Mesquita é vandalizada em vilarejo árabe em Israel
A polícia israelense investigou o incidente e condenou 'todos os crimes de ódio nacionalista'
Uma mesquita foi alvo de pichações racistas e os pneus de mais de cem carros foram furados em um vilarejo árabe no norte de Israel, informou a polícia israelense nesta terça-feira (11), que suspeita de extremistas judeus.
Frases que diziam “judeus acordem” ou “parem a assimilação” foram pintadas na noite de segunda-feira em uma mesquita e em outro prédio na cidade de Khish, também conhecido como Gush Halav, localizado perto da fronteira com o Líbano.
A polícia israelense investigou o incidente e condenou “todos os crimes de ódio nacionalista”.
De acordo com o chefe do conselho local de Khish, Elias Elias, não é a primeira vez que sua aldeia, povoada por muçulmanos e cristãos árabes, é alvo de vandalismo.
Esses atos parecem fazer parte da campanha “Preço a pagar”, liderada por extremistas judeus, bem como por ativistas de extrema direita que cometem ataques contra palestinos e árabes israelenses.
“Condeno veementemente a pichação e o vandalismo que ocorreram ontem à noite nas propriedades da aldeia de Khish. Encontraremos os agressores e aplicaremos a lei com todo o seu rigor. Não aceitaremos nenhum ataque contra nossos cidadãos”, respondeu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
No entanto, o líder da “Lista Árabe Unida”, um grupo de partidos árabes israelenses que participam das eleições legislativas de 2 de março, vinculou a violência a Netanyahu, acusado por esses partidos de alimentar uma retórica anti-árabe.
Nos últimos meses, Israel viu um aumento nos atos de vandalismo contra os árabes israelenses.
Em dezembro, os pneus de 160 carros foram perfurados em uma noite em um bairro de Jerusalém Oriental, ocupado por Israel em 1967 e anexado 13 anos depois.