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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou nesta sexta-feira, 2, que, até o final de seu governo, quem ganha até R$ 5 mil por mês não pagará Imposto de Renda. Ele também voltou a dizer que o programa de poupanças para o ensino médio, o Pé de Meia, é investimento e não gasto.

Ele falou na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, onde participa do anúncio de novos investimentos da empresa no Brasil.

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Na cerimônia com participação de Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o CEO da Volkswagen no Brasil, Ciro Possobom, anunciou nesta sexta-feira que a empresa investirá R$ 16 bilhões e lançará 16 novos carros no mercado até 2028.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (2), a criação de mais 12 institutos federais de educação no estado de São Paulo, além do repasse de R$ 1,3 bilhão para a conclusão das obras do eixo norte do Rodoanel. Segundo ele os municípios de Santos e São Vicente serão contemplados com um instituto cada. Lula defendeu que esses instrumentos sejam utilizados para desenvolver a economia local.

“Qual é a aptidão da cidade de Santos? Esses jovens têm que estudar cursos que possa servir para aprimorar o crescimento econômico e o desenvolvimento tecnológico da cidade em que o instituto é criado”, disse. 

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O presidente participou, em Santos (SP), da cerimônia de comemoração aos 132 anos do Porto de Santos e anúncio das obras do túnel Santos-Guarujá, no litoral paulista.  A solenidade contou com a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para quem Lula também antecipou a informação sobre aprovação do financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as obras do Rodoanel. 

“O BNDES aprovou R$ 1,3 bilhão para o estado de São Paulo para o eixo norte do Rodoanel e logo logo você irá receber a notícia do [presidente do BNDES] Aloízio Mercadante.  Em março de 2023, a proposta da Via Appia Fundo de Infraestrutura e Participações venceu o leilão do Rodoanel. O projeto prevê a concessão dos serviços públicos de operação, manutenção e realização dos investimentos para a exploração do sistema rodoviário por 31 anos. 

O eixo norte do Rodoanel é o último trecho que falta para que haja a integração de todas as rodovias que circundam a cidade de São Paulo. As obras estavam paradas desde 2018. O trecho terá 44 quilômetros e completará o Rodoanel nos seus 177 quilômetros.  As obras do sistema foram iniciadas em 1998 com o objetivo de desafogar o trânsito na capital, principalmente de caminhões. O primeiro trecho foi entregue em 2002. A previsão é que as obras do trecho norte sejam concluídas em 2025. Com isso, o governo de São Paulo estima uma redução na circulação de 18 mil caminhões por dia dentro da capital. 

Com 44 quilômetros de extensão no eixo principal, três a quatro faixas por sentido e sete túneis duplos, o trecho norte do Rodoanel compreende os municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá.

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) recebeu um pedido inusitado nesta sexta-feira, 2, em cerimônia de comemoração aos 132 anos do Porto de Santos. "Volta para o PT, Tarcísio", gritou um homem entre o público que acompanhava a solenidade. O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não conteve a gargalhada.

Além de celebrar o aniversário do Porto de Santos, o evento também marcou a assinatura de um termo de cooperação técnica para a execução de obras de um túnel que ligará Santos ao Guarujá. A intervenção ocorreu durante o discurso de Luiz Inácio Lula da Silva, no momento em que o presidente relembrava o passado do chefe do Executivo paulista durante as gestões petistas.

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Tarcísio já integrou governo do PT

Tarcísio nunca foi filiado ao Partido dos Trabalhadores, mas já integrou a gestão de Dilma Rousseff. No governo da petista, ele foi nomeado para a cúpula do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Além de relembrar a passagem de Tarcísio pelo Dnit, Lula afirmou que, em seu primeiro mandato, entre 2003 e 2006, havia conhecido Tarcísio quando o então engenheiro do Exército se envolvia nas obras do gasoduto Coari-Manaus.

O presidente, em seguida, disse que "estranhou" a aproximação de Tarcísio com o ex-presidente Jair Bolsonaro, do qual integrou o primeiro escalão, como ministro da Infraestrutura. "Estranhei vendo ele trabalhar com o Bolsonaro. Mas, paciência, é opção dele", disse.

Tarcísio é um dos nomes cotados para disputar a Presidência em 2026 - Bolsonaro, padrinho político do governador, está inelegível. "Vou me preparar para te derrotar nas próximas eleições, mas, da minha parte, não faltará respeito ao papel que você exerce em São Paulo. Eu e o (Geraldo) Alckmin éramos adversários, mas estamos casadinhos agora", brincou Lula sobre o atual vice-presidente.

Clima amistoso

Lula e Tarcísio chegaram a um acordo para a execução das obras do túnel e, na cerimônia desta sexta-feira, demonstraram sinais mútuos de convivência amistosa. Ao subir no púlpito, o governador chegou a ser vaiado, mas Lula, que discursou em seguida, defendeu o chefe do Executivo paulista.

O petista disse que Tarcísio "merece ser tratado com muito respeito" e que, diante de uma derrota nas urnas, como a do ministro da Fazenda Fernando Haddad contra Tarcísio, pelo governo paulista, em 2022, restava acatar o resultado eleitoral.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou não poder "querer dar um golpe" em São Paulo, diante dos atritos com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em aceno ao gestor estadual, Lula afirmou que Tarcísio terá da presidência da República "tudo aquilo que for necessário" e destacou que os investimentos no Estado têm como foco a população paulista, não o governador.

"Disputamos as eleições estaduais de 2022 com Tarcísio e perdemos as eleições. Não dá para querer dar um golpe de São Paulo, invadir prédio de São Paulo. É voltar para casa, se preparar e disputar outra vez, e respeitar o direito do exercício da função de quem ganhou as eleições, senão a democracia fica capenga", declarou o presidente no final da manhã desta sexta-feira (2), em cerimônia em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos e Anúncio de Investimentos no Túnel Submerso Santos-Guarujá. O evento ocorre em Santos, no litoral paulista.

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Lula afirmou que o ato representa mais do que anúncio de investimentos, mas a necessidade de "restaurar a normalidade". "E a normalidade é a gente respeitar o direito às diferenças."

"É a gente aprender a conviver com quem não gostamos, mas respeitamos o direito da pessoa até não gostar da gente", comentou.

O chefe do Executivo Federal contou que, em seus primeiros mandatos à frente da Presidência, tinha como governadores de São Paulo pessoas que não eram filiadas ao PT e, mesmo assim, "nunca" tratou o Estado de forma diferente.

"Quero te dizer, Tarcísio, você terá da Presidência da República tudo aquilo que for necessário, porque não estou beneficiando o governador, estou beneficiando o Estado mais importante da Federação", afirmou.

De acordo com o presidente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 1,350 bilhão para o Estado de São Paulo para o eixo Norte do Rodoanel. O presidente afirmou, ainda, que o governo federal fará 12 institutos federais e que Santos e a cidade vizinha São Vicente serão beneficiadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a lembrar, durante a sessão de abertura do ano judiciário de 2024, no Supremo Tribunal Federal (STF), os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Com referência a uma fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que disse que bastava um cabo e um soldado para fechar a Corte, o presidente afirmou que os três Poderes enfrentaram uma ameaça "que conhecíamos apenas das páginas mais trágicas da história da humanidade, o fascismo".

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"Vieram milhares de golpistas armados de paus, pedras, barras de ferro, e muito ódio. E não fecharam nem o Supremo, nem o Congresso, nem a Presidência da República. Pelo contrário, as instituições e própria democracia saíram fortalecidas da tentativa de golpe" disse o presidente

Pouco mais de um ano após ocorrido, Lula afirmou que agora se celebra "a restauração da harmonia entre as instituições" e que a Corte segue o seu dever ao punir executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades envolvidas nos atos golpistas.

Na abertura, o presidente também destacou a importância do trabalho de todos da Corte, as "pessoas que dão vida" ao Supremo. "Vocês sentiram na pele o peso do ódio que se abateu sobre o Brasil nesses últimos anos, sofreram perseguições, ofensas, campanhas de difamação e até mesmo ameaças de morte", disse, pontuando que mesmo nesse cenário, as instituições democráticas estiveram sempre ao lado do Judiciário.

O deputado federal Carlos Veras (PT) se colocou à disposição do partido para ser o vice candidato à Prefeitura do Recife na chapa de reeleição de João Campos (PSB). O parlamentar é um dos quadros avaliados pelo presidente Lula para representar o PT na disputa municipal.

Como adiantado pelo senador Humberto Costa, o PT espera assumir o prestígio do PDT na Prefeitura e ocupar a vaga de Isabella de Roldão. O nome que será indicado ainda é uma incógnita, mas a presença do vermelho no palanque da atual gestão já é dada como certa.

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Mesmo antes do jantar do prefeito com o presidente da República, Carlos Veras era colocado como um dos nomes mais alinhados dentro do PT para ser apresentado ao crivo de João Campos.

"Acredito na sabedoria do prefeito para que faça parceria com o PT. Nós compomos o governo hoje e achamos que é natural que o partido componha a vice de João Campos”, afirmou.

O parlamentar não antecipou sua participação nas eleições, mas garantiu estar preparado para o convite. "Eu acredito que nós temos as credenciais para poder cumprir essa tarefa e, se o partido me conceder essa missão, vou estar à disposição para cumpri-la, respeitando todos os meus companheiros e companheiras que têm todas as credenciais para também cumprir essa tarefa", disse.

Vice-líder do PT na Câmara, Veras ainda espera a posição do partido, mas entende que sua lealdade à legenda pode definir uma possível indicação. "Esse é o partido que defini desde os 16 anos, nunca saí do partido, nunca fiz curva. Eu tô o tempo todo aqui cumprindo as deliberações e as determinações do partido nem que eu não concorde na primeira instância, mas no momento em que é decidida, eu passo a cumprir todas as decisões. Eu sou um soldado fiel", ressaltou. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) abre nesta quinta-feira (1°) o Ano Judiciário 2024 com uma cerimônia no plenário da Corte. O evento marca a retomada dos trabalhos no plenário após o recesso e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, além de diversas autoridades. A cerimônia está prevista para começar às 14h.

Na abertura da sessão, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, fará um discurso. Em seguida, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) também vão se manifestar.

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Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, também foram convidados.

Julgamentos

Na mesma sessão, a Corte se reunirá para retomar o julgamento sobre a revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em fevereiro, o Supremo também terá na pauta de julgamentos ações que cobram ações governamentais para combater o desmatamento da Amazônia, processo que contestam a legalidade de provas obtidas durante revista íntima em presídios, além das ações penais que podem condenar réus pelo 8 de janeiro de 2023. Cerca de 600 casos do 8/1 estão prontos para julgamento.

Novo ministro

No dia 22 deste mês, o ministro Flávio Dino será empossado pelo Supremo. Dino foi indicado pelo presidente e aprovado pelo Senado para ocupar a cadeira deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber, ocorrida em outubro do ano passado.

A aprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 49%, de acordo com pesquisa PoderData realizada entre os dias 27 e 29 de janeiro. O índice subiu três pontos porcentuais desde o último levantamento realizado pelo instituto, em dezembro de 2023. A desaprovação à gestão do petista, por sua vez, oscilou negativamente, de 44% para 42%. A margem de erro é de dois pontos porcentuais. O PoderData ouviu, por telefone, 2.500 entrevistados de 229 municípios do País.

Entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, a avaliação do trabalho do governo federal manteve-se em empate técnico. No mês passado, 35% dos entrevistados consideravam o trabalho de Lula à frente do País ruim ou péssimo e 32%, bom ou ótimo. Neste mês, o índice de avaliação boa ou ótima foi a 36%, ante 34% de ruim ou péssimo.

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Lula não supera teto da eleição

Apesar da leve oscilação positiva na avaliação do terceiro mandato, as pesquisas do PoderData sugerem que Lula ainda não consegue superar, fora da margem de erro, o teto de 51% de preferência que o elegeram à presidência da República em 2022.

Desde janeiro de 2023, o instituto monitora a avaliação ao governo federal e o maior índice foi obtido logo no primeiro mês da gestão, em janeiro de 2023, quando a aprovação foi indicada por 52% dos entrevistados. Naquela ocasião, 43% consideravam a gestão de Lula como boa ou ótima.

O índice de aprovação, desde então, oscila dentro da margem de erro; já a avaliação de bom ou ótimo dos entrevistados quanto ao trabalho do petista caiu de 43% da primeira pesquisa aos 36% do último levantamento, sendo em dezembro de 2023 atingiu a mínima de 32%.

Aprovação sobe entre católicos; evangélicos, desaprovam

A aprovação ao governo Lula é maior entre católicos. Em janeiro de 2024, 59% dos católicos afirmaram aprovar a gestão do petista, ante 35% de entrevistados que desaprovam. No mês passado, o índice de aprovação entre católicos era de 56%.

Entre os entrevistados pelo PoderData que se declaram evangélicos, os índices demonstram 58% de rejeição ante a 29% de aprovação. A desaprovação dos evangélicos caiu 4 pontos porcentuais desde o mês passado, quando atingira o índice de 62%.

Metodologia da pesquisa

O PoderData utiliza a base de dados demográficos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a produção da amostragem, isto é, do grupo de pessoas que serão pesquisadas. O perfil dos entrevistados é elaborado a partir de um cruzamento de variáveis como sexo, etnia, escolaridade, idade e renda familiar.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou nesta terça-feira, 30, fotos com o governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os dois tiveram uma reunião mais cedo e chegaram a um acordo sobre a construção do túnel Santos-Guarujá. Trata-se de uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, e um assunto sensível no Estado de São Paulo.

"Conversamos sobre a parceria para transformar em realidade um sonho de 100 anos: a obra do túnel Santos-Guarujá, integrando a Baixada Santista. Um grande projeto de R$ 6 bilhões", disse Lula em seu perfil no X, antigo Twitter. "Também falamos de outros projetos, como o trem São Paulo-Campinas e a expansão de Institutos Federais no Estado de São Paulo. Queremos construir 100 novos IFs em todo o Brasil ainda no nosso mandato", afirmou o presidente da República.

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As fotos dos dois políticos foram publicadas na mesma postagem em que Lula deu as declarações.

Também estão nas imagens os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (30), que poderá voltar a cumprir agenda em Pernambuco em março. De acordo com o mandatário, a nova passagem pelo Estado seria para inaugurar a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), que fica em Goiana, na Mata Norte do Estado.

“Parece que eu posso inaugurar em março a Hemobrás. Começou quando Humberto era ministro, começou no meu governo, ficou parada por muito tempo, e vai inaugurar no meu governo”, declarou, durante entrevista à CBN Recife, sem detalhar datas.

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A retomada da construção da Hemobrás, prevista para começar a operar totalmente em 2025, faz parte do novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), que destinou, segundo dados do Governo Federal, R$ 41 bilhões para Pernambuco.

“O PAC já foi estruturado, os projetos estão quase todos feitos e eu peço a Deus para que possamos outra vez gerar 4 milhões de empregos em uma combinação perfeita entre Governo Federal, estadual, municipal e empresas privadas”, elencou o presidente.

Ainda sobre o desenvolvimento do país, mais especificamente tratando do Nordeste, Lula reforçou o seu desejo de “devolver o que é de direito”.

“Estou muito feliz porque não quero tirar nada de nenhum estado. Não quero tirar uma pena, apenas quero tratar o Nordeste as condições de competitividade que ele tem direito e é por isso que eu trato com um carinho muito especial. Lembro que durante seu governo Miguel Arraes não recebeu um centavo. Lembro da perseguição que o último governo [de Jair Bolsonaro] deu ao Nordeste, era pão e água e nada mais. Estou feliz porque vamos crescer outra vez, quero entregar o Brasil no dia 31 de dezembro crescendo”, disse.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, se for provado o conluio com investigados da Polícia Federal, não haverá "clima" para manter Alessandro Moretti, número dois da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no órgão. Questionado se tem segurança na Abin de hoje, Lula disse que "a gente nunca está seguro".

Em entrevista à Rádio CBN Pernambuco, nesta terça-feira (30), o presidente ressaltou a confiança que tem no diretor-geral da Agência Nacional de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa. "O companheiro que indiquei para ser diretor-geral da Abin é o que foi meu diretor da Polícia Federal entre 2007 e 2010. É uma pessoa que tenho muita confiança, e por isso eu chamei, já que não conhecia ninguém dentro da Abin. E esse companheiro montou a equipe dele", disse.

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Sem citar nominalmente Moretti, o chefe do Executivo disse que, dentro da equipe de Corrêa, "tinha um cidadão, que é o que está sendo acusado, que é o que mantinha relação com o [Alexandre] Ramagem [ex-diretor da Abin]". "Inclusive, a relação que permaneceu já durante o trabalho dele na Abin. Se isso for verdade, e isso está sendo provado, não há clima para esse cidadão continuar na Polícia", declarou.

Na semana passada, a Polícia Federal abriu uma operação que investiga espionagens ilegais na Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os agentes foram às ruas cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, dentre eles o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Já nessa segunda-feira (29), um dos alvos foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Bolsonaro.

Também nesta segunda, o ex-presidente acusou o governo Lula e o ministro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de perseguição na investigação. Para o petista, contudo, isso é uma "grande asneira". "O governo brasileiro não manda na Polícia Federal, muito menos manda na Justiça. Ou seja, você tem um processo de investigação, você tem decisão de um ministro da Suprema Corte que mandou fazer busca e apreensão sob suspeita de utilização com má fé pela Abin, dos quais o delegado que era responsável era ligado à família Bolsonaro e a Polícia Federal foi cumprir um mandato da Justiça", declarou.

"Não vejo nenhum problema anormal se é uma decisão judicial", acrescentou o presidente. Na fala, Lula disse que "quem não deve, não teme" e acusou Bolsonaro de tentar intervir na Polícia Federal durante seu mandato. "O cidadão que está acusando, ele foi presidente da República, ele lidou com a Polícia Federal, ele tentou mandar na Polícia Federal, ele tentava trocar superintendente a bel prazer, sem nenhum respeito ao que pensava o próprio diretor-geral da Polícia Federal e o ministro da Justiça."

"Eu acho que tem que funcionar as coisas de acordo com os interesses da instituição, a Polícia Federal é uma instituição muito importante para o Brasil, é chamada a polícia da inteligência, do combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, nossas fronteiras. Então, eu tenho profundo respeito, sempre tive respeito, e acho que a Polícia Federal exorbitar em fazer pirotecnias, todo mundo sabe o que eu penso, tanto Polícia Federal quanto o Ministério Público, quer investigar, investigue, mas não faça show pirotécnico, não fique divulgando nome das pessoas antes de ter prova concreta contra as pessoas", disse.

Na entrevista, Lula também defendeu que os acusados tenham o direito à presunção de inocência, "que eu não tive". "Antes de fazer simplesmente a condenação a priori, é importante que a gente investigue corretamente, que a gente apure, que garanta o direito de defesa", afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez mais um aceno à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), ao elogiar o rumo da gestão, ainda que reconhecendo erros políticos da chefe de Executivo em seu primeiro ano de mandato. Nesta terça-feira (30), em uma entrevista, o mandatário disse que, antes, não conhecia Lyra, mas que acredita que a gestão “está dando certo” e pediu compreensão com a tucana, que começou no Estado com uma perda pessoal, após a morte do marido, Fernando Lucena. 

“Como a Raquel tá no seu primeiro ano, a gente tem que entender que essa mulher é bem formada, é procuradora, delegada da Polícia Federal, ela teve um trauma imenso no dia da campanha, que foi a morte do marido. Essa mulher está cuidando sozinha da sua família. Ao mesmo tempo, há de se compreender também o estado emocional em que essa companheira assumiu o Governo do Estado. Acho que tem dado certo”, declarou Lula à CBN Recife. 

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No começo do Governo Lyra, o mandato foi marcado por impasses diante da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que não participou plenamente na decisão do secretariado do Estado. Com baixa popularidade no Legislativo, e também entre a população geral, Raquel passou por um primeiro ano difícil, com troca de secretários e alguns indicadores no vermelho – como a segurança pública. Em 2024, houve a primeira troca dos comandos das polícias Militar e Civil.

LeiaJá também: ‘Lula diz que jantar com a família Campos não foi político’ 

Perguntado sobre a possibilidade de aproximar Raquel de sua base, boato que circula nos bastidores da política local, Lula disse que “se ouve muita coisa” nos bastidores, mas não negou o interesse. Anteriormente, ele já havia defendido a “companheira Lyra” e tornou público o apoio à gestão pernambucana. Raquel também já citou Lula anteriormente e mostrou ter curiosidade em aproximar o diálogo político para além das negociações por Pernambuco. 

"Na conversa que tive com a governadora, eu disse que em política a gente não pode errar. Ela começou o governo com alguma dificuldade de relação com a Assembleia Legislativa [Alepe] e disso todo mundo sabe em Pernambuco. Tenho dito para ela que é importante manter uma relação bastante harmônica e civilizada com o Congresso, mesmo com oposição. A gente não precisa viver de favores, mas também não precisa viver de rancores. A gente tem que estabelecer [uma relação] da forma mais civilizada possível, porque eu preciso que as coisas sejam aprovadas na Assembleia e eu preciso pedir as coisas para gente que não gosta de mim e as pessoas não vão votar porque fui eu que fiz. Só temos 70 deputados do PT em Brasília e são 513 deputados, então a gente está sempre conversando”, continuou o presidente. 

Tendo arrastado votos da classe conservadora do estado, especialmente no interior e no Sertão, Raquel foi inicialmente associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) e à direita pernambucana, até mesmo pelo discurso que adotou ao tratar do tema criminalidade no estado. No entanto, desde os debates pré-campanha até esse início de segundo ano de mandato, a relação dos governos estadual e federal parece se estreitar aos poucos. Lula disse que a “ordem” é que seus ministros tratem todos os governadores com democracia e cordialidade. 

"Meus ministros têm de tratar todos os governadores [bem] independentemente de terem falado mal de mim. Chegando em Brasília, ele será tratado da forma mais decente possível. O que nós vamos levar em conta é se ele tem projeto bom, se é viável. Isso vale para governador e prefeito. Raquel é bem tratada aqui, assim como outros companheiros que vêm a Brasília. Não vejo ela falando mal do Governo Federal em lugar nenhum. Isso é um bom sinal; ela pode cobrar de nós o que ela acha que deve cobrar, mas eu sempre manterei com ela uma relação respeitosa, até porque, eu fui amigo do pai dela [João Lyra] e do tio dela [Fernando Lyra], que foi um grande parceiro. Esse país precisa de paz”, concluiu o presidente 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ser contra a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo. Na disputa, o PT apoia o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá como vice a ex-prefeita Marta Suplicy, que se filiará ao PT nesta semana. De acordo com o chefe do Executivo, a prioridade na eleição da capital é derrotar o bolsonarismo.

"Será maravilhosa a disputa política democrática. Se a Tabata for candidata e o Boulos for candidato, quem for melhor e for para o segundo turno, eu estarei apoiando", declarou em entrevista à Rádio CBN Pernambuco, nesta terça-feira, 30. "Se os dois forem para o segundo turno, aí sim vai ter divergência, mas o que precisamos é derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo."

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O presidente negou qualquer esforço para fazer com que Tabata desistisse do pleito. "Jamais iria tentar corrompê-la com cargo para que ela não seja candidata", comentou.

Pernambuco

Saindo de São Paulo, Lula comentou a eleição na capital de Pernambuco, Recife. Em sua avaliação, é preciso trabalhar na aliança PT-PSB "com muito carinho a nível nacional". Pernambuco, por exemplo, é um Estado que o presidente avalia ter condições de realizar a aliança política.

"Acho que João Campos [prefeito de Recife] tem clareza de que é importante uma aliança com o PT, então o que eu espero é que eles façam uma composição de chapa", disse. Na fala, o petista comentou ser importante ouvir o prefeito da capital pernambucana para esclarecer se João Campos tem ambições para ser governador do Estado em 2026.

"Isso tem que ser acertado em uma mesa de conversa, não é nem em Brasília, é em Pernambuco. O companheiro João Campos está tendo um trabalho extraordinário, é uma surpresa agradabilíssima para o povo de Recife", elogiou. "Acho que vai ser possível a gente construir essa aliança."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu detalhes, nesta terça-feira (30), sobre como foi o jantar entre ele e a família Campos durante sua última passagem por Pernambuco. Lula cumpriu agenda no Estado no dia 18 e 19 de janeiro, neste meio tempo, ele jantou com Renata, viúva do ex-governador Eduardo Campos, e os filhos, João, prefeito do Recife; Pedro, deputado federal; Eduarda e José, além da primeira-dama, Janja da Silva. Segundo o mandatário nacional, o encontro foi familiar e não político.

“O jantar foi um encontro de família. Tinha uma relação com [Miguel] Arraes e Madalena, depois que ele se foi, ficou com Eduardo Campos, foi uma relação muito forte, um companheiro da mais alta qualidade. Foi meu ministro da Ciência e Tecnologia. A gente era muito parceiro. Eu ia muito na casa do Eduardo. Naquele jantar não discutimos política”, garantiu o presidente, em entrevista ao jornalista Elielson Lima, da CBN.

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Havia uma expectativa de que Lula tivesse discutido com a família Campos sobre as eleições no Recife. De acordo com ele, foi falado sobre assuntos familiares e a vida dos filhos de Eduardo. A disputa municipal deve traçar uma conversa posterior ente Lula e João. O líder nacional do PT terá um desafio no município, fechar um acordo para que o partido garanta a vice-prefeitura, já que a legenda quer ser protagonista da corrida municipal.

“Já disse para o João Campos que eu vou conversar com ele sobre política: ‘vou convidar você para conversar sobre o projeto político daqui para frente’. E também com a governadora [Raquel Lyra], vou conversar sobre política”, afirmou.

Durante a entrevista, Lula disse que João Campos é “bem preparado” e projetou uma aliança entre as legendas, mas disse que a decisão deve sair do diretório local do PT. "João Campos está tendo um trabalho extraordinário e está sendo uma surpresa agradabilíssima pro povo de Recife. Jovem talentoso. Ele tem, ao mesmo tempo, ‘matutez’ do avô, Miguel Arraes, e a sabedoria de Eduardo Campos. Ele é muito preparado politicamente, extraordinário gestor, competente para montar uma equipe e ele está com a cabeça política muito no lugar", elogiou.

“Eu acho que Pernambuco é um estado em que a gente tem condições de fazer aliança política. É importante lembrar que, na última reunião para o Governo do Estado, o companheiro Humberto Costa, que estava no meio do mandato no Senado, portanto, poderia ser candidato a governador que não iria perder nada, ele [se] retirou [da disputa] para que a gente fizesse aliança com o PSB. Acho que o João Campos tem clareza de que é importante uma aliança com o PT.  O que eu espero é que eles façam uma composição de chapa”, acrescentou o presidente.

Apesar da expectativa para a junção dos partidos, Lula disse, inclusive, que não tem um nome para indicar para a vice-prefeitura.

“Eles têm que se acertar em Pernambuco, porque eu não tenho nome para indicar, mas é importante que a gente ouça o prefeito [João]. Há duas visões importantes. Uma é saber se João Campos vai ser candidato a governador em 2026, aí, quem for candidato a vice, será prefeito de verdade [pois João se ausentaria da Prefeitura para se candidatar]. Temos que levar em conta isso na conversa com ele. Se ele não for candidato a governador, e for terminar o mandato dele até 2028, o vice pode ser um. Se ele for disputar as eleições, o candidato é outro. Isso tem que ser acertado em uma mesa de conversa, não em Brasília, mas em Pernambuco”, argumentou Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula reuniu a imprensa, na manhã desta sexta-feira (26), para detalhar o programa Pé-de-Meia, que é uma espécie de poupança que o governo federal fará para os alunos que cursarem o ensino médio. O decreto com os valores e requisitos para recebimentos foi assinado pelo presidente durante a cerimônia que detalhou. No ato da matrícula no inicio do ano letivo, o estudante do ensino médio receberá em sua conta poupança R$ 200.

Além disso,  comprovação de frequência dará direito ao recebimento de R$ 1,8 mil por ano, em nove parcelas de R$ 200, totalizando R$ 2 mil no ano letivo. Além dos R$ 2 mil anuais em cada um dos três anos do ensino médio, ao concluir o último ano, o aluno que for aprovado receberá mais R$ 1 mil na conta poupança e, caso se inscreva no Enem, receberá mais R$ 200. Assim, caso o estudante cumpra os requisitos estabelecidos ao longo dos três anos do ensino médio e se inscreva no Enem no último ano, ele receberá um total de R$ 9,2 mil.

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Desafio

Durante a assinatura do decreto de regulamentação do programa, Lula disse que as políticas, na área de educação, tem "a responsabilidade de tirar o país da situação em que se encontra após 350 anos de escravidão", quando uma boa formação era privilégio de poucas pessoas: "ricos iam estudar fora, enquanto pobres aprendem a cortar cana."

Segundo o presidente, dois fatores são decisivos para que esse desafio resulte em sucesso: "O primeiro é a qualidade de tratamento que daremos aos educadores, que estarão em sala de aula. A remuneração tem de ser suficiente para eles cuidarem de suas famílias. O segundo envolve a comunidade local. Precisamos convencer pais e mães a acompanhar a situação das escolas e de seus alunos", disse.

Além disso, Lula defendeu que políticas como a de escola em tempo integral têm de ser implementadas como políticas de Estado, e não de governo. Para seu sucesso, é fundamental que haja participação de educadores e também da comunidade. "Caso contrário, correrão o risco de serem alteradas durante mudanças de governos. O ideal é que façamos políticas que sejam compreensíveis para prefeitos e governadores", acrescentou.

Programa

A Lei 14.818/2024, que criou o programa de incentivo financeiro-educacional ao estudante do ensino médio chamado Pé-de-Meia, foi publicada no último dia 17. O programa é uma bolsa-poupança para incentivar estudantes de baixa renda a concluir o ensino médio. Os recursos serão depositados em conta em nome do estudante beneficiário, de natureza pessoal e intransferível, que poderá ser do tipo poupança social digital. E os valores não entrarão no cálculo para declaração de renda familiar e recebimento de outros benefícios, como Bolsa Família, por exemplo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta quinta-feira (25) da cerimônia de celebração dos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), na Sala São Paulo, região central da cidade. Durante a cerimônia houve a entrega da Medalha Armando de Salles Oliveira para entidades com atuação de grande relevância na parceria com a USP ao longo dos anos. Instituída em 2008, a medalha é uma homenagem da Universidade às pessoas e instituições que contribuem para a sua valorização e desenvolvimento. Lula foi um dos contemplados coma medalha.

Durante seu discurso, Lula cumprimentou a universidade pela formação de inúmeras autoridades que atuaram no governo e personalidades que contribuíram para o desenvolvimento e crescimento do país e que continuam prestando seus serviços. “Embora eu não tenha tido a oportunidade de estudar na USP, eu fui muito ajudado a construir tudo o que nos fizemos nesse país por muitas mulheres e homens da USP, por isso obrigado à USP”, disse.

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Lula afirmou ainda que a cada dia a USP fica cada vez mais com a cara de um Brasil miscigenado e não é mais pensada para que São Paulo seja o centro do Brasil. “É a cara do povo brasileiro da periferia, que durante muitas décadas nem sonhava em chegar na USP e hoje é praticamente a metade da universidade”.

O presidente reforçou que, atualmente, mais da metade dos estudantes da USP são oriundos da escola pública e isso significa que, mesmo com a adesão ao sistema de cotas, a Universidade de São Paulo está mostrando que para fazer parte do berço do conhecimento não é preciso ter nascido em berço de ouro.

“É preciso muito esforço individual e é preciso agarrar todas as oportunidades que o governo oferece à parcela menos favorecida da juventude brasileira”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso no aniversário de 90 anos da Universidade de São Paulo (USP) para afagar seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e assegurar que tem contribuído para que o chefe da equipe econômica seja reconhecido como o melhor a ocupar o cargo na história.

Após agradecer a USP por fornecer ministros aos seus governos, Lula pontuou que Haddad, um uspiano, lidera hoje um dos cargos mais importantes e lembrou também da passagem dele pela prefeitura de São Paulo e pelo ministério da Educação.

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"Agora, mais recentemente, a um dos cargos mais importantes, mais visados do governo, tenho nada mais nada menos que o cara que foi na época o melhor ministro da Educação deste País, companheiro Fernando Haddad, e que estou trabalhando para que ele seja o melhor ministro da Fazenda deste Pais", declarou Lula diante de seu ministro da Fazenda, que assistiu à cerimônia.

Em outro momento do discurso, ao citar usuários de crack em situação de rua que andam como "zumbis" pelas vias de São Paulo, Lula lembrou que Haddad começou a encontrar uma solução ao problema. A referência foi ao programa De Braços Abertos, implementado durante a gestão de Haddad na prefeitura da capital paulista. "Mas ela a solução desapareceu, e acho que precisamos assumir a responsabilidade de resolver esse problema", emendou Lula durante a cerimônia realizada na Sala São Paulo, localizada numa área do centro da cidade com grande ocupação de pessoas em situação de rua.

O evento não contou com a presença do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que concentrou o dia em agendas com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Entre os presentes estiveram a primeira-dama do País, a socióloga Rosangela da Silva, a Janja, o vice-presidente Geraldo Alckmin e sua esposa, Lu Alckmin, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a Vale em seu perfil no X, novo nome do Twitter, nesta quinta-feira, 25. Ele mencionou a ruptura da barragem da mineradora em Brumadinho (MG). Lula tem feito pressão para emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no Conselho de Administração da empresa.

"Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana", diz a postagem no perfil do presidente Lula.

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Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), publicou, na noite desta terça-feira (23), um vídeo em que se desvincula dos elogios que havia conferido às gestões anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Me criticaram porque eu disse que o atual mandatário era popular no passado. Mas ele não chega aos pés do que Bolsonaro representa", disse Costa Neto, dirigente da sigla que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na semana passada, o trecho de uma entrevista em que Valdemar elogia o "prestígio" de Lula repercutiu nas redes sociais e gerou mal-estar dentro do PL.

"Lula não tem comparação com Bolsonaro, completamente diferente", afirmou Valdemar ao jornal regional O Diário. A entrevista foi concedida ao jornalista Darwin Valente em 15 de dezembro de 2023, mas o trecho só repercutiu semanas depois. Além de dizer que não havia comparação entre os mandatários, Valdemar disse que Lula "foi bem no governo" e que havia sido julgado por um juiz que "superou os limites da lei", aludindo ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

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O trecho foi mal recebido por setores no PL ligados ao ex-presidente. Jair Bolsonaro ficou indignado com os elogios a Lula e falou em "implosão" do partido diante das "declarações absurdas". "Essa semana tive um problema sério, não vou falar com quem... 'Ó, se continuar assim, você vai implodir o partido'. Pessoa do partido dando declaração absurda. Como 'o Lula é extremamente popular'. Manda ele vir tomar um 51 ali na esquina. Não vem", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores em Angra do Reis, na região dos Lagos do Rio de Janeiro.

No vídeo publicado na noite desta terça-feira, Valdemar buscou abafar quaisquer rumores de "implosão". "O PL escolheu o presidente Bolsonaro, e isso é irreversível", disse o presidente da sigla.

Procurado na manhã em que o trecho da entrevista repercutiu, Valdemar alegou que a montagem do vídeo desfavorecia os elogios que ele havia feito a Bolsonaro. Ao dizer que não havia comparação entre os dois, explicou Costa Neto, ele apenas contrapunha dois tipos de "prestígio": o de Lula, com "popularidade", e o de Bolsonaro, líder de "carisma".

Quanto à declaração de que Lula havia feito uma boa gestão, afirmou que não poderia faltar com a verdade. "Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade", disse Valdemar Costa Neto ao Estadão. "Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo."

De 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, que integrava o partido de Valdemar, o PL. Entre 2006 e 2019, vale lembrar, o grupo mudou de nome para "Partido da República" e adotou a sigla PR. No vídeo em que se retrata sobre o elogio ao atual presidente, Costa Neto argumenta que os conchavos políticos de outrora não correspondiam às amarras ideológicas atuais.

"O José Alencar, um político mais liberal, se aliou ao Lula para se contrapor ao FHC. Antes, era assim", disse Valdemar. "Antes do Bolsonaro, a política era diferente", afirmou.

Em entrevista à rádio Metrópole da Bahia, na manhã desta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou elogios ao olhar político da sua esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja. Segundo ele, a socióloga, que é criticada por governistas e opositores pelo seu envolvimento político, é uma espécie de "farol" que o guia para decisões e observações importantes, e ela ainda costuma notar erros que nem ele, nem sua assessoria, conseguem sempre perceber.  

"A Janja é o meu farol, aquele farol que guia. Quando tem coisa errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa no jornal errada, ela me chama a atenção. Quando tem coisa na rede, ela me chama a atenção. Às vezes ela fala [alguma] coisa para mim que a minha assessoria não fala. E isso, obviamente, me ajuda", disse o presidente. 

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Militante petista desde os 17 anos, quando se filiou ao Partido dos Trabalhadores, em 1983, Janja é conhecida por ter interesse em política e pelo seu envolvimento com causas ambientais e de gênero. Segundo Lula, a esposa "vive a política 24h por dia" e o cobra com insistência sobre a participação de mulheres no governo. 

"Você não tem noção como ela me cobra quando o [fotógrafo Ricardo Stuckert] Stuckinha tira uma fotografia minha e que só tem homem. Quando ela vê a foto ela fica horrorizada. 'Você não tinha mulher para colocar na foto? Por que só homem, só homem, só homem?' E, às vezes, a maioria é homem mesmo, fazer o quê?", afirmou o petista. 

Janja possui um perfil bem diferente de sua antecessora, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que se dedicava a um projeto social no Alvorada, mas não costumava participar das decisões do marido, Jair Bolsonaro (PL) - o que mudou drasticamente com a derrota de Jair nas urnas; após isso, Michelle assumiu a liderança do braço feminino do PL, o PL Mulher, e tem viajado pelo país para fortalecer campos da direita. Desde a campanha de Lula, Janja falou que ressignificaria o papel de primeira-dama, historicamente ao trabalho voluntário, mas nunca citou Michelle ou qualquer outro nome. 

 

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