militar de Seul.

O último disparo por parte do regime comunista de um de seus mísseis balísticos intercontinentais (ICMB) aconteceu em abril, supostamente o Hwasong-18 que utiliza combustível sólido.

Em fevereiro, o país lançou um Hwasong-15, que percorreu 989 km. Os especialistas destacam que o tempo de voo de 70 minutos também é similar ao de outros ICBM.

"Com o que temos no momento é quase 90% seguro que foi um lançamento de ICBM", disse à AFP Choi Gi-il, professor de estudos militares na Universidade de Sangji.

O analista destacou que o disparo pode ter sido um novo teste da Coreia do Norte antes de uma eventual nova tentativa de colocar um satélite de reconhecimento em órbita, depois do fracasso de maio.

- Ameaça -

O lançamento aconteceu apenas dois dias após a Coreia do Norte acusar o governo dos Estados Unidos de violar seu espaço aéreo com aviões de espionagem e criticar os planos de Washington de enviar um submarino com mísseis nucleares para a região da península coreana.

Um porta-voz do ministério norte-coreano da Defesa Nacional disse que Washington "intensificou as atividades de espionagem além dos níveis próprios de períodos de guerra".

"Não há garantia de que não aconteça um acidente tão chocante como a queda de um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos Estados Unidos" no Mar do Leste da Coreia, afirmou o porta-voz em um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

O disparo coincide com a participação do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, na reunião de cúpula da Otan esta semana na Lituânia, na qual busca mais cooperação com a aliança militar diante das crescentes ameaças da Coreia do Norte, segundo o governo de Seul.

"Pyongyang costuma programar suas demonstrações de força para perturbar o que percebe como uma coordenação diplomática contra o país, neste caso, os líderes da Coreia do Sul e do Japão reunidos durante a cúpula da Otan", afirmou Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha de Seul.

A Coreia do Norte advertiu que derrubará qualquer avião espião dos Estados Unidos que violar seu espaço aéreo e criticou os planos de Washington de enviar um submarino com mísseis nucleares para a região da península coreana.

Um porta-voz do ministério norte-coreano da Defesa Nacional disse que um avião espião americano realizou voos "provocativos" neste mês, incluindo que entrou no espaço aéreo do país "várias vezes".

"Não há garantia de que não aconteça um acidente tão chocante como a queda de um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos Estados Unidos" no Mar do Leste da Coreia, afirmou o porta-voz em um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

O porta-voz citou incidentes anteriores quando Pyongyang derrubou aeronaves americanas e alertou que os Estados Unidos pagarão um preço pela espionagem aérea "encenada freneticamente".

O comunicado também critica o envio planejado de recursos nucleares americanos à península coreana como "a chantagem nuclear mais patente" contra a Coreia do Norte, que segundo Pyongyang representa uma grave ameaça à segurança regional e global.

"A atual situação prova claramente que a situação na península coreana está se aproximando do limiar de um conflito nuclear devido às ações militares provocativas dos Estados Unidos", acrescenta.

Washington anunciou em abril o envio de um submarino com mísseis nucleares para a primeira visita a um porto sul-coreano em décadas, sem revelar uma data.

A Coreia do Norte lançou vários de mísseis desde o início do ano, enquanto Estados Unidos e Coreia do Sul intensificaram a cooperação militar com vários exercícios bélicos na região.

O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol deve participar esta semana da reunião de cúpula da Otan na Lituânia, em busca de mais cooperação com a aliança de defesa diante das crescentes ameaças da Coreia do Norte, anunciou o governo de Seul.

A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos, no mais recente de uma série de testes de armas proibidas executadas este ano por Pyongyang, anunciaram as Forças Armadas da Coreia do Sul e o Ministério da Defesa do Japão nesta quinta-feira (15).

O Estado-Maior Conjunto de Seul afirmou ter detectado o lançamento de "dois mísseis balísticos de curto alcance da área de Sunan para o Mar do Leste entre 19h25 e 19h37 (07h25 e 07h37 do horário de Brasília)", referindo-se ao corpo de água também conhecido como o Mar do Japão.

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"Dois mísseis balísticos caíram na ZEE (Zona Econômica Exclusiva)", disse um funcionário do Ministério da Defesa japonês.

Esta zona se estende até 200 milhas náuticas (370 quilômetros) da costa japonesa, além das águas territoriais.

O Ministério da Defesa do Japão anunciou que a Guarda Costeira do país pediu aos navios que fiquem atentos e não se aproximem de nenhum objeto caído no mar.

"Intensificamos o monitoramento em caso de novas provocações e estamos mantendo a disposição em estreita coordenação com os Estados Unidos", acrescentou o Estado-Maior Conjunto de Seul.

As relações entre as duas Coreias estão em um dos piores momentos dos últimos anos.

A Coreia do Norte lançou vários mísseis desde o início do ano, em uma série de violações das sanções contra o país, incluindo os disparos de mísseis balísticos intercontinentais. No mês passado, Pyongyang tentou colocar um satélite espião militar em órbita.

Em resposta, o governo do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reforçou a cooperação de defesa com os Estados Unidos, com exercícios militares conjuntos frequentes em larga escala, incluindo manobras com munição real que estão em curso atualmente.

A Coreia do Norte disparou, nesta segunda-feira (noite de domingo, 26, no Brasil), pelo menos um míssil balístico, o mais recente em uma série de testes com armamentos nas últimas semanas, informaram as forças armadas sul-coreanas.

"A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado" na direção do Mar do Japão, informou o estado-maior conjunto de Seul.

O lançamento ocorreu dias depois de Seul e Washington terem concluído, na quinta-feira, seus maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos.

Pyongyang considera que estas manobras são um ensaio de invasão e declarou, na sexta-feira, que os exercícios recentes, denominados Escudo de Liberdade, foram um treinamento para "ocupar" a Coreia do Norte.

Pyongyang realizou exercícios militares próprios, incluindo o segundo lançamento do ano de um míssil balístico intercontinental e o teste de um drone submarino de ataque nuclear.

Após um ano recorde de testes com armas e crescentes ameaças nucleares de Pyongyang em 2022, Seul e Washington intensificaram sua cooperação de segurança.

A Coreia do Norte se proclamou no ano passado uma potência nuclear "irreversível" e o líder Kim Jong Un pediu recentemente um aumento "exponencial" na produção de armas, inclusive as de tipo nuclear táctico.

A Coreia do Norte testou, esta semana, um novo drone submarino de ataque nuclear, em resposta aos exercícios militares conjuntos realizados por Estados Unidos e Coreia do Sul, reportou a agência estatal norte-coreana (KCNA) nesta sexta-feira (noite de quinta no Brasil).

Durante as manobras, ocorridas entre terça e quinta-feira, o Exército norte-coreano ativou e testou o novo sistema de armamento, cujo objetivo é "provocar um tsunami radioativo em larga escala" com uma explosão submarina, segundo a KCNA. "Esse drone de ataque submarino pode ser implantado em qualquer costa e porto, ou ser rebocado por um navio de superfície para o seu funcionamento."

A "arma secreta" foi colocada sob a água em frente à província de Hamgyon do Sul, na última terça-feira. Dois dias depois, foi detonada uma ogiva de teste, descreveu a agência.

A Coreia do Norte lançou vários mísseis de cruzeiro ontem, segundo o Exército sul-coreano, que realiza manobras conjuntas de longo alcance com os Estados Unidos. Pyongyang considera estas manobras uma ameaça e uma possibilidade de invasão do seu território, e alertou em várias ocasiões que responderia aos exercícios de "forma maciça".

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance neste domingo (19) – informaram as Forças Armadas de Seul, na quarta demonstração de força por parte de Pyongyang em uma semana, no momento em que Estados Unidos e Coreia do Sul conduzem um exercício militar conjunto.

Coreia do Sul e Estados Unidos estreitaram sua cooperação em defesa ante as crescentes ameaças militares e nucleares da Coreia do Norte. Nos últimos meses, Pyongyang lançou uma série de testes de armas proibidas e mantém um tom cada vez mais belicoso.

Washington e Seul estão no meio do maior exercício militar conjunto em cinco anos, um treinamento de 11 dias denominado "Escudo da Liberdade". A Coreia do Norte percebe esses exercícios como preparativos para uma invasão e advertiu sobre uma resposta "esmagadora".

"Nossas Forças Armadas detectaram um míssil balístico de curto alcance disparado da zona de Tongchang-ri, na província de Pyongan do Norte, às 11h05 (horário local)", em direção ao mar do Japão, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JME).

O míssil percorreu 800 quilômetros e está sendo analisado pelas Inteligências americana e sul-coreana, acrescentou o EME.

"Nossas Forças Armadas mantêm uma postura de plena disponibilidade baseada em sua capacidade de responder de forma esmagadora a qualquer provocação da Coreia do Norte, enquanto acontecem exercícios e manobras conjuntos", completou.

O Japão também confirmou o lançamento.

O vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, disse aos jornalistas que seu país "apresentou um protesto veemente e condenou fortemente" a Coreia do Norte, usando sua embaixada em Pequim.

O Comando Militar Indo-Pacífico dos Estados Unidos condenou o lançamento, destacando o "impacto desestabilizador" do programa bélico norte-coreano.

Algumas horas depois do lançamento, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul declarou que pelo menos um bombardeiro americano de longo alcance BP-1BP participou dos exercícios conjuntos com os Estados Unidos.

Voluntários

O lançamento do míssil ocorreu um dia depois de a imprensa oficial coreana informar que mais de 800.000 jovens se ofereceram como voluntários para o exército, com o objetivo de combater os "imperialistas americanos".

Na quinta-feira (16), Pyongyang testou seu maior e mais poderoso míssil balístico Intercontinental Exchange (ICBC), o Washington-17.

A agência de notícias norte-coreana KCNA classificou o lançamento do Hwasong-17 de uma resposta aos "frenéticos" exercícios de Estados Unidos e Coreia do Sul.

É a segunda vez neste ano que a Coreia do Norte lança um ICBM.

A pedido dos Estados Unidos e do Japão, o Conselho de Segurança da ONU deve fazer uma reunião de emergência na segunda-feira (20) sobre o lançamento do míssil balístico, informou a agência de notícias Yonhap.

Já a agência norte-coreana de notícias KCNA informou neste domingo que o Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang advertiu "energicamente" os Estados Unidos e outros países que "contramedidas legítimas de autodefesa" para a Coreia do Norte devem ser incluídas na discussão no Conselho de Segurança da ONU.

Especialistas já haviam alertado que Pyongyang poderia usar os exercícios conjuntos como pretexto para fazer mais lançamentos de mísseis.

Ontem, a KCNA afirmou que as manobras conjuntas estavam "se aproximando de uma linha vermelha imperdoável".

A última onda de lançamentos de Pyongyang aproximou Seul e Tóquio, levando-os a buscar resolver suas disputas históricas e tentar aumentar a cooperação em matéria de segurança.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, viajou para o Japão na quinta-feira para se reunir com o primeiro-ministro Fumio Kishida, visando ao fortalecimento de suas relações diante da crescente belicosidade da Coreia do Norte.

No ano passado, a Coreia do Norte se declarou uma potência nuclear "irreversível". Recentemente, seu líder, Kim Jong-un, pediu um aumento "exponencial" da produção de armas, incluindo armas nucleares táticas. Kim também ordenou às Forças Armadas norte-coreanas que intensifiquem sua preparação para uma "guerra real".

Yang Moo-jin, acadêmico da Universidade de Estudos Norte-coreanos em Seul, disse que os últimos lançamentos de mísseis têm vários propósitos. Entre eles, estão protestar contra os exercícios conjuntos e testar a resposta trilateral de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.

A Coreia do Norte disparou pelo menos um míssil balístico não identificado neste sábado (18), afirmou o exército sul-coreano, antes dos exercícios conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul na semana que vem em Washington.

"A Coreia do Norte dispara um míssil balístico não identificado no mar do Leste", informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, referindo-se ao corpo de água também conhecido como Mar do Japão.

O Japão também confirmou o lançamento. O míssil é do tipo "ICBM" e poderia ter atingido a zona econômica exclusiva do Japão, segundo o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

"Parece que o míssil balístico disparado pela Coreia do Norte caiu na zona econômica exclusiva do Japão, a oeste de Hokkaido", disse Kishida a repórteres.

De acordo com Hirokazu Matsuno, porta-voz do governo japonês, Pyongyang "lançou um míssil balístico do tipo ICBM na direção leste. Ele voou por aproximadamente 66 minutos".

Esse míssil balístico intercontinental percorreu cerca de 900 km antes de cair às 18h27, horário local (06h27 no horário de Brasília), disse o porta-voz.

Anteriormente, o vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, havia indicado que, segundo as previsões, o míssil deveria cair cerca de 200 quilômetros a oeste da ilha de Oshima, ao longo da ilha de Hokkaido (norte do Japão).

Kishida explicou que havia "instruído [as autoridades japonesas] a informar a população e verificar minuciosamente a situação de segurança".

Em novembro passado, outro míssil disparado por Pyongyang - no âmbito de uma série de lançamentos de intensidade sem precedentes - também teria caído na zona econômica exclusiva do Japão.

Essa zona cobre até 200 milhas náuticas (370 quilômetros) em torno de suas costas.

O lançamento deste sábado, o primeiro de Pyongyang desde 1º de janeiro, ocorreu poucos dias antes de Seul e Washington iniciarem exercícios de simulação em Washington, onde ambos os aliados discutirão como podem responder ao uso de armas nucleares de Pyongyang.

Os exercícios da próxima semana se concentrarão em "planejamento conjunto, direção e resposta conjunta com os ativos nucleares de Washington" se Pyongyang realizar um ataque nuclear, explicou um funcionário do Ministério da Defesa sul-coreano à AFP na sexta-feira.

As tensões militares aumentaram na península coreana depois que a Coreia do Norte se declarou um Estado nuclear "irreversível", realizando vários testes de armas, apesar das sanções internacionais impostas contra o governo de Pyongyang.

Em resposta, a Coreia do Sul aumentou seus exercícios militares conjuntos com seu aliado americano.

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