SC: pais encontram corpo de filha em creche
Diante da demora por informações, muita gente foi para o centro educacional infantil- invadido por um jovem de 18 anos armado com uma espada curta- por conta própria
A família de uma das vítimas do atentado ocorrido nesta terça (4), no Centro de Educação Infantil Pró-Infância Aquarela, localizado no município de Saudade, no Oeste catarinense, encontrou o corpo da criança, de apenas um ano e oito meses, na escola. Diante da demora de informações sobre o caso, muitas pessoas decidiram se deslocar ao local por conta própria. O jovem Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, que invadiu a creche com uma espada curta, deixou três adultos e duas crianças mortas.
“Inicialmente não a acharam, procuraram em tudo na creche e nada. Até que o pai dela deu a volta pelo lado de fora da escola e encontrou a menina caída no chão em uma sala trancada”, disse a avó da criança, identificada apenas como “Nilsa”, ao portal UOL.
Cenário de horror
Duas das vítimas fatais já foram identificadas como sendo as professoras Keli Adriane Aniecevski e Mirla Renner, de, respectivamente, 30 anos e 20 anos de idade. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o suspeito pelos crimes tentou suicídio no local, esfaqueando os próprios abdômen e pescoço. Ele foi conduzido para o hospital e seu estado de saúde é gravíssimo. O ataque demandou a presença de duas equipes do Corpo de Bombeiros de Saudades e da cidade vizinha, Pinhalzinho.
"Quando eles chegaram, se depararam com uma cena extremamente violenta, já com uma servidora e duas crianças em óbito no local, e ainda mais outros ocupantes da edificação que estavam feridos e o agressor, que já estava mobilizado pela Polícia Militar, já estava bastante machucado", comentou o comandante dos Bombeiros, capitão Leonardo Ecco, ao UOL.
De acordo com ele, o suspeito tentou agredir os socorristas durante seu próprio resgate. Chocados, os seis bombeiros que entraram no local foram retirados da escala da tarde. “Foi uma cena muito chocante para a equipe, muitos são pais e a equipe está abalada psicologicamente. Nossas equipes se preparam e treinam para atender da melhor maneira os piores cenários. Mas uma situação como essa, com brutalidade, vítimas inocentes e indefesas, isso mexe muito com o emocional deles. Então, eu conversei com todos, já substituímos na escala de serviço para rodar, para dar continuidade e vamos tratar eles agora, buscar todo o amparo psicológico para os profissionais que também sofrem um impacto muito significativo”, acrescentou o oficial.