Rival de Netanyahu terá proteção após receber ameaças

A proteção de Gantz, líder do partido centrista 'Azul-Branco', era, até à data, garantida pelo serviço de segurança do Parlamento e já havia sido reforçada depois que ele foi insultado e ameaçado

qua, 11/03/2020 - 08:56
GALI TIBBON Benny Gantz, chefe da formação centrista GALI TIBBON

Benny Gantz, principal adversário do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ficará sob proteção do Estado, devido às ameaças que recebeu on-line - anunciou o serviço interno de Inteligência.

"O primeiro-ministro aprovou a recomendação da Shin Beth (agência de Inteligência) para garantir a proteção de Gantz", afirmou o serviço. Essa decisão ainda deve ser aprovada por uma comissão de segurança independente.

A proteção de Gantz, líder do partido centrista "Azul-Branco", era, até à data, garantida pelo serviço de segurança do Parlamento e já havia sido reforçada depois que ele foi insultado e ameaçado por dizer que queria formar um governo com o apoio dos partidos árabes israelenses.

Granz repostou no sábado no Twitter uma mensagem que dizia que "deveria ser assassinado como Rabin", em referência ao assassinato do primeiro-ministro trabalhista Yitzhak Rabin, em 1995, por um extremista judeu após uma campanha de ódio contra ele conduzida pela direita israelense, dirigida por Netanyahu.

"Netanyahu, pare com esse incitamento à violência, não diga que não estava ciente" das ameaças na Internet, comentou Gantz no Twitter.

Em Israel, apenas sete pessoas, incluindo o líder da oposição, recebem automaticamente a proteção do Shin Beth.

Gantz, cujo partido foi o segundo nas legislativas de 2 de março atrás do Likud (direita) de Netanyahu, não é o líder da oposição, porque esse título é atribuído somente após a formação de um governo.

Israel é dirigido por um governo de transição há mais de um ano, pois duas eleições anteriores não levaram à formação de um gabinete.

Gantz e Netanyahu estão atualmente em negociações para tentar fazer os deputados se juntem a seus blocos, já que nenhum deles conseguiu o apoio mínimo necessário de 61 parlamentares para compor o governo.

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