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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 8, que será um "bom cabo eleitoral" para os candidatos petistas nas eleições municipais e que as ações do governo começarão a aparecer a partir do ano que vem.

"Não tenho pressa, faz um ano que assumimos e não aconteceu tudo. As coisas não nascem no dia. 90% das coisas que anunciamos ainda não brotou. E é o ano que vem que vai começar a brotar e vocês vão estar em campanha", afirmou o presidente.

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Lula disse que não conseguirá visitar todas as cidades, mas se comprometeu a seguir o que a direção do partido definir para fazer campanha no ano que vem. Também colocou seus ministros à disposição para ajudarem nas campanhas eleitorais.

"É uma campanha que vamos ter que nacionalizar. Ministros não podem fazer campanha no horário de trabalho, mas depois a gente pode dar um pitaco, quando tiver acabado a jornada da gente", afirmou, em tom de brincadeira.

Apesar disso, o presidente tentou incentivar o trabalho de militância ao dizer que não são as ações do governo federal que vão, por si só, garantir as eleições.

"Não tem nenhum governo em nenhum País que em tão pouco tempo fez o que fizemos nos primeiros meses do nosso governo, mas não é isso que vai ganhar as eleições. Pode ajudar. Mas o que vai ganhar as eleições é a gente ter coragem de fazer o embate político ideológico com os nossos adversários, para que a gente possa mostrar a diferença de projetos de cidades", afirmou.

O presidente tentou blindar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a direção do partido dos pedidos recorrentes por fatias do fundo eleitoral no ano que vem. Disse diversas vezes que o dinheiro é importante, mas não mais que o trabalho de militância.

"O dinheiro pesa, mas o trabalho de base não tem dinheiro que compre. E precisamos voltar a fazer trabalho de base. Não podemos ter candidato querendo comprar apoio de um líder de bairro, não podemos ter candidato querendo comprar apoio não. Apoio se conquista, a gente trabalha, vai para a rua", afirmou o presidente.

Apesar das críticas construtivas aos aliados, Lula foi ovacionado e aplaudido algumas vezes durante o seu discurso e contou com o apoio da plateia e dos petistas que estavam ao palco ao seu lado, como a presidente do PT, alguns ministros, governadores e parlamentares.

A segunda reportagem sobre o crescimento de políticos de grupos de minorias, que buscam protagonismo nas eleições municipais do próximo ano, escutou o vereador Vinícius Castello (PT-PE) da cidade de Olinda. O parlamentar afirmou que se colocou a disposição do Partido dos Trabalhadores para disputar a prefeitura do município de mais de 340 mil habitantes.

De olho em 2024

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Se na reportagem anterior, a vereadora Flávia Hellen (PT) brincou ao afirmar que o partido do presidente Lula (PT) tem “a bola e uma rede sem goleiro”, quando se referiu as próximas disputas municipais, Vinícius Castello afirma que a sigla está com a “faca e o queijo na mão” para competir em 2024.

“Eu acredito que o partido dos trabalhadores tem todas as possibilidades de ocupar o Executivo da cidade de Olinda, não só pela sua força, mas sim por ser um partido que está inserido em toda a cidade. Essa força vem principalmente, por a gente ter de volta o maior líder político da América Latina, um dos maiores líderes políticos do mundo, como presidente do Brasil”, pontua o parlamentar.

É com essa confiança que o político deseja enfrentar a próxima disputa do município. Porém, o vereador, que está em seu primeiro mandato, ainda segue com a dúvida: a sua sigla, que está pela quinta vez no comando da Presidência, escolherá um jovem parlamentar que tem papel ativo na militância da esquerda no estado ou apoiará outra figura política de alguma legenda da base governista?

Mesmo ainda não tendo essa resposta, o petista acredita que será importante disputar a próxima eleição, pois a mesma cidade que o escolheu em 2020 para uma cadeira na Câmara dos Vereadores, ainda deseja ter um gestor que resolva os problemas da sua população. Além disso, Vinícius enxerga que o apoio dos seus eleitores alimenta a sua vontade em querer ocupar a prefeitura.

“Apesar de eu ser hoje uma das principais figuras de oposição da cidade e um dos políticos com maior inserção na sociedade olindense, é importante que a gente consiga perceber e entender também que isso é fruto de uma construção social. Uma construção junto com os movimentos sociais, junto com a juventude, com a periferia, com as vozes que foram silenciadas e que agora estão tendo a oportunidade de construir ao meu lado uma perspectiva política que vise dar protagonismo para a classe trabalhadora”, diz.

Trajetória

Posicionado na oposição do segundo mandato do prefeito Professor Lupércio (PSD-PE), Vinícius Castello se elegeu na última eleição municipal com 2.007 votos. Sua campanha ficou conhecida pelo trabalho de mobilização nas redes sociais, na qual conseguiu alcançar a confiança dos eleitores olindenses através de publicações que explicavam seus projetos para o desenvolvimento da cidade.

Criado na Barreira do Rosário, na periferia do município, Vini conseguiu o feito de ser o vereador mais jovem e o primeiro assumidamente LGBTQIAP+ do município. Ele, que é formado em direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), foi a primeira pessoa da sua família a entrar em uma instituição de ensino superior e a concluir uma graduação. No ambiente acadêmico, coordenou o Quilombo Marielle Franco, coletivo de estudantes negros e negras da Unicap. Foi através desse coletivo, que mais de 1,6 mil estudantes conquistaram bolsa de estudos.

Em 2022, o parlamentar disputou a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), mas acabou como suplente. Mesmo com o resultado não esperado, a derrota foi vista com bons olhos pelo petista. “Saí de 2.007 votos em 2020, quando ganhei para vereador, para 22.713. Isso só mostra que o trabalho que faço em Olinda é reconhecido pelos pernambucanos. Esses votos me deram força e fôlego para poder começar a construir dentro do partido essa possibilidade de dialogar a respeito da disputa municipal aqui na cidade”.

Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Vinícius, que defende as bandeiras do movimento negro e LGBTQIAP+, ao entrar na Câmara de Vereadores precisou lidar com diversos ataques. Um deles, aconteceu em junho do ano passado, quando o vereador Jojó Guerra (PL-PE) o chamou de "viado" ao falar sobre um projeto de lei que previa a proibição da discriminação pela orientação sexual e de gênero em Olinda.

Ciente que poderá enfrentar preconceitos ao tentar disputar a Prefeitura de Olinda, o vereador ver a política como um caminho “árduo e desafiador”, mas diz que vem enfrentando esses ataques com muita luta e responsabilidade.

"Ser uma pessoa jovem, uma pessoa negra, uma pessoa LGBT, uma pessoa que não é herdeira, dentro dessa estrutura política, é lidar com a violência, é lidar com a tentativa de boicote. Mas, já passou o tempo de eu não acreditar na potência de corpos como os meus”, pontua.

Qual será a decisão do PT?

O LeiaJá procurou o Partido dos Trabalhadores para saber se Vinícius representará a sigla na disputa do próximo ano. No entanto, o secretário geral do PT em Pernambuco, Sérgio Goiana, afirmou que devido Olinda possuir mais de 100 mil habitantes, quem decide o nome para a corrida eleitoral é o diretório nacional do partido.

Já a senadora Teresa Leitão (PT-PE), em entrevista a Folha de Pernambuco na última segunda-feira (4), afirmou que no município a sigla “está com uma pré-candidatura”, porém “ainda não bateu martelo”. Ela pontuou que não existe outro nome colocado na disputa a não ser o de Vinícius.

 

O Congresso Nacional agendou sessão para a quinta-feira (14), a partir das 10h, com 39 vetos e 20 projetos na pauta de votações. Os destaques ficam para os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 (PLN 4/2023) e do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 (PLN 28/2023). 

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), o presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, citou a necessidade de aprovação da legislação orçamentária como parte do trabalho nos próximos dias.

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— Temos agora a previsão de duas semanas muito intensas, de fato. Nós temos projetos de lei a serem apreciados, nós temos a LDO, a Lei Orçamentária [...]. Vamos trabalhar intensamente e avançar noite adentro nas sessões do Senado, caso seja necessário, e também do Congresso Nacional, para fazer todas as entregas que se impõem tanto ao Senado quanto ao Congresso Nacional.

Quanto aos vetos, serão analisados os de 2021, 2022 e 2023 que ainda não foram apreciados. Para derrubar um veto presidencial, é preciso maioria absoluta de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 de senadores. Caso não se alcance essa votação, o veto é mantido.

Entre os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão o do marco temporal de terras indígenas (Veto 30/2023) e o da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia (Veto 38/2023).

Também na pauta está o veto à norma que amplia as atividades financiáveis com dinheiro do Fundo Geral de Turismo (Fungetur - Veto 57/2022). A Lei do Novo Fungetur (Lei 14.476, de 2022) foi sancionada com vários dispositivos vetados, entre eles o que possibilita à Embratur receber recursos não utilizados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Veto 64/2022 é referente à Lei 14.514, de 2022, que permitiu a atuação da iniciativa privada na pesquisa e lavra de minérios nucleares. Em termos gerais, o veto incide sobre dispositivos que tratam da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Fundo Nacional de Mineração.

Há seis vetos totais em pauta. Um deles (Veto 34/2022) impediu a sanção do texto do PLC 184/2017, que permite aos estudantes da zona rural dividir seus meses de ensino entre aulas teóricas na escola e atividades práticas no campo. De acordo com as justificativas para o veto, a matéria seria inconstitucional e contrária ao interesse público, por considerar essa opção apenas para as “escolas de campo”.  O Veto 58/2022 atingiu o PLC 23/2016, que estabelece a ampliação dos direitos de pessoas com surdez de apenas um lado.

O projeto havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 2015 e pelo Senado em 2022. Já o Veto 12/2023 impediu a transformação em lei do PLS 332/2011, que assegura o pagamento de pensão especial vitalícia, no valor de dois salários mínimos mensais, aos ex-integrantes da tropa brasileira conhecida como Batalhão Suez. Por sua vez, o Veto 22/2023 é referente ao PL 2.108/2019, que prevê o fornecimento obrigatório pelo Poder Público de uniforme escolar na educação básica pública.

O Veto 34/2023 recaiu sobre o projeto que exclui, do pagamento de adicional de periculosidade a motoristas, o transporte de combustível em tanques originais de fábrica e suplementares, para uso do próprio veículo de carga, de transporte coletivo de passageiros, de máquinas e de equipamentos (PL 1.949/2021). 

Projetos

São 20 os projetos de lei (PLN) na pauta do Congresso que abrem no total mais de R$ 2,5 bilhões em créditos adicionais para o Orçamento federal deste ano. Entre eles, o PLN 34/2023, que abre crédito especial de R$ 50,8 milhões para obras e aquisições do Poder Judiciário. Os recursos sairão de remanejamentos dentro dos órgãos da própria Justiça e, portanto, não afetam as metas fiscais. O PLN 14/2023 abre crédito suplementar no valor de R$ 25,8 milhões em favor dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; e das Mulheres.

Segundo a exposição de motivos do governo, R$ 21,5 milhões irão atender despesas relacionadas às atividades de manutenção e funcionamento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). Já R$ 899 mil serão empregados no Incra, para o atendimento do compromisso assumido perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos na reparação às comunidades quilombolas de Alcântara (MA).

Os R$ 3,5 milhões restantes serão destinados à execução de políticas relacionadas às Secretarias Nacionais de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; de Autonomia Econômica; e de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, todas subordinadas ao Ministério das Mulheres. O PLN 21/2023, por sua vez, destina R$ 393 milhões para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás).

O PLN 41/2023 abre crédito suplementar de R$ 405 milhões, parte para o Ministério do Turismo e parte para o atendimento a 5.711 famílias que ingressaram no Plano Nacional de Reforma Agrária. Já o PLN 23/2023 destina R$ 129 milhões para reduzir filas do INSS. O dinheiro vai reforçar despesas criadas com a Medida Provisória 1.181/2023, que instituiu o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social.

O Programa tem como metas reduzir o tempo de análise de processos; cumprir decisões judiciais com prazo expirado; realizar exame médico pericial e análise documental; além de realizar exame médico pericial especificamente de servidor público federal. O crédito também vai reforçar o custeio do programa de redução de fila de perícias em geral.

O PLN 20/2023 abre crédito de R$ 19,5 milhões para o Porto de Santos e para a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF). O valor vem da própria geração de recursos das duas empresas. A ABGF auxilia na execução de políticas públicas que utilizam fundos e garantias prestadas com recursos da União. O órgão usará R$ 442,7 mil para modernização de equipamentos e sistemas tecnológicos.

No caso do Porto de Santos, R$ 19 milhões serão usados na conclusão da pavimentação e da drenagem da Avenida Perimetral Portuária, que dá acesso ao porto. Grande parte dessas obras seriam finalizadas em 2022, entretanto, devido a atrasos na obtenção de licenças ambientais, elas serão executadas com o orçamento de 2023.

*Da Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 7, que o Mercosul não pode ficar "alheio" à crise entre a Venezuela e a Guiana na disputa territorial pelo Essequibo. Lula abriu a Cúpula do bloco sul-americano no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, em meio à escalada do conflito e propôs uma declaração em defesa da paz. "Estamos acompanhando com preocupação a situação no Essequibo", disse Lula. "O Mercosul não pode ficar alheio", continuou o petista acrescentando que esse tema não deve "contaminar" a agenda da integração regional, que tem sido defendida pelo Brasil durante a Cúpula do Mercosul.

O presidente sugeriu ainda que a Celac, Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, deve dialogar com os dois lados do conflito e se colocou à disposição para receber as reuniões em Brasília. "Vamos tratar esse assunto com muito carinho porque o que não queremos na América do Sul é guerra, não precisamos de conflito, precisamos construir a paz", disse.

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Nesta quarta-feira, 6,, no encontro de autoridades que antecedeu a Cúpula, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira defendeu a importância do bloco para a manutenção da paz no continente. "Num mundo conturbado por tantos conflitos, é sempre importante lembrar a contribuição do Mercosul para que a América do Sul constitua hoje a zona de paz mais extensa do mundo", disse o chanceler, que logo depois se reuniu com Lula e com o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.

A disputa por território na fronteira Norte do Brasil escalou nesta semana, quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a criação do Estado da Guiana Essequiba e montou um plano de exploração de petróleo para área de 160 mil quilômetros quadrados. O território equivale a 75% do território do país vizinho.

A sessão do Congresso Nacional para analisar vetos presidenciais foi cancelada mais uma vez nesta quinta-feira (7). A discussão envolve temas que são importantes para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e polêmicos entre os parlamentares, como marco temporal, arcabouço fiscal, novas regras do Carf e desoneração da folha de pagamento. A decisão da Casa vem sendo adiada desde o início de novembro, em um impasse entre governo e oposição. Nova sessão conjunta entre Câmara dos Deputados e Senado Federal está marcada para a próxima quinta, dia 14.

Além da falta de consenso entre governistas e oposição, o adiamento foi justificado pelo Congresso pelo esvaziamento das duas Casas devido à viagem de parlamentares para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes. A última sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ocorreu em 9 de novembro.

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A pauta da sessão da próxima semana já prevê a análise de 39 vetos para na ordem do dia. Deles, 29 são de Lula.

Entre os trechos rejeitados que compõem a ordem do dia da próxima reunião estão os do marco temporal de demarcação de terras indígenas, um dos mais polêmicos. A Frente parlamentar do Agro (FPA), composta por 324 deputados e 50 senadores, reagiu à fala de Lula durante a COP28, que cobrou mobilização social contra "raposas no galinheiro". O grupo afirmou em nota que falas "criminalizam" os integrantes do Legislativo.

A votação precisa ter o "sim" da maioria absoluta dos parlamentares para o veto de Lula ser derrubado. Isso significa metade mais um de todos os membros do Congresso - 257 deputados e 41 senadores -, e não apenas dos presentes.

Outras análises previstas para a sessão do Congresso são sobre os trechos vetados das regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do novo regime fiscal, do Marco Legal das Garantias.

Um dos trechos vetados por Lula no arcabouço fiscal proibia o governo de propor quaisquer novas exceções à meta de resultado primário na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Em tese, a avaliação é que o Executivo poderia usar essa brecha para retirar o PAC dos limites fiscais, o que facilitaria o cumprimento da meta, blindaria obras do governo e reduziria a necessidade do Planalto de negociar com a Câmara e o Senado.

Além dos vetos, 12 projetos de lei também estão na pauta do dia da sessão marcada para o próximo dia 14. Quem tem o poder de convocar ou adiar sessões conjuntas é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As votações ocorrem no plenário da Câmara, controlado por Arthur Lira (PP-AL).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, que recebe nesta quinta-feira (7) a reunião de líderes do Mercosul.

O encontro marca o fim da presidência brasileira no bloco e não deve trazer novidades nas negociações para o acordo de livre comércio com a União Europeia.

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Por outro lado, a cúpula terá a assinatura de um pacto comercial com Singapura e a formalização da entrada da Bolívia no Mercosul O encontro formal dos mandatários deve começar às 11h, de acordo com agenda divulgada pelo Palácio do Planalto.

Às 12h35, deve acontecer a assinatura do acordo com Singapura, e às 12h40, a assinatura e entrega da carta de adesão da Bolívia. Às 13h, Lula oferecerá um almoço para os mandatários sul-americanos.

Também participam do encontro os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Luis Alberto Lacalle Pou (Uruguai), Luis Arce (Bolívia) e Santiago Peña (Paraguai), que assumirá o comando do bloco pelos próximos seis meses.

*Da Ansa

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que nesta quinta-feira (7) será o anfitrião da cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro, propôs impulsionar o comércio internacional sem a hegemonia do dólar, durante evento com a ex-mandatária Dilma Rousseff, atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics.

"Nós vamos ter de apreender a negociar sem precisar do dólar como moeda padrão. Por que eu preciso negociar com qualquer outro país precisando de dólar? O que precisamos é tentar inovar", afirmou o petista durante cerimônia na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).

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O presidente também fez duras críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e suas políticas sobre as dívidas de países africanos.

"O FMI não empresta dinheiro para salvar, ele empresta uma corda para se enforcar", afirmou Lula, ressaltando que o banco do Brics "precisa ser mais forte" que o fundo monetário.

*Da Ansa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao Rio de Janeiro para participar da cúpula do Mercosul nesta quinta-feira (7) após visitar a Alemanha e participar da COP28, em Dubai, nos últimos dias. O mandatário ainda aposta em uma "pouco" provável assinatura do acordo com a União Europeia (UE) no encontro que marcará o início do processo de incorporação de Bolívia ao bloco regional.
Nesta quarta (6), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participam da reunião do Conselho do Mercosul.

Já Lula se reunirá amanhã com os mandatários dos outros três países do bloco - Argentina, Paraguai e Uruguai.
Lula, atual presidente temporário do Mercosul, encerrou na última terça-feira uma visita à Alemanha, onde prometeu trabalhar até o "último momento" para finalizar o pacto com a UE, apesar do veto expressado pelo mandatário da França, Emmanuel Macron.
"Não vou desistir enquanto eu não conversar com todos os presidentes e ouvir um não de todos", declarou o petista.
Durante a cúpula, o presidente paraguaio, Santiago Peña, assumirá o comando semestral do bloco e deve avançar na inclusão da Bolívia.
"Espera-se que a Bolívia possa concluir o seu processo de adesão com brevidade e trabalhar com os demais estados partes para definir cronograma de internalização das normas e regulamentos do Mercosul", diz um comunicado do governo brasileiro. 

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*Da Ansa

 

O ritmo de empenho de emendas parlamentares no Orçamento federal de 2023, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, é 79% maior do que o volume empenhado no ano passado, último ano da gestão de Jair Bolsonaro. A informação foi apresentada pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, durante reunião com líderes do governo na Câmara, no Senado e do Congresso Nacional, nesta terça-feira (5), no Palácio do Planalto. O empenho é um termo técnico que significa reserva de dinheiro público que será pago quando um bem for entregue ou serviço concluído.

"Nós temos de empenho 80% a mais das emendas parlamentares este ano comparado com o ano passado, o último ano do governo anterior. São quase R$ 30 bilhões [R$ 29,7 bi] de emendas individuais, de comissão e de bancada já empenhadas nesse momento, comparado com cerca de R$ 17 bilhões [R$ 16,6 bi] no último ano do governo anterior. O ritmo de pagamento também é maior, ou seja, não só empenho [reserva], mas o desembolso financeiro também", afirmou a jornalistas em entrevista para apresentar os números. O balanço se refere às emendas individuais, de bancada e de comissão.

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Já em termos de pagamento total, ou seja, de execução do recurso, a diferença é menor, mas favorável ao atual governo. No ano passado, foram pagos R$ 26,26 bilhões, enquanto este ano o desembolso financeiro de emendas corresponde a R$ 29,1 bilhões, um aumento de 11%.

Além dos líderes do governo no Legislativo, a reunião contou com a participação do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e de representantes ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, da Educação, de Cidades, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que são as pastas, segundo Padilha, para onde são destinados os maiores volumes de emendas parlamentares.

Transferências especiais

Além das emendas parlamentares, Alexandre Padilha informou que o governo, este ano, já realizou a descentralização de R$ 6,47 bilhões de transferências especiais, que são modalidade de emenda parlamentar cujos repasses são feitos pelo Tesouro Nacional diretamente aos fundos de estados, municípios e Distrito Federal. Desse total, R$ 1,7 bilhão eram restos a pagar do governo anterior que não chegaram a serem pagos.

Ao longo das próximas semanas, o governo informou que as pastas que mais são demandadas com execução de emendas parlamentares deverão montar um fluxo especial para assegurar que os recursos sejam empenhados e pagos.

"Então, vão ter agendas dos líderes das bancadas partidárias que, eventualmente, tenham menor proporção de emendas, nessa reta final, para que a gente possa manter o ritmo acelerado. Nós já executamos 80% a mais do que foi feito no último ano do governo anterior, mas nós queremos superar e chegar até o final do ano com 100% executado", destacou o ministro.

Pautas prioritárias

Em relação às pautas prioritárias do governo no Congresso, Padilha afirmou que espera avançar essa semana em dois projetos de lei (PLs). Na Câmara, a meta é aprovar o projeto que cria uma modalidade de debêntures voltada para financiar investimentos em infraestrutura, como ferrovias e hidrelétricas.

O PL 2646/20, de autoria do deputado João Maia (PL-RN) e outros, foi aprovado na Câmara em 2021, passou pelo Senado, onde sofreu uma série de modificações e, por isso, retornou para a Câmara, que analisará as mudanças feitas pelos senadores.

Debêntures são títulos de dívida lançados no mercado por empresas e que podem ser adquiridos por pessoas físicas ou jurídicas em troca do pagamento de juros periódicos.

No Senado, o governo espera ver aprovado essa semana o projeto que regulamenta as apostas esportivas eletrônicas, a chamadas bets, criando uma taxação desse serviço no país. O texto já passou pela Câmara em setembro e aguarda a análise dos senadores.

Vetos

Além dos projetos de lei, o governo negocia com o Congresso Nacional para manter os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em textos aprovados pelos parlamentares. Um é o que trata do veto à prorrogação da desoneração tributária sobre a folha de pagamento de 17 setores econômicos.

O outro é a análise do veto do presidente ao projeto que cria um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O marco temporal já foi considerado inconstitucional em julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o Congresso Nacional aprovou um texto estabelecendo a tese, que, na prática, torna o reconhecimento da ocupação tradicional indígena muito mais difícil.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não viajará a Buenos Aires, capital da Argentina, para a posse do presidente eleito do país, Javier Milei, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. A cerimônia de posse será do próximo domingo (10).

O convite ao petista foi feito no último dia 26, quando a futura chanceler Diana Mondino, designada por Milei, se reuniu em Brasília com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Segundo informações do Planalto, Mauro Vieira representará o Brasil na solenidade.

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O convite ao presidente foi realizado por meio de uma carta assinada por Milei, na qual ele diz desejar que seu tempo em comum com o petista no poder "seja uma etapa de trabalho frutífero e construção de laços" entre os dois países.

A mensagem sinalizou uma mudança de tom após críticas duras de Milei a Lula durante a campanha presidencial. O argentino já chamou o petista de "corrupto" e "comunista". Questionado em entrevista ainda enquanto candidato, respondeu que não se encontraria com o petista caso fosse eleito. O PT, partido de Lula, apoiou a candidatura do rival de Milei, Sergio Massa, derrotado nas urnas.

A cerimônia deve reunir as principais lideranças da direita latino-americana, que pretendem usar a ocasião como demonstração de força. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que recebeu uma ligação do próprio Milei no dia 20, após o resultado das eleições argentinas, com o convite para a posse. Bolsonaro informou que levará o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na comitiva que o acompanhará à Argentina.

FHC e Bolsonaro também já faltaram a posses na Argentina

Essa não será a primeira ocasião em que um presidente do Brasil não comparece à posse do novo comandante do país vizinho. Em 2019, o então presidente Bolsonaro não esteve presente na posse de Alberto Fernández, sendo representado pelo então vice-presidente Hamilton Mourão.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também faltou a cerimônias de posse em duas ocasiões, quando os presidentes argentinos foram eleitos pelo Congresso. Uma em 2001, na eleição de Adolfo Rodríguez Saá, e outra no ano seguinte, em 2002, quando Eduardo Duhalde foi eleito.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira, 4, que seu governo ainda buscará 102 brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Ele deu a declaração em Berlim, na Alemanha, onde teve uma reunião com o chanceler do país, Olaf Scholz.

Lula voltou a criticar o formato atual da ONU e disse que a entidade não está cumprindo seu "papel histórico".

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A crítica do brasileiro é principalmente sobre o Conselho de Segurança, controlado por Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia.

O Brasil reivindica uma ampliação do Conselho de Segurança para incluir a si próprio e outros países, como Alemanha e Índia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma visita oficial à Alemanha, onde deve se reunir com o chanceler Olaf Scholz para tratar sobre as relações bilaterais e o acordo entre Mercosul e União Europeia, cuja hipótese de assinatura perdeu força após críticas feitas no fim de semana pelo governo da França.
O mandatário, que chegou ontem à noite a Berlim, após ter participado da cúpula climática COP28 nos Emirados Árabes, foi recebido hoje com honras de Estado pelo presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Lula vai participar da segunda reunião de consultas intergovernamentais de alto nível entre os dois países, com o objetivo de reforçar a parceria estratégica e definir novos passos na relação bilateral.

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O petista permanecerá na capital da Alemanha até terça-feira (5) e, durante o encontro com Scholz, deve firmar acordos em áreas como meio ambiente, energia, agricultura e ciência e tecnologia.
Lula recebeu o chanceler em Brasília no começo do ano, quando dialogaram sobre a guerra na Ucrânia e o acordo UE-Mercosul.
O mandatário progressista reagiu ontem, em Dubai, a declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, que disse ser contra o pacto entre europeus e sul-americanos.
"Se não tiver acordo, paciência, não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que foi por conta do Brasil ou da América do Sul", afirmou Lula.

*Da Ansa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou neste domingo (3) que haja contradição no governo em relação aos combustíveis fósseis e afirmou que o Brasil jamais entrará na Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

Em seu discurso de abertura na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), na sexta-feira, Lula defendeu a redução da dependência dos combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, o governo aceitou ingressar no grupo Opep+, criado pelo bloco petroleiro. O descompasso entre o discurso e a prática do governo gerou questionamentos de ambientalistas durante a conferência.

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Lula concedeu uma entrevista coletiva neste domingo, antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com destino à Alemanha. Na ocasião, o presidente voltou a minimizar a entrada do Brasil na Opep+, dizendo que o país tentará levar ao grupo a discussão sobre a ampliação de combustíveis renováveis.

"Não há nenhuma contradição, não há nada. O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciar", disse.

Lula concedeu uma entrevista coletiva neste domingo, antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com destino à Alemanha. Na ocasião, o presidente voltou a minimizar a entrada do Brasil na Opep+, dizendo que o país tentará levar ao grupo a discussão sobre a ampliação de combustíveis renováveis.

"Não há nenhuma contradição, não há nada. O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciar", disse.

O presidente disse ainda que o dinheiro do petróleo pode ajudar a financiar a ampliação de outras fontes de energia, como o etanol, biodiesel, hidrogênio verde, energia solar e eólica.

"É verdade que nós precisamos diminuir o combustível fóssil, mas é verdade que nós precisamos criar alternativas. Então, antes de você acabar, por sectarismo, você precisa oferecer à humanidade opção", opinou.

De acordo com cientistas especializados na área de mudanças climáticas, a eliminação do uso de combustíveis fósseis é fundamental para frear o aquecimento global. Apesar disso, as Cúpulas da ONU nunca fixaram decisões robustas sobre o tema.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, neste domingo, 3, a possibilidade de conflito entre a Venezuela e a Guiana por disputa territorial. Lula afirmou que a América do Sul não precisa de "confusão" e que é preciso "baixar o facho". O presidente disse ainda que o referendo sobre anexação territorial, realizado pela Venezuela para questionar sobre a criação do Estado chamado "Guiana Essequiba", provavelmente dará o resultado pretendido por Nicolás Maduro.

Lula comentou sobre o tema em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participou da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28). Lula disse que já conversou por telefone com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, duas vezes; e que o assessor especial da Presidência e ex-chanceler, Celso Amorim, já conversou com Maduro.

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"Só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: é de confusão. Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e do lado da Guiana", disse o presidente.

Os venezuelanos vão às urnas neste domingo para opinar sobre a anexação do território, que voltou a ser debatida após descoberta de petróleo na região. A intenção da Venezuela é anexar da fronteira até o Rio Essequibo, o que corresponde a 75% do que hoje é a Guiana.

"Provavelmente, o referendo vai dar o que o Maduro quer, porque é um chamamento ao povo para aumentar aquilo que ele entende que seja o território dele. E ele não acata o acordo que o Brasil já acatou", afirmou Lula.

O presidente voltou a criticar a realização de guerras no mundo. Lula tem sido uma das principais vozes contra os conflitos entre Rússia e Ucrânia, e Israel e o grupo terrorista Hamas.

"É uma contradição a gente fazer um encontro dessa magnitude para discutir a redução de gases de efeito estufa e os caras jogando bomba. A humanidade deveria ter medo de guerra, porque só faz guerra quando falta o bom senso. Quando o poder da palavra se exauriu por fragilidade dos conversadores. Vale mais a pena uma conversa do que uma guerra", disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não será possível repetir o luxo e a riqueza da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-28) de Dubai. Belém, capital do Pará, vai sediar a COP-30 em 2025. "Alertei as pessoas para que ninguém fique imaginado que vai ser possível repetir uma COP como essa, com esse luxo, essa riqueza", disse o presidente em entrevista coletiva neste domingo, 3, antes de embarcar para Berlim, na Alemanha.

"Não é possível fazer isso em outro País, a não ser que seja outro país árabe ou quem sabe no Principado de Mônaco", disse Lula, que encerou no sábado a sua participação na COP-28, que começou na última quinta-feira, 30, e vai até 12 de dezembro.

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Lula afirmou que o Brasil vai fazer uma COP "com a cara do Brasil". "Vamos fazer num Estado amazônico que vai ser a grande novidade", disse. "Se tem aqui o palácio para fazer uma reunião, a gente pode fazer embaixo da copa de uma árvore e discutir assuntos numa canoa num igarapé. Essa vai ser a nossa COP, no Brasil, em 2025?, afirmou.

O presidente anunciou em maio a escolha de Belém pela ONU como sede da COP. Na ocasião, disse: "Eu já participei de COP no Egito, em Paris, em Copenhague. E o pessoal só fala da Amazônia. E eu dizia assim: ‘por que, então, não fazer a COP em um Estado da Amazônia para vocês conhecerem o que é a Amazônia? Verem o que são os rios da Amazônia, as florestas da Amazônia, a fauna da Amazônia’".

Como mostrou reportagem do Estadão, o Pará vira palco de debates sobre o futuro climático do planeta, mas também precisa resolver seus próprios gargalos ambientais, como desmatamento, garimpo ilegal e deficiências de saneamento básico, com canais com despejo de esgoto visíveis.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pode se tornar o segundo magistrado do Nordeste na atual composição da Corte. Maranhense, Dino terá como único conterrâneo regional - caso seja aprovado pelo Senado - o ministro Nunes Marques, de Teresina, no Piauí.

A Corte é marcada pela desigualdade na representação dos Estados na história das indicações dos ministros. Na atual formação, o STF abriga sete ministros do Sudeste, um do Sul, um do Nordeste, um do Centro-Oeste e nenhum do Norte, de acordo com dados do tribunal que levam em consideração o local de nascimento do magistrado.

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Dino pode se tornar o sexto nascido no Maranhão a integrar o Supremo no período republicano. Antes dele, passaram pelo plenário da Corte os ministros Costa Barradas (Deodoro da Fonseca), Pindahiba de Mattos (Floriano Peixoto), João Pedro Belfort Vieira (Prudente de Morais), Viveiros de Castro (Venceslau Brás) e Carlos Madeira (José Sarney).

Segundo dados do tribunal, os Estados com mais integrantes na história republicana foram Rio de Janeiro (33), Minas Gerais (30), São Paulo (26) e Rio Grande do Sul (18) - federações do Sul e do Sudeste. O Nordeste teve 55 ministros indicados ao longo dos anos. Os Estados mais representados foram Bahia, com 14, e Pernambuco, com 11.

Em 132 anos de Corte, seis Estados e o Distrito Federal não tiveram sequer um ministro indicado. São eles: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Formação atual do STF tem ministros de seis Estados

A formação atual é representada por ministros de seis Estados: Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin, de São Paulo; Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, do Rio de Janeiro; Edson Fachin, do Rio Grande do Sul; Gilmar Mendes, do Mato Grosso; Cármem Lúcia, de Minas Gerais; e Nunes Marques, do Piauí.

Único ministro que nasceu em um Estado e teve a sua carreira construída em outro, Gilmar Mendes nasceu em Diamantino (MT), mas atuou, principalmente, em Brasília.

Na COP28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu, há pouco, a declaração dada nesta sábado (2), pelo presidente francês Emmanuel Macron, que se posicionou contra a aprovação de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. "É um direito do Macron ser contra o acordo, cada país tem a sua posição", afirmou o presidente brasileiro, emendando que a União Europeia não pensa dessa forma e o país dirigido por Macron tem uma tradição protecionista que direciona a sua opinião.

"É um direito dele (Macron). Cada país tem um direito de ter uma posição. Eu acho que é um direito dele ser contra. O Macron sempre foi, a França sempre foi o país mais duro para fazer acordo porque a França é o mais protecionista. Não é a mesma posição da União Europeia, que pensa outra coisa", disse o mandatário brasileiro. Lula concederia uma entrevista coletiva após a de Macron, mas o evento foi cancelado em cima da hora, sem explicação do motivo.

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Em coletiva de imprensa hoje, após participar de uma reunião bilateral com o presidente Lula na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), Macron foi enfático ao dizer que é contra o acordo Mercosul-UE: "Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar e está mal remendado."

O presidente brasileiro tem tentado avançar com o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, mas encontra dificuldades em obter consenso entre os países europeus. A expectativa do governo era de avançar com o tema até a reunião do Mercosul, que ocorre na próxima semana no Rio de Janeiro. Em sua declaração à imprensa, Macron classificou ainda o tratado como "antiquado" e afirmou que a medida era incoerente com a política ambiental do governo.

Mais cedo, durante discurso de Lula em reunião do G77+ China, grupo que reúne países desenvolvidos, o presidente criticou as barreiras protecionistas, o que classificou como hipocrisia. "Barreiras protecionistas e medidas unilaterais impostas por países ricos sob o pretexto da sustentabilidade desnudam a hipocrisia da retórica do livre comércio. Os custos das transições do mundo desenvolvido estão sendo transferidos para o Sul Global. Nós, que já somos os mais afetados pela mudança do clima, estamos sendo duplamente punidos", disse Lula.

*A jornalista viaja a convite do Instituto Clima e Sociedade

O Para Francisco enviou uma carta ao presidente Lula (PT) desmarcando o encontro que eles teriam durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), realizada este ano em Dubai, nos Emirados Árabes. A carta foi divulgada nas redes sociais do presidente neste sábado (2).

No texto, o pontífice se desculpa ao chefe do Executivo Nacional por desmarcar o encontro devido a problemas de saúde. “Estou escrevendo para informar a você, com grande tristeza, que diante do conselho dos meus médicos, eu não estarei apto a comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, e consequentemente participar do nosso encontro agendado”, escreveu o Papa.

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Eles tinham uma reunião agendada durante a conferência, e possivelmente discutiriam ações e medidas acerca da questão climática global. “Continuo grato pela sua disposição em discutir o futuro de nossa casa comum e os meios mais eficazes de responder aos desafios urgentes enfrentados por nossa família humana. Acredito que poderemos falar juntos em outra ocasião para prosseguir com essas questões”, continuou.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou neste sábado, 2, durante evento da Cúpula do Clima da ONU, COP-28, ao ceder seu espaço na plenária de países florestais para que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, discursasse em seu lugar. Lula faria o discurso final do painel sobre florestas, mas decidiu quebrar o protocolo e passar a palavra para Marina, chorando ao apresentá-la.

"Precisamos muita, muita coisa. Vinte e oito edições da COP para que pela primeira vez as florestas viessem falar por si só. E eu não poderia utilizar a palavra sobre as florestas, se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos", afirmou Lula emocionado.

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Antes de passar a palavra, o presidente aproveitou para cobrar mais uma vez que os países ricos concedam financiamento aos países florestais. "É a primeira vez que estamos dizendo: não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar das florestas, das pessoas que moram na floresta. Isso custa muito dinheiro e os países ricos têm que ajudar a pagar", disse Lula.

Ao assumir a palavra, Marina falou a respeito das ações do governo na área e afirmou que é preciso que todos os setores assumam suas responsabilidades nesse processo. "Compromisso com floresta não é só de governo, é de empresa, sociedade e da ciência. E nós contamos com toda sociedade", disse.

Na última sexta-feira, o governo brasileiro lançou uma proposta para ampliar o financiamento destinado à conservação de florestas. O mecanismo sugere a criação de um fundo para captar investimentos que serão revertidos em uma remuneração por hectare preservado. A ideia do Brasil é que pessoas que conservem a floresta sejam pagas por esse serviço prestado.

O projeto, ainda preliminar, pretende captar inicialmente US$ 250 bilhões (cerca de R$ 1,23 trilhão) para até 80 nações florestais. A manutenção e recuperação de florestas é a grande aposta do Brasil na COP-28. O país levou à conferência números relativos à queda do desmatamento na Amazônia. Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que houve uma redução de 22% no desmatamento da Amazônia em um ano. A análise inclui o período de agosto de 2022 a julho de 2023.

Discursos

Esse foi o terceiro discurso feito pelo presidente neste sábado, 2, na COP-28. Antes, Lula falou durante uma reunião do G77+China, que reúne países em desenvolvimento. Na ocasião, o presidente apelou aos países em guerra para que abram negociação pela paz e defendeu a mudança no Conselho de Segurança da ONU.

Lula também participou de um encontro com a sociedade civil, quando ouviu as demandas de representantes de organizações do terceiro setor. O presidente confirmou que o Brasil vai participar da Opep+, criada pela Organização dos Países Produtores de Petróleo, mas afirmou que o país tentará convencer outras nações a reduzirem a aposta nos combustíveis fósseis.

*A jornalista viaja a convite do Instituto Clima e Sociedade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado, 2, que o Brasil vai participar do grupo Opep+, mas não vai "apitar nada" nas decisões do bloco formulado pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Ele argumentou que a participação brasileira no grupo é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis.

Lula participou de um encontro com a sociedade civil durante a Cúpula do Clima da ONU, COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Durante a reunião, representantes de organizações não governamentais defenderam postura enfática contra os combustíveis fósseis e cobraram a demarcação de terras indígenas conforme prometido pelo governo.

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"Muita gente ficou assustada com a ideia de que o Brasil ia participar da Opep. O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep+", disse o presidente, comparando com sua participação no G7, que reúne as sete democracias mais poderosas do mundo:

"Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Não apito nada. A Opep+ eu acho importante a gente participar, porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para reduzirem os combustíveis fósseis", disse.

Lula afirmou que é preciso utilizar o dinheiro gerado pelo lucro do petróleo para desenvolver tecnologias de produção de energias renováveis. Lula argumentou que para obter o objetivo de reduzir os usos de combustíveis fósseis é preciso passar por interesses de vários países e desenvolver alternativas. "Porque se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis."

"Acabar com os combustíveis fósseis é um desejo. Chegar lá é uma guerra, uma luta", afirmou o presidente.

Segundo Lula, o Brasil será o "carro-chefe" da transição energética. Ele afirmou que o Brasil tem feito sua parte e por isso poderá cobrar outros países.

A expectativa é de que Lula tenha pelo menos quatro reuniões bilaterais ao longo do dia, uma delas com o presidente da França, Emmanuel Macron. Além das bilaterais, Lula participa de uma reunião do G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento, sobre mudança do clima. O presidente também estará em um evento sobre florestas, que tem sido a grande pauta do Brasil nesta COP.

Na última sexta-feira, em discurso na sessão de abertura da COP-28, Lula defendeu que os países reduzam sua dependência dos combustíveis fósseis e cobrou países ricos para que financiem medidas de adaptação à mudança do clima nos países em desenvolvimento. O presidente tem cumprido uma intensa agenda na cúpula, com encontros bilaterais e participação em plenárias.

"O balanço geral (do Acordo de Paris) está dizendo que o que foi feito até agora é insuficiente, mas é insuficiente da parte de quem? Precisamos acelerar a parte de quem ainda nao está fazendo", disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

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