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Mais de 70 milhões de brasileiros estão com o nome sujo, de acordo com um estudo realizado pela Serasa. Impulsionado pela inflação dos anos anteriores e pelos juros altos, o número representa um recorde na série histórica. 

Em Pernambuco, o número de inadimplentes atinge 3,2 milhões de pessoas, ou 44,7% da população adulta, com um valor médio de dívida de  R$ 3.851.

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Diante desse crescimento no número de endividados, é importante que a população comece a aplicar regras de organização e educação financeira no dia a dia, de maneira a evitar o acúmulo de dívidas e a possível negativação do nome.  

Quem fica com o nome sujo enfrenta uma série de obstáculos junto às instituições financeiras, como a dificuldade de obter empréstimos, financiamento e acesso a linhas de crédito. Além disso, muitos bancos não aceitam a abertura de conta corrente por parte de pessoas endividadas.  

De acordo com Erlivaldo Bandeira, consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, o primeiro passo para quem não quer ficar endividado é conhecer a própria realidade financeira, colocando no papel todas as despesas e entradas mensais. Dessa maneira, é possível analisar o quanto será possível gastar e, se necessário, eliminar despesas supérfluas. 

"Por mais que a pessoa já tenha uma noção dos gastos, quando ela coloca tudo no papel fica mais fácil tomar as melhores decisões financeiras”, explica o consultor. 

Segundo Erlivaldo, a prioridade para quem está com as contas em dia e já tem um cenário montado de sua realidade financeira é preparar uma reserva de emergência. A reserva pode ser colocada em investimentos específicos, de acordo com o perfil do investidor. Opções comuns incluem produtos de renda fixa com liquidez diária, investimentos seguros e fáceis de realizar. No Sicredi, o investimento mínimo é a partir de R$1,00 real.  

Como limpar o nome sujo

Para quem já está endividado, a principal dica é priorizar quitar as dívidas existentes e evitar contrair novos compromissos. Programas como o Desenrola Brasil, que já regularizou mais de 6 milhões de dívidas, podem ser um caminho para quem precisa negociar valores. 

Além disso, muitas empresas e instituições financeiras disponibilizam, de maneira individual, diferentes formas de pagamento com prazo estendido e juros menores.   

“Os mais endividados devem optar por pagar as contas de maior valor e evitar que elas gerem juros acima do esperado. É possível também negociar débitos junto aos bancos, acumulando descontos”, esclarece Erlivaldo.  

Da assessoria

Em texto publicado nesta terça-feira (4), o jornal britânico The Economist diz que a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o "melhor caminho" para o Brasil. O jornal também diz que, para vencer as eleições, o petista precisa "se mover para o centro".

A publicação faz duras críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionando sua gestão da pandemia de Covid-19, do meio ambiente e seu relacionamento ruim com as instituições democráticas. "Ele é um populista trumpista, que mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares. Ele não faz nenhum esforço para impedir a destruição da floresta amazônica. Seu tratamento da Covid-19 foi vergonhoso. Seu círculo se sobrepõe ao crime organizado. Ele mina as instituições, da Suprema Corte à própria democracia. Ele sugere que a única maneira de perder a eleição é se for fraudada e que não aceitará nenhum resultado exceto a vitória", diz o The Economist.

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O jornal tambem diz que o presidente brasileiro "incita abertamente a violência". "Em uma pesquisa recente, quase 70% dos brasileiros disseram temer danos físicos por causa de suas opiniões políticas", afirma a publicação. 

Para o The Economist, os próximos 30 dias reservam ao povo brasileiro um segundo turno de tensão. "Bolsonaro convenceu muitos brasileiros de falsidades aterrorizantes sobre Lula, como que ele fecharia igrejas. O presidente incentivou seus apoiadores a desconfiarem tanto do sistema de votação eletrônica do Brasil quanto de sua mídia tradicional de verificação de fatos. Se ele perder, ele pode alegar que ganhou e exortar seus apoiadores a irem às ruas. Um segundo mandato para um homem assim seria ruim para o Brasil e para o mundo. Só Lula pode impedir. Reivindicar o campo central é a melhor maneira de fazê-lo", conclui.

 

Um lobo, uma cabra, corujas e, evidentemente, cachorros e gatos: o "Lar para Animais Resgatados", em Lviv, recebe animais de todo tipo. Todos foram abandonados pelos seus donos, que fugiram da Ucrânia após a invasão russa.

Um lobo de olhos claros dá voltas em sua jaula, a cabra Bóris toma banho de sol nesses primeiros dias de primavera, um grupo de corujas observa, imóvel, em fila e na sombra, a situação a partir de seu poleiro.

Uma dezena de gatos de Kiev foram alojados em um edifício anexo. Cachorros, interessados em passear em um parque próximo dali, latem no estábulo chamando pelos voluntários.

"Dos migrantes que vieram de Kharkiv, Kiev, Mykolaiv e partem para o exterior passando por Lviv, muitos deixam os seus animais", contou Orest Zalypskii, gerente do abrigo que antes da guerra só recebia animais exóticos.

"Essa guerra reforçou o nosso compromisso", disse o homem de 24 anos.

Segundo a ONU, mais de 3,7 milhões de ucranianos fugiram do país desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

Mais de dois milhões cruzaram a fronteira com a Polônia, onde a AFP viu muitos amantes de animais com cachorros, gatos, papagaios e tartarugas, para leva-los a um lugar seguro.

Porém, ao chegar a Lviv, última etapa antes da fronteira polonesa, a 70 quilômetros, alguns deslocados se sentem incapazes de continuar com seus animais.

- Animais "estressados" -

Segundo Zalypskii, o albergue recebeu 1.500 animais desde o início do conflito, muitos deles dos migrantes, mas também de abrigos nos "pontos quentes" do leste do país.

Entre 10 e 20 animais foram recuperados na estação de Lviv, no caos dos primeiros dias da guerra, quando passageiros desesperados invadiam os vagões.

"Nós não temos um sistema organizado", disse o gerente do abrigo. "Só temos muitos voluntários recolhendo" os animais.

Um cachorro que chegou de uma região assolada pela guerra no leste não saiu de seu abrigo por duas semanas. Um gato, abandonado por seu dono de sete anos, está completamente perdido.

"Somos mordidos e arranhados", contou Zalypskii. "Os animais estão muito estressados".

No entanto, os animais abandonados aqui não permanecem muito tempo. Uns 200 foram adotados por habitantes de Lviv, enquanto que muitos outros foram levados por voluntários à Alemanha, à Letônia ou à Lituânia.

Atualmente, não há gatos para adotar, todos estão prestes a partir para a Polônia.

Não é nem meio-dia e Zalypskii acaba de assinar a terceira adoção de cachorro do dia. O abrigo foi invadido por casais, amigos e famílias que chegam para levar os cachorros para o passeio de fim de semana.

Chegou o grande dia de Juliette. A artista estreia sua turnê 'Caminho', com show presencial no Rio de Janeiro, neste sábado (26). É a primeira vez que a ex-BBB, e agora cantora, sobe ao palco após fazer algumas lives e lançamentos online. Horas antes do início do evento, vários fãs já formavam fila no local para vê-la de perto. Já pelas redes sociais, artistas com os quais a ex-sister já cantou em apresentações online lhe desejaram sorte e sucesso.

O primeiro show presencial de Juliette será na capital fluminense, na casa de eventos Qualistage. Horas antes do início da apresentação, a cantora falou da ansiedade e da emoção de encontrar os fãs. Ela também se mostrou surpresa com o tamanho da fila que se formou logo cedo no local e chegou a ir até lá para retribuir o carinho do público. 

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Pelos stories, Juliette falou da emoção desse dia: “Eu não tô nem acreditando, Tô com vontade de ir lá na fila também ficar com vocês. Sei que hoje eu vou encontrar pessoas que me amam e querem muito minha felicidade. Minha primeira vez nos palcos, eu vou explodir de amor e de felicidade”. 

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Também pelas redes, alguns cantores famosos desejaram sucesso e alegrias à nova artista. Wesley Safadão disse, em vídeo, que a ex-BBB é um "verdadeiro show", já Chico César desejou à sua conterrânea a "força de todas as estreias".

A agência alemã reguladora da concorrência classificou o Google, nesta quarta-feira (5), como uma empresa com "uma importância significativa nos mercados", o que abre caminho para limitar as atividades da gigante americana no país.

Essa autoridade federal, o Bundeskartellamt, que abriu há alguns meses uma investigação contra o Google e sua matriz Alphabet, avaliou que estas empresas têm "uma importância significativa nos mercados" e impactam a concorrência, informou a agência em um comunicado.

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A partir de agora, o regulador pode "tomar medidas contra as práticas anticoncorrência específicas do Google", acrescentou.

"É um passo muito importante", disse o presidente do órgão, Andreas Mundt, citado no comunicado.

A agência aplica uma lei que entrou em vigor no ano passado, a qual reforça seus poderes frente às empresas, em especial as digitais, que dominam o mercado.

No âmbito desse texto, foram abertas investigações sobre Facebook, Amazon e Google. A decisão sobre o Google é a primeira do regulador alemão.

A lei permite que sejam tomadas medidas imediatas para impedir certas práticas, como a "autoindexação dos serviços do grupo" em suas plataformas, ou "o fato de impedir que empresas terceiras entrem em um mercado".

Segundo o ente regulador, a lei pode ser aplicada ao Google, levando-se em consideração o peso da empresa no mercado.

"Com mais de 80% do mercado, o Google ocupa uma posição dominante no mercado de serviços de busca geral na Alemanha e é o principal provedor de publicidade nas buscas", afirmou o órgão.

Além disso, "o Google tem uma influência considerável no acesso de outras empresas aos usuários e a seus anunciantes", sobretudo, por meio do "YouTube, Android e Play Store".

Por isso, o Google pode "estabelecer normas e condições para outras empresas nos mercados", segundo a agência.

Com esta lei, a Alemanha se posiciona na ponta de lança da luta contra as práticas anticoncorrência dos gigantes digitais na Europa.

Às vezes, Encarna Oviedo vai às compras para ver se sente cheiros. Também toma banho mais do que de costume e, quando a filha vem vê-la, imediatamente pergunta: "A casa está cheirando bem?"

Ela não sabe porque há mais de um ano perdeu o olfato por Covid-19 e, como milhares de pacientes, ainda luta para recuperá-lo.

A mulher de 66 anos vive perto de Terrassa, a noroeste de Barcelona, e foi uma das muitas espanholas que contraíram o vírus na agressiva primeira onda de 2020. Com um país assustado e centenas de mortes por dia, ter uma forma leve da doença era sorte e a perda do olfato um pequeno detalhe, também para os médicos saturados.

Com o tempo, as vacinas foram ganhando terreno, mas pelo menos meio milhão de espanhóis ainda não recuperaram o olfato, segundo cálculos do Dr. Joaquim Mullol, diretor da Clínica do Olfato do Hospital Clínic de Barcelona, e um dos poucos especialistas que estavam no país antes da pandemia.

"A perda do olfato ocorre em aproximadamente 70% dos pacientes com covid", explica. A maioria se recupera totalmente nas semanas seguintes, mas um quarto ainda tem problemas.

"De muitos nunca saberemos, porque não consultam o médico", aponta.

A notícia também não é muito animadora para quem vai ao especialista com expectativa de recuperação rápida: o único tratamento que tem mostrado alguma eficácia é o treinamento olfativo.

- Reabilitação -

O aumento de casos provocados pela pandemia levou o Hospital Mutua Terrassa, a 30 quilômetros de Barcelona, a criar uma Unidade de Olfato em fevereiro, como aconteceu em muitos centros.

Desde então, cerca de 90 pacientes passaram por lá, a maioria com covid persistente. Após uma primeira avaliação médica, iniciam uma reabilitação na qual, uma vez por semana, durante quatro meses, vão ao centro para identificar odores com um terapeuta.

No final, voltam a consultar o otorrinolaringologista e fazem novo exame para ver a evolução.

"Mel, baunilha, chocolate ou canela?", pergunta o médico a Encarna enquanto lhe entrega um dos 48 cilindros aromáticos não identificados que compõem um dos testes.

"Baunilha?", fala pouco convencida.

Cristina Valdivia também foi infectada com covid naquele confuso mês de março de 2020. Ela teve uma forma leve da doença e perdeu o olfato por três meses. Até que, de repente, voltou a sentir cheiros, mas mal.

"Comecei a sentir o cheiro constante de queimado, como se meu nariz estivesse enfiado em uma frigideira", lembra a mulher de 47 anos de sua casa em Barcelona.

Após meses de angústia, e a passagem por vários otorrinolaringologistas até chegar ao Hospital Clínic, explicaram-lhe que sofria de parosmia, uma percepção distorcida do olfato.

A boa notícia é que esse tipo de reconexão errônea geralmente ocorre em pacientes que estão em processo de recuperação e a má notícia é que não há outra ajuda além da reabilitação e paciência.

Duas vezes por dia, Cristina abre sua mala com seis latas de diferentes aromas e fica cerca de 20 segundos concentrada inalando cada uma para tentar regenerar suas conexões olfativas.

Alguns, como os cítricos, parecem estar aparecendo, mas outros são especialmente resistentes.

"O café é horrível, é uma mistura de gasolina, algo podre...", diz.

- Desconectados -

Muitas vezes o mais discreto dos sentidos, a vida sem olfato é mais complicada do que parece.

"No começo foi horrível. Passava os dias chorando", lembra Cristina, que ainda não sente o cheiro do filho e cuja vida se alterou até no mais íntimo: "Por exemplo, abraço minha sogra, minha mãe e o cheiro é horrível (...) É difícil administrar isso", descreve.

Paciente com fibromialgia, que foi obrigada a parar de trabalhar por muito tempo, seus anos de terapia a ajudaram a suportar um processo em que se sente muito sozinha.

"Com o olfato sentimos tudo o que comemos, o que bebemos. Interagimos com o exterior", explica o Dr. Mullol.

"Além disso, sentimos cheiros de coisas nocivas que podem ser perigosas, como gases, comida estragada. Tudo isso se perde e a pessoa se desconecta do mundo", alerta sobre alguns pacientes que podem sofrer depressão ou emagrecimento abrupto.

Cansada de não sentir o gosto da comida, Encarna diz que ultimamente tem menos vontade de comer, mas não perde a esperança de que isso acabe logo.

"Vamos ver se eu levanto um dia de manhã e, olha, já estou sentindo cheiros", suspira.

E se a atmosfera da Terra fosse enriquecida com CO2? Em 1856, a americana Eunice Foote experimentou, quase por acaso, as bases das mudanças climáticas, lançando os alicerces para as ciências que hoje procuram antecipar os efeitos do aquecimento global.

A cientista encheu cilindros de vidro com diferentes misturas de gases e descobriu que aquele contendo dióxido de carbono (CO2) retinha mais calor do que os outros.

"Uma atmosfera feita desse gás daria à nossa Terra uma temperatura elevada", disse ela em seu relatório, publicado no The American Journal of Science and Arts.

Suas pesquisas coincidem com a data, 1850, que hoje serve de referência para calcular a evolução das temperaturas em relação ao período pré-industrial, como fazem os especialistas em clima da ONU e do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), atualmente reunidos.

Eunice Foote, cujos trabalhos foram recentemente redescobertos, faz parte da linha de pesquisadores que penetraram nos mistérios do clima e estudaram a influência humana em sua evolução.

"Não houve um momento 'Eureka' com uma figura dominante na ciência das mudanças climáticas", mas sim um acúmulo de conhecimento, diz Alice Bell, uma ativista climática.

A ideia de "condicionar o ambiente para tornar o clima mais agradável existe há muito tempo", explica Marie Hélène Pépin, do serviço meteorológico francês.

"Quando os romanos conquistaram a Gália, cortaram as matas para poderem plantar campos e cultivar a vinha", acrescenta ela, como exemplo.

- Não é ficção científica, é física -

Desde a época de Cristóvão Colombo até o século iluminista, os colonizadores europeus justificaram o tratamento brutal dos nativos, "vistos como 'menos do que os homens' porque não sabiam como organizar seu ambiente", continua.

Em 1821, após chuvas torrenciais, ondas de frio e escassez na França, foi realizado um estudo para saber se o desmatamento havia influenciado, sem se chegar a uma conclusão clara.

Anos depois, o físico francês Joseph Fourier "percebeu que a atmosfera desempenha um papel decisivo para evitar que o calor se disperse imediatamente no espaço", relata o historiador Roland Jackson.

Por volta de 1860, o físico irlandês John Tyndall demonstrou o princípio do efeito estufa, quando os gases capturam a radiação do solo aquecido pela radiação solar.

Em dezembro de 1882, uma carta publicada na revista científica Nature fazia referência a seus trabalhos.

"Podemos concluir que o aumento da poluição do ar terá uma influência significativa no clima global", resume a carta, assinada por H. A. Phillips, que estabelece a ligação entre as emissões das atividades humanas e as mudanças climáticas.

No final do século XIX, o químico sueco Svante Arrhenius, ancestral da ativista Greta Thunberg, alertava sobre o consumo de energia fóssil e sua influência no aumento de CO2 na atmosfera. À época, porém, os cientistas estavam mais interessados nas eras glaciais.

Na década de 1930, alguns até acreditavam que o aquecimento global moderado poderia ser uma coisa boa. Segundo Robbie Andrew, do Centro Internacional de Pesquisa Climática do CICERO, "eles não levaram em consideração que muda não apenas as temperaturas, mas também outros aspectos do clima".

Em 1958, o programa de televisão americano The Bell Telephone Science Hour explicou que o CO2 emitido por fábricas e carros poderia aquecer a atmosfera e que isso afetaria a "própria vida".

Mesmo assim, o medo de um resfriamento do clima ligado a uma eventual guerra nuclear e à poluição por aerossol ocupou as mentes até os anos 1980.

Em 1975, no artigo "Mudanças climáticas: estamos à beira de um aquecimento global pronunciado?", publicado na revista Science, o pesquisador americano Wallace Broecker é o primeiro a usar esses termos na linguagem de hoje.

Com o passar do tempo, a ciência do clima se tornou mais avançada e teve de enfrentar o lobby da indústria para minimizar o impacto do consumo de combustível fóssil.

Com as consequências das mudanças climáticas cada vez mais visíveis, as sociedades devem agir, alertam os cientistas.

"É como se tivéssemos acordado em um filme de ficção científica. Mas não é ficção científica, é física", resume o historiador Spencer Weart.

Ser mulher é enfrentar um desafio diferente todos os dias. É superar barreiras, muitas vezes, invisíveis. Apesar de serem a maioria da população brasileira (51,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), elas ainda enfrentam cenários desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou nos ganhos no mercado de trabalho. Muitas vezes, elas assumem tripla jornada. Saem para trabalhar, cuidam da casa, dos filhos. Em vários lares, elas são arrimo e sustentam sozinhas suas famílias. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), em 2018, 45% dos domicílios brasileiros eram comandados por mulheres.

Mas, apesar de liderarem casas e assumirem as contas, as mulheres ainda têm de lidar com a discriminação. Estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que 90% da população mundial ainda tem algum tipo de preconceito na questão da igualdade de gênero em áreas como política, economia, educação e violência doméstica.

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Segundo o estudo, que analisou dados de 75 países, cerca de metade da população considera que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres, e mais de 40% acham que os homens são melhores diretores de empresas. Além disso, 28% dos consultados consideram justificado que um homem bata na sua esposa. Apesar da longa jornada enfrentada por elas ao longo da história, os números mostram que ainda há muito a caminhar.

Marco histórico

Considerado marco histórico na luta das mulheres por mais oportunidades e reconhecimento, o 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975.

Muitos historiadores relacionam a data a um incêndio ocorrido, em 1911, em Nova York, no qual 125 mulheres morreram em uma fábrica têxtil. A partir daí, protestos sobre as más condições enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras começaram a ganhar espaço.

Mais de um século depois, as mulheres seguem na luta por igualdade de direitos

Para a juíza Martha Halfeld, primeira mulher a ocupar a presidência do Tribunal de Apelações da Organização das Nações Unidas, não há mais espaço para a ideia de “concessão masculina”. Tudo o que as mulheres conseguiram, ao longo da história, foi com base em muito trabalho, dedicação e suor. Na visão da juíza, o 8 de março deve ir muito além de flores ou presentes.

"Oferecer a rosa, pode ser visto como: eu te concedo uma assistência. Eu, homem, te concedo aquilo. Hoje, não existe mais espaço para eu concedo. Não, nós conquistamos. E nós conquistamos com muito trabalho um espaço de perfeita igualdade em termos intelectuais, pelo menos. Temos tanta capacidade intelectual quanto qualquer homem”, afirma Halfeld que permanece na presidência da Corte até janeiro de 2022 e segue na ONU até 2023.

Livro como arma

Para conquistar um espaço na academia e na literatura, a mineira Conceição Evaristo sabe o quanto teve de lutar. Sua primeira arma foi o livro, que a acompanhou desde a infância pobre vivida em Belo Horizonte. "Eu não tinha muita coisa em termos materiais. Brinquedo era uma coisa rara, passear era uma coisa muito rara, viajar muito menos. Então, o livro vem preenchendo um vazio. A escola onde estudei os meus primeiros anos primários tinha uma biblioteca muito boa. Desde menina, eu sempre gostei de leitura.”, conta.

Segunda de nove irmãos, a escritora foi criada pela mãe e por uma tia. Conceição, que trabalhou como empregada doméstica e lavadeira, foi a primeira da família a conseguir um diploma universitário.

Depois da graduação, veio o mestrado, o doutorado e as aulas em universidades públicas. Em paralelo aos estudos, ela se dedicava a outra paixão: a escrita. Seus  contos e poemas foram publicados na Série Caderno Negros, na década de 1990, e seu primeiro livro, o romance Ponciá Vicêncio, foi publicado em 2003.

Em 2019, foi a homenageada do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira. "Foi preciso um prêmio me legitimar. Enquanto eu não ganhei o Jabuti, as pessoas não acreditaram que estavam diante de uma escritora negra”, afirma.

Reconhecida como uma das escritoras brasileiras mais importantes da atualidade, Conceição conta que as barreiras que teve de enfrentar por toda sua vida foram o combustível para suas obras. "A minha escrita é profundamente contaminada pela minha condição de mulher negra. Quando eu me ponho a criar uma ficção, eu não me desvencilho daquilo que eu sou. As minhas experiências pessoais, as minhas subjetividades, o lugar social que eu pertenço, isso vai vazar na minha escrita de alguma forma.”

Para ela, o 8 de março é uma data para ser celebrada, mas também um momento de reflexão e de vigília constante. "Todas as mulheres precisam ficar alertas àquilo que é do nosso direito, àquilo que nós temos de reivindicar sempre porque nada, nada nos é oferecido, tudo é uma conquista”, conclui.

Carlos Drummond de Andrade publicou, em 1928, na Revista de Antropofagia, marco do movimento modernista brasileiro, um poema que, à época, causou estranheza e críticas. “No meio do caminho” repetia exaustivamente o encontro do eu-lírico com uma pedra em seu caminho, e como o episódio fora marcante em sua vida. Tornou-se, depois, um clássico. O poema nos traz uma importante reflexão sobre nossa jornada da vida: o que fazer com as pedras que encontramos em nosso caminho?

Por mais simplório que aquele poema parecesse, sua profundidade se reflete em nossas experiências. São inúmeros as “pedras” que encontramos em nosso caminho. Umas maiores, outras menores, de formas variadas. Cada uma se apresenta de uma maneira e se impõe como um obstáculo a ser superado. Elas sempre estarão lá. O que muda é como reagimos a cada uma. Uns reclamam, outros se desesperam, outros voltam; alguns, no entanto, procuram outro caminho, desviam, ou mesmo chutam a pedra para o lado. É este tipo de atitude que permite progredir na vida: reações positivas, de quem encara de frente os problemas.

O mundo inteiro está diante de uma enorme rocha no caminho da humanidade, que é a pandemia do coronavírus. Diante desse grande obstáculo, não podemos nos acovardar ou desesperar; ao contrário, devemos refletir – neste caso, à luz da ciência – sobre como retirá-lo sobrepujá-lo. São diversas ações que, juntas, vão destruindo, aos poucos, a pedra. Essa é uma situação que está afetando profundamente o dia a dia das famílias, principalmente no aspecto econômico.

É em momentos como esse que o espírito empreendedor deve falar mais alto, prospectando alternativas ao grande impacto da pandemia. E vemos cada vez mais empreendimentos se reinventando, adaptando à nova realidade. O verdadeiro empreendedor não tem receios diante do desafio, pois sabe que precisa se preparar e se determinar a vencê-lo, e o faz. Aliás, a vida do empreendedor é um eterno caminho de pedregulhos: muita coisa acontece para tirar nossas forças, caímos algumas vezes, mas nos reerguemos tantas outras. E o importante é seguir.

Há momentos que, a exemplo do poema de Drummond, ficam marcados em nossas vidas, em que um empecilho nos impede de progredir. Mas é também nessas ocasiões em que devemos envidar todos os esforços para sermos maiores do que o adversário. Toda crise é, também, uma oportunidade. Toda pedra também pode ser um degrau.

"Tive que aprender a respirar novamente". Paulo Alves sobreviveu à COVID-19, após ser internado em terapia intensiva em um hospital parisiense. O tempo que ficou em assistência respiratória deixou sequelas, porém, e é necessária uma longa reabilitação.

Um recorde de 7.000 pessoas foram admitidas em unidades de terapia intensiva (UTI) desde o início da epidemia na França, um dos países mais atingidos. São casos graves, com uma séria insuficiência respiratória que é desencadeada quando o vírus ataca os pulmões.

Os pacientes precisam de assistência respiratória através da entubação. "São sedados" e costumam ter uma paralisia muscular, explica à AFP o médico anestesista Stéphane Petit Maire.

Os pacientes em estado mais grave são colocados de bruços durante várias horas para facilitar a oxigenação. Também podem sofrer "doenças renais, cardíacas, neurológicas e hepáticas", afirma.

Os períodos de terapia intensiva para pacientes da COVID-19 são longos, "entre duas e três semanas, ou ainda mais", diz Helene Prigent, pneumologista no Hospital Raymond-Poincaré de Garches, perto de Paris.

"O risco, que não é específico da COVID-19, é perder muita massa muscular, sofrer complicações musculares e neurológicas", afirma Prigent, coordenadora da unidade de reabilitação pós-respiração assistida desse hospital.

Depois de semanas deitado, o corpo do paciente precisa " se acostumar novamente a mudar de posição". O corpo "esqueceu alguns mecanismos que permitem regular a pressão arterial", acrescenta.

- Fisioterapia -

A primeira vez que Paulo Alves tentou se levantar, depois de ter sido entubado e estar em coma artificial no hospital Bichat de Paris, suas pernas não respondiam. "Senti como se estivesse me soltando", recorda.

Os pacientes que saem da terapia intensiva estão fracos demais para voltar para casa imediatamente. Passam pelas unidades de readaptação pós-respiração assistida ou por centros de reabilitação.

"As sessões são realizadas em casa", explica à AFP a fisioterapeuta Anaïs Legendre, da clínica Bourget, em Seine-Saint-Denis, norte de Paris.

"A maioria dos pacientes, no entanto, ainda está com máscara de oxigênio e, com o vírus, um dia estão bem, no dia seguinte não estão, vai flutuando", completa.

- Sequelas psicológicas -

Além da doença, a solidão em um quarto individual pode ter um impacto psicológico.

"Não podemos multiplicar" o número de pessoas em contato com o paciente, devido ao risco de contágio, diz o médico-chefe da clínica, Emmanuel Chevrillon.

"Vivo enormes momentos de solidão. Meus familiares não podem vir. As enfermeiras não podem ficar no quarto", lamenta Alves.

Mesmo curadas, essas pessoas correm o risco de sofrer "sequelas neurocognitivas, como estresse pós-traumático, ansiedade e depressão", segundo Stéphane Petit Maire.

A fisioterapeuta incentiva os pacientes em casa a permanecerem ativos: "Lavar a louça, fazer a cama, passar o aspirador".

O acompanhamento em domicílio parece indispensável, principalmente para as pessoas sozinhas, ou com necessidades específicas.

"Estragaríamos todo o enorme trabalho na terapia intensiva, se não tratássemos o paciente posteriormente", afirma Bertrand Guidet, chefe do Departamento de Medicina Intensiva no Hospital Saint-Antoine de Paris.

Neste domingo (19), a Emlurb vai realizar a poda de árvores na Rua 48, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Para viabilizar a execução do serviço, a via será interditada do cruzamento com a Rua da Hora até a Avenida Agamenon Magalhães. Por esse motivo, o Grande Recife vai alterar o itinerário de 21 linhas que trafegam na localidade, das 08h às 17h.

 Confira as linhas afetadas e os trajetos provisórios: 

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116 – Circular (Príncipe) 

621 – Alto Treze de Maio (Príncipe) 

623 – Vasco da Gama (João de Barros) 

642 – Guabiraba (Córrego do Jenipapo) 

644 – Largo do Maracanã

 711 – Alto do Pascoal

 712 - Alto Santa Terezinha 

713 - Bomba do Hemetério 

721 - Água Fria

 723 - Cajueiro

 724 - Chão de Estrelas 

731 - Beberibe (Espinheiro) 

741 - Dois Unidos

 743 – Alto José Bonifácio (João de Barros) 

746 - Alto do Capitão 

760 - Dois Unidos/Derby 

780 - Alto Santa Terezinha/Derby 

810 - TI Xambá/Encruzilhada 

823 - Jardim Brasil II (Estrada De Belém) 

825 - Jardim Brasil/Joana Bezerra 

860 - TI Xambá (Príncipe) 

Desvio de itinerário 

...Rua Quarenta e Oito, Rua da Hora, Rua Barão de Itamaracá, Rua Bernardino Soares da Silva, Avenida João de Barros... 

Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou WhatsApp para reclamações (99488.3999).

No dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos, nesta segunda-feira (10), o governador Paulo Câmara (PSB) falou sobre humanidade e justiça. “Afirmo ainda que há muito por ser feito, mas tenho certeza de que estamos construindo o melhor caminho, cujo fim é um estado mais justo, e, necessariamente, mais humano”, ressaltou durante entrega da Medalha Direitos Humanos Desembargador Nildo Nery dos Santos, que foi realizada no Palácio da Justiça.   

O pessebista foi um dos agraciados com a medalha neste ano. “A assinatura da Declaração significou um grande passo, sem dúvida, na caminhada do ser humano, rumo ao bem-estar, à dignidade e a melhores condições de vida. Recebo a honraria com muito orgulho. Nosso Estado ostenta com orgulho um histórico de ilustres personalidades que lutaram e se destacaram na defesa de direitos humanos”.   

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Durante seu pronunciamento, Paulo Câmara citou a “contribuição” de Pernambuco com o tema dos direitos humanos. “Criamos a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, que desde o ano de 2012, tem investigado os crimes de violações aos direitos humanos durante a ditadura”, relembrou. 

Também foi homenageado o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros; o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; a procuradora de Justiça, Sineide Canuto; e o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o juiz Flávio Augusto em nome de todos os juízes de primeiro grau do Judiciário, bem como Bartolomeu Bueno, Alfredo Jambo e Waldemir Tavares, que integram a Comissão de Direitos Humanos do Judiciário Estadual. 

Dois momentos que mais marcaram a diplomação dos políticos pernambucanos vitoriosos na eleição deste ano, que aconteceu na última quinta-feira (6), foram as vaias que o governador Paulo Câmara (PSB) e o deputado federal reeleito Luciano Bivar (PSL) receberam por uma parte do público presente. O evento aconteceu na área interna do Classic Hall e foi bastante disputado. 

Em entrevista ao LeiaJá, o senador Humberto Costa (PT) falou sobre o assunto e saiu em defesa do pessebista. “Eu acho que faz parte da democracia, mas não é um tipo de coisa que me agrade muito não, acho que essa é uma festa, todo mundo tem direito a ter suas posições, então intolerância nunca é o melhor caminho”, declarou. 

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Humberto também falou sobre o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Ele contou que está sendo trabalhado para que todos os parlamentares que são contra o governo Bolsonaro possam estar unidos mesmo que não haja uma “oposição formal”. “Que nós tenhamos diálogo aberto e permanente para defender aqueles pontos que achamos importantes”, disse. 

“Para não permitir que haja perda de direitos por conta das ações deste governo, não permitir que o Estado brasileiro seja desmontado e lutar para que a gente tenha a democracia aprofundada no Brasil”, complementou o senador mais votado em Pernambuco no pleito deste ano.

Sobre uma possível bloco que estaria sendo formado no Congresso Nacional sem a participação do PT, Humberto Costa falou que a legenda não precisa da autorização de ninguém para fazer oposição. “Os blocos se formam, muitas vezes, pelo interesse em ocupar espaços. Eu acho que nos vamos sair unidos porque seremos obrigados a isso. É uma bobagem qualquer força política querer excluir outras dessa luta que é a do povo brasileiro”, finalizou. 

"Um atraso no horário e um celular na mão". A licença poética foi ponto de partida da ideia dos professores de sociologia e filosofia Danúbio Santos e de geografia Erick Moura para ajudar estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Recife. Os docentes realizam o serviço “Socorre Fera”, levando gratuitamente os alunos aos locais de prova em situação de emergência.

A ideia surgiu em 2013, quando o professor Eric viu a necessidade de auxiliar seus alunos a não chegarem atrasados no local de prova. De acordo com Santos, porém, é preciso que os estudantes entendam que o serviço não é um tipo de 'táxi'. “O nosso objetivo é ajudar estudantes que estão em situação emergencial. As pessoas entendem que o aluno que faz o Enem é aquele adolescente, mas o fera também é pai e mãe de família, e não tem tempo e visitar com antecedência o local de prova. Além disso, o pneu do carro pode furar e o ônibus atrasar”, explica o docente.

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O percurso realizado por Danúbio é entre a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Unibra, ambas localizadas no bairro da Boa Vista, e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizada na Cidade Universitária. “O professor Eric fica fixo na UFPE, por ser um local tão grande e um dos pontos de maior concentração de alunos”, explica. O trajeto emergencial feito pelos alunos é de motocicleta. Ambos os docentes já têm capacete e, além da carona solidária, o aluno também recebe uma caneta esferográfica de cor preta e material transparente.

Para contactar os professores, basta acessar as redes sociais deles e informar onde se encontra e qual o local de prova. É preciso ligar após às 10h, pois, segundo o professor Danúbio, este horário pode ser considerado emergencial a depender de onde o estudante estiver. “Não precisa ser meu aluno, basta fazer o Enem”, frisou Santos. Não há horário limite para pedir ajuda. “Eu já levei um aluno faltando um minuto. Como foi dentro da federal, deu pra chegar. Ele entrou esbaforido, mas conseguiu a tempo”, relembra.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se mostrou bastante otimista neste sábado (16). Ao anunciar por meio do Facebook que pelo segundo ano consecutivo o PIB pernambucano cresceu mais do que o brasileiro, o governador afirmou com convicção: “Pernambuco está no caminho certo”.

O pessebista disse que esse resultado é fruto de um trabalho sério, “Focado em manter as finanças sob controle e incentivar os setores produtivos mesmo diante da crise. Essa é a vitória do nosso povo, que não baixa a cabeça, não desanima diante das dificuldades e luta diariamente por mais crescimento. Graças a esse povo, ao nosso povo, Pernambuco está no caminho correto”, ressaltou.

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Ele também comemorou a diminuição da violência do Estado. Segundo o Governo de Pernambuco, os casos de homicídios diminuíram pelo sexto mês consecutivo. Seria 22,49% a menos em relação a maio de 2017. Ainda de acordo com o governo, os casos de roubo também foram menores pelo quinto mês consecutivo. 

Sobre o assunto, Câmara disse falou que segurança pública é o que todos querem e que é uma demanda importante. “Sabemos que muito ainda precisa ser feito, mas os números comprovam: estamos no caminho certo”, reiterou. 

Durante o programa de visibilidade nacional, o Roda Viva, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), questionado sobre qual é o seu plano para a eleição 2018, disse diretamente que seu foco é Pernambuco. “Meu caminho certamente será Pernambuco disputando a deputado federal, Senado ou governo”, falou com convicção na noite dessa segunda (12). 

“Na verdade, tem muita especulação em relação a isso, [mas] meu foco é Pernambuco. Eu sou deputado federal e tenho dito em Pernambuco, onde resido e tenho a minha base eleitoral, que estou disposto a disputar de novo um mandato de deputado federal, também como componho um agrupamento de oposição bastante amplo e expressivo tendo em vista a realidade daqueles que ocupam o governo estadual, estou disposto também a disputar um mandato a senador e a governador”, disse sem dar mais pistas. 

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O auxiliar ministerial de Michel Temer (PMDB) garantiu, no entanto, que seu projeto nunca será pessoal. “Se, por ventura, esse leque oposicionista que se formou em Pernambuco identificar na minha pessoa alguém que possa liderar um projeto em Pernambuco naquilo que eu acho que é necessário em termos de mudança para o estado, eu estou disposto tanto a disputar o senado como o governo do estado”, reiterou. 

Sobre a possibilidade de ser vice-candidato, ele falou que primeiro do que tudo a legenda precisa ter um candidato. “Foi lançado, recentemente, que é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Eu sou admirador do trabalho de Rodrigo, que é um líder que se afirmou no Congresso, mas não existe candidato a vice, eu desconheço”. 

“Meu caminho certamente será Pernambuco disputando deputado federal, senado ou governo dependendo do contexto dessas forças políticas que estão ao nosso lado na oposição estadual”, continuou explanando. 

Falando sobre o tema da educação, o ministro disse que o Brasil mudou o sentido da curva de crescimento a partir de políticas públicas que, no seu modo de ver, foram “corrigidas” na direção correta. Ele, mais uma vez, tocou na reforma do ensino médio afirmando que foi uma iniciativa que causou “uma mudança estrutural muito relevante para a educação básica do nosso país” e ainda afirmou que o atual governo conseguiu dar passos signficativos na educação. 

Indo contra uma parte da população, o ex-prefeito do Recife João Paulo está otimista quanto ao resultado do julgamento do recurso de Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece nesta quarta-feira (24). Em entrevista ao LeiaJá, João Paulo falou sobre o assunto e ressaltou: “Eu acredito na absolvição de Lula. Eu acredito que não há provas, acho que é um processo atípico pela celeridade foi dada em função de outros projetos”. Anteriormente, ele já havia dito que o PT iria "reconstruir o seu caminho de sucesso" a partir do diálogo. 

De acordo com ele, houve algumas “distorções” nos ritos do processo, que não seria ilegal, mas que definiu como incomum. “Então, em minha opinião a tendência agora vai ser arrefecer e, por isso, eu estou acreditando em uma absolvição do presidente Lula. Acredito que ele vai ser candidato”, disse. 

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João Paulo salientou ainda que o marco do momento na política brasileira é o julgamento do líder petista. “O país está vivendo, talvez, a última etapa da consolidação da democracia, que é justamente o amadurecimento entre o Judiciário e a política. Nós já vivemos momentos de muita tensão e de muito acirramento. Na retomada da Ditadura, por exemplo, eu vivi intensamente aquelas primeiras greves seja dos trabalhadores metalúrgicos, seja depois dos policiais civis e militares, mas acho que a última etapa da consolidação é esse amadurecimento do Judiciário e o processo de politização ou de judicialização da política”, avaliou. 

 

Lula, na última tentativa de João de se tornar novamente prefeito do Recife, em 2016, recebeu a contribuição do ex-presidente, que veio até a capital pernambucana com o objetivo de fortalecer a sua campanha. Uma comitiva percorreu a Avenida Conde da Boa Vista e seguiu pela Avenida Guararapes acompanhados por uma multidão. No entanto, mesmo assim João Paulo não conseguiu êxito e foi derrotado pelo atual prefeito Geraldo Julio (PSB), que na época lutava pela reeleição. 

A transição de gênero é um processo fundamental na vida das pessoas nascidas com uma identidade que não lhes corresponde, mas este caminho, que lhes permite uma transformação em sua vida social e que se submetam a tratamentos médicos e mudem a documentação, é cheio de dor e discriminação.

"Eu saí do armário trans aos 6 anos. Mas em seguida fui castigada. Quando alguém é apontado como um menino, mas sente que é menina, as pessoas tentam 'te normalizar'", conta Clémence Zamora-Cruz, que disse já ter sofrido cusparadas, puxões de cabelo e empurrões.

"Para mim esta normalização foi com violência", relatou Clémence que nasceu há 42 anos no México, mas deixou seu país aos 18 anos depois de ter passado vários meses nas ruas e ter sofrido durante anos.

Na França, conseguiu realizar-se profissionalmente como professora de espanhol, casou-se e milita em organizações sociais.

Entretanto, denunciou que sempre persiste uma "transfobia".

Muitos professores negam obstinadamente o uso da identidade de gênero que ela escolheu e chegou a receber uma multa por "fraude" porque sua identidade não estavam em dia.

Clémence lembrou também que um controlador de trens o forçou a ter "relações sexuais".

Depois de anos de luta da comunidade LGBT, o Estado francês facilitou em 2016 a mudança de identidade civil para as pessoas trans. Mas embora as confusões administrativas tenham diminuído, a discriminação persiste.

- 'Perguntas constrangedoras' -

Clémence menciona "o abuso" constante e "perguntas constrangedoras" como "você é operada?" ou "Como você se chamava antes?".

"Pode-se considerar que a transição não acaba nunca", lamentou essa mulher morena, de rosto redondo e cabelos longos.

Christelle, por sua vez, iniciou a transição depois de ficar 34 anos em um corpo que não lhe correspondia, o de um militar parrudo e imprudente.

"Eu sabia desde muito pequena", conta. "Mas é preciso muita coragem para poder falar isso", contou.

Durante esse tempo teve "três tentativas de suicídio". Depois sua mulher a deixou e sua filha não fala com ela.

Esta mulher morena com óculos também lembrou as "torturas" sofridas em algumas operações.

A depilação a laser para tirar a barba a fez sentir em todas as sessões "milhares de alfinetadas".

Para transformar seu pênis em uma cavidade vaginal viajou para a Tailândia e sofreu os efeitos do pós-operatório durante um ano.

"Eu chorava todos os dias. Tive que sofrer isso para poder ter depois uma vida normal", disse.

Aos 45 anos, Christelle continua no exército, está feliz casada com um militar, com quem tem um filho por reprodução assistida.

"Se eu não tivesse feito a transição, eu estaria aqui", disse. "Isso é uma certeza".

"Se há um ponto comum a todas as trajetórias, é a noção de que é algo inexorável. Para todos os meus pacientes trans, não havia outra opção", comentou o psiquiatra Thierry Gallarda, especialista no tema.

Mas a transição, cujo processo médico gera "júbilo", já que muda efetivamente a vida, também leva à arbitrariedade.

"Há corpos mais ou menos plausíveis".

- "Transfobia" -

Outro fator de injustiça é o sexo de nascimento.

"Se transita mais facilmente de +F para M+ (passagem de mulher para homem) do que o que de +M para F+ (homem para mulher)", afirmou a endocrinologista Catherine Brémont.

A testosterona, presente nos primeiros, tem um efeito muito rápido nos pêlos e na voz, que se torna mais grave.

"Eu me transformei em três meses", lembrou Axel Léotard, de 48 anos, agora com o cabelo raspado e com barba, que fez a mudança há 15 anos.

"É muito mais fácil para nós" do que para as +M a F+, que sofrem "a discriminação das mulheres, sejam biológicas ou trans", afirmou.

"O fato de ser um homem alto, baixo, careca ou cabeludo, fraco ou forte, nunca põem em dúvida sua virilidade", constatou o médico.

"Mas para uma mulher sempre haverá padrões".

Embora os hormônios permitam o desenvolvimento mamário e façam que a pelo seja menos oleosa, eles não têm qualquer efeito no tamanho e na estrutura corporal.

Além do sexo e da fisionomia, a transição gera também "iniquidades" ligadas a "idade, saúde e dinheiro", enumera SunHee Yoon, presidente da Acthe, uma associação de pessoas transgênero.

É melhor ser jovem, saudável, ser apoiado pela família e ter a capacidade de pagar as cirurgias.

A mais simbólica, a cirurgia de mudança de sexo, é realizada apenas em metade das pessoas trans, constatou Arnaud Alessandrin, sociólogo especialista no tema, para quem há "tantas transições quanto indivíduos".

O único ponto em comum para ele é "a transfobia" e a "discriminação". Antes, durante e depois do processo.

Após sair em defesa do Partido dos Trabalhadores (PT) durante algumas entrevistas destacando que deseja que a legenda acerte cada vez mais para que possa existir mais força na luta da esquerda, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) falou que o PT errou ao não ter feito uma “revolução política”. A declaração foi feita durante entrevista concedida à Rádio Jornal, na tarde dessa sexta-feira (16).

“É inegável que o lulismo trouxe aspectos positivos. Mas veja, existe uma situação, um debate tratando disso: onde foi que o PT errou e errou muito por não ter feito uma revolução política”, declarou.

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Edilson disse que Lula teve “em suas mãos” um capital político de forma que não teria que se submeter a uma relação com a Câmara dos Deputados. “Foram mais de dois milhões de pessoas na Esplanada, ele não precisava. Esse caminho que o Lula optou foi o caminho errado e o nosso entendimento é que esse foi o caminho que embasou o golpe”. 

“A insistência do presidente nessa tese de construir uma coalizão ampla com setores que estão do outro lado dessa luta que vivemos na sociedade brasileira para ganhar uma eleição”, falou ao também destacar que a base de apoio deveria estar com os trabalhadores, mídias republicanas, com as donas de casas e em outras forças vivas da sociedade. 

O deputado também falou sobre Dilma. “O fato da presidente não ter honrado 100% o programa que a fez ser presidente acabou contribuindo também. Parte dessa agenda que o país precisa não foi encaminhada pela presidente em 2015”, alfinetou. 

“Insistir em fazer aliança com Paulo Câmara, Sarney, Renan Calheiros é um caminho que já foi experimentado e já mostrou que nos leva para o abismo", ressaltou. Edilson também falou que a pré-candidatura à presidência da República revela que é preciso avançar em meio ao “desgaste político”, caso não afirmou que “a democracia vai se atrofiar”. 

Ainda em meio à repercussão sobre o encontro promovido pela líder do PSB Tereza Cristina (MS), que contou com a participação do presidente Michel Temer (PMDB), o deputado federal Danilo Cabral voltou a reforçar que se a parlamentar não está satisfeita com as condições do partido, que a mesma deixe a cadeira de líder. “Ela, na condição de líder, negociar transferência para outro partido junto com outros parlamentares em troca até de oferecimentos, que foi a palavra que ela mesma colocou, eu entendo que não é adequado”, criticou. 

O pessebista disse que o natural é que a deputada deixe o comando da cadeira e tome um rumo juntamente com os outros que entendem que devam tomar. “Agora, como líder do partido, ela desautoriza com essa conduta uma resolução expressa do partido [de oposição ao governo Temer], da direção do partido. Entendo que foi um ato de quem passou da risca e, por isso, eu defendo que ela faça a renúncia da condição de líder e que o PSB reencontre o seu caminho”, argumentou. 

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“Ter um debate em torno de questões e idéias, ter divergências, eu até entendo como compreensível, como a gente tem divergência no debate sobre as reformas, a previdência, questão trabalhista e da terceirização. Isso é razoável e faz parte do jogo político”, acrescentou.

No entanto, o parlamentar foi categórico ao dizer que “não será admitido” que um grupo minoritário, segundo ele, “negocie” o nome do partido. “Inclusive, negociando fusão partidária quando o partido sequer está fazendo qualquer tipo de discussão. Ninguém tem delegação para falar disso, tanto a conduta do presidente [Michel Temer] como a dela são reprovadas. Quem quiser sair siga o seu caminho”, disparou. 

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