Cofen fez fiscalização no Hospital Getúlio Vargas

A afirmação foi feita na nota de pesar pela morte das técnicas de enfermagem da unidade de saúde, com suspeita de coronavírus

dom, 05/04/2020 - 13:21
SES/Divulgação SES/Divulgação

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) manifestou, neste domingo (5) seu pesar pela morte das técnicas de enfermagem Ana Cristina Tomé e Betânia Ramos, com suspeita de coronavírus. As profissionais trabalhavam no combate à doença no Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado no Recife.

Na nota, o Cofen afirma fez uma fiscalização, no hospital, no último dia 20, após denúncias de falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Estamos cobrando incansavelmente soluções para o desabastecimento e trabalhando de forma articulada para evitar o colapso do sistema de Saúde. Quantos profissionais precisarão morrer para que se entenda a gravidade deste momento e a necessidade de medidas enérgicas e urgentes?”, diz a nota. O Conselho ainda questiona: “Quantos mais terão que morrer?”.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE PESAR

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) manifesta pesar e consternação pelo falecimento das técnicas de Enfermagem Ana Cristina Tomé e Betânia Ramos, neste sábado (4/4), com suspeita de COVID-19. Ambas trabalhavam no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Recife.

A unidade foi fiscalizada em 20/3 pelo Coren-PE, após denúncias sobre déficit de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Estamos cobrando incansavelmente soluções para o desabastecimento e trabalhando de forma articulada para evitar o colapso do sistema de Saúde. Quantos profissionais precisarão morrer para que se entenda a gravidade deste momento e a necessidade de medidas enérgicas e urgentes?

A Enfermagem está na linha de frente do combate ao novo coronavírus, enfrentando seus próprios receios para conter a escalada da pandemia e prestar assistência aos pacientes. Somos sua retaguarda. Reforçamos, neste momento, nosso compromisso com cada profissional de fazer tudo o que se fizer necessário para protegê-los.

O Ministério da Saúde e os governos federal, estaduais, municipais e a iniciativa privada precisam adotar medidas urgentes para manter o fornecimento regular de EPI para proteger os profissionais de enfermagem que estão na linha de frente. Quantos mais terão que morrer?

Aos familiares, amigos e colegas de Ana Cristina e Betânia prestamos nossas condolências.

 

 

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