Estudante chinês é encontrado vivo após 'cibersequestro'
Kai Zhuang, de 17 anos, tinha sido dado como desaparecido na quinta-feira
Um estudante chinês aluno de intercâmbio nos Estados Unidos, vítima de um golpe de "cibersequestro", no qual seus pais foram extorquidos em 80.000 dólares (R$ 387 mil reais, na cotação atual), foi encontrado vivo, "com frio e assustado" em um bosque de Utah (oeste), informou a polícia.
Kai Zhuang, de 17 anos, tinha sido dado como desaparecido na quinta-feira (28), depois que sua família na China informou aos encarregados da escola de ensino médio que ele frequentava em Riverdale (Utah) que parecia ter sido sequestrado e que um resgate havia sido pedido.
O caso seguia o típico padrão do cibersequestro, no qual os supostos "sequestradores" pedem à vítima, mediante fraude, que se isole e forneça fotos de si própria como se estivesse em cativeiro. Em seguida, as imagens são enviadas a familiares para extorqui-los e obter pagamento.
As vítimas acabam concordando ao acreditar que, caso se recusem a seguir as ordens dos criminosos, sua família será prejudicada.
Os familiares de Kai já tinham depositado 80.000 em contas bancárias da China durante o golpe, segundo a polícia.
Após analisar os registros bancários, compras e históricos de chamadas telefônicas durante vários dias, a polícia concluiu que Kai estava isolado em uma barraca de camping cerca de 40 km ao norte, em uma extensa área próxima a Brigham City.
"Devido ao frio que faz em Utah nesta época do ano, nos preocupava ainda mais a segurança da vítima, pois poderia morrer congelada durante a noite", informou o Departamento de Polícia de Riverdale em um comunicado após o adolescente ter sido encontrado no domingo.
Um sargento que subia uma encosta a pé encontrou a barraca de Kai, que não tinha nenhuma fonte de calor, exceto por "uma manta térmica, um saco de dormir, pouca comida e água e vários telefones que supostamente foram usados para realizar o cibersequestro", acrescentou.
Segundo a polícia de Riverdale, os sequestradores cibernéticos têm se concentrado ultimamente em estudantes estrangeiros de intercâmbio e, em particular, nos chineses.