Prefeitura de SP faz campanha para o uso da PEP

Elaborada por voluntários, iniciativa amplia a divulgação da Profilaxia Pós-Exposição, medicação que é aplicada para evitar a infecção a quem se expôs aos riscos da doença

por Alex Dinarte ter, 03/09/2019 - 14:21

Para acabar com o desespero de quem se expõe à contaminação do vírus HIV (transmissor da Aids), o Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/Aids) de São Paulo lançou uma nova campanha para ampliar a divulgação da Profilaxia Pós-Exposição (PEP). Mesmo sendo oferecido de maneira gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) há quase 10 anos, grande parte da população ainda desconhece a PEP.

Trata-se de uma medicação de uso diário, por 28 dias ininterruptos, aplicada para evitar a infecção. Para surtir efeito, os cuidados devem ser iniciados até 72h depois da exposição de risco ao contágio pelo vírus, de preferência nas duas primeiras horas do ato.

A campanha publicitária, produzida de maneira voluntária por alunos do último ano do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Metodista de São Paulo, tem como enfoque os jovens de 15 a 29 anos, entretanto o coordenador da área de prevenção do Programa Municipal de DST/Aids, Adriano Queiroz da Silva, alerta que a PEP está disponível para todas as idades. "É para qualquer pessoa de qualquer idade, mas como há uma epidemia crescente de HIV entre os jovens e os estudantes também são jovens, a gente pede que eles façam campanhas focadas para este público", explica Silva. "A gente começou a ofertar a PEP ao HIV no serviço de emergência/urgência e, hoje, nós temos mais de 50 unidades que ofertam na cidade de São Paulo, sendo que 35 delas são 24 horas", complementa.

Além de estarem dispostas nos serviços da Rede Municipal Especializada em DSTs/Aids, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, a medicação pode ser encontrada em unidades de saúde como Pronto-Socorros (PS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Os endereços estão disponíveis no site do PM DST/Aids.

Em 2017, a faixa etária dos 15 aos 29 anos concentrou mais da metade dos novos casos de Aids na cidade de São Paulo.

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