PE tem 1º caso de transmissão comunitária do coronavírus

Em coletiva de imprensa realizada na noite desta terça (17), foi atualizado para 19 o número de casos no estado

por Marília Parente ter, 17/03/2020 - 20:25
Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo Pernambuco tem 1º caso de transmissão comunitária do coronavírus Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo

Em coletiva de imprensa realizada na noite desta terça (17), o Governo de Pernambuco anunciou a existência do primeiro caso de transmissão comunitária - quando não se pode detectar de onde partiu o contágio - do COVID-19 no estado. Seguindo a medida adotada pela Prefeitura do Recife, o Governo, por meio de decreto, proibiu a realização de eventos com público superior a 50 pessoas. Agora, Pernambuco tem 19 casos de coronavírus confirmados, outros 250 investigados e três prováveis. Ao todo, há 357 notificações no Estado.

A vítima do caso de transmissão comunitária é uma mulher de 63 anos, moradora do Recife. “Ela viajou internamente pelo Brasil, foi ao Rio Grande do Sul, é quando voltou teve sintomas da doença. Inicialmente, ela não entraria como caso suspeito, mas o médico tem autonomia para suspeitar, de acordo com a história, e pedir a testagem, mesmo que o paciente não esteja exatamente dentro das regras do Ministério da Saúde. Ela está em isolamento domiciliar, acompanhada pela Atenção em Saúde do Recife”, comentou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

De acordo com Longo, um dos casos investigados é de uma pessoa em Fernando de Noronha. “Por causa disso, a autoridade sanitária estadual está recomendando o fechamento do aeroporto local a partir do dia 21”, acrescentou.

Navio retido no Recife

André Longo frisou que ainda não há data definida para remoção do navio retido no Porto do Recife desde o dia 12 de março. “Nós continuamos em tratativas, essa operação é complexa, são passageiros de 18 nacionalidades, é um operativo que precisa ser feito e deve ser feito com toda segurança. Existe uma determinação de colocar esse passageiro que pudesse levá-los para a Europa e Américas e eles teriam que ser distribuídos e esse processo ficou um pouco mais complexo”, afirmou o secretário. 

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