A dupla vista nas imagens do assassinato do policial rodoviário federal Eduardo Lima, no domingo (10), entregou-se às autoridades cerca de 30 horas após o crime. De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos são irmãos, que iniciaram a briga propositalmente antes de efetuar os dois disparos de arma de fogo que tiraram a vida do agente.

A operação conjunta entre a Polícia Civil (PCPE), Polícia Militar (PMPE), Secretaria de Defesa Social (SDS/PE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), aponta que os dois estavam escondidos em casas de parentes, em Prazeres, município de Jaboatão dos Guararapes. O suspeito mais velho, de 25 anos, foi o autor dos disparos que tirou a vida do agente em uma hamburgueria, no Alto do Mandú, Zona Norte. Já o caçula, de 19, tentou negar envolvimento, mas pilotou a moto usada no crime. Ele já foi indiciado por outros dois assassinatos em agosto do ano passado.

--> Policial rodoviário federal é morto no Recife

"Eles se entregaram e foram autuados por homicídio quadruplamente qualificado, pelo motivo fútil, por não ter dado defesa a vítima, pelo perigo em comum que proporcionaram, [por que] havia um grupo muito grande de pessoas, e também por a vítima ser agente de segurança pública", informou o delegado Bruno Magalhães.

O gestor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) também explica que a briga iniciou ainda em um bar, quando a dupla esbarrou propositalmente em mulheres que acompanhavam Eduardo. O chefe de segurança do estabelecimento foi acionado e os expulsaram.

Já do lado de fora, houve um novo desentendimento. O policial chegou a se identificar, no entanto, não fez ameaças como alegaram os suspeitos, confirmam as testemunhas. Após serem retirados do local, os irmãos foram para casa, pegaram a arma de fogo usada para cometer o crime e seguiram para a hamburgueria.

"Ele saiu da Comunidade, vendia picolé para bancar os estudos dele e vai continuar servindo como modelo", homenageou o superintendente da PRF-PE, Sávio Macedo. Eduardo tinha 37 anos e deixa a esposa e uma filha. Pernambucano, ele ingressou na PRF em 2016 e atuava em Rondônia. Há menos de um mês, o agente foi transferido para seu estado natal, onde assumiria o posto de chefe substituto do apoio jurídico da PRF-PE.