Jornal The Economist diz que Lula é o 'melhor caminho'

Em texto publicado nesta terça (4), veículo de comunicação britânico diz que Bolsonaro "mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em toda parte"

ter, 04/10/2022 - 15:34
Rovena Rosa/Agência Brasil Lula, após votar na Escola Estadual João Firmino, em São Bernardo do Campo. Rovena Rosa/Agência Brasil

Em texto publicado nesta terça-feira (4), o jornal britânico The Economist diz que a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o "melhor caminho" para o Brasil. O jornal também diz que, para vencer as eleições, o petista precisa "se mover para o centro".

A publicação faz duras críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionando sua gestão da pandemia de Covid-19, do meio ambiente e seu relacionamento ruim com as instituições democráticas. "Ele é um populista trumpista, que mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares. Ele não faz nenhum esforço para impedir a destruição da floresta amazônica. Seu tratamento da Covid-19 foi vergonhoso. Seu círculo se sobrepõe ao crime organizado. Ele mina as instituições, da Suprema Corte à própria democracia. Ele sugere que a única maneira de perder a eleição é se for fraudada e que não aceitará nenhum resultado exceto a vitória", diz o The Economist.

O jornal tambem diz que o presidente brasileiro "incita abertamente a violência". "Em uma pesquisa recente, quase 70% dos brasileiros disseram temer danos físicos por causa de suas opiniões políticas", afirma a publicação. 

Para o The Economist, os próximos 30 dias reservam ao povo brasileiro um segundo turno de tensão. "Bolsonaro convenceu muitos brasileiros de falsidades aterrorizantes sobre Lula, como que ele fecharia igrejas. O presidente incentivou seus apoiadores a desconfiarem tanto do sistema de votação eletrônica do Brasil quanto de sua mídia tradicional de verificação de fatos. Se ele perder, ele pode alegar que ganhou e exortar seus apoiadores a irem às ruas. Um segundo mandato para um homem assim seria ruim para o Brasil e para o mundo. Só Lula pode impedir. Reivindicar o campo central é a melhor maneira de fazê-lo", conclui.

 

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