Com praias liberadas, chuva espanta banhistas em Olinda

Quem enfrentou o tempo ruim, porém, não estava preocupado em usar máscara

por Jameson Ramos sex, 17/07/2020 - 16:07
Poucas pessoas na faixa de areia e no mar de Olinda Júlio Gomes/LeiaJáImagens Poucas pessoas na faixa de areia e no mar de Olinda

Nesta sexta-feira (17), o banho de mar foi liberado nas praias de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. No entanto, a chuva que caiu pela manhã parece ter afastado a maior parte dos banhistas. Poucas pessoas não se acanharam com o tempo nublado. Sem máscara na faixa de areia, a preocupação delas com a covid-19 parecia nenhuma. 

Em uma hora em que nossa equipe de reportagem passou na orla, nenhuma equipe de fiscalização da Prefeitura foi avistada. Segundo oficiais do Corpo de Bombeiros que estavam no local, só no início da manhã guardas municipais e a Polícia Militar apareceram. Os bombeiros não são os responsáveis pela conscientização das pessoas que insistiam em ficar sem a máscara de proteção. 

José Santiago, 71 anos, chegou no local por volta das 5h30 da manhã. Ele afirma que não tinha ninguém na praia nesse horário, nem mesmo os donos dos quiosques, que também foram autorizados a retomar as atividades comerciais, seguindo alguns protocolos determinados. "Só quando o sol ‘abriu’ que chegou algumas pessoas para jogar futevôlei. Mas elas não estão vindo com máscara, acho que 75% das pessoas que eu vi aqui estavam sem máscara. Eu mesmo tô com a minha no bolso, mas quando sair daqui eu boto", garantiu o aposentado.

Waldemar Severino da Silva, 76 anos, é uma das pessoas que comercializam na praia de Olinda. Nesta sexta-feira (17), com o sinal verde para a volta do seu quiosque, ele aproveitou para fazer a limpeza do espaço que o ajuda a levar o sustento. “São 46 anos de praia e 46 anos que eu não almoço em casa, mas por conta dessa pandemia eu tive que ficar parado durante quatro meses. Foi muito difícil, mas é pelo nosso bem”, revela.

Agora, ele revela que está confiante para a retomada e que, “se as pessoas ajudarem”, tudo deve voltar ao normal logo. “A Prefeitura demorou para liberar que a gente voltasse. Vamos ver daqui pra frente como vão ser as coisas. Eu fiquei muito contente em poder abrir o meu negócio novamente, porque foi muito doloroso ter que fechar. Teve uma hora que eu não tinha mais o que comer, as pessoas que me ajudavam. Mas agora eu acho que vai”, espera seu Severino.

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