Secretário Nacional do PT critica unificação eleitoral

Para o militante a proposta prejudica a escolha municipal

por Élida Maria sex, 07/06/2013 - 12:45
Hivor Danierbe/LeiaJáImagens/Arquivo Florisvaldo Souza diz que não há como misturar os dois debates Hivor Danierbe/LeiaJáImagens/Arquivo

As divergências entre PT e PSB mesmo com a negação que não houve ruptura, como declarou recentemente o deputado federal João Paulo (PT), podem sem percebidas desde os discursos pontuais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a temas colocados para a sociedade. Em passagem por Recife na última quarta-feira (5), o secretário Nacional do PT, Florisvaldo Souza afirmou não apoiar a unificação eleitoral defendida por Campos. 

Para o governador, a unificação das eleições diminuiria a perda de tempo com o calendário eleitoral a cada dois anos. Na sua proposta, os eleitores deveriam escolher todos seus representantes de vereador a presidente da república de uma só vez, a cada quatro anos. A mesma sugestão é aprovada pelo deputado estadual Zé Maurício (PP)

Já para o petista Florisvaldo Souza a unificação desvia o fato real da política porque há coisas distintas em cada campanha. “Se você unificar a eleição, o discurso que sempre vai tomar caminho, que vai dar uma direção é do da presidência da república. É claro que é aquilo que mexe com cada um de nós, que cuida de nossas vidas, e daí que sai os salários, que sai às melhorias ou as condições de vida das pessoas”, argumentou.

O secretário Nacional do PT acredita que uma mudança como esta, sugerida pelo governador, poderia esconder a importância da escolha municipal, por exemplo. “Numa unificação, a questão local fica renegada e eu acho muito importante isso. Portanto, da forma como está eu acho que é melhor, mais democrático, isso não altera nos custos de campanha e permite com que as pessoas numa campanha discutam as questões mais gerais, através do presidente da república, dos deputados federais, senado e deputados estaduais e governadores e numa outra, você discute a sua cidade”, justifica.

Para o petista, a unificação vai pender sempre para a questão nacional ligada ao candidato da presidência. “Não dá para misturar os dois debates. Se discutir a cidade e a república ao mesmo tempo, aí você só vai discutir os temas da república e nós não podemos esquecer nunca que cada um de nós tem a sua cidade o local que você vive é a tua cidade e aí, é que você tem que cuidar também. Então, tem que ter esse espaço da eleição municipal onde você vai discutir o local que você vive”, defende Souza.

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