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Depois de brilharem na Copa do Mundo feminina, a arbitragem feminina brasileira voltará a campo. Desta vez, para apitar a partida entre Fortaleza e América-RN, que acontecerá no próximo sábado (3), às 16h, pela primeira fase da Copa do Nordeste 2024.

Na audiência extraordinária da arbitragem desta terça-feira (30), o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, revelou as seis mulheres que estarão em campo pela primeira vez pela competição. São elas: Ruthyanna Camila, as assistentes, Brigida Ferreira e Karla Santana, a 4ª árbitra Elizabete Esmeralda,  a assessora Simone Xavier e a analista de campo Aldeilma da Silva.

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“É um sexteto que representará o quadro feminino com  muita competência. A Ruthyanna esteve conosco na primeira sessão de trabalhos da homologação VAR e se destacou. Ano passado, ela já havia se destacado durante o ano todo, então nada mais justo do que darmos o retorno que ela merece. A gente espera realmente que seja a primeira escala de muitas que ela tenha, não só na Copa do Nordeste, como que ela e as suas companheiras tenham uma ótima temporada e possam se destacar no trabalho da arbitragem”, disse Seneme.

Integrando o quadro da CBF desde 2016, Ruthyanna Camila entrou para a história do futebol paraibano ao se tornar a primeira mulher a atuar no clássico entre Campinense e Treze, pelo Campeonato Paraibano de 2022. As assistentes também são muito experientes, Brigida, Karla e Esmeralda atuam em jogos da série A do Brasileirão Masculino.

“É uma conquista muito grande para a arbitragem do Nordeste, para a arbitragem feminina do estado. Elas demonstraram no campo de jogo a capacidade de dirigir um jogo da Copa do Nordeste. Essa escala foi pensada pela Comissão de Arbitragem em cima do desempenho e qualidade que elas apresentaram no campo de jogo. Isso mostra para as outras meninas que se elas se dedicarem, se elas se atualizarem à arbitragem moderna que o futebol exige hoje, que qualquer uma pode ter as suas chances”, disse Regildênia Moura, responsável pelo desenvolvimento da arbitragem feminina.

“Estou muito feliz, realizada e agradecida ao presidente Ednaldo pela confiança ao presidente Seneme, quando me convidou para fazer parte da comissão de arbitragem e a parte disso ser responsável pelo desenvolvimento da arbitragem feminina."

Da assessoria da CBF

Vestidas de preto em sinal de luto, cerca de 300 mulheres marcharam nesta quinta-feira (25) em Tegucigalpa, a capital de Honduras, até o Congresso Nacional, no Dia da Mulher Hondurenha, em protesto contra o aumento dos feminicídios no país.

"Viemos exigir que a vida das mulheres hondurenhas seja respeitada, por isso viemos a este Congresso Nacional", disse no megafone uma ativista que cobria seu rosto e cabelo com lenços pretos.

A polícia colocou barreiras ao redor do Congresso, onde se iniciava uma nova legislatura com a participação da presidente Xiomara Castro, mas as manifestantes conseguiram superá-las e chegaram à parte baixa do edifício.

"Estamos marchando hoje contra toda a violência, desde a do lar até a feminicida. Exigimos a aprovação da Lei Integral Contra a Violência, prometida pela presidente. Não podemos esperar", declarou à AFP a manifestante Sandra Deras.

Segundo o Centro de Direitos das Mulheres, a violência contra a mulher vem crescendo em Honduras. Nos primeiros 15 dias de 2024, ao menos 15 mulheres foram assassinadas.

O Observatório da Violência da Universidade Nacional Autônoma de Honduras aponta que, em 2023, foram registrados 380 feminicídios, enquanto em 2022 foram 308.

De acordo com a ONU Mulheres, Honduras é o quinto país com a maior taxa de feminicídios do mundo, 6,47 para cada 100.000 habitantes, o que o coloca como o mais perigoso da América Latina para a mulher.

Uma pesquisa entre profissionais de diretoria de tecnologia realizada pela Plongê, consultoria especializada em seleção, identificou que mulheres em cargos de Chief Technology Officer (CTO) ganham em média 48% a menos do homens na mesma posição, mesmo com anos de experiência e qualificação iguais. O levantamento também aponta que a diferença salarial é de 19% e, no que se refere aos benefícios para mulheres nessa posição, essa porcentagem é 17% inferior .

O estudo da Plongê foi realizado no segundo semestre de 2023, com profissionais que ocupam o cargo de alta liderança em tecnologia do estado de São Paulo, com o mesmo tempo de experiência, ou seja, 23 anos em média. Os dados mostraram uma tendência de comportamento de organizações que contam com esta cadeira, especialmente quando envolvemo as trajetórias profissionais de homens e mulheres.

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"Trabalhando com altas lideranças de grandes empresas percebemos o grande desfalque desta posição em desigualdade de gênero. Não há somente menos mulheres CTOs, mas as que estão no mercado não são valorizadas da mesma forma. E o pior, algumas empresas se aproveitam dessa disparidade salarial do cargo para investir menos ao contratarem mulheres.” declara Adriana Orelhana, sócia da Plongê e especialista em Executive Search em posições C-level.T. 

A madrugada desta quarta-feira, dia 17, foi um momento de reflexão para os participantes do BBB24. Com a saída de Lucas Pizane, cada um dos moradores da casa mais vigiada do Brasil pensou repensar suas estratégias. A pessoa que mais sentiu a eliminação foi Nizam. O brother caiu no choro e começou a questionar seu jogo, pois agora teme que seu grupo esteja com uma imagem ruim para o público.

- Toda vez que um de nós for para o Paredão, vai ser nós que vamos ser eliminados. Isso é sem dúvidas. Porque isso pode significar que o público está contra o nosso posicionamento, não só o do Pizane.

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Já em uma conversa do Quarto Gnomo, Fernanda opinou que Nizam não está sendo bem-visto pelos telespectadores e Pitel concordou:

- Quando uma peça de um grupo cai, o que vão fazer? Botar o grupo todinho. Se um saiu, significa que todos os outros estão errados.

Na área externa, Rodriguinho fez uma análise parecida:

- Você é um cara que, se a gente for raciocinar que nem você falou: Agora vai cair todo mundo do nosso grupo. Eu não acredito nisso, mas se eu for pensar dessa forma, você é o próximo, porque era você que era colado nele. E eu estou nessa fila, vocês também.

Ele ainda relembrou o discurso de Tadeu Schmidt:

- Sabe o que eu penso agora? Talvez a gente tenha falado a m***a para que ele precisasse se posicionar. É isso que está me pegando. Às vezes ele não se posicionou contra nós.

Com a eliminação de Pizane, Yasmin ficou reflexiva sobre o brother ter dito que ouviu comentários feitos no Quarto do Líder sobre as mulheres da casa enquanto Rodriguinho estava na liderança.

- Era alguma coisa com teor sexual, que ele falou que ia pegar muito mal e ele estava muito preocupado de não ter se posicionado nessa hora.

Ao lado de Wanessa, ela tentou conversar com o cantor para entender o que aconteceu, mas tentou esquivar o assunto:

- Então, isso foi coisas do perninha [ forma como ele chama Vinicius]. Falou das meninas que ele quer pegar. Da índia... Aí ficaram aquelas brincadeiras, brincadeiras de homem que fazem, aquelas coisas. Que eu nem consigo falar, nem lembro também. Mas foi isso, a única coisa de mulher que foi falada foi isso. Porque só ele podia falar de mulher, né? Os meninos falaram, mas os meninos são solteiros. Eu não falei nada, tenho certeza.

Porém, as meninas ainda não haviam comprado a conversa e queriam mais detalhes.

- Eu acho que não foi isso, opinou Wanessa.

- Ele estava muito incomodado com isso, completou Yasmin.

Elas questionaram se foi alguma coisa ofensiva, ao que Rodriguinho disse que sim. No entanto, ele afirmou que não estava entre os homens que fez os comentários.

- Nizam, Vinicius... Os solteiros. Jamais eu ia falar uma coisa dessas. Os meninos falaram, mas os meninos são solteiros. Eu não falei nada, tenho certeza.

Enquanto conversava com Vanessa Lopes, Rodriguinho e Yasmin Brunet sobre quem colocaria no paredão caso se tornasse líder, Wanessa disse:

- Eu posso desistir do jogo? Eu tô falando sério. Eu vou desistir do jogo.

- Eu também tô pensando porque todo mundo que eu quero indicar..., refletiu Yasmin.

- Como assim vai desistir do jogo? Que loucura é essa?, disparou Rodriguinho.

Em mais um momento controverso dentro da casa mais vigiada do Brasil, Rodriguinho conversou com Matteus sobre as mulheres solteiras da casa.

- Uma 'pá' de mulher bonita aí, vocês solteiros. Eu não aguentaria, não. Eu aguento porque sou casado e só tenho olhos para minha mulher, mas se eu não tenho ninguém, você é louco... Um monte de mulher bonita aí.

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, na quarta-feira (10), uma decisão liminar da ministra Carmen Lúcia que suspende dois concursos públicos da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). Os editais tinham o objetivo de contratar oficiais e praças, mas limitavam o ingresso de mulheres a apenas 20% das vagas disponíveis.

A decisão proíbe a divulgação dos resultados e a homologação dos concursos, que já estavam nas fases finais de publicação. Como é uma liminar, a determinação é temporária e a ministra já solicitou que a pauta seja incluída na primeira sessão plenária da Corte, para ser apreciada em fevereiro, após o recesso do Judiciário.

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Os editais previam que, para a vaga de soldado, com remuneração de R$ 6 mil mensais, as mulheres poderiam disputar apenas 100 vagas, enquanto os homens concorreram a 400. Já para oficiais, com salário de R$ 16,3 mil, elas concorreram a 10 vagas, enquanto eles a 40.

A decisão da ministra atendeu a um pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionava trechos da Lei Complementar estadual 587/2013, de Santa Catarina, que estabelecem um porcentual mínimo de vagas que deveriam ser reservadas para mulheres em concursos da PM e também dos Bombeiros Militares no Estado. Em sua decisão, Carmén Lúcia observou que, num primeiro momento, a medida pode ser interpretada como uma política de ação afirmativa, "direcionada a favorecer, a promover e a ampliar o acesso da população do sexo feminino em cargos públicos".

Entretanto, ela avalia que a norma também pode servir de respaldo para limitar as vagas aos 20% reservados para mulheres - como ocorreu nos dois concursos julgados - e garantir que elas sejam excluídas "da esmagadora maioria dos cargos ofertados".

Nos últimos meses, o Supremo suspendeu outros concursos de polícias militares pelo Brasil pelo mesmo motivo. Em novembro, o ministro Dias Toffoli suspendeu a aplicação de provas dos concursos públicos da Polícia Militar do Estado do Pará (PM-PA) por limitar a 20% as vagas destinadas a mulheres, totalizando 880 vagas para elas, enquanto 3.520 ficariam para os homens.

Apenas uma semana antes, o ministro Cristiano Zanin autorizou que o concurso da PM do Rio de Janeiro, que havia sido suspenso, pudesse prosseguir, mas que as cotas por gênero fossem retiradas. Edital previa apenas 10% das vagas para mulheres.

Em dezembro, Zanin também suspendeu novas convocações de candidatos aprovados nos concursos públicos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso pelo mesmo motivo. O ministro também havia suspendido um concurso da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por discriminação, e só liberou a retomada com a retirada da regra de gênero.

A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, participou, nesta quinta-feira (11), do lançamento do curso de formação do Protocolo Violeta, que será promovido pela UNINASSAU a partir do dia 15 de janeiro. O principal objetivo do curso é fortalecer o processo formativo de bares, restaurantes, hotéis, motéis, casas noturnas e academias de ginástica. As ações irão abranger os trabalhadores desses estabelecimentos.

Dividido em quatro módulos - Combate à violência e importunação sexual; Aparato Jurídico Legal; Protocolos de Intervenção: o que fazer?; e Violência: Gênero, Raça e Classe - o curso terá carga horária de 10 horas e será totalmente gratuito. "Além de capacitar os profissionais desses estabelecimentos, o principal desafio do Protocolo Violeta é formar a sociedade", afirma Isabella.
"Temos que entender que todas as mulheres estarão protegidas pelo Protocolo Violeta. Estamos em processo de expansão e debate e o curso será fundamental para promovermos essas ações de prevenção na nossa sociedade", finaliza a vice-prefeita.
Participaram do lançamento a vereadora Cida Pedrosa, uma das autoras Protocolo Violeta; Nilzete Santiago, reitora da UNINASSAU; Bruna Boeckmann, secretária executiva da Mulher da Prefeitura do Recife; Luciana Albuquerque, coordenadora do Núcleo de Apoio das Mulheres do Ministério Público; Isabela Miranda, superintendente de Planejamento e Turismo do Governo de Pernambuco; Raissa Soares, da Abrasel; Raquel Pajeú, do Conselho Estadual de Educação Física; e Jessie Deivis, presidenta do Conselho da Mulher.

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*Da assessoria de imprensa

Com passagens por Barcelona e Arsenal, o ex-jogador holandês Marc Overmars sofreu uma suspensão em âmbito mundial nesta quarta-feira. O ex-meio-campista da seleção da Holanda foi punido por ter enviado mensagens de teor sexual a funcionárias do Ajax, clube onde atuou como diretor esportivo entre 2012 e 2022.

Overmars, de 50 anos, já havia sido punido internamente pela Federação de Futebol da Holanda, no ano passado. Nesta quarta, a entidade ampliou a suspensão para nível global pelo período de um ano. "Temos o dever de denunciar esta sanção ao comitê disciplinar da Fifa, que decidiu assumir a suspensão a partir de 16 de novembro de 2023", informou a federação.

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Em fevereiro de 2022, Overmars pediu demissão no Ajax e admitiu ter adotado "comportamento inadequado" no clube de Amsterdã. O ex-jogador enviou mensagens e fotografias de cunho sexual para diversas mulheres que trabalhavam no clube.

No ano passado, um tribunal independente suspendeu Overmars por dois anos de qualquer atividade ligada ao futebol. Em seguida, a federação holandesa pediu a Fifa que a punição ganhasse âmbito mundial. Isso porque o ex-jogador foi contratado ainda em 2022 para atuar como diretor técnico do time belga Royal Antuérpia.

O jogador, que ainda poderá apelar a Fifa contra a decisão, não se manifestou publicamente, assim como o clube belga, que pode vir a demitir o dirigente nos próximos dias.

Overmars foi considerado um dos melhores jogadores de sua geração. Na década de 90, brilhou com as camisas do Ajax e do Arsenal. No início dos anos 2000, reforçou o Barcelona. No currículo, ele tem títulos da Liga dos Campeões, do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra. Pela seleção holandesa, esteve nas Copas do Mundo de 1994 e 1998.

Um resort no Colorado, nos Estados Unidos, se prepara para receber mais de duas mil mulheres adeptas ao naturismo para praticar esqui na neve. O evento Boot Tan Fest ocorre entre os dias 29 e 30 de março.

O festival chega a sua 4º edicão depois de fazer sucesso nas redes sociais e recebeu mais de duas mil inscrições. A reunião ocorre no Sunlight Mountain Resort, em Glenwood Springs.

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Em 2021, o Boot Tan contou com apenas 27 participantes. O número subiu para 200 no ano seguinte e dobrou no ano passado.

Além do corpo nu, uma das fundadoras, Jenny Verrochi, explicou que a intenção é oferecer um ambiente seguro onde as mulheres possam se sentir fortalecidas.

"Você se sente apoiada porque cada corpo é diferente e cada personalidade é diferente. Mas quando você está lá fora e fica exposta assim e não há homens por perto para julgá-la, é o sentimento mais poderoso de todos os tempos", disse Verrochi.

Um homem que se intitulava como pastor foi preso por suspeita de praticar estupro de vulnerável na cidade de Imperatriz, no Maranhão. A captura do suspeito aconteceu no último sábado (6), na cidade de Marabá, no Pará, para onde ele fugiu após ser denunciado.

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão o homem foi localizado através de um trabalho integrado com a Polícia Civil do Pará. Também foi através da parceria que o suspeito foi preso preventivamente. 

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Segundo as investigações, ele se intitulava “profeta do trono de Deus” para realizar orações em fiéis e, aproveitando-se do momento de fragilidade das vítimas, praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal. Após a prisão, o homem deverá ser encaminhado para uma unidade prisional no Maranhão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que cria o protocolo "Não é Não" em todo o País, para proteger mulheres de assédio e violência em shows, bares e boates. A publicação foi feita na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (29). A nova norma entrará em vigor em 180 dias (seis meses). Ou seja, os estabelecimentos terão de se adequar às regras até o fim de junho de 2024.

O objetivo da lei é prevenir constrangimentos e evitar a violência contra mulheres em locais como casas noturnas, eventos festivos, bailes, espetáculos, shows com venda de bebidas alcoólicas, bares e restaurantes. Eventos religiosos ficam de fora do protocolo.

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Os estabelecimentos passam a ser responsáveis por monitorar possíveis situações de constrangimento (quando há insistência física ou verbal mesmo depois de a mulher manifestar discordância) e violência (ação que resulte em lesão, danos ou morte pelo uso da força).

Também devem preparar e capacitar pelo menos um funcionário para executar o protocolo e colocar informações em lugares visíveis sobre como acionar a medida, bem como o contato da Polícia Militar e da Central de Atendimento à Mulher.

Ao serem avisados ou identificarem indícios de constrangimento, os estabelecimentos precisam se certificar de que a vítima saiba que tem direito à assistência garantida pelo protocolo.

Os locais ainda podem adotar ações que considerarem cabíveis para preservar a dignidade e a integridade física e psicológica da denunciante, além de apoiarem órgãos de saúde e segurança pública que possam ser acionados. Os estabelecimentos podem retirar o ofensor do espaço e impedir o retorno dele até o término das atividades.

Já no caso de algum tipo de violência contra uma mulher, os estabelecimentos devem:

- Proteger a mulher e proceder às medidas de apoio do protocolo;

- Afastar a vítima do agressor, inclusive do seu alcance visual, permitindo que ela tenha o acompanhamento de pessoa de sua escolha, se quiser;

- Colaborar para a identificação das possíveis testemunhas da violência;

- Solicitar o comparecimento da Polícia Militar ou do agente público competente;

- Isolar o local específico onde existam vestígios da violência até a chegada das autoridades.

A lei também cria o "Selo 'Não é Não' - Mulheres Seguras", que poderá ser concedido pelo poder público a estabelecimentos que sejam classificados como local seguro para mulheres, mas que não estejam na lista dos que precisam cumprir o protocolo obrigatoriamente.

Nesses casos, a empresa poderá criar um código próprio, divulgado nos sanitários femininos, para que as mulheres possam pedir ajuda aos funcionários, para que eles tomem as providências necessárias em episódios de constrangimento e violência.

O projeto de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi aprovado no início de dezembro na Câmara dos Deputados. Ele havia sido aprovado em agosto pelos deputados, mas sofreu modificações no Senado Federal e retornou para a Câmara.

O avanço da brutalidade a que mulheres são submetidas em casa ou nas ruas levou o Tribunal de Justiça de São Paulo a lançar 'Carta de Mulheres'. É um projeto que busca ajudar com informações e orientações mulheres que tentam se afastar de agressores. A vítima, ou qualquer pessoa que queira ajudar uma mulher alvo de violência, pode acessar o formulário online e preencher os campos.

O projeto é inspirado em Carta de Mujeres, ação semelhante promovida pela Justiça do Peru.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que uma equipe especializada da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário (Comesp) responderá todos os contatos com orientações.

As respostas incluem informações sobre locais para atendimento adequado, como delegacias de Polícia, casas de acolhimento, Defensoria Pública, Ministério Público, além de diversos programas de ajuda de instituições públicas ou organizações não governamentais.

O guia leva em conta a situação de cada mulher e o tipo de violência (física, psicológica, patrimonial, etc.). Também são esclarecidos possíveis desdobramentos em casos de denúncia e os tipos de medidas protetivas existentes.

A Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça destaca que é preciso fornecer o endereço no formulário apenas para que a resposta possa indicar os locais corretos caso a pessoa decida buscar ajuda.

O programa se destina exclusivamente a fornecer orientações e não haverá o encaminhamento dos relatos aos demais órgãos ou instituições do sistema de Justiça.

Para que ocorra a notificação é necessário que a pessoa procure os locais indicados pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário.

Uma lei promulgada pela Câmara Municipal de Maceió, em Alagoas, vem sendo criticada por obrigar as mulheres a verem vídeos e imagens do feto antes de realizar o aborto legal na rede pública. Entidades ligadas ao direito das mulheres acusa a medida de fomentar o constrangimento ilegal das pacientes para que elas desistam do procedimento.

A determinação também incumbe aos profissionais de saúde o dever de apresentar os métodos de execução do aborto e os riscos e consequências físicas e psicológicas para as mulheres que buscarem o serviço. Algumas dessas informações não são unanimidade na comunidade científica.

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O projeto do vereador Leonardo Dias (PL) foi aprovado em fevereiro deste ano com 22 votos a favor e uma abstenção. A matéria seguiu para o prefeito João Henrique Caldas (PL), mas o texto não vetado nem sancionado. Dessa forma, a proposta voltou à Câmara e foi promulgada pela presidente Galba Novaes Netto (MDB), sendo publicada no Diário Oficial do município nessa quarta (20).

A equipe de atendimento ainda fica responsável por oferecer o ingresso do nascido no programa de adoção. Vale lembrar que a lei brasileira autoriza o aborto em três casos: risco à gestante, gestação resultante de estupro ou caso o feto tenha anencefalia completa comprovada. 

 

Reconhecendo a importância do aprofundamento do diálogo sobre as realidades femininas para todos os públicos, o TEDxGuarulhos Women realiza a sua edição Onde? E Como?. O evento acontece no dia 16 de dezembro, das 13h às 19h, no Marriott Hotel Guarulhos. O objetivo do evento é inspirar os participantes em uma rica troca de ideias e aprendizados mútuos na busca de soluções para os desafios enfrentados por mulheres de forma individual e coletiva. Formado em sua maioria por mulheres de diferentes territórios, incluindo Guarulhos, o time de palestrantes apresentará suas experiências e projetos inspiradores em prol das meninas e mulheres brasileiras. 

O TEDxGuarulhos Women é uma conferência sobre o poder das mulheres como criadoras e transformadoras e que traz importantes diálogos sobre suas vivências. Os nomes confirmados são: Aline Wirley, cantora, atriz, diretora da Somos Farol Produções, Benilda Brito, Assessora da ONU Mulheres e do Pacto Global e CEO da Múcua Consultoria, para fortalecimento das empresas signatárias dos princípios de empoderamento das mulheres, Bianca Vilela, palestrante reconhecida na área de saúde corporativa, autora do livro “Respire”, mestre em fisiologia e apresentadora do PodCast Saúde e performance, Bruna Aiiso, atriz, intérprete de Dra. Laurita de “Terra e Paixão” da TV Globo e Mestre de Cerimônias, Dehbora De Mari, fundadora da “Força Meninas”, primeira plataforma educativa para meninas que querem mudar o mundo, pesquisadora, ativista e empreendedora social. 

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“A edição Women é muito especial e importante para nós do TEDxGuarulhos. Queremos aterrissar na realidade, sem perder a poesia e o encanto da arte, da ludicidade e da esperança. Por isso, convidamos todos, todas e todes para refletirmos sobre duas perguntas, que entendemos ser fundamentais: onde e como estão as meninas e mulheres," revela o coordenador do evento, Caetano Tona.

O TEDxWomen também terá as participações de Erika Hilton, primeira Deputada Federal negra e trans eleita na história do Brasil, , Karla Maria, jornalista premiada, autora dos livros de não ficção: Mulheres Extraordinárias, O Peso do Jumbo, Irmã Dulce e Invisíveis e Defensora dos direitos humanos, Mateus de Lima, CEO fundador do aplicativo “Todas por uma APP”,  aplicativo que existe no combate à violência doméstica, Margareth Goldenberg, psicóloga, CEO na Goldenberg Diversidade e do Movimento Mulher 360, Regina Magalhães, Diretora regional de Infraestrutura sustentável na Johnson Controls, com pós-doutorado em ciência ambiental, atua apoiando empresas a desbloquearem a sustentabilidade e a transformação digital.

O time de palestrantes também conta com Sauanne Bispo, especialista em África, Palestrante de Inclusão Racial, Afrofuturismo e Empreendedorismo Social, fala sobre Ancestralidade do futuro, Silvana Trucs, fundadora da “Trucss”, marca de lingerie especializada em pessoas transgênero, Tânia Zacharias, mentora e palestrante em desenvolvimento interno e autoconsciência para líderes e empreendedoras na FeMale Lab e Tatiana Pimenta, especialista em saúde mental e fundadora da plataforma de terapia online Vittude referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas.

Além das palestras, o público presente também poderá desfrutar de apresentações artísticas de talentos locais, como Tauane Lima, Lilian Rocha e Ju Martins. Assim como em "Aurora", edição anterior do TEDx Guarulhos, o TEDxWomen será conduzido pela atriz, radialista, locutora, cantora, apresentadora e dançarina Adriana Lessa, por Katya Hemelrijk, CEO e Consultora em Diversidade, Equidade e Inclusão na Talento Incluir, e co autora  do livro “Maria de Rodas”. Além destas mestres de cerimônia, a  psicóloga, ativista e gestora de projetos da Nossa Casa Artes e Terapias Camila Bittencourt, faz sua primeira participação como apresentadora.

A partir do próximo sábado (19), a população feminina da Região Metropolitana do Recife será contemplada com o início do funcionamento do aplicativo de transportes Lady Driver. Com o objetivo de assegurar o direito de ir e vir com segurança das mulheres, a empresa oferecerá os seus serviços de viagens apenas para motoristas mulheres e passageiras.

Segundo o app, que foi criado em 2017, a sua operação deseja contribuir com a diminuição da insegurança enfrentada pelo público feminino em aplicativos de transporte no país. A empresa afirma que 85% dos clientes que utilizam os serviços são mulheres, no entanto, 97% delas ainda enfrentam assédios, importunações e constrangimento dentro dos veículos de viagens no Brasil.

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O Lady Driver, que foi criado por uma brasileira que foi vítima de assédio dentro de um carro, garante que, em seis anos de fundação da startup, nunca foi registrado um incidente envolvendo motorista e passageira em um veículo da operadora. Outro diferencial do app é que a empresa tem a autorização para transportar crianças de 8 a 16 anos e pessoas idosas acima dos 65 anos.

Em situações nas quais a passageira esteja acompanhada por um homem, ele poderá viajar junto, porém terá que desembarcar antes ou na mesma parada da cliente que solicitou o serviço. Não existem restrições para a quantidade de homens, desde que a viagem seja solicitada por mulheres e que respeite a regra máxima de ocupantes no veículo.

A empresa já é consolidada no território nacional, funcionando em mais de 200 cidades, como Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, Fortaleza e Florianópolis. Com o sucesso, o Lady Driver tem planos de expansão internacional.

Veja as regras:   

- A motorista precisa ter cadastro junto ao Detran para pessoas que exercem atividade remunerada. Sendo assim, a profissional precisa ter uma observação EAR na Carteira Nacional de Habilitação (CNH); 

- Os veículos devem ter no máximo 10 anos de uso; 

- CNH com no mínimo dois anos de registro; 

- O download do app para motoristas.

Além da angústia da guerra, as mulheres em Gaza sofrem o estresse adicional da menstruação, obrigadas a utilizar fraldas ou pedaços de pano e enfrentam condições humilhantes e infecções.

O território palestino sofre uma escassez de alimentos, água e produtos sanitários, com o deslocamento de 80% de seus 2,4 milhões de habitantes pelo conflito entre Israel e Hamas.

"Corto roupas dos meus filhos ou qualquer pedaço de pano que encontro e uso como absorvente", explica Hala Ataya, de 25 anos, na cidade de Rafah(sul), para onde muitos fugiram.

"Tomam banho a cada duas semanas", acrescenta.

Forçada a deixar sua casa no campo de refugiados em Jabaliya, no norte de Gaza, se instalou em uma escola administrada pela ONU onde compartilha banheiro e chuveiro com centenas de pessoas.

O banheiro cheira mal e está cheio de moscas.

As ruas de Rafah, cidade na fronteira com o Egito, estão virando lixões a céu aberto.

- "Voltamos à Idade da Pedra" -

A cidade se transformou em um imenso campo de refugiados com a chegada de grande parte da população, impedida de sair do território.

"Voltamos à Idade da Pedra. Não há segurança, alimentos e água, não há higiene. Me sinto envergonhada e humilhada", assegura Samar Shalhoub, de 18 anos, deslocada da Cidade de Gaza.

A guerra foi desencadeada após o ataque sem precedentes de 7 de outubro por combatentes de Hamas, que mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel, em sua maioria civis, segundo autoridades israelenses.

A resposta do Exército israelense já matou cerca de 18.200 palestinos, em sua maioria civis, segundo os últimos números do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza.

Sem acesso a produtos de higiene, Shalhoub utiliza retalhos em seus períodos menstruais, o que tem causado "irritação e infecções de pele".

Os pedidos por anticoncepcionais quadruplicaram por mulheres que buscam controlar seus períodos, afirma Marie-Aure Perreaut Revial, de Médicos Sem Fronteiras (MSF).

- "Absolutamente nada" -

A organização ActionAid adverte que há pouca água para lavar e que alguns abrigos têm apenas um chuveiro para cada 700 pessoas e um sanitário para cada 150.

"Não há absolutamente nada: privacidade, sabonetes, produtos menstruais", alerta a ONG.

Para Ahlam Abu Barika, em seu terceiro mês deslocado, a higiene pessoal é uma "batalha diária".

"As mulheres usam fraldas ou panos para embrulhar bebês. Não há água suficiente", lamenta Abu Barika.

Está comendo e bebendo menos para ceder aos seus cinco filhos e reduzir as idas ao banheiro.

"Perdi 15 quilos", afirma.

A ONG Action Against Hunger afirma que muitas mulheres usam roupas sujas de sangue menstrual e utilizam "produtos para o período por mais tempo do que o previsto, o que aumenta o risco de infecção".

Em uma sala de aula onde os deslocados dormem, Umm Saif disse que suas cinco filhas usam fraldas durante seus períodos.

Os preços das fraldas descartáveis quase duplicaram desde o início da guerra, assim, cortam cada uma em duas partes, mas uma filha ainda precisa de retalhos.

Para a mais nova, a mãe substitui a fralda por um pedaço de pano.

"Começou a chorar, mas não posso fazer nada", explica, impotente. "Comprei uma pomada na farmácia para tratar as infecções após a menstruação".

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) adotou uma medida interna para que pelo menos metade das vagas da instituição sejam preenchidas preferencialmente por mulheres.

A nova norma, incluída no Regime Interno da instituição, estabelece que deve haver "a participação equânime de homens e mulheres" sempre que possível, levando em conta a proporção de raças e etnias conforme são vistas na sociedade. Para isso, será utilizado como parâmetro o último Censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A mudança prevê que sejam levadas em consideração identidades de gênero (cisgênero, transgênero e fluido) para compor a equidade. Deve ser observado a presença de mulheres em pelo menos 50% das vagas, preferencialmente, nas seguintes ocasiões:

- Convocação e designação de juízes e juízas auxiliares;

- Cargos de confiança e assessoramento;

- Composição de comissões, comitês, grupos de trabalho, ou outros colegiados ou coletivos;

- Mesas de eventos institucionais;

- Contratação de empresa prestadora de serviço terceirizado, considerada cada função do contrato, a Presidência, ou o agente que receber a atribuição por delegação.

Em setembro, o CNJ aprovou outra medida para garantir a paridade de gênero nos tribunais de segunda instância de todo o País. A resolução aprovada prevê que listas formadas exclusivamente por mulheres sejam alternadas com listas mistas para promoção na carreira. A regra vale para promoções por merecimento, até que os tribunais alcancem a paridade de gênero.

As alterações nas diretrizes vêm em um momento onde há um crescente questionamento sobre a disparidade de gênero no Poder Judiciário.

Havia a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicasse uma mulher para o Supremo Tribunal Federal (STF), já que a vaga aberta foi deixada por uma ministra, Rosa Weber, e que Lula já havia indicado um homem, o ministro Cristiano Zanin, para a outra vaga aberta na Suprema Corte, também neste ano.

Conforme dados do último Censo do Judiciário, que consultou todos os tribunais do País, 59,6% dos magistrados são homens, e o número é ainda maior em instâncias superiores.

Caminhadas em 30 cidades do Brasil e no exterior marcaram, neste domingo (10), o encerramento dos 21 dias de ativismo da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo fim da violência contra mulheres e meninas.

No Brasil, o evento foi promovido pelo Grupo Mulheres do Brasil, liderado por Luiza Helena Trajano, para mobilizar parcerias de investimentos em prevenção e também garantir vidas livres de violência para as mulheres e crianças do sexo feminino.

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O tema da campanha 2023 da ONU é: Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas.

No Rio de Janeiro, a caminhada ocorreu no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade. Falando à Agência Brasil, a líder do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas do Grupo Mulheres do Brasil no Rio de Janeiro, Marilha Boldt, comemorou o engajamento das mulheres na luta, que incluiu delegadas, promotoras e juízas.

“Nós seguimos na luta diária pelo combate à violência contra mulheres e meninas. Nós não aceitamos que os feminicídios continuem, que as violências continuem existindo. Ainda temos muitas subnotificações. Precisamos melhorar e evoluir muito. O envolvimento de toda a sociedade aqui representada é muito importante para que nós possamos dar essa visibilidade para a causa", disse Marilha, que também é fundadora do Projeto Superação Violência Doméstica.

Número alarmantes

Dados do Dossiê Mulher 2023, produzidos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), revelam que em 2022, no estado do Rio de Janeiro, 43.594 mulheres foram vítimas de violência psicológica, ou seja: a cada hora, 14 mulheres sofrem algum tipo de violência no estado. Mais de 125 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica e familiar, 111 mulheres foram vítimas de feminicídio e 37.741 medidas protetivas de urgência foram concedidas.

Em relação aos dados nacionais, o boletim da Rede de Observatórios da Segurança mostra que uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas. No ano passado, 1.437 mulheres morreram vítimas de feminicídio no país, sendo 61,1% delas negras.

“Os números são alarmantes e preocupantes e, na verdade, ainda temos muitas subnotificações, o que não representa toda a realidade brasileira. Por isso, ainda temos muito mais para avançar.”

Ela destaca que o desenvolvimento de políticas públicas é muito importante, porque muitas pessoas acreditam que violência contra a mulher é apenas agressão física quando, na verdade, a violência psicológica é muito anterior.

“Se ela conseguir perceber que está sofrendo violência psicológica, ela pode romper (esse ciclo) antes de chegar à violência física e, assim, a gente pode salvar mais vidas”.

Mobilização

Promovido com apoio das secretarias municipal e estadual da Mulher, a campanha deste ano quer mobilizar parcerias no Brasil para investimento na prevenção da violência.

A secretária municipal de Políticas e Promoção da Mulher do Rio de Janeiro, Joyce Trindade, destaca que a violência contra a mulher é uma dura realidade que afeta milhares de famílias.

“Se queremos transformar esse cenário, precisamos conscientizar a nossa população e abordar essa temática em todos os espaços. A luta pelo enfrentamento à violência precisa ser coletiva, pois cuidar de uma mulher é cuidar de toda sociedade”.

Para a secretária estadual da Mulher, Heloisa Aguiar, o ciclo da violência precisa ser rompido o mais rápido possível, ao primeiro sinal de agressividade do companheiro.

“Não espere as agressões agravarem. Fale com alguém da sua confiança, procure ajuda".

Heloisa informa que os centros especializados de atendimento à mulher, os chamados CEAMs e CIAMs, têm apoio jurídico, psicológico e social para acolher e ajudar as mulheres em situações de violências, sejam elas física, moral, patrimonial.

Toda a rede de apoio do governo pode ser acessada pelo aplicativo gratuito Rede Mulher.

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, entregou nesta quinta-feira (7), 150 barracas de feira às mulheres do município que participam do Programa Feira Espaço Mulher Empreendedora, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania do município, coordenado pela Secretaria Executiva da Mulher. A entrega foi feita no Parque da Cidade, em Prazeres. Várias mulheres empreendedoras do Jaboatão participaram do momento da entrega.  Foi o caso da  artesã Luciana Araújo, que ficou entusiasmada com a chegada dos novos equipamentos.

"Fiquei encantada quando vi essas novas barracas, pois meus produtos vão  ficar ainda mais destacados. Espero que minhas vendas cresçam", comentou Luciana, que trabalha com colares e brincos artesanais. O programa da Secretaria tem por objetivo promover a independência e o empoderamento feminino, valorizando as artesãs e oferecendo a oportunidade delas empreenderem, além de fortalecer o desenvolvimento socioeconômico do município. As mulheres trabalham com diversos produtos, tais como artesanato, roupas, comidas, bijuterias, entre outros itens. Toda a produção é comercializada nas feirinhas da Mulher Empreendedora que acontecem semanalmente, nas regionais. Mano Medeiros ressaltou a importância de valorizar o trabalho produzido pelas mulheres.

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“É fundamental apoiarmos ações e projetos voltados para o empreendedorismo e a qualificação profissional das mulheres jaboatonenses. A gestão municipal tem o compromisso de promover políticas públicas que beneficiem esse público”, falou. 

*Da assessoria 

Com atuação territorial na Comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, a Coletiva Cabras, formada integralmente por mulheres, nasceu durante o período mais grave da pandemia de Covid-19, em agosto de 2020. As ações emergenciais durante a crise sanitária foram direcionadas, principalmente, às jovens e mulheres (cis e trans) da localidade, que uma das primeiras comunidades pesquieras do Brasil, e abarcaram distribuição de kits da primeira infância (com itens para bebês), sopa, cestas básicas, promoção de mutirão de vacina e oficinas. Sem remuneração ou financiamento, as 10 integrantes do grupo iniciaram em 2021, ainda em meio ao cenário pandêmico, um projeto de letramento porta a porta para mulheres, mães solos e periféricas.

A iniciativa conta apenas com uma professora, que também coordena o letramento, Yana Texeira. As aulas são realizadas sempre aos sábados a cada 15 dias, com duração entre 40/50 minutos. De acordo com Paula Menezes, Diretora Executiva e Cofundadora da Coletiva Cabras, a ação contabiliza cerca de 12 alunas, que recebem material de estudo em uma bolsa confeccionada por uma estudantes do projeto e, quando possível, cestas básicas. “A gente começou com a distribuição das cestas como forma de incentivo. Nem sempre a gente consegue, porque demanda investimento. Mas, mesmo assim, elas continuam a querer as aulas”, frisa a cofundadora da coletiva. O processo de letramento vai muito além do aspecto conteudista e oferece as jovens e mulheres da comunidade o acesso às informações e Educação política.

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Letramento porta a porta realizado pela Coletiva Cabras na Comunidade do Bode. Foto: Thalita Fernanda/Coletiva Cabras

 

A professora e coordenadora da iniciativa, Yana Texeira (ao centro) etrega kits com materias escolares. As bolsas são produzidas por uma aluno do projeto. Foto: Thalita Fernanda/Coletiva Cabras

Uma dessas estudantes do projeto é Cláudia Souza, mulher trans, moradora do Bode e, após ser assistida pela Coletiva e participar de um curso de liderança compartilhada, passou a ocupar o cargo de coordenadora no grupo. Ao LeiaJá, Cláudia, que estudou até a 4ª série do ensino fundamental 1, conta que as ações e conversas foram importantes para retornar à sala de aula. “Estudei até a quarta série porque tive que trabalhar, né? (sic) Eu acho ótimo ser na casa da gente, porque dá para fazer as coisas, organizar melhor o dia. Eu não posso estudar em outro canto no momento”, disse. À reportagem, ela afirma que tem planos para dar continuidade aos estudos, à noite, em uma instituição de ensino.

Paula Menezes (camisa roxa), Thalita Fernanda (ao centro) e Ana Karla (camisa preta) fazem parte da Coletiva Cabras. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Cláudia Souza é aluno do letramento e uma das coordenadoras da Coletiva Cabras. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mãe de quatro filhos e prestes a ser avó pela segunda vez, Mirella Santana também é uma das participantes da iniciativa educacional. Ocupando desde cedo uma posição de cuidado, como a maioria das mulheres, assim como Cláudia, Mirella estudou até a 4ª série. Ao LeiaJá, ela ressalta que a flexibilidade do letramento porta a porta permitiu a retomada dos estudos. Segundo Paula Menezes, para que Cláudia, Mirella e outras mulheres da Comunidade do Bode frequentem uma escola, em uma turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é necessário deslocamento para outros bairros, o que implica em gastos com transporte público e uma logística com os filhos. “A única escola que tinha EJA está fechada”, comenta Paula.

Conheça mais sobre a Coletiva Cabras e o projeto de letramento porta a porta:

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse ter elaborado em conjunto com a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, uma "lista tríplice" com nomes de mulheres negras a serem consideradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na escolha da pessoa para ocupar a vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ela (Janja) tem sido uma parceira de caminhada nesse ponto", disse a ministra em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

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Lula tem sido cobrado pelo movimento negro e por setores da sociedade civil organizada a nomear pela primeira vez na história uma mulher negra. No entanto, as conversas de bastidores no Palácio do Planalto indicam que o petista tem preferência pelos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, na disputa pela vaga da ex-ministra Rosa Weber.

Como mostrou o Estadão, o STF pode voltar 23 anos no tempo caso Lula indique um homem para vaga da ministra Rosa Weber. A última vez que a mais alta corte do Poder Judiciário teve apenas uma mulher em sua composição foi entre 2000 e 2006, quando a representante feminina foi a ex-ministra Ellen Gracie. Lula, no entanto, já afirmou que gênero e raça não serão levados em consideração no momento de decidir. "O critério não será mais esse", disse em setembro deste ano.

"Todas as oportunidades que eu tive de tocar no assunto, porque também tem um limite do que a gente pode chegar e falar: 'E aí, presidente. Deixa eu te dar esses nomes aqui. Não é assim que funciona'. Mas a gente sempre que possível chegava e falava, por isso eu também trouxe a Janja. Se tem alguém que defende muito a pauta de gênero dentro do governo é ela", disse Anielle.

Em 132 anos de história, o STF teve 171 ministros. Só três são mulheres. Ellen Gracie, a primeira, foi indicada em 2000 por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para a vaga deixada por Luiz Octavio Pires e Albuquerque Gallotti. Seis anos depois, Cármen Lúcia assumiu uma cadeira na Corte pela indicação de Lula, ainda em seu primeiro mandato.

O Estadão também mostrou que Janja acumulou poderes dentro da burocracia do Planalto ao ponto de ter poder de veto em algumas questões, especialmente àquelas relacionadas a minorias políticas. A primeira-dama tem sido uma das principais pessoas que tentam influenciar Lula para além da dicotomia entre Dino e Messias na disputa pelo Supremo.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou no café da manhã que Lula ainda não bateu o martelo quanto ao próximo ministro do STF e que a disputa não está restrita aos dois candidatos que despontam como favoritos. De acordo com ele, "um terceiro nome não é completamente descartado" e "não existe uma convicção de 100% (do Lula) para nada".

Nos bastidores, discute-se também a presença do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, na disputa.

Fontes no Palácio do Planalto relatam em conversas reservadas que o objetivo do presidente é enviar ainda este ano os nomes dos indicados ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para serem analisados pelo Senado.

A escolha para a PGR, segundo os interlocutores de Lula, já está mais avançada e tende a ser definida ainda nesta semana. Como mostrou o Estadão, a confirmação do nome do vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet ao cargo é dada como "altamente provável", segundo informações de um ministro na condição de anonimato.

Já na Suprema Corte, Lula trabalha com mais tempo e deu início às conversas com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para garantir que a votação dos indicados ocorra rapidamente após a indicação.

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