Empresa tem projeto para remover lixo espacial com laser
Medida impedirá que objetos colidam com satélites que estão na órbita da Terra
A empresa australiana EOS Space Systems divulgou a construção do primeiro laser com potência para remover o lixo espacial da atmosfera terrestre. Toda a infraestrutura do projeto levou cerca de sete anos para ser concluída e, segundo o portal de notícias 9 News, estima-se que a empreitada custe US$ 900 bilhões.
O sistema que projetará o feixe de luz fica no Observatório do Monte Stromlo, em Camberra, na Austrália, e tem a capacidade de atingir objetos espaciais que estejam voando a 29 mil km/h. O equipamento funciona em duas etapas. A primeira consiste em lançar o laser alaranjado, que pode ser visto a olho nu e serve como uma mira de alta precisão. Em seguida, um segundo laser, mais forte, porém invisível, é disparado para empurrar o objeto captado.
A intenção da EOS Space Systems, segundo o CEO Ben Greene, é mapear a atmosfera da Terra, localizar objetos espaciais que podem atrapalhar a região e, assim, contribuir para que o ambiente fique mais limpo ao lançamento de novos satélites. A medida também impedirá que lixos espaciais colidam com aparelhos que estão na órbita do planeta.
De acordo com Karen Andrews, membro do Parlamento australiano, a construção e inauguração do projeto é uma oportunidade de economizar capital, por conta dos inúmeros casos de acidentes envolvendo colisões com satélites. Karen também afirmou que a tecnologia é importante para estabelecer novas parcerias entre instituições espaciais, como a Nasa, no auxílio em novas missões.