Machu Picchu reabre neste sábado (19) após protestos
Moradores protestaram contra as empresas ferroviárias que prestam serviço naquela região
A cidadela inca de Machu Picchu, localizada na região peruana de Cusco, reabrirá neste sábado (19), após cinco dias fechada devido a protestos de moradores das localidades de Machu Picchu e Ollantaytambo contra as empresas ferroviárias que prestam serviço naquela região, anunciaram autoridades locais.
A Direção Desconcentrada de Cultura de Cusco informou que, após o restabelecimento "da ordem social no distrito de Machupicchu, a partir deste sábado será restabelecido o atendimento e a entrada na cidadela".
O fechamento ocorreu na última segunda-feira (14), motivado por protestos da população, que reclama tarifas mais baratas e uma frequência maior de trens na rota entre Cusco e Machu Picchu às duas empresas que prestam serviço na região, Inca Rail e Perú Rail.
O trem é o único meio de transporte dos turistas que visitam a cidadela, mas também é muito utilizado por moradores da região. As manifestações começaram pacificamente, mas se intensificaram com a ocupação da estrada, confrontos com a polícia e ameaças de ocupação da cidadela.
Machu Picchu havia aumentado sua capacidade em 40% em 1º de dezembro, indo para 1.116 visitantes diários, um mês após sua reabertura, em meio a uma gradual redução das infecções por Covid-19 no Peru. Antes da pandemia, entre 2 mil e 3 mil pessoas entravam por dia no parque
Machu Picchu ('Velha Montanha' em quéchua) foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983 e, em 2007, foi escolhida como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma pesquisa online internacional. A mítica cidadela, construída no século XV, colocou o Peru no mapa do turismo mundial em meados do século passado. O local foi "descoberto" pelo explorador americano Hiram Bingham em julho de 1911, embora alguns locais soubessem de sua existência.