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Estruturas precárias, alimentos armazenados de forma inapropriada ou vencidos e falta de fornecimento de frutas, verduras e frango foram constatados durante a "Operação Ordenada Educação Infantil 2023", realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

A fiscalização avaliou 2.500 unidades de ensino infantil nos 184 municípios pernambucanos, sendo, aproximadamente, 60% de creches e de escolas com educação infantil em funcionamento no Estado. No levantamento do TCE-PE foi verificado o percentual de cumprimento das metas de cobertura de vagas, necessidade de novas unidades de creches e pré-escola, quantidade de profissionais, condições de higiene e sanamento, entre outros pontos.

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Todas as cidades avaliadas foram classificadas, de acordo com a situação dos espaços, com os níveis 'desejável’, ‘boa’, ‘razoável’, ‘grave’ ou ‘crítica’. Segundo os dados divulgados, na última quarta-feira (8) pelo órgão, a maioria dos municípios, no que se refere à oferta de creche, está em nível crítico. Já o atendimento em pré-escola, na maior parte das cidades pernambucanas, tem indicadores entre “desejável” e “bom”.

Confira os resultados:

Foto: Reprodução/TCE-PE

Foto: Reprodução/TCE-PE

No que se refere à estrutura, as instituições pernambucanas alcançaram nota geral de 59,1, em um intervalo de 1 a 100. Nesse quesisto, foram considerados aspectos como infraestrutura, segurança, alimentação, práticas pedagógicas, diversidade funcional e capacitação das equipes. O quesito segurança apresentou o dado mais crítico, com 28,8 de nota. Confira o ranking:

Foto: Reprodução/TCE-PE

“Dentre os resultados apresentados, vale destacar um que está dentro do âmbito pedagógico e de bem-estar da criança. Durante as visitas foi verificado que, apesar de ser de conhecimento comum que o brincar nessa fase da vida é importante para o desenvolvimento psicomotor e social da criança, apenas 23% dos parquinhos visitados estavam em condições de uso”, afirmou Nazli Nejaim, uma das coordenadoras da operação.

Nas imagens da "Operação Ordenada Educação Infantil 2023", divulgadas pelo TCE-PE, mostram creches e escolas com infiltrações, estruturas com risco de desabamento, alimentos vencidos ou armazenados de forma errada [no chão ou junto com outros materiais] e banheiros precários. Veja:

Escola Municipal Vovó Dorinha, localizada em Jaqueira. Foto: Reprodução/TCE-PE

Alimento vencido encontrado na Escola Municipal Dona Josefa Cavalcanti de Petrib. Foto: Reprodução/TCE-PE

No Centro de Educação Infantil Santa Clara, em Tupanatinga, um depósito é usado com berçário. Foto: Reprodução/TCE-PE

Alimentos armazenados de forma irregular na Escola Minima Canafistula, em Bueno Aires. Foto: Reprodução/TCE-PE

Banheiro usado por alunos da creche da Escola Francisco Geraldo Viê, em Sirinhaém. Foto: Reprodução/TCE-PE

Ao buscar o filho, um bebê de um ano, em uma creche particular de Paranoá, no Distrito Federal, a pedagoga Patrícia Rocha flagrou a criança sozinha, aos prantos e trancada em uma sala escura. O choro do menino era ouvido há pelo menos meia hora, de acordo com o relato de vizinhos do local. O caso aconteceu na noite da segunda-feira (6) e foi registrado em uma Delegacia de Polícia Civil. 

Patrícia, em entrevista ao Uol, informou que a creche funciona apenas das 13h às 19h, mas que há um horário especial para os pais que pagam uma taxa, pela necessidade de buscar as crianças mais tarde. Como em qualquer outro dia, ela compareceu ao local às 19h, para buscar Leonardo, que ainda é uma criança de colo. Ao chegar lá, ela encontrou a creche fechada.  

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"Na entrada, encontrei vizinhos que disseram que ele estava chorando há bastante tempo dentro da creche. As pessoas também relataram que as funcionárias, que eram responsáveis por ele, foram embora às 18h30, ou seja, já tinha meia hora que ele estava trancado lá dentro", declarou a mãe. A porta da sala precisou ser arrombada, com a ajuda dos vizinhos.  

Leonardo é novo na creche, matriculado há apenas duas semanas. O menino foi encontrado dentro de um carrinho virado para a parede. O local estava infestado de baratas e o menino gritava de medo, pois a luz estava apagada.  

"Meu sentimento ali no momento era de pura impotência e culpa por tê-lo colocado naquele lugar. Pouco tempo depois, uma funcionária apareceu e disse simplesmente que tinha esquecido meu filho. Como esquece uma criança lá, me diz?", indaga a mãe. 

A creche Educa Mais disse que o caso era um "fato isolado" e que a responsável pela criança havia se ausentado por cerca de cinco minutos. A direção justificou que a equipe se confundiu e pensou que não havia bebê na sala, pois o carrinho estava de frente para a parede. A instituição também falou que possui um "padrão exemplar" e que não havia histórico de casos como este no local. 

A família procurou a 6.ª Delegacia de Polícia e registrou um boletim de ocorrência. Por meio de nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que as autoridades foram acionadas "para investigar um caso de abandono de incapaz em uma instituição educacional localizada na região do Paranoá".

A diretora da creche municipal Luiza Barros de Sá Freire, localizada em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi afastada do seu cargo após um vídeo em que ela aparece ensinando coreografia de funk com teor sexual para crianças viralizou na internet. O secretário municipal de Educação do estado anunciou o afastamento da profissional nesta quarta-feira (30).

Na gravação, a diretora Fernanda Alvarenga ensina os passos da música conjunta de Thaysa Maravilha, do Bonde das Maravilhas, com Pedro Sampaio, para crianças na faixa de 2 a 4 anos de idade. A letra da música diz: “A primeira maravilha chega com disposição. Desce, sobe, toma rajadão.”

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Os vídeos foram publicados pela própria Fernanda em seu perfil, com vários funks diferentes. Na legenda das publicações, ela diz ser a “rainha dos baixinhos da Shopee”. A escola denominou estes momentos como “brincadeiras” que visavam “desenvolver a coordenação motora ampla, coordenação visomotora e planejamento motor”.

O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, se posicionou nas redes sociais afirmando que uma sindicância foi instaurada para apurar o caso. O político disse que “não tolera que as crianças sejam expostas a qualquer conteúdo inapropriado dentro de escolas municipais.”

Renan ainda mencionou o acontecimento recente que também viralizo em que alunos de uma escola municipal assistiram a uma apresentação com conotação sexual em que uma mulher usa máscara de cavalo e dança uma letra que diz "vem mulher, vem galopando, que o cavalo está chamando, olha os ‘cavalo’ voltando, olha os 'cavalo’ no cio."

As diretoras permanecerão afastadas até o fim da sindicância. A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro declarou que não irá tolerar que qualquer criança seja exposta a conteúdos impróprios e conduzirá o caso com o rigor necessário. Confira a nota na íntegra:

“A Secretaria Municipal de Educação não tolera o uso de qualquer música ou apresentação com conotação sexual para crianças em creches e escolas municipais do Rio. Por este motivo, a diretora da unidade foi afastada do cargo e uma sindicância foi aberta para apurar o caso. A Secretaria seguirá conduzindo com o rigor necessário e não tolerará que nossas crianças sejam expostas a conteúdos impróprios de forma alguma.”

Depois de dois dias de julgamento, o acusado pelo ataque cometido em 4 de maio de 2021 em uma creche de Saudades, município localizado no oeste de Santa Catarina, foi condenado a 329 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, conforme divulgou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) na noite de quinta-feira (10). O homem já se encontrava preso preventivamente desde o dia em que cometeu o crime.

No dia da tragédia, ele golpeou e matou duas professoras e três bebês, menores de 2 anos. Outra criança, de 2 anos, também atingida, mas conseguiu sobreviver. Segundo o TJSC, o agressor foi denunciado por 19 crimes de homicídio entre consumados e tentados. O processo tramitou em segredo de justiça na comarca de Pinhalzinho.

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Julgamento e leitura da sentença

A sentença foi lida pouco depois das 20 horas pelo juiz Caio Lemgruber Taborda, que presidiu a sessão, em um momento, que segundo o TJSC, envolveu tensão e alívio entre as pessoas reunidas. O júri popular começou na quarta-feira, 9.

O réu também foi condenado ao pagamento de indenização às vítimas. Com valores fixados em R$ 500 mil para cada família de vítima falecida, R$ 400 mil para a família do bebê que foi socorrido a tempo de se recuperar e R$ 40 mil para cada uma das 14 vítimas de tentativa de homicídio", afirmou o TJSC. Cabe recurso contra a decisão.

Ao todo, foram analisados os cinco homicídios consumados e as 14 tentativas de homicídio. Conforme o tribunal, os detalhes dos crimes foram discutidos durante a votação dos quesitos. Foram 145 perguntas explicadas pelo juiz para resposta dos jurados. As opções entre ‘sim’ e ‘não’ embasaram a elaboração da sentença.

"As qualificadoras de motivo torpe, uso de meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas foram admitidas pelo conselho de sentença. Também foi reconhecido aumento de causa pelo fato de algumas vítimas serem menores de 14 anos de idade", afirmou o TJSC.

Durante o júri, foram ouvidas três vítimas, três testemunhas de acusação e três testemunhas de defesa. O conselho de sentença esteve composto de seis mulheres e um homem.

Sensação de alívio e justiça

Conforme o TJSC, uma das vítimas, que não teve o nome revelado, disse que a condenação não traz as crianças e colegas de volta nem apaga as memórias terríveis que carrega, mas traz sensação de segurança para o convívio dos moradores da cidade.

"A Justiça foi feita. Estou me sentindo aliviada por entender que a condenação dele servirá de exemplo para outros que consideram cometer crimes semelhantes. Precisamos observar nossas crianças e adolescentes para auxiliá-los em dificuldades emocionais e psicológicas, para um convívio social mais saudável e harmonioso", desabafou ao final do júri.

Participaram da operação 12 policiais penais do Núcleo de Operações Táticas (NOT), 17 policiais militares de Pinhalzinho e Chapecó e dois bombeiros, além de uma psicóloga e uma enfermeira cedidas pelo município de Saudades.

O Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, também colaborou, assim como a Casa Militar de Santa Catarina.

Relembre o caso

Na manhã do dia 4 de maio de 2021, ele entrou em uma creche no município de Saudades, em Santa Catarina. O município fica aproximadamente 60 km de Chapecó. Com uma adaga em mãos - espécie de espada -, ele golpeou fatalmente duas professoras e três bebês. Outra criança, também com menos de dois anos, foi socorrida a tempo de se recuperar.

Conforme a polícia, na época, o autor do crime foi à creche Pró-Infância Aquarela, no centro da cidade, de bicicleta, por volta das 10 horas. Ao entrar na escola, ele começou a atacar uma professora de 30 anos que, mesmo ferida, correu para uma sala onde estavam quatro crianças e uma funcionária da escola, na tentativa de alertar sobre o perigo.

O rapaz, então, atacou as crianças que estavam na sala e a funcionária da escola. Duas meninas de menos de 2 anos e a professora morreram no local. Outra criança e a funcionária morreram no hospital. Outra criança, de 2 anos, também foi ferida, mas conseguiu sobreviver.

 

Vítimas da tragédia:

Keli Aniecevski, de 30 anos - era professora na escola. Mesmo ferida, tentou evitar que o jovem chegasse às salas onde estavam as crianças.

Mirla Renner, de 20 anos - era agente educativa. Estava com as quatro crianças em uma das salas onde o rapaz entrou.

Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses

Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses

Ana Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses

Procurada pela reportagem, a defesa do acusado não foi localizada. O espaço permanece à disposição.

“Depois que a Taís entrou na Creche-Escola Iris, tudo mudou. Ela ficou mais comunicativa, está aprendendo a ler, a escrever, a ser grata por tudo o que tem e o que ganha. A ONG está sendo uma bênção na vida da Taís e na vida das mães de todos os alunos que estudam lá”, disse Laudiana Valente, mãe de aluna atendida pela ONG Creche-Escola Íris - Crianças aos Olhos De Deus, que atende mais de 200 crianças no bairros de Águas Lindas, em Belém.

Criada em 2018, a ONG Creche-Escola Íris nasceu da necessidade de acolher crianças em situação de vulnerabilidade social em um dos bairros mais carentes de Belém. O espaço foi pensado para atender, principalmente, famílias de baixa renda, que não têm como pagar alguém para cuidar de dos filhos e só contam com ajuda de amigos e familiares.

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A Creche-Escola foi idealizada e fundada por Clô Santos, atual diretora da ONG. Clô ressalta a importância da creche para o desenvolvimento socioeducacional da comunidade, com prioridade às mulheres chefes de família. “Nosso foco são as mães que deixam de trabalhar, porque não têm com quem deixar seus filhos, ou aquelas que deixam seus filhos com outras pessoas, parentes ou amigos, para poderem ir trabalhar”, disse a fundadora do projeto.

Atendendo crianças do maternal à educação infantil, de 2 a 6 anos, a Creche-Escola Iris tem como principal objetivo combater a violência sofrida por crianças com uma educação de qualidade, aliada ao acolhimento dos alunos e os pais dos alunos.

Casa de Izabel

Anexo à Creche-Escola Íris, o projeto de extensão Casa de Izabel tem como objetivo dar continuidade ao acolhimento das crianças que passam para o ensino fundamental, de 6 aos 10 anos. “A gente cansou de ver crianças que, quando saíam da nossa creche, acabavam por não serem acompanhadas nas outras escolas, ficando nas ruas e sem uma educação de qualidade. As crianças acabavam crescendo em um ambiente social muito mais vulnerável”, disse Carla Rodrigues, coordenadora do projeto há cinco anos.

A Creche-Escola Íris Crianças aos Olhos de Deus é uma ONG sem fins lucrativos, que se mantém por meio da ajuda da comunidade, doações e parcerias com empresas solidárias ao projeto. Também são realizados sorteios de brindes e bazares com objetivo de arrecadar recursos para custear as despesas da ONG com alimentação, material de higiene, material escolar, entre outras necessidades da instituição.

Serviço

A Creche-Escola Íris aos Olhos de Deus está localizada na rua Vitória 41-b, Águas Lindas. Para fazer doações ou firmar parcerias, bastar estrar em contato com a ONG pelos números (91) 8358-4771 ou (91) 98358-4771. A ONG também atende pelo e-mail contatocrecheiris@gmail.com ou pelo Instagram @projetoiris_oficial.

Por Renato Carneiro, especialmente para o LeiaJá.

A Prefeitura de Olinda inaugurou, nesta quarta-feira (31), duas novas salas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Norma Coelho. As novas instalações acrescentam 30 vagas destinadas a crianças de dois a cinco anos dos bairros de Peixinhos, São Benedito e Vila Popular.

Durante a inauguração, o prefeito da cidade, Professor Lupércio (SD), ressaltou a importância do investimento na Educação para o desenvolvimento do município.

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"Para mim é uma honra muito grande estar entregando essas salas. Não há melhor caminho do que investir na educação, falo isso como gestor e educador. Para um país, municípi, ou Estado crescer é necessário investir em educação", afirmou. 

Suely Mendonça, gestora da unidade, apresentou as novas instalações e comemorou a ampliação de vagas para as crianças. “Essa ampliação faz toda diferença no nosso trabalho. Nossa equipe tem feito um trabalho com excelência aqui, contribuindo para que isso fosse feito”, pontuou.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciou nesta segunda-feira, 10, que vai colocar pelo menos um policial armado em cada uma das 1.053 escolas da rede estadual de ensino. A medida foi sinalizada ainda na última semana em reunião com representantes da segurança pública e da rede de educação, após um ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, ter deixado quatro crianças de 4 a 7 anos mortas.

Além de realocar policiais militares para fazerem a segurança armada das escolas, o governo também pretende contratar agentes aposentados das polícias Civil ou Militar e bombeiros que compõem o Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP).

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A medida deve ser implementada nos próximos dois meses e tem um investimento aproximado de R$ 70 milhões. "Não importa quanto isso vai custar, o governo do Estado vai fazer porque nossos filhos e netos merecem estar seguros nas escolas", disse Jorginho Mello.

Desde a última quinta-feira, 6, data do ataque, o governo de Santa Catarina ordenou uma "ronda ostensiva de policiais militares na frente de todas as escolas da rede pública". Guardas municipais também têm reforçado a segurança nas creches e escolas de Blumenau.

Mello também anunciou nesta segunda que os professores da rede pública estadual terão um treinamento para resposta rápida e segura diante de ameaças ao ambiente escolar.

Em reunião nesta quinta-feira, 6, prefeito anunciou que pretende contratar agentes aposentados da reserva e 'vigilância particular armada' nas unidades de ensino do município

"É bom deixar claro que essa não é uma solução que vamos implantar do dia pra noite. É um conjunto de esforços que será colocado em prática o mais breve possível", afirmou o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, após a reunião da última sexta.

"Estamos trabalhando juntos com diversos órgãos. De forma coletiva estamos buscando soluções para continuar e superar esse momento de crise, para que possamos voltar às aulas com tranquilidade na segunda-feira", destacou na ocasião Alexandre Matias, secretário municipal de Educação.

Uma professora de 60 anos da creche Cantinho Bom Pastor sofreu um infarto um dia após o ataque que deixou quatro crianças mortas. As informações são do jornal O Globo

A mulher identificada como Alaide passou mal na quinta-feira (6) e precisou ser internada. Ela estava na creche e ajudou a socorrer os alunos após um homem, de 25 anos, invadir e atacar crianças e profissionais com uma machadinha. 

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A professora passou por cirurgia para introduzir um cateter no coração. Os médicos indicaram que o infarto foi causado por um “estresse pós-traumático muito grande”. 

Samuel Lorenzzo, de cinco anos, ainda não entende o que ocorreu na Creche Cantinho Bom Pastor, onde ele e mais oito colegas foram feridos por um agressor, que invadiu o local com uma machadinha. "Meu filho fala que foi um soco", disse ao Estadão o mecânico industrial Fabio Junior Santos, de 42. Poucos milímetros garantiram a sobrevivência de Samuel, que sofreu um corte grave e trincou a mandíbula. Das crianças atingidas, quatro não resistiram.

"A médica falou que o golpe foi perto da jugular dele", afirmou o pai. "Quando olho o rosto dele e vejo aquele ferimento, sei que poderia ter sido fatal." O menino ainda vai ter de passar por uma cirurgia por causa do dano sofrido na mandíbula.

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A orientação dos psicólogos que atenderam o menino no hospital, segundo o pai, é não questionar o menino sobre o episódio, mas deixar que ele conte as histórias voluntariamente. A criança tem relatado detalhes da cena de horror. "Estará na mente dele o resto da vida dele", afirma Fabio Junior. "Tento não chorar na frente dele."

Durante a entrevista, o pai segura o travesseiro de estimação do filho, que Samuel batizou de "Confortável". Foi um presente recebido pelo menino em uma festa do pijama da igreja que a família frequenta.

Baque

O pai lembra que Samuel tinha o costume de ir para a creche ainda sonolento. "Ele só acorda no portão da escolinha." No dia do atentado, Fabio Junior deixou o menino no local por volta das 7 horas.

O baque veio no meio da manhã, quando Fabio estava no trabalho. "Uma amiga nossa ligou para mim", conta. Como estava perto das máquinas do trabalho, ele não conseguiu ouvir muito, mas desconfiou que era algo sério. Depois, um amigo mostrou a foto da creche que havia recebido no celular. "Minhas pernas amoleceram, meus braços amoleceram. Fiquei muito nervoso, comecei a chorar."

Desnorteado, Fabio saiu correndo. Chegando nos arredores da creche, havia uma multidão. A rua estava cheia e a entrada da escolinha, já isolada. "A gente teve que descer do carro e ir andando a pé", diz. Em um primeiro cordão feito pela polícia, só passavam os pais. Em um segundo, só quem desse os nomes. "E eles falavam para não entrar no colégio naquela segunda parte."

Nervoso

Fabio conta que estava tão nervoso na hora que só conseguia falar o nome do filho, na esperança de receber alguma informação. "Aí uma professora, a Célia, veio correndo e já falou para gente: 'pai, mãe, o Samuel está bem'. Só que eu não conseguia escutar, não conseguia entender, estava transtornado", lembra ele, mostrando emoção.

Em seguida, Fabio conta que um policial, que se apresentou como psicólogo - ele não sabe exatamente quem é -, o apertou pelos braços e disse que ele tinha que ter forças, cuidar da família dele e que Samuel estava no hospital.

No hospital

Os pais só viram o menino quando ele foi levado para o quarto, já no início da tarde. Só ali Fabio diz ter acreditado que o filho estava bem, ainda que estivesse com curativos no rosto e no pescoço. Samuel foi recobrando a consciência aos poucos.

"Ele falou comigo: 'pai, estou vivo. Eu estou ferido, mas estou vivo'", relembra. O pai diz que isso era algo que o menino falava para todo o corpo médico ao longo do tempo que ficou internado no Hospital Santo Antônio, entre quarta e quinta. O filho ganhou uma série de presentes no hospital, desde ovos de Páscoa até brinquedos. Quatro sobreviventes ficaram todos em um mesmo quarto.

Todos receberam alta, mas Samuel ainda deve ter que passar por um procedimento cirúrgico na próxima semana, já que um dos golpes fez o osso da mandíbula dele trincar. "Está bem inchado ainda, por isso estão esperando", diz o pai. Mesmo com dores na boca, o garoto tem conseguido comer.

"Ele é um menino muito ativo, chamo ele de serelepe. É um menino muito rápido", afirma o pai. O pequeno Samuel já até voltou a correr pelo apartamento em que moram. A sensação, torce Fabio, é de que o pior já passou.

Futuro

A família de Samuel é de Curitiba e, há três anos, veio morar com a família em Blumenau, por conta do trabalho dos pais. É o primeiro ano do filho caçula do casal na creche. O pai elogia o Cantinho Bom Pastor. "As professoras, as diretoras, todos são muito bons para as crianças", diz.

Fabio é grato pela ajuda da equipe da creche. "Todos os professores foram heróis ali. Todos tentaram pegar o máximo de crianças, correr para dentro das salas e se trancar."

Segundo o pai, Samuel relata orientações da professora na hora do ataque. "Ele disse: escutei a 'pro' (como o menino chama as professoras) Célia falando para eu correr, e corri para dentro da sala. Aí eles fecharam a sala e a ela colocou um pano no meu rosto'", diz.

Ao mesmo tempo, ele reconhece que seria difícil deixar o menino estudando no Cantinho Bom Pastor. "Se realocasse a escola para outro local, eu continuaria com eles, porque são muito amorosos. Mas acho que nem professores nem alunos... ninguém vai ter cabeça para estar ali dentro."

Fabio cobra um mais ações preventivas para evitar tragédias em escolas e julgamento rigoroso do criminoso que cometeu o atentado em Blumenau. Defende ainda a tipificação de atentados assim como terrorismo.

Ele é a favor de colocar profissionais de segurança pública nas escolas, medida anunciada recentemente pela prefeitura de Blumenau, que também promete câmeras e psicólogos nas escolas. "Estou ao mesmo tempo alegre com meu filho, que está em casa, mas com o coração com os outros pais. Porque eu estou com o meu ali em casa. Mas e os pais que enterraram quatro crianças?"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nem a chuva contínua que cai em Blumenau, Santa Catarina, nesta sexta-feira (7) cessou as homenagens às quatro crianças assassinadas no ataque* à creche Cantinho Bom Pastor. Cerca de 250 motoboys, além de alguns motoristas com carros, se concentraram no centro da cidade e seguiram para a escola.

Na frente da creche, fizeram uma roda de oração, aplaudiram as vítimas e, por fim, soltaram balões brancos em formato de estrela, cada um com o nome de uma das crianças: Bernardo Pabst da Cunha, de 4 anos, Enzo Marchesin Barbosa, 4, Bernardo Cunha Machado, 5, e Larissa Maia Toldo, 7.

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O grupo se reuniu no centro da cidade no começo da manhã, passou pelo cemitério onde três das quatro crianças foram enterradas e dispersou em frente à creche Cantinho Bom Pastor, onde o atentado ocorreu na quarta-feira, 5.

"Vieram pessoas de outras cidades também, como Rio do Sul, Gaspar, Joinville", diz o motoboy Cléber Alves, de 28 anos, que organizou as homenagens. Ele convocou os colegas por grupos de WhatsApp.

Grande parte dos motoboys que estiveram presentes amarrou balões brancos na traseira das motos. O grupo foi escoltado pela guarda municipal de Blumenau.

"É uma coisa que sensibiliza não só a classe, não só os pais, mas acho que todo mundo que tem filho. Todo mundo que é ser humano sente", Jonathan Vargas, de 26 anos, quatro deles como motoboy.

Ele mora a apenas 300 metros da creche, mas conta que estava em Florianópolis a trabalho quando o massacre aconteceu. "Só de lembrar, me arrepio inteiro", diz.

Jonathan tem um filho de 3 anos em uma creche pública de Blumenau. "Aqui era a creche que eu queria colocar meu filho."

Sensibilizado, o motoboy Sávio Bruno, de 27 anos, participou das homenagens por razão similar. "Como eu tenho filha (de 5 anos), não sei como é a dor, mas imagino que seja grande", diz. "Então resolvi vir participar."

As crianças foram mortas com golpes de machadinha por um homem de 25 anos que invadiu o local. No momento do ataque, elas brincavam no pátio.

*NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

A Prefeitura de Blumenau, em Santa Catarina, anunciou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6) que vai solicitar ao governo estadual a contratação de policiais aposentados da reserva para realizarem a segurança armada nas escolas do município. Na véspera, um homem de 25 anos matou quatro crianças e deixou outras quatro feridas em um ataque à creche Cantinho Bom Pastor.

A medida faz parte de uma série de ações apresentadas pela Prefeitura de Blumenau, previstas para começar na próxima segunda-feira (10). Em nota, a administração municipal afirmou que também já estuda contratar "vigilância particular armada" para as escolas.

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Outras medidas anunciadas são a revisão de muros, cercamento, controle e acesso de pessoas às escolas e centros educacionais do município; elaboração de um plano de contingência pela Secretaria de Defesa Civil e Secretaria de Educação; e a ampliação de equipes multidisciplinares, com psicólogos e assistentes sociais.

"É bom deixar claro que essa não é uma solução que vamos implantar do dia pra noite. É um conjunto de esforços que será colocado em prática o mais breve possível", afirmou o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt. "Estamos criando também, junto ao Governo do Estado, algumas estratégias com a participação das forças de segurança para atuar nas unidades educacionais. Assim que esse plano estiver finalizado, vamos divulgar todos os detalhes."

O plano de contingência foi apresentado durante uma reunião fechada nesta tarde com gestores de escolas municipais e estaduais das redes pública e privada. Também participaram representantes da Polícia Militar, Polícia Científica, Polícia Civil, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina.

"Estamos trabalhando juntos com diversos órgãos. De forma coletiva estamos buscando soluções para continuar e superar esse momento de crise, para que possamos voltar às aulas com tranquilidade na segunda-feira", destacou Alexandre Matias, secretário municipal de Educação.

O luto se espalhou pela cidade. Dono de uma loja de roupas no centro de Blumenau, o comerciante de Carlos Costa, de 47 anos, colocou um cartaz na vitrine da local como forma de homenagear as vítimas do ataque* na creche Cantinho do Bom Pastor na quarta-feira, 5. "Que Deus conforte os corações das famílias", diz um trecho da mensagem colada rente à porta.

"Foi uma tragédia que mexeu muito com a gente. Então decidi fazer isso e colocar os manequins todos de preto", afirmou ele, que tem um casal de filhos, de 6 e 10 anos. Assustado após o massacre, ele decidiu buscá-los na escola antes do fim das aulas.

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O atentado de Blumenau, conta Carlos, o fez lembrar o massacre de Saudades, em 2021, quando duas mulheres e três crianças foram mortas, que também impactou moradores da cidade. Mas dessa vez ele disse que foi bem pior. "A mãe de uma das vítimas é próxima da minha sogra, então isso mexeu mais ainda com a gente. Eu mal conseguia me mover no dia."

As quatro vítimas do homem que pulou o muro da creche e atingiu as crianças com golpes de machadinha foram enterradas na manhã desta quinta-feira, 6, em dois cemitérios da cidade, sob forte clima de comoção.

Depois do sepultamento das crianças, dezenas de coroas de flores foram levadas para a porta da creche Cantinho do Bom Pastor. A vigília seguia por lá no fim da tarde desta quinta, com velas acesas na porta e moradores indo até o local para prestar homenagens.

Ao lado da entrada, também havia bichos de pelúcia e desenhos de outras crianças. Em uma das ilustrações, quatro anjos são retratados - três meninos e uma menina - em alusão às vítimas do atentado. Em outro, os dizeres: "Força para recomeçar".

Outras cinco crianças ficaram feridas no ataque, mas todas já estão em casa. Duas meninas de 5 anos e dois meninos de 5 e 3 anos deixaram nesta quinta o Hospital Santo Antônio. Uma quinta criança, que foi levada para o Hospital Santa Isabel, recebeu alta ainda ontem.

As crianças foram atingidas enquanto brincavam no pátio da creche.

*NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

Quatro crianças que sobreviveram ao ataque à creche em Blumenau, em Santa Catarina, seguem internadas no Hospital Santo Antônio. Após serem socorridas na manhã dessa quarta-feira (5), elas foram levadas à enfermaria pediátrica e seguem juntas no mesmo quarto. 

As crianças chegaram assustadas à unidade, mas foram se acalmando no decorrer do atendimento. Elas também receberam acompanhamento psicológico. Todas dormiram bem, já brincam e conseguem se alimentar. 

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A vice-prefeita Maria Regina Soar anunciou que as vítimas devem receber alta ao longo do dia. Os pais de outra criança ferida a levaram ao Hospital Santa Isabel. Ela apresentava um ferimento no ombro, foi atendida e recebeu alta na tarde de ontem. 

O ataque à creche particular Cantinho Bom Pastor ocorreu no início da manhã dessa quarta (5). Três meninos e uma menina entre 4 e 7 anos foram mortos por golpes de machadinha. O assassino, de 25, foi preso ainda dentro da unidade.

O enterro das quatro crianças assassinadas em atentado* em Blumenau, Santa Catarina, ocorre nesta quinta-feira (6) em horários que vão das 10 horas até as 14 horas. Três vítimas são veladas em cemitério no centro da cidade, enquanto uma quarta será sepultada na região de Salto Norte. Só no primeiro local, a estimativa é de que mais 2 mil pessoas compareçam para prestar homenagens. No velório, o clima era de desolação.

Na manhã da quarta-feira (5) um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho do Bom Pastor, no bairro Velha, e matou as quatro crianças utilizando uma machadinha.

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Os três meninos e uma menina tinham entre 4 e 7 anos.

Além das vítimas fatais, outros cinco alunos ficaram feridos. O assassino se entregou à polícia minutos depois.

Quem são as vítimas:

Bernardo Cunha Machado, de 5 anos

Bernardo Pabest da Cunha, 4 anos

Larissa Maia Toldo, 7 anos

Enzo Marchesin, de 4 anos

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo acompanhou o começo do velório de três crianças no centro da cidade.

Os corpos das vítimas chegaram ao local por volta de 22h30. A previsão é que Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, seja enterrado às 10 horas, Bernardo Pabest da Cunha, de 4, às 10h30, e Larissa Maia Toldo, de 7, às 11h30.

Dezenas de moradores da cidade foram até lá para acompanhar o início do velório na noite desta quarta. "Em 39 anos gerindo esse cemitério, é a maior concentração de pessoas que a gente já viu por aqui", disse Guilherme Otto, diretor do cemitério.

A comoção foi tamanha que, pouco antes das 23 horas, todas as cerca de 250 vagas do estacionamento estavam preenchidas.

Os visitantes tiveram de começar a parar os carros em ruas no entorno, em operação coordenada por equipes da prefeitura de Blumenau.

Cerca de 2 mil a 3 mil pessoas devem comparecer no cemitério para acompanhar os três velórios, segundo estimativa da gestão do local.

"Para se ter um parâmetro, em Dia de Finados, costumamos receber 4 mil pessoas", disse Guilherme. "Foi um crime que abalou toda a cidade."

O corpo de Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos, será enterrado às 14 horas em cemitério na região norte. O velório do menino também começou na noite desta quarta.

Moradores fazem vigília na porta da creche

Mais cedo, por volta de 20 horas desta quarta, dezenas de moradores de Blumenau se reuniram em frente à creche onde o atentado ocorreu para prestar homenagem às vítimas. Velas foram acesas ao lado da porta de entrada.

"Eu tinha que vir prestar solidariedade, é trágico algo como isso acontecendo em uma cidade tão tranquila", afirmou o advogado Iago Mendes, de 28 anos, que mora quase em frente à creche.

Muitos se mostravam incrédulos com o ocorrido. "É uma perda para toda a região. Ainda mais aqui, que é uma cidade tranquila, a gente não esperava isso nunca", disse o corretor de imóveis Victor Hugo Demétrio, de 19 anos.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta quinta-feira, 5, em evento no Palácio do Planalto, sobre a tragédia em creche em Blumenau, Santa Catarina, que aconteceu nesta manhã. O chefe do Executivo afirmou que hoje é um dia que deixa seres humanos "enojados" e pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

"Jamais imaginávamos que poderia acontecer o que aconteceu hoje. O cidadão teve a pachorra de matar quatro crianças", disse, durante evento que marca a assinatura de decretos que mudam o novo Marco Legal do Saneamento. "Não tem palavras para consolar as famílias."

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Um ataque na creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau, na Rua dos Caçadores, no interior do Estado, deixou quatro mortos, segundo o Corpo de Bombeiros. O governo anunciou hoje que irá criar um grupo de trabalho interministerial de valorização da "cultura de paz" e contra violência, que será coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

O pai do menino Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, uma das crianças assassinadas no ataque a uma creche na manhã desta quarta-feira (5), em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, relatou que a última lembrança que tem com o filho é do início da manhã, quando foi deixar ele na creche. 

“Hoje chegou pela creche imitando um coelhinho, e eu e um amiguinho dele viemos pulando de coelhinho. Vou fazer valer a pena todos os momentos”, disse Bruno Bride que, emocionado, disse que agradece por todos os momentos que viveu ao lado do filho. “Peço a Deus que conforte o meu coração. Vou honrar a vida do meu filho todos os dias e que Deus conforte o coração de todas as famílias”, afirmou. 

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O ataque aconteceu na creche Cantinho Bom Pastor, no início da manhã. A unidade de ensino é particular. Quatro crianças de 4 a 7 anos foram mortas e cinco ficaram feridas. O criminoso foi preso. 

De acordo com a polícia, o assassino pulou o muro da creche e iniciou o ataque contra as crianças com uma machadinha. As vítimas foram atingidas na região da cabeça. O criminoso se entregou ao Batalhão da PM após a ação. Ainda está sendo apurado se há mais envolvidos no ataque. 

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), lamentou o ataque a uma creche de Blumenau, que deixou ao menos quatro crianças mortas e cinco feridas, nesta quarta-feira (5). O responsável pelo atentado é um homem de 25 anos, identificado como Luiz Henrique de Lima. Ele se entregou à polícia minutos após o crime. 

No Twitter, Mello afirmou ter acionado as forças de segurança do estado e confirmou a prisão do assassino. “É com enorme tristeza que recebo a lamentável notícia de que a creche particular Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, foi invadida por um assassino que atacou crianças e funcionários. Infelizmente quatro não resistiram e morreram, além de três feridos”, disse. 

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O gestor se dirigiu ao local, junto com as forças de segurança, minutos após o registro da ocorrência. “Determinei imediatamente a ação das nossas forças de segurança, que já estão no local. O assassino já está preso. Deixo aqui a minha total solidariedade. Que Deus conforte o coração de todas as famílias neste momento de profunda dor”, acrescentou. O estado decretou três dias de luto no estado. O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), decretou luto de 30 dias na cidade. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também usou as redes sociais para comentar o ocorrido. “Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas”, declarou o mandatário no Twitter. 

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Um homem de 25 anos armado invadiu, na manhã desta quarta-feira (5), uma creche na cidade catarinense de Blumenau, na Região do Vale do Itajaí. Pelo menos quatro crianças foram mortas e uma ficou gravemente ferida. A informação foi confirmada pela Polícia Militar de Santa Catarina e a ocorrência foi descrita pelo Corpo de Bombeiros como "criança - atentado por arma". 

O suspeito teria chegado ao local em uma motocicleta e, em seguida, pulou o muro da instituição infantil. Nas informações da creche, a administração diz que admite crianças de um a 12 anos de idade. O agressor portava uma “machadinha” e, após os ataques, se entregou à Polícia Militar. Ele foi detido imediatamente. 

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Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estão no local. Em nota, a PM informou que "um homem de 25 anos adentrou em um estabelecimento educacional localizado no bairro Velha e atentou contra a vida de infantes do local". 

"Foram confirmados quatro óbitos e outras vítimas foram encaminhadas aos hospitais da cidade para atendimento. O autor se entregou na guarda do 10º BPM, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil para as providências", acrescentou o comunicado. 

SC: segundo atentado a creches em dois anos 

O estado de Santa Catarina teve, nesta quarta-feira (5), o primeiro atentado à creche em dois anos, desde que houve a chacina na creche Aquarela, no município de Saudades. À época, cinco crianças foram mortas e 14 foram vítimas de tentativa de homicídio. O responsável pelo crime tinha 18 anos quando realizou o ataque e está preso desde então. 

 

Um vigilante de instituição de ensino foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por maus-tratos de natureza sexual contra um cachorro, e por feri-lo para ocultar a prática.

O fato aconteceu na madrugada de 21 de fevereiro deste ano, em uma creche de Ponte Alta, na Serra Catarinense. O vigilante imobilizou o cachorro com fita adesiva e introduziu uma cenoura no ânus do animal, causando dor e sofrimento. Toda a ação foi captada pelas câmeras.

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Ao ser questionado, o réu teria então feito cortes na parte traseira do animal para tentar distorcer os fatos, argumentando que as imagens mostravam um atendimento as feridas, e não um crime de maus-tratos.

O vigilante foi denunciado pelo crime ambiental previsto no artigo 32 da Lei nº 9.605 (praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos). Por se tratar de animal doméstico, a pena é de dois a cinco anos de reclusão e multa, podendo ser agravada se for provado que o homem, de fato, feriu o animal para tentar ocultar outro crime, conforme prevê o artigo 61, II b, do Código Penal.

A Promotora de Justiça da Comarca de Correia Pinto, Mariana Mocelin, também já oficiou ao Município de Ponte Alta para que adote todas as medidas cabíveis na esfera administrativa, pois o crime foi cometido por um servidor, durante o horário de expediente, nas dependências de um estabelecimento da rede pública de ensino.

O animal foi encaminhado para uma clínica veterinária em Curitibanos, onde recebeu tratamento e passou por exames. Dias antes, o tutor havia notificado seu desaparecimento através das redes sociais.

Da assessoria do MP-SC

O presidente Lula (PT) se emocionou e chorou durante solenidade nesta sexta-feira (3), no Mato Grosso, ao receber a informação de que uma creche em construção em Rondonópolis (MT), receberá o nome de Arthur, neto do presidente que faleceu aos 7 anos, em 2019, vítima de uma infecção bacteriana. O anúncio foi feito pelo prefeito de Rondonópolis Zé Carlos do Pátio (PSB) no evento de entrega das habitações do Minha Casa Minha Vida.

Arthur era filho de Sandro Luis Lula da Silva e de Marlene Araújo Lula da Silva, neto de Lula e Marisa Letícia, falecida em 2017. O petista foi às lágrimas durante a fala do prefeito da cidade. 

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“Eu fui autorizado pela dona Janja. A creche leva o nome do Arthur Lula da Silva. Eu não ia falar isso, não. Eu sei o que é a dor de um avô, que estava lá em Curitiba e teve que ver isso. Presidente Lula, você é forte. Você é um cara muito importante para nós”, exaltou o gestor municipal. 

O neto do presidente morreu de meningite meningocócica aos 7 anos de idade. Lula foi liberado pela Justiça para acompanhar o velório à época, que aconteceu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Arthur chegou a visitar o avô duas vezes na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná. 

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