'Não me arrependo', diz sem-teto espancado por personal

O homem espancado pelo personal trainer Eduardo Alves garantiu que foi convidado por sua esposa para manter relações sexuais dentro do carro

qui, 24/03/2022 - 09:39
Reprodução O baiano Givaldo Alves deu sua versão sobre o caso em Planaltina Reprodução

O sem-teto espancado pelo personal trainer Eduardo Alves após ser flagrado mantendo relações sexuais com sua esposa em Planaltina, em Brasília, disse que foi convidado pela mulher a entrar no carro e que não se arrepende de ter aceitado a proposta. O morador de rua chegou a ser hospitalizado com um edema no olho e uma costela quebrada.  

Em entrevista ao Metrópoles, Givaldo Alves, de 48 anos, negou que tenha estuprado a mulher identificada como Sandra Mara e garantiu que a relação ocorrida no último dia 9 foi consensual. "Eu andava pela rua e ouvi um grito: 'moço, moço'. Olhei para trás e só tinha eu. E ela confirmou comigo dizendo: 'quer namorar comigo?'". 

Ele chegou a indicar que ainda não havia tomado banho, mas, mesmo assim, a mulher insistiu que entrasse no veículo. “Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro’”, descreveu.  

A chegada repentina do marido e o início das agressões surpreenderam o homem em situação de rua, que diz ter chegado a trocar socos com Eduardo para se defender. Até então, ele achava que estava sofrendo uma retaliação por presenciar um motorista que arrastou uma mulher de carro dias antes. 

Pai de uma mulher de 28 anos, Givaldo confessou que não se arrependeu de ter mantido relações sexuais com Sandra, mesmo após os ferimentos. Para ele, o registro das câmeras de monitoramento reforçou sua tese de que a relação foi consensual, como a própria envolvida já havia destacado em depoimento à Polícia. 

“Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso (estupro). Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, concluiu. 

 Givaldo é natural da Bahia e passou por cidades em Tocantins, Minas e Goiás até chegar ao Distrito Federal. Ele era casado e já trabalhou na construção civil e como motorista de produtos perigosos. Sem moradia, sua atual rotina é entre abrigos públicos e casas de passagem. 

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