Bomba atômica é 'ameaça para Humanidade', diz Irã
Desde 2006, o líder supremo do Irã repete que o Irã não precisa da bomba atômica, que não busca obtê-la e que armas de destruição em massa em geral - e armas nucleares em particular - são contrárias aos ensinamentos do Islã
A bomba atômica é "uma ameaça à humanidade", disse o aiatolá Ali Khamenei em Teerã nesta quarta-feira (9), lembrando que a fabricação e o uso de armas nucleares são contrários aos ensinamentos do Islã.
"Mesmo que pudéssemos fazê-lo, declaramos resoluta e corajosamente, de acordo com os preceitos do Islã, que não seguiríamos esse caminho", declarou o líder supremo do Irã, em um discurso para cientistas iranianos.
"Tanto a construção quanto o acúmulo (de tais armas) são ruins, e seu uso é 'haram" (pecado proibido pelo Islã), totalmente 'haram'", declarou, de acordo com um vídeo de seu discurso postado em sua conta oficial no Twitter.
"Hoje, a bomba atômica continua sendo uma ameaça para o mundo e para a humanidade", insistiu.
Desde 2006, o líder supremo do Irã repete que o Irã não precisa da bomba atômica, que não busca obtê-la e que armas de destruição em massa em geral - e armas nucleares em particular - são contrárias aos ensinamentos do Islã.
Em vez disso, Khamenei defende, regularmente, o direito do Irã à energia nuclear civil.
Durante anos, a comunidade internacional ocidental suspeita de que o Irã tenha ambições nucleares.
Em 2015, o acordo nuclear iraniano concluído em Viena entre Teerã e o grupo 5 + 1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha) permitiu à República Islâmica obter uma redução das sanções internacionais contra ela. Em troca, fez uma redução drástica em seu programa nuclear, garantindo que fosse de natureza exclusivamente civil.
Os Estados Unidos abandonaram unilateralmente esse acordo em 2018 e reimpuseram as sanções econômicas a Teerã. Em resposta, os iranianos começaram a se retirar, em maio, de vários dos compromissos assumidos em Viena.