Conjunto Muribeca é debatido na Assembleia

O tema foi tratado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos

qua, 12/06/2013 - 14:41
Victor Freire/LeiaJáImagens/Arquivo Betinho Gomes presidiu a audiência pública Victor Freire/LeiaJáImagens/Arquivo

A situação de centenas de moradores do Conjunto Residencial da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR) foi debatido nesta quarta-feira (12), em audiência pública promovida pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos. A discussão foi realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e presidida pelo deputado Betinho Gomes (PSDB).

O Conjunto Muribeca foi construído em 1982, por meio de parceria da Companhia Habitacional de Pernambuco (Cohab), conhecida hoje como Pernambuco Participações e Investimentos S.A. (Perpart). Há mais de 10 anos os blocos do habitacional apresentam problemas. Ano passado uma comissão formada por moradores do local e algumas autoridades foi recebida pela presidente Dilma Rousseff (PT) que determinou que a Caixa Econômica Federal (CEF) contratasse o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe) para a realização de uma análise.

Desde então, dos 69 blocos existentes mais de 25 já foram desocupados e a atualmente a CEF estuda a situação de 13, sendo que três deles já foram concluídos e estão em Brasília esperando a liberação dos recursos por parte do Ministério da Casa Civil.

Na audiência, as principais reivindicações foram o aumento do valor do auxílio que é pago aos ex-moradores e corresponde a cerca de R$ 600 e a celeridade das avaliações para atendimento das pessoas que residiam no conjunto habitacional. 

Presente no debate, a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) cobrou prazos da Caixa Econômica Federal e do governo do Estado para resolução do caso Muribeca e também de outros edifícios que sofrem com a mesma situação. “Hoje, existem 6 mil prédios com problemas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Desses, 340 estão ameaçados de desabamento. Isso é muito grave”, chamou atenção. Em relação ao Conjunto Muribeca, a deputada destacou: “É estranho o fato de que a situação não se resolve, os laudos não saem e não se dá prazos aos moradores, apesar de esse assunto já estar resolvido e pactuado com a Caixa. Enquanto isso, as pessoas estão sofrendo”, lamentou.

Ao término da audiência ficou decidida a formação de uma equipe de trabalho para ir até Brasília discutir o problema dos prédios caixão da RMR e a liberação de recursos por parte da União. A pretensão é que se tenha a principio uma reunião com a bancada pernambucana da Câmara Federal e posteriormente com representantes de Ministérios Nacionais que possam resolver a situação.

 

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