Consumidores correm para comprar o pescado da Semana Santa

Para os clientes do Mercado de São José, os preços dos peixes e crustáceos estão mais caros em comparação ao ano passado

por Guilherme Gusmão qui, 06/04/2023 - 18:18
João Velozo/LeiaJáImagens No mercado, os peixes são cortados e tratados na hora da venda João Velozo/LeiaJáImagens

Após três anos de quedas nas vendas de pescados no Mercado de São José, na região central do Recife, devido às restrições sanitárias da Covid-19, os comerciantes se animam com a volta dos consumidores aos corredores do local. Muitas pessoas estão indo ao mercado na procura de peixes e crustáceos para manter viva a tradição familiar da Semana Santa.

Para o comerciante Valdecir Florêncio, 52 anos, as vendas estão impulsionadas pela queda dos números da pandemia, e já consegue notar melhorias na economia do seu estabelecimento. “Esse ano está melhor, pois no ano passado tinha esse probleminha dessa pandemia. O povo estava com medo de sair de casa, já esse ano, eu estou achando que está melhor”, afirmou.

Por: João Velozo/LeiaJáImagens

Com a proximidade da Sexta-Feira Santa, aumentou a procura dos clientes por peixes e crustáceos, principalmente pelo mercado recifense, de mais de 140 anos de história, ser conhecido pela tradição dos comerciantes em tratar e cortar os peixes em postas na hora da venda.  

O empresário Adriano Oliveira, de 40 anos, acompanhado da sua noiva, Ana Marília, 18 anos, disse que encontrou dificuldades para achar alguns tipos de peixe, devido a alta procura. “É muito importante manter viva essa tradição que já vem dos nossos pais e avôs, porém esse ano, não estamos encontrando quase nenhum tipo de peixe”, disse.

Entre os pescados mais procurados neste período do ano estão a corvina, que custa entre R$ 18 a R$ 20 o quilo; a albacora, entre R$ 16 a R$ 23 o quilo; e a cioba, cujo quilo custa R$ 45.

Outro produto muito procurado é o camarão. Nos estabelecimentos do mercado, o preço do crustáceo varia de acordo com o tamanho. Há opções de R$ 28 a R$ 55 o quilo.

A cliente Márcia Regina de Lima, destacou sua preferência pelo crustáceo. “Não sou muito fã de peixe não, gosto mais de camarão“, revelou. Assim como outros consumidores, ela acredita que os valores dos pescados estão mais caros em comparação ao ano passado.

Por: João Velozo/LeiaJáImagens

Porém, os clientes que estão indo aos principais mercados do estado para fazer suas compras, precisam também se atentar a qualidade desses pescados. De acordo com a Vigilância Sanitária do Recife, é fundamental que o peixe esteja disposto em condições adequadas, em balcões refrigerados, com temperaturas entre 2º e 3º graus. Os pescados não podem estar expostos ao sol ou à chuva, e preferencialmente, devem estar embalados. As recomendações também valem para outros fundos do mar, como sururu, camarão, ostra, marisco, mexilhão, lagosta, polvo e lula.

No caso de pescados congelados, a recomendação do órgão é que sejam armazenados em temperaturas entre -15ºC e -18ºC.

A Vigilância Sanitária também recomenda, que os clientes se atentem às condições de trabalho dos vendedores responsáveis pela manipulação dos pescados. Segundo o órgão, não é permitido o uso de utensílios de madeira, devido aos micro-organismos que contaminam o produto, e os vendedores devem usar uniformes limpos e de cores claras, com sapatos fechados e sempre com as mãos higienizadas.

 

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