Os potenciais sucessores da chanceler Angela Merkel
Quatro homens se destacam por enquanto
A renúncia de Annegret Kramp-Karrenbauer, líder da União Democrática Cristã (CDU), para concorrer à Chancelaria da Alemanha, abriu caminho para sua sucessão, na qual quatro homens se destacam por enquanto.
- Friedrich Merz
Advogado de 64 anos, antigo inimigo da chanceler Angela Merkel, que o relegou na década de 1990, Friedrich Merz foi derrotado por Kramp-Karrenbauer, apelidada de AKK por suas iniciais, na disputa pela liderança do partido em 2018.
Merz é a favor de uma guinada do partido à direita para recuperar os eleitores conservadores que passaram a votar no partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Se chegar à liderança da CDU, Merz pressionará Merkel a deixar o poder de forma antecipada.
- Armin Laschet
Político de 58 anos, governa a região da Renânia do Norte-Vestfália, onde fica a federação mais importante da CDU.
Próximo de Merkel, Laschet mantém boas relações com os setores mais conservadores do partido na luta contra gangues criminosas.
Também está em boa sintonia com o Partido Social Democrata (PSD), parceiro de Merkel no governo.
"Armin Laschett deve lutar pela presidência, se ele não quiser ser um tigre de papel", disse o vice-presidente do Parlamento, o socialdemocrata Thomas Oppermann, nesta segunda-feira.
- Jens Spahn
O jovem e ambicioso ministro da Saúde, cujo trabalho tem sido altamente elogiado, está na ala direita do partido e no campo anti-Merkel. Em 2015, quando a chanceler ainda era todo-poderosa, não hesitou em criticá-la por sua política migratória.
Sua idade, 39 anos, e sua homossexualidade publicamente assumida podem, no entanto, custar-lhe votos em um partido muito conservador sobre questões ligadas a valores e comportamento.
- Markus Söder
Presidente por pouco mais de um ano da União Social Cristã (CSU), o partido da Baviera aliado à CDU, Markus Soder faz parte dos candidatos à sucessão de Merkel em 2021.
Soder, de 53 anos, defensor dos valores cristãos tradicionais, tentou nos últimos meses moderar sua imagem, insistindo na defesa do meio ambiente.
Foi um dos primeiros líderes de peso a condenar categoricamente a eleição de um líder liberal na região da Turíngia (leste) com o apoio da CDE e da extrema direita.