Mulheres marcham contra alta de feminicídios em Honduras
Segundo o Centro de Direitos das Mulheres, a violência contra a mulher vem crescendo em Honduras. Nos primeiros 15 dias de 2024, ao menos 15 mulheres foram assassinadas
Vestidas de preto em sinal de luto, cerca de 300 mulheres marcharam nesta quinta-feira (25) em Tegucigalpa, a capital de Honduras, até o Congresso Nacional, no Dia da Mulher Hondurenha, em protesto contra o aumento dos feminicídios no país.
"Viemos exigir que a vida das mulheres hondurenhas seja respeitada, por isso viemos a este Congresso Nacional", disse no megafone uma ativista que cobria seu rosto e cabelo com lenços pretos.
A polícia colocou barreiras ao redor do Congresso, onde se iniciava uma nova legislatura com a participação da presidente Xiomara Castro, mas as manifestantes conseguiram superá-las e chegaram à parte baixa do edifício.
"Estamos marchando hoje contra toda a violência, desde a do lar até a feminicida. Exigimos a aprovação da Lei Integral Contra a Violência, prometida pela presidente. Não podemos esperar", declarou à AFP a manifestante Sandra Deras.
Segundo o Centro de Direitos das Mulheres, a violência contra a mulher vem crescendo em Honduras. Nos primeiros 15 dias de 2024, ao menos 15 mulheres foram assassinadas.
O Observatório da Violência da Universidade Nacional Autônoma de Honduras aponta que, em 2023, foram registrados 380 feminicídios, enquanto em 2022 foram 308.
De acordo com a ONU Mulheres, Honduras é o quinto país com a maior taxa de feminicídios do mundo, 6,47 para cada 100.000 habitantes, o que o coloca como o mais perigoso da América Latina para a mulher.