PF apreende chupeta de ouro com líder de facção

Encontrado em um imóvel de luxo em Aracaju, ele é acusado de comandar uma organização criminosa do interior da Bahia. Mais oito pessoas foram presas na operação

qua, 21/06/2023 - 08:40
Divulgação/PF Chupeta de ouro com as iniciais do homem apontado como chefe da organização criminosa Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) prendeu o chefe de uma organização criminosa acusada de tráfico de drogas e homicídios em Juazeiro, no interior da Bahia. O criminoso comandava o grupo de um imóvel de luxo em Aracaju, onde foi achada uma chupeta de ouro com suas iniciais. 

A Operação Astrea foi deflagrada na manhã dessa terça-feira (20), com o cumprimento de nove mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de valores de oito investigados na Bahia, em Pernambuco e em Sergipe. 

A investigação identificou que a facção juazeirense "Honda" recebia armas e drogas escondidas em eletrodomésticos. O líder-fundador comandava a quadrilha em uma casa de alto padrão em Aracaju, avaliada em R$ 2 milhões, onde foram apreendidos dois carros de luxo, mas o que chamou atenção foi uma chupeta banhada a ouro com as letras ML, que seriam de Manoel Luiz dos Santos Neto. 

O preso de 26 anos é filho do vereador Amadeus (PP) e ex-chefe da facção Bonde do Maluco (BDM). Ele se afastou do antigo grupo de Salvador e fundou sua própria organização no interior. 

Em Pernambuco, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em Petrolina, no Sertão do estado. Foram apreendidos drogas, armas, munições, celulares, R$ 9 mil e veículos. 

Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 33 anos de reclusão e a sentença ainda pode ser aumentada caso seja confirmada a autoria de homicídios. Os presos foram autuados e recolhidos ao sistema prisional de Juazeiro, onde estão à disposição da Justiça da Bahia. 

A operação contou com apoio das polícias militares da Bahia e de Pernambuco e do Ministério Público baiano. Mais de 70 agentes federais foram designados para o cumprimento das ordens judiciais. 

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