Dados de vacina de Oxford são 'robustos', dizem fontes

Imunizante virou alvo de dúvidas após resultados controversos

sex, 27/11/2020 - 12:01
JUSTIN TALLIS / AFP JUSTIN TALLIS / AFP

Fontes ligadas ao desenvolvimento da vacina anti-Covid da Universidade de Oxford informaram à ANSA que os dados do imunizante são "robustos" e que os estudos adicionais anunciados pela AstraZeneca "não vão impactar nos prazos".

Segundo essas fontes, os resultados da terceira etapa dos ensaios clínicos da vacina devem ser publicados em uma revista científica na semana que vem e apresentados "em breve" à Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A produção do imunizante já está em curso, e as primeiras doses serão disponibilizadas assim que houver aval das autoridades sanitárias.

Na última segunda-feira (23), a AstraZeneca, multinacional responsável pela produção e distribuição global da vacina de Oxford, divulgou que o medicamento tinha apresentado eficácia de até 90% na prevenção da Covid-19.

De acordo com a empresa, o pico de eficiência foi alcançado com um regime de meia dose seguida de uma dose inteira com intervalo de 15 dias. No entanto, descobriu-se que essa combinação é fruto de um erro e que idosos não foram submetidos a essa dosagem.

Isso levantou questionamentos da comunidade científica sobre os resultados preliminares do ensaio clínico e fez a AstraZeneca anunciar a necessidade de estudos "complementares" para confirmar a eficácia.

A vacina de Oxford é uma das mais promissoras para conter a pandemia, especialmente pelo seu baixo custo de produção e pelo fato de poder ser conservada em condições normais de refrigeração (2 a 8ºC).

O imunizante foi desenvolvido inicialmente em parceria com a empresa italiana Advent-IRBM, que produziu as doses das primeiras fases de testes. No fim de abril, a universidade britânica fechou um acordo com a AstraZeneca para produção e distribuição da candidata em nível global.

Da Ansa

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