Aos 21 anos, grávida espera por quadrigêmeas univitelinas
No primeiro ultrassom, jovem descobriu estar grávida de gêmeas; depois, de trigêmeas, mas terceiro exame confirmou a gestação de quatro bebês
É raro, mas pode acontecer. Uma moradora de Guarulhos, na Grande São Paulo, descobriu que está grávida de quatro meninas univitelinas, ou seja, elas podem ser parecidas fisicamente. No primeiro exame de ultrassom, ela descobriu que estava grávida de gêmeas; no segundo, os médicos disseram que eram três bebês e, mesmo assim, solicitaram mais uma avaliação.
Foi aí que os médicos confirmaram que a atendente de restaurante Larisse de Macedo de Sousa, 21 anos, está grávida de quadrigêmeas. Segundo ela, a notícia abalou toda a família. "Eu fiquei em choque no início, foi uma surpresa para todo mundo. Eu, meu marido [Jeferson José de Lima, 29 anos] e familiares choramos muito", lembra Larisse.
A jovem, que é mãe de um menino de quatro anos, afirma nunca ter feito um tratamento que pudesse levar à gestação gemelar e que a atual gravidez aconteceu em um processo natural. Para confirmar a espera de quadrigêmeas, ela realizou mais um ultrassom, dessa vez em uma clínica particular, para ter exatidão no diagnóstico. "Os obstetras disseram que o meu caso é raro. Segundo os médicos do hospital público, não há estrutura para esse tipo de parto, então optamos pelo convênio que temos", afirma Larisse.
Aos 21 anos, Larisse de Sousa está grávida de quatro meninas | Foto: Acervo Pessoal
Nas famílias de Larisse e do marido há casos de gestações gemelares, porém, essa é a primeira com quadrigêmeos. "Algumas pessoas não acreditam que sejam quatro bebês. Como as minhas blusinhas são curtinhas, minha barriga sempre fica exposta", afirma. Larisse precisa ter muita cautela e maiores períodos de repouso, já que um esforço físico excessivo pode ocasionar em um parto prematuro. "É um pouco difícil ter que conciliar os afazeres domésticos, o trabalho, meu outro filho e a gestação. Se eu fizer muito esforço a barriga começa a doer. Minha família acaba ajudando a cuidar da casa", complementa.
O ginecologista obstetra Alexandre Chieppe explica que é possível identificar gestações gemelares a partir da 16ª semana de gestação. "Casos como da Larisse não são comuns porque logo no início da gravidez é possível identificar, depende muito de quando é realizado o exame e qual foi a dificuldade técnica na hora da ultrassonografia", conta.
Quando há histórico de gêmeos na família, aumentam as probabilidades de uma gestação de dois ou mais fetos. "A gestação gemelar não é exclusiva dessas pessoas que tem casos na família, por algum motivo existe um componente genético que faz com que essas mulheres tenham uma maior probabilidade de ter gêmeos na gestação", explica Chieppe.
A gestação de mais de um feto requer mais cuidados, principalmente por conta do volume abdominal, mas, segundo o médico, não quer dizer que seja uma gravidez de alto risco. Qualquer mulher pode levar uma gestação gemelar adiante. "Quanto maior o número de fetos, maior é o risco de um parto prematuro, mas isso é uma variável, pois algumas mulheres conseguem levar até os nove meses", conclui Chieppe.