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No centro da maioria dos discursos realizados no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no último ano, o diálogo foi novamente tema das discussões da Casa neste dia 1º de fevereiro, que marca o retorno das atividades parlamentares da assembleia. Atualmente, o Poder Legislativo enfrenta uma nova crise frente ao Executivo estadual, após a governadora Raquel Lyra (PSDB) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar trechos do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), protocolado na Alepe. 

Segundo os deputados, o acionamento do Judiciário não foi dialogado ou antecipado à Casa Legislativa. O protocolo em si não é inédito; a Justiça pode oferecer soluções aos poderes quando há impasses políticos. Ainda assim, a decisão soma às indigestões entre Lyra e a Alepe, que perduram desde o início do mandato da governadora, começando com a decisão do secretariado, em 2023. 

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“Foi o espírito de coletividade, valorizando o diálogo e a busca de consensos, que nos permitiu construir a independência vista hoje na Alepe. Esta soberania nos tem fortalecido como Parlamento, como representantes do povo pernambucano”, disse. “Devemos permanecer zelosos e vigilantes para assegurar a preservação do que foi conquistado. Esta conquista, é preciso enfatizar, tem sido e continuará sendo fundamental para a grandeza desta Casa”, disse o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), durante a solenidade de abertura. 

Porto foi o primeiro a discursar. Apesar de ser tucano e – ainda – não ter se declarado como parte do bloco de oposição, o parlamentar não possui uma boa relação com sua governadora. A fala do presidente reforçou a “soberania” da Alepe e a independência da assembleia, apesar da necessidade de atuação conjunta entre os poderes.  

O deputado ressaltou ainda iniciativas adotadas ao longo do primeiro ano da atual Legislatura para fortalecer a relação com a sociedade. Entre elas, a ampliação do programa Alepe Acolhe, que oferece qualificação e estágio remunerado a jovens aptos a adoção, e o lançamento do Alepe Cuida, que leva serviços gratuitos a municípios do interior. Apesar do discurso mais ameno, na saída do evento, o legislador voltou a criticar o Governo Lyra pela postura diante do impasse da LDO, durante uma rápida coletiva com a imprensa.  

Pouco tempo após o encerramento do evento de reabertura, vazou, nas redes sociais, um áudio do presidente Álvaro Porto conversando com um outro parlamentar, na Mesa Diretora. Porto diz que não entendeu o discurso da governadora e que ela "conversou muita m..., mas não disse nada". A repercussão provocou uma nota da Executiva Nacional do PSDB, que considerou os comentários “agressivos” e prestou solidariedade à gestora. 

Governadora Raquel Lyra durante reabertura das atividades legislativas na Alepe. Foto: Vitória Silva/LeiaJá 

Apoio 

Em seu pronunciamento, a governadora Raquel Lyra afirmou que, em 2023, a Casa de Joaquim Nabuco contribuiu decisivamente com medidas do Poder Executivo como a reforma administrativa, as novas alíquotas do IPVA, a criação do programa Pernambuco sem Fome e a construção do Plano Plurianual 2024-2027. 

 De acordo com ela, “o povo tem pressa e não pode ficar à mercê de disputas eleitorais”. A governadora disse ainda contar com o apoio do parlamento para acelerar as transformações em Pernambuco. “Entendo esse Poder Legislativo como protagonista no processo de mudança decidido pela população”, expressou.  

Na avaliação da gestora, o Governo e o Legislativo precisam estar ainda mais alinhados este ano especialmente para concretizar os investimentos possibilitados pelos bons resultados fiscais obtidos pela administração – superávit orçamentário de R$ 1 bilhão e disponibilidade de caixa de R$ 700 milhões.  

Oposição 

Líder da oposição, a deputada Dani Portela (PSOL) fez um balanço dos debates que marcaram o ano de 2023. Entre outros temas, falou do projeto do Governo para o reajuste do piso salarial dos professores do Estado, ao qual a oposição se posicionou contrariamente por não contemplar toda a categoria. Criticou a exoneração em massa de funcionários no início da atual gestão de Raquel Lyra, que afetou as áreas de segurança pública, saúde, educação e atendimento à mulher.  

A parlamentar do PSOL salientou o papel da Alepe de fomentar o diálogo entre os poderes, e a necessidade de construir coletivamente soluções para o Estado. “Esperamos que este seja um ano de um diálogo realmente respeitoso, e que esta Casa não seja surpreendida pela imprensa das notícias vindas do Executivo. O diálogo tem que ser a ponte para estabelecer o melhor para o povo de Pernambuco”, enfatizou.  

Discurso de Joãozinho Tenório  

A importância da colaboração entre a Alepe e a gestão do Estado foi enfatizada pelo vice-líder do governo, deputado Joãozinho Tenório (Patriota). O parlamentar ressaltou projetos de iniciativa do Poder Executivo que receberam aval da Alepe no último ano e defendeu a união dos deputados estaduais para atender as necessidades da população.  

“Tenho certeza de que buscamos durante 2023, e continuaremos até o fim dos nossos mandatos, a cooperação entre o Executivo e o Legislativo a favor do nosso povo”, afirmou. “Discutimos e aprovamos projetos de lei com capacidade para mudar a vida de muita gente”, agregou, mencionando o programa Pernambuco Sem Fome, o reajuste dos benefícios do Chapéu de Palha e a autorização para o Estado contrair empréstimos de até R$ 3,4 bilhões. 

 

Um áudio do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), vazou para o canal da TV Alepe nesta quinta-feira (1º). O registrou aconteceu segundos após o discurso da governadora Raquel Lyra (PSDB), que acompanhou a reabertura das atividades da Casa, neste dia 1º. Conversando com um outro parlamentar na Mesa Diretora, Álvaro diz que não entendeu o discurso de Lyra, que ela “conversou muita merda, e não disse nada”. 

A declaração acontece apenas um dia depois de ser tornado público que a gestora acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Alepe, por discordar de trechos do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) protocolada na assembleia. 

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"Não tinha nada para votar não?", pergunta um deputado, e Álvaro responde "ela vai demorar que só a p*rra ainda aí", enquanto Raquel Lyra e a vice-governadora, Priscila Krause (Cidadania), se retiram do plenário. As governadoras foram acompanhadas pela deputada Dani Portela (Psol), líder da oposição, e pelo vice-líder do governo, Joãozinho Tenório (Patriota). Álvaro não as acompanhou. 

Segundos depois, no mesmo áudio vazado, o presidente da Alepe diz que não entendeu o discurso da chefe do Executivo. "Do [discurso] dela eu não entendi nada. Conversou merda demais e não disse nada", continua. O outro deputado diz que gostaria de saber "qual é esse Estado que ela [Raquel] está falando" e Porto concorda, dizendo que gostaria de fazer a pergunta à governadora. Eles se referem às conquistas listadas por Raquel Lyra durante o discurso. Ela exaltou a redução na alíquota do IPVA, o Descomplica PE e ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

Confira o trecho vazado 

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Momento em que TV Alepe capta áudio do microfone de Álvaro Porto. Vídeo: Reprodução/@matheuscomunica/Editado pelo LeiaJá 

Na saída do plenário, Álvaro Porto falou diretamente com a imprensa, por cerca de três minutos. O presidente da Alepe comentou o discurso da governadora Raquel Lyra, que citou diálogo entre os poderes, e disse que espera que esse empenho não seja “da boca pra fora”. O deputado também disse que, durante o primeiro ano de gestão, não viu nada que fosse coerente com o que Lyra afirmou e criticou a decisão do Governo de Estado de buscar o Judiciário para solucionar o impasse da LDO.  

“Desde o primeiro momento em que assumimos a Assembleia, a gente sempre procurou o diálogo, não só com o Governo do Estado, mas também com os outros poderes; mas eu espero que essa palavra 'diálogo' não seja só da boca pra fora, porque é o que vem acontecendo ultimamente, por parte do Governo do Estado [...] vocês viram que, essa semana, faltando dois dias para que fosse feita a redistribuição entre os poderes, sobre o superávit que teve no Estado, [o governo acionou a Justiça] em vez de ter chamado a Alepe para uma conversa. Conversa que também poderia ter sido chamada lá atrás, antes de serem votados os vetos, para tentar se chegar num entendimento”, disse. 

Apesar de ser tucano, Álvaro Porto não possui uma boa relação com Raquel e não se coloca como governista, apesar de não ser declaradamente da oposição. Perguntado sobre o direcionamento do seu grupo político, ele disse que as novidades serão comunicadas “após o Carnaval”. 

“A Casa continuará seus trabalhos e aguardaremos os projetos do Estado. O que for bom pra Pernambuco e para a população pernambucana, nós vamos aprovar, mas como disse a deputada Dani [Portela], tem muitos projetos sem a necessidade de vir com regime de urgência; muitas vezes vêm e não dá tempo de a gente analisar, de fazermos emendas, e a gente espera que este ano seja diferente. O que a gente vem analisando é para onde vai nosso grupo político agora nas eleições municipais, mas, hoje, eu quero tranquilizar os pernambucanos em relação à Assembleia e o Governo. Nós vamos ter uma relação institucional e o governo jamais será prejudicado. Após o Carnaval, a gente vai definir a questão de partido, para onde o grupo político”, concluiu.

 

O embate entre a gestão Raquel Lyra (PSDB-PE) e o Legislativo de Pernambuco ganhou um novo capítulo nos últimos dias. A líder tucana entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Abin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), por discordar de alguns trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. O texto, protocolado na última quinta-feira (25) e distribuído para o ministro André Mendonça no dia seguinte, pegou de surpresa os deputados estaduais, inclusive Álvaro Porto, que é o atual presidente da Alepe e liderança do mesmo partido da governadora.

Através das articulações de Porto e de seus aliados, a LDO de Pernambuco recebeu emendas na Casa Legislativa, porém, em seguida, Raquel Lyra fez questão de vetar as normas, alegando que elas não estavam de acordo com o interesse público. Em novo episódio, os deputados estaduais derrubaram os vetos da líder tucana, que por último recorreu ao STF.

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No texto protocolado no Supremo, Raquel pediu que os ministros suspendessem, de forma imediata, as emendas que ela considera inconstitucionais. A governadora chegou a afirmar que o estado terá que destinar R$ 384 milhões a mais aos demais poderes, caso as normas não sejam derrubadas pelo STF.

Em defesa as últimas movimentações da governadora, a Alepe alegou na última terça-feira (30), através de nota, que a medida afetaria não só a Casa legislativa, como também o Tribunal de Contas, o Tribunal de justiça e o Judiciário Estadual. Além disso, defendeu os trechos da LDO ao afirmar que a Lei “previu que, em caso da ocorrência de excesso de arrecadação, o valor arrecadado de forma excedente ao previsto na LOA para o exercício de 2023 seja distribuído proporcionalmente entre os Poderes e Órgãos autônomos durante o exercício de 2024”.

“É importante destacar que, diante dos acontecimentos e em respeito a harmonia e a boa convivência entre os Poderes, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto, entrou em contato com o presidente de cada órgão para informar sobre a possibilidade de danos da privação dessa receita em virtude da ADIN de autoria do Governo do Estado”, diz trecho da nota.

 

Receio de impeachment

Nos bastidores políticos já circulam informações de que essa crise, entre os poderes Executivo e Legislativo de Pernambuco, vem impulsionando o receio da governadora em responder um processo de impeachment. No entanto, o desentendimento em torno da LDO não é o único embate que é comentado quando o assunto é a possibilidade do início de um processo político-jurídico contra Raquel. Na última sexta-feira, a gestora abandonou uma coletiva de imprensa ao ser questionada por uma jornalista sobre a eventualidade de uma destituição do comando do Palácio das Princesas. Na ocasião, a líder tucana também optou em não responder sobre as críticas vindas de outros políticos em relação a troca nas polícias do estado.

 

Mesmo após dá à luz ao pequeno Jorge na manhã desta sexta-feira (12), a deputada estadual Dani Portela (Psol-PE) optou em abrir mão da licença-maternidade e continuará despachando, em sua residência, as demandas do seu mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A informação foi dada pela assessoria da parlamentar ao LeiaJá.

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Foto: Reprodução/Instagram

Apesar de, atualmente, haver previsão de licença-maternidade no Regimento Interno da Casa, esse direito ainda não é regulamentado. No entanto, já está em tramitação uma iniciativa da deputada estadual Simone Santana (PSB-PE) que visa dispor a licença-maternidade e paternidade aos ocupantes de cargos eletivos em Pernambuco.

Durante os meses de gestação, a psolista foi vista atuando, assiduamente, na agenda do seu mandato, nas atividades da sua sigla e em algumas manifestações de movimentos sociais do estado. Além disso, em dezembro, Dani participou do Congresso Municipal do Psol em Recife, no qual foi anunciada como pré-candidata à prefeitura da capital pernambucana.

O LeiaJá entrou em contato com a Alepe para saber se, na história da Casa, alguma outra parlamentar, assim como Dani, abriu mão da licença-maternidade, porém ainda não obteve respostas.

Nascimento de Jorge

“Nasceu hoje, 12 de janeiro de 2024 às 8:28 da manhã (sim, temos um capricorniano na família), pesando 3,3 kg, medindo 47 cm. Trazendo muito amor e esperança. Quero agradecer a todo mundo pelo carinho e afeição durante a minha gravidez, prometo que depois passo aqui pra contar mais sobre o parto, agora vou ficar agarradinha com ele”. Foram com essas palavras que Dani comunicou, em suas redes sociais, o nascimento do seu filho, Jorge, na manhã nesta sexta-feira (12).

A psolista, que deu à luz ao seu primeiro filho com o advogado sindicalista Jesualdo Campos, já é mãe da jovem Alice, de 20 anos, fruto do seu primeiro casamento. Algumas lideranças políticas do estado comentaram em sua publicação no Instagram, parabenizando o casal pelo nascimento do garoto.

“Que lindooooo e ainda nasceu no dia do aniversário da minha filha Duduzinha. Muita saúde e paz para Jorge e família. Deus abençoe vocês”, elogiou a deputada estadual Gleide Ângelo (PSB-PE). “Felicidades Dani e Jesualdo. Viva a família de vocês”, comentou Vinícius Castello (PT-PE), vereador da cidade de Olinda.

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Representantes da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizaram, nesta terça-feira (2), um balanço da atuação do primeiro ano de mandato da governadora Raquel Lyra (PSDB). A reunião aconteceu no auditório Ênio Guerra, na Sede da Alepe, e foi feita conjuntamente à imprensa. O objetivo foi reforçar as cobranças feitas à gestão, repudiada pela suposta falta de transparência, comunicação e inconsistência com o próprio secretariado.  

Estiveram presentes para o balanço os deputados Waldemar Borges, Rodrigo Farias e Sileno Guedes (PSB), Gilmar Júnior (PV) e Dani Portela (Psol), líder da bancada. Nenhum deputado do Partido dos Trabalhadores (PT) participou. Segundo a bancada, alguns parlamentares estão de recesso, fora do Recife ou do estado, e não puderam comparecer à reunião, como Rosa Amorim (PT) e Gleide Ângelo (PSB). Entre as cobranças, houve ênfase aos setores da saúde, infraestrutura, segurança pública e educação. 

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"A gente quer fazer um balanço perguntando 'o que de fato melhorou em Pernambuco?'. Vemos muita propaganda, alguns outdoors, com o seguinte slogan: 'A mudança já começou, você já pode sentir', e efetivamente os deputados, meus colegas de bancada, que têm rodado o estado do Litoral ao Sertão, não têm visto essas mudanças chegarem ao nosso estado", disse Portela ao abrir a sessão. 

Confira as fotos da reunião 

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Relações e interferências 

"Ao fim do primeiro ano de governo a governadora ainda tem falas dela se reportando ao governo anterior. Isso, pra mim, é uma confissão do vazio do governo dela este ano. Ela não tem o que mostrar de 2023", criticou o deputado Waldemar Borges. 

O parlamentar foi firme ao fazer comparações entre a atual gestão e a gestão passada, defendendo o legado do socialista Paulo Câmara. Dentre as queixas do legislador, se destacaram avaliações em educação e a relação da tucana com sua equipe. 

"No próximo ano é que a gente vai ter condições de julgar melhor o resultado da Educação, mas já há sinais preocupantes. É evidente que houve um 'bate-cabeça' na área da Educação e no governo como um todo. Isso revelou uma incapacidade do governo de fazer as mudanças que acha que deve fazer com o 'carro' andando; ela precisou parar a máquina para fazer essas mudanças e isso refletiu na oferta da merenda, na escassez do material pro expediente. [...] Esse bate-cabeça refletiu na própria formação da equipe. Não é comum um governo, ao longo de um ano, mudar sete secretários", completou. 

Ainda segundo o deputado, as mudanças no secretariado não ocorreram por motivos de força política, mas porque a governadora Raquel Lyra teria considerado as escolhas como “malfeitas”. Borges também citou que pode haver interferências políticas nas indicações para a Gerência Regional de Saúde (Geres). 

“Outra questão que nos preocupa é que está começando a voltar a interferência política na escolha dos coordenadores de Geres. Isso foi algo que os governos anteriores blindaram”, disse. Ele alegou que recebeu queixas de servidores que disseram estar impossibilitados de atuar em determinadas regionais. Waldemar não deu detalhes sobre o suposto caso.  

"Cemitério de obras” 

Talvez a área mais beneficiada pelo acordo do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a infraestrutura na gestão Lyra foi alvo de críticas do deputado Rodrigo Farias, que deu ênfase à mobilidade através das diversas rodovias pernambucanas com obras suspensas até o momento. 

“Essa é uma área que passou quase dois anos paralisada por causa da pandemia e que, quando foi retomada, era preciso acelerar muito para tirar os dois anos de atraso. O que a gente enxergou em Pernambuco, no ano de 2023, foi o estado se tornar um cemitério de obras paralisadas. A gente tinha um ritmo de obras que foram iniciadas, como a PE-17, a PE-45, a triplicação da BR-232, a PE-83 que liga Surubim a Cumaru, e todas foram paralisadas. Uma obra dentro do município gera renda, emprego, aquece a economia de uma farmácia ou mercadinho. Além do problema de economia, há desperdício de dinheiro público da escolha de paralisar as obras e que a gente ainda não sabe de quanto é [o prejuízo]”, declarou Rodrigo. 

O parlamentar utilizou como exemplo a rodovia PE-83, paralisada em dezembro de 2022, com 20% de andamento. Ele também falou sobre a PE-17, a Estrada de Muribeca; no entanto, essa obra foi paralisada ainda na gestão anterior, retomada por Raquel em março, e então paralisada novamente. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o que provocou a suspensão da requalificação foi o período de chuvas. Até o momento, as obras para a conclusão do último trecho da via não foram finalizadas. 

Transparência e segurança pública 

Retomando uma crítica feita, de forma unânime, pelos demais deputados, a líder de oposição Dani Portela criticou a comunicação do Governo do Estado junto à Alepe. De acordo com a parlamentar, uma das medidas mais úteis ao Legislativo é o Pedido de Informação, que viabiliza a troca de dados entre os poderes. No entanto, segundo a alegação de Dani, muitos dos pedidos da Alepe são ignorados ou respondidos sem contextualização, com notas prontas de assessoria e até mesmo ignorando perguntas específicas feitas sobre determinadas ocorrências. 

"Houve um aumento de 5,3% de mortes violentas letais no estado, 7,8% nos feminicídios, 19% na violência contra a mulher; esses são dados do início até meados do fim do ano passado. O mais chocante, pra mim: houve um aumento de 30% na letalidade policial. Aí você cria um programa sem a participação popular e sem dizer com nitidez como vai reduzir esses números. [...] Houve aquele caso terrível da chacina em Camaragibe e você não tem respostas efetivas para: vamos comprar armamento? Fardamento? Investir da Polícia e na Segurança, nas câmeras no fardamento dos policiais? Até agora se há um silêncio sobre isso”, provocou Portela. 

 

Dentre os feitos da governadora Raquel Lyra (PSDB) em seu primeiro ano de mandato em Pernambuco, muito se falou das conquistas alcançadas, como os investimentos recebidos do governo federal por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de lançamentos de programas estaduais para educação e segurança pública. No entanto, diante de eleições municipais, uma possível mudança de partido político, e uma aparente batalha interminável de poderes com o legislativo estadual, a governadora terá alguns desafios para enfrentar em 2024. 

O LeiaJá conversou com o cientista político Arthur Leandro, que avaliou esses e outros pontos que poderão ser cruciais para o protagonismo de Raquel Lyra no governo do estado. 

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LeiaJá - Como ela deverá se posicionar para garantir uma maior efetividade nos diálogos com o legislativo, em comparação com o que foi alcançado (ou não) este ano? 

“Ou não” é ótimo. Eu acho que resume muito o relacionamento do governo do estado com a Casa Legislativa. O presidente Álvaro Porto é um homem da mesma legenda da governadora, mas sempre assumiu uma postura independente, se a gente quiser dizer assim, quando não, claramente hostil à liderança da governadora, não apenas no campo do partido ao qual os dois são filiados e à liderança da governadora no PSDB, mas também à agenda do governo. Então, a governadora tem uma dificuldade na construção dessa base, tanto no campo da direita, da representação mais bolsonarista, como no campo da esquerda. E não tem uma base parlamentar dentro do seu próprio partido para garantir a tramitação das matérias de interesse, essa interlocução política tão necessária. Então, a governadora ainda precisa construir, ou pelo menos pavimentar, essas alternativas que ela ensaiou ao longo de 2023, até para poder assegurar que a negociação das matérias de seu interesse não seja majorada pela dificuldade de articulação política. Até porque o fato é que ele goza de limitações, do ponto de vista orçamentário, para a realização de projetos, e a governadora certamente não vai conseguir resultados político eleitorais compatíveis com suas aspirações se ela tiver a agenda fiscal como único mecanismo de ação. Cortar gastos tem um impacto financeiro, orçamentário, mas também tem um custo político, do ponto de vista de viabilidade da agenda, e a governadora precisa estar atenta a essas questões. 

LJ - Ainda se fala da possibilidade de Lyra sair do PSDB. Ela voltaria para o PDT? PSD? Quais as opções possíveis? 

A governadora conseguiu emplacar um aliado na presidência do PSDB [Fred Loyo], mas ela, de fato, tem uma preocupação com a expressividade da legenda, tanto no estado como no cenário nacional. Estar no PSDB traz para Raquel um esforço de coordenação política, ela precisa investir nessa liderança sem a garantia de que a legenda vai devolver para ela nada compatível com o esforço da presidência. Então o afastamento dela da presidência do partido já sinaliza nessa direção. O que terminou gerando essa movimentação, do jeito que aconteceu, terminou gerando dificuldades com o presidente da Alepe, que tinha pretensão de ser o presidente do partido. Então a saída de Raquel é perfeitamente plausível. Ela não sai da liderança, não designa o seu sucessor, se não tivesse a intenção de se afastar. Não se sabe se o PDT seria um caminho, um espaço viável, se fala também do PSD, mas o fato é que a governadora, é razoável supor, vá se afastar do partido, principalmente em função da necessidade de construir um plano de trabalho para as eleições municipais deste ano. A governadora precisa estar em uma posição política que a habilite exercer essa influência que o cargo do governador inspira. O cargo de governador tem uma relevância porque nele se consegue fazer investimentos, ter uma relação direta com vereadores, deputados, prefeitos, etc. Então, Raquel precisa se posicionar de modo a exercer mais plenamente essa liderança que o cargo lhe faculta. E ela não consegue fazer isso no PSDB. 

LJ - Quem terá seu apoio nas eleições municipais?  

Resta à governadora o dilema. Não é exatamente um dilema ainda, mas ela precisa se posicionar se vai promover uma candidatura, no sentido de tentar se empoderar politicamente na capital, ou se ela vai apoiar candidaturas de outras forças políticas, no sentido de conseguir alianças para revalorizar a sua base de apoio, reforçar os apoios que ela conseguiu para a eleição anterior. Ou fazer as duas coisas. Ainda existe essa possibilidade de lançar e ao mesmo tempo tentar renegociar esses apoios num eventual segundo turno, principalmente nas cidades que a gente tem a possibilidade de segundo turno em Pernambuco. O apoio da governadora, como a gente falou, é muito relevante, é muito expressivo nas eleições municipais, embora hoje seja bem menos do que já foi no passado. Por uma razão simples, o financiamento dos investimentos municipais hoje se dá basicamente em função dos apoios das emendas parlamentares. O investimento direto do governo estadual reduziu a sua fatia. Então essa moeda que os governadores têm, de uma maneira geral, perdeu a importância relativa ao longo dos anos. Mas ainda assim, o apoio da governadora faz diferença, do ponto de vista da viabilização das candidaturas locais, principalmente naqueles menores municípios em que a disponibilidade dos recursos federais via emenda ainda é menor do que nos municípios de mais destaque. Esses municípios maiores como Recife, Olinda, Jaboatão têm a possibilidade de receber as emendas tanto pelo seu peso político, porque eles são base de um número muito grande de candidatos e de deputados de uma maneira geral, mas também porque esses municípios maiores têm capacidade de arrecadação. Então o peso da governadora se faz especialmente relevante nos municípios menores. Em resumo, a governadora vai decidir se ela lança uma candidatura própria, uma candidatura com a marca do palácio à prefeitura do Recife em 2024. A gente depende muito do que deve acontecer aí nas nos próximos meses, principalmente janeiro e fevereiro, em termos de sinalização política para a eleição do ano que vem. A segunda opção é apoiar um terceiro grupo, e a terceira situação seria exatamente lançar uma candidatura e usar essa candidatura até pra pressionar a estrutura, o arco de alianças para essa disputa principal, que é exatamente a disputa pela reeleição em 2026.  

LJ - No que pode influenciar a aprovação e a desaprovação popular da governadora nas eleições de 2024, e também na construção do seu palanque de reeleição em 26? 

A situação da governadora é intermediária. Ela tem desaprovação, mas ela também tem um capital eleitoral junto à opinião pública, até um acolhimento que pode ser revertido, pode ser capitalizado, em função dos resultados ou dos potenciais resultados dos programas e das ações que ela anunciou agora no fim do ano e para o ano que vem. A governadora joga com as possibilidades, com a reação da opinião pública em relação aos resultados das suas últimas medidas. Ela tinha a expectativa clara de que a posição dela fosse melhor. Mas aparentemente o governo Raquel Lyra, em função dessa dificuldade de articulação, seja na Alepe, seja no relacionamento com a opinião pública de uma forma geral. Veja a diferença da estratégia de marketing, na eficácia dos instrumentos utilizados pelo prefeito João Campos (PSB) e pela governadora Raquel Lyra. João Campos é um homem do TikTok, do Instagram, etc. Raquel tem uma dificuldade muito grande de se comunicar, de utilizar esses recursos para viabilizar tanto a aprovação como apoio popular. Então ela tem uma situação que é intermediária do ponto de vista dos últimos levantamentos que foram feitos sobre sua aprovação, mas ela certamente poderia ter um desempenho maior e melhor. Esse espaço entre a posição ideal de aprovação para governadora e o desempenho real que ela tem, manifesta o motivo de preocupação e pode sim desvalorizar, diga-se assim, o valor agregado do apoio da governadora. 

 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) teve um ano agitado com mudança da Mesa Diretora e a aprovação de textos importantes. Alguns projetos polêmicos ganharam visibilidade no plenário e, muitas vezes, os debates deixaram a Casa e tomaram as ruas com o posicionamento da população.

O ano começou a criação dos Auxílios-Saúde, Moradia e Alimentação, aprovados em sessão virtual. Os benefícios somados aumentaram os gastos com cada deputado em R$ 12.377,37 a partir de fevereiro.

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Aceito pela maioria, o Auxílio-Moradia equivale a 22% do subsídio dos parlamentares e foi fixado em R$ 6.483,39. Votaram contra os deputados João Paulo (PT), Waldemar Borges (PSB), o coletivo Juntas (PSOL), Clarissa Tercio (PP) e Aluísio Lessa (PSB).

O Auxílio-Saúde foi definido em R$ 2.946,99, correspondente a 10% do salário. Foram contra as deputadas do coletivo Juntas (PSOL), Waldemar Borges (PSB), João Paulo (PT), Dulci Amorim (PT), Teresa Leitão (PT), Clarissa Tercio (PP) e Aluísio Lessa (PSB).

Já o Auxílio-Alimentação também foi estipulado em R$ 2.946,99. Votaram contra João Paulo (PT), Clarissa Tercio (PP), Teresa Leitão (PT), Juntas (PSOL) e Waldemar Borges (PSB).

LeiaJá também: OAB PE repudia criação de auxílios para deputados na Alepe

Após a saída do ex-presidente Eriberto Medeiros (PSB), os parlamentares aprovaram por unanimidade o projeto de lei que antecipou a votação da Mesa Diretora em quase um ano. Originalmente, a convocatória para as eleições só seria possível entre 1º de dezembro de 2024 até 1º fevereiro de 2025, quando acaba o atual mandato do recém-empossado, Álvaro Porto (PSDB).

Com a aprovação, o processo pôde iniciar em 1º de novembro e o atual presidente foi reeleito. Álvaro Porto fica no comando da Casa até o fim de 2026.

Outro destaque do ano da Alepe foi a discussão sobre o reajuste do piso salarial dos professores da rede estadual. O aumento indicado no texto na Câmara dos Deputados atualizava o salário em 14,95%, sendo assegurado o pagamento de R$ 4.420,50 aos docentes que trabalham 200 horas mensais e R$ 3.315,41 àqueles com carga de 150 horas por mês.

A proposta discutida no legislativo estadual estabelecia o congelamento do piso salarial, além de desconsiderar os vencimentos dos profissionais aposentados. O governo do estado chegou a defender o projeto, mas ele foi rejeitado. Em outra tentativa de votação de revisão, não houve quórum suficiente diante da grande mobilização do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).

Os deputados aprovaram dois projetos do pacote fiscal que alteraram os cálculos de três impostos: ICMS (sobre circulação de mercadorias e alguns serviços), IPVA (sobre veículos automotivos) e ICD (sobre heranças e doações). As mudanças propostas pelo governo através do programa Descomplica PE foram aceitas pela Alepe, que aumentou a alíquota modal de ICMS de 18% para 20,5%, diminuição de alíquota de IPVA de 2,5% para 2,4% para automóveis e isenção para mototaxistas e veículos escolares.

A Assembleia Legislativa também aprovou a proposta do governo do estado que redefiniu o cálculo do repasse anual do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) aos municípios. O texto criou uma compensação entre as prefeituras para garantir que 23 cidades menores tenham em 2024, pelo menos, a mesma receita arrecadada em 2023.

O texto foi questionado por alguns gestores pela perda do acréscimo de arrecadação esperado para o próximo ano. O valor excedente de R$ 14 milhões do ICMS de cidades como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Recife e Goiana seria destinado para os municípios com menos de 30 mil habitantes.

No mês da Consciência Negra, a Alepe inovou ao promover a 1ª Jornada Antirracista. O evento ocorreu entre os dias 6 e 10 de novembro, com o objetivo de promover debates para avançar na valorização da luta do povo negro.

A ação pioneira contou com a exposição “Cirandar é resistir”, em homenagem à dançarina e cantora Lia de Itamaracá, além de performances de artistas, escritores, cantores, grupos de maracatu e afoxés. A Alepe ainda lançou o “Selo Alepe Antirracista”, rótulo de identidade para várias ações contra o racismo que a Casa se propôs a promover dentro e fora da instituição.

O presidente da Assembleia Legislativa Álvaro Porto encaminhou, nesta quarta-feira (20), ofício à governadora Raquel Lyra solicitando ao Estado a revogação da Lei nº 18.305, de 30 de setembro de 2023, que estabeleceu o aumento de 18% para 20,5% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e partir do dia 1º de janeiro de 2024.

No ofício, o presidente argumenta que a reforma tributária aprovada no dia 15 deste mês pelo Congresso Nacional e  promulgada nesta quarta-feira (20.12), suprimiu o artigo que tratava da regra de divisão do futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) com os Estados, de acordo com a arrecadação média de ICMS de 2024 a 2028. O IBS é um novo imposto que será criado para substituir os atuais ICMS e ISS (Imposto Sobre Serviços). 

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O critério previsto favoreceria entes federativos com maior arrecadação. Com isso, muitos estados, com receio de prejuízos, elevaram a carga tributária - com vigência a partir do próximo ano. Porém, a retirada da regra da divisão do futuro IBS deixou sem sentido o aumento do ICMS em Pernambuco e pode comprometer ainda mais a competitividade das empresas pernambucanas, diante de alíquotas menores praticadas por estados vizinhos.

Com a elevação do ICMS estadual, Pernambuco passará a ter a segunda maior alíquota do Brasil no ano que vem: 20,5%. Só fica atrás dos estados do Piauí e Rondônia, ambos com 21%, segundo ranking divulgado pelo jornal O Globo na última segunda-feira (16.12). Porto afirma que o aumento tornou-se inoportuno. “Por isso  solicitamos à Governadora que envie a esta Casa projeto de lei revogando a medida, assim como garantindo que a alíquota modal para o próximo exercício será fixada em 17%”, diz.   

O deputado informa que a Alepe está à disposição da Governadora para votar o novo texto. “Um novo projeto chegando, faremos uma convocação extraordinária. É importante que este aumento seja revisto como forma de assegurar fôlego ao setor produtivo estadual. Sem competitividade, os negócios se inviabilizam e o risco de desemprego cresce. Ou seja, se for mantido, o aumento do ICMS vai prejudicar diretamente, o trabalhador e a população pernambucana”, destaca.  PREJUÍZOS - O deputado salientou que ao longo desta semana tem recebido telefonemas de empresários de vários setores preocupados com as consequências do novo valor do tributo em Pernambuco.

“Já vínhamos perdendo espaço para outros estados. Agora, existe a expectativa de que a competitividade diminua mais ainda, o que deixará as empresas sob risco de encerrar atividades e gerar desemprego”, avalia.   

Ele observa que toda a cadeia produtiva é penalizada, passando pela redução do consumo e aumento da inflação. E lembra que o ICMS tem natureza de imposto regressivo. Ou seja, penaliza principalmente a população carente, que suporta o ônus fiscal como consumidor, contribuinte “de fato”, sendo cobrado na mesma dimensão da população economicamente mais favorecida.

Com esta realidade posta, o ofício pede que seja reavaliado o contexto fiscal do Estado de Pernambuco a partir do que estabelece a reforma tributária. “Diante do cenário, restou prejudicado, no nosso sentir, o principal argumento de elevação da alíquota modal do imposto para 20,5%”. O documentário lembra ainda que a justificativa da lei estadual que assegurou o aumento perdeu a razão de ser: “a presente medida propõe ajustar a alíquota modal do ICMS, de formar a evitar perdas de receita pelo Estado e Municípios em face da aplicação das regras de transição da reforma tributária, que considerará, para efeito do cálculo do imposto a ser distribuído, a receita média de cada ente federativo”.

ESTADOS RECUAM - Importante destacar que governos estaduais já iniciaram o processo de adequação à nova realidade. É o caso do Espírito Santo, que decidiu reverter a elevação já promovida da alíquota modal de 17% para 19,5%, mediante o envio de novo projeto de lei à sua Assembleia Legislativa, buscando evitar uma maior oneração da atividade econômica e da população capixaba. O Rio Grande do Sul, de forma semelhante, retirou de tramitação o projeto que promovia o aumento na mesma proporção.

*Da assessoria 

Waldemar Borges faz balanço de seu primeiro ano à frente da Comissão de Educação e Cultura  O presidente da Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Waldemar Borges, apresentou o balanço de seu primeiro ano à frente do colegiado.

“Tudo que foi levantado no seio da comissão foi debatido de maneira ampla, ouvindo todos os setores da sociedade envolvidos no assunto. Em um trabalho conjunto com todos os outros membros da comissão, garantimos que as matérias não acumulassem. Então encerramos o ano de maneira muito satisfatória, garantindo espaço para o debate e o funcionamento democrático não só dentro da comissão, mas também na relação do colegiado com a sociedade. Quero agradecer a todos os membros da comissão, que tiveram uma participação ativa e decisiva em todos os momentos ”, declarou.

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A CEC realizou este ano 15 reuniões ordinárias, tendo distribuído 613 proposições e discutido 228 projetos, sendo 227 aprovados e um rejeitado. 

O colegiado, que tem ainda como membros titulares os deputados João Paulo, Kaio Maniçoba, Renato Antunes e Romero Albuquerque e como suplentes os deputados Izaias Regis, Pastor Cleiton Collins e William Brigido e as deputadas Dani Portela e Rosa Amorim, realizou oito audiências públicas e o Encontro Nacional sobre Violência na Escola. A reformulação do novo ensino médio; o Sistema Nacional de Cultura e Lei Paulo Gustavo; o Pronera e os desafios da Educação do Campo em Pernambuco; o Analfabetismo em Pernambuco; Políticas afirmativas para entrada e permanência na Universidade de Pernambuco e o Cinema São Luiz foram alguns dos temas discutidos.

“Fizemos também uma longa audiência pública sobre o aumento do piso salarial dos professores e a não repercussão desse aumento na carreira dos docentes, com a participação do Sindicato dos Professores e da Secretaria de Educação”, lembrou Waldemar Borges.  O Prêmio Prefeitura Amiga da Biblioteca foi entregue pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, por meio da Comissão de Educação e Cultura, e foi realizada ainda a apresentação do Relatório Anual de Indicadores – 2022, que faz parte da Lei de Responsabilidade Educacional, pela secretária estadual de Educação, Ivaneide Dantas. A CEC fez ainda dois Pedidos de Informação ao Governo do Estado acerca dos investimentos na área da Cultura em Pernambuco (set/2023) e sobre o pagamento das bolsas de permanência dos estudantes da UPE (nov/2023).

*Da assessoria 

Presidente do colegiado ressaltou que, só este ano, a CCLJ analisou mais de 1,5 mil propostas, número que superou o total dos quatro anos da legislatura anterior  Os trabalhos parlamentares de 2023, que se encerram esta semana na Assembleia Legislativa, revelaram um balanço extremamente positivo para a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), presidida pelo deputado Antônio Moraes. Ao todo, o colegiado – formado por nove parlamentares e seus respectivos suplentes – realizou 45 sessões, nas quais foram distribuídos mais de 1,5 mil projetos, tanto de autoria dos próprios deputados, como enviados à Casa pelo Governo do Estado, Tribunal de Justiça (TJPE), Tribunal de Contas (TCE), Ministério Público (MPPE) e Defensoria Pública.

Desse total, foram votadas 574 propostas, sendo 561 delas aprovadas e 13 rejeitadas pela CCLJ, que também realizou três importantes audiências públicas para discutir as matérias mais polêmicas com representantes de todos os lados envolvidos. Principal comissão da Assembleia, cabe à CCLJ a função primordial de analisar a constitucionalidade de todos os projetos apresentados ao Legislativo pelos parlamentares e demais poderes do Estado. Para que possa tramitar nas demais comissões técnicas da Casa e chegar até o plenário para ser votada por todos os 49 deputados, cada proposta precisa receber um parecer positivo na Comissão de Justiça. Caso contrário, não avança no processo legislativo e é arquivada. De acordo com o presidente do colegiado, Antônio Moraes, 2023 foi bastante produtivo na comissão.

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“Apenas neste primeiro ano de trabalho tivemos um volume de projetos superior ao número total que foi analisado nos últimos quatro anos da legislatura anterior (2019-2022). Esse balanço mostra o grande comprometimento de todos os deputados da CCLJ e também dos integrantes da nossa equipe técnica”, comemorou, ressaltando a aprovação, agora em dezembro, do pacote de 33 projetos enviados à Assembleia pela governadora Raquel Lyra.

“Esses projetos vão garantir que, a partir de janeiro, Pernambuco já tenha um forte trabalho visando diminuir as desigualdades sociais, além das obras que já estão em andamento, como as mais de vinte rodovias que estão sendo recuperadas, o programa de revitalização de todos os grandes hospitais de emergência e a criação das maternidades prometidas pela governadora na campanha. Tudo isso vai contribuir para aumentar substancialmente a geração de emprego e renda para os pernambucanos”, afirmou Antônio Moraes.

Deputado mais experiente da Assembleia – cumprindo o sétimo mandato consecutivo – Moraes destacou ainda outros números substanciais do balanço do seu primeiro ano no comando da CCLJ. Entre eles, os 1.447 projetos de autoria dos 49 parlamentares estaduais, além de 50 propostas enviadas pelo Governo do Estado e dez de autoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Outras três matérias foram encaminhadas à comissão pela Defensoria Pública, além de uma proposta formulada pelo Tribunal de Contas e uma de autoria do Ministério Público.

Alepe inaugura decoração temática com iluminação cênica e árvore de Natal flutuante  Um dos mais bonitos cartões postais do Recife, a Rua da Aurora, ficará ainda mais especial com a inauguração da iluminação natalina da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O Palácio Joaquim Nabuco receberá uma iluminação temática e uma árvore de Natal flutuante, com 14 metros de altura, será instalada às margens do Rio Capibaribe. A iluminação será inaugurada nesta terça-feira (19), a partir das 18h, e será exposta até o dia 6 de janeiro de 2024. O coral Vozes de Pernambuco, formado por funcionários da Alepe, se apresentará durante a inauguração.

Os demais prédios da Assembleia receberão luminárias temáticas do período natalino. No prédio do Palácio haverá um painel de led de 15 metros, que exibirá mensagens de Natal, ações do Poder Legislativo e valorização de Pernambuco. Um dos vídeos informa sobre a possibilidade de acessar todas as leis, decretos e histórias dos municípios pernambucanos no site da Alepe (www.alepe.gov.br), em uma rápida pesquisa por nome de cidade ou região de desenvolvimento.

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A atenção aos municípios foi uma das prioridades da gestão da Alepe neste ano. Para o presidente, deputado Álvaro Porto (PSDB), o trabalho realizado em parceria com as instituições fez toda a diferença nesse sentido. “Depois de um ano de muito trabalho, este momento de celebração e encontros é também ocasião apropriada para que possamos agradecer pelas parcerias e resultados alcançados pela Alepe. Que as luzes do Natal renovem a nossa fé e nos guiem por bons caminhos e que o Ano Novo seja de grandes realizações para todos os pernambucanos e pernambucanas”, disse Porto.

O primeiro-secretário da Alepe, deputado Gustavo Gouveia (Solidariedade), observou que a iluminação natalina na Assembleia Legislativa é esperada todos os anos por muitos pernambucanos. “A decoração não é pensada apenas para os funcionários, mas para todos. Afinal, Natal é tempo de fé e esperança e deve ser comemorado em união. Para 2024, desejo que consigamos continuar estreitando laços e comemorando muitas outras conquistas”, destacou.

*Da assessoria 

cálculo do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a ser repassado anualmente aos municípios. O Projeto de Lei (PL) n° 1506/2023, alterado por emendas do Poder Executivo e da Comissão de Justiça, cria um mecanismo de compensação para garantir que todas as cidades pernambucanas tenham, em 2024, no mínimo a mesma receita arrecadada em 2023.  Para que isso ocorra, a matéria altera o peso dos atuais critérios de distribuição, que envolvem tamanho populacional, ações ambientais e desempenho educacional, por exemplo. A principal mudança refere-se à redução de 75% para 65% no peso do valor agregado (contribuição econômica de cada cidade em comparação com o total do Estado) para a construção do indicador final da divisão.

A proposta gerou debate nas últimas semanas, já que algumas prefeituras que teriam acréscimo de arrecadação no próximo ano deixarão de tê-lo ou receberão em menor valor, a fim de garantir mais verba aos municípios que, em razão da baixa atividade econômica, perderiam mais receita.

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Comissões 

A emenda da Comissão de Justiça, apresentada pelo relator Eriberto Filho (PSB) durante a Ordem do Dia, busca minimizar as perdas, beneficiando 23 municípios com menos de 30 mil habitantes que seriam os principais penalizados com a nova fórmula. Para isso, concede a eles R$ 14 milhões provenientes dos ganhos de ICMS que teriam as maiores economias do Estado, como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Recife, na Região Metropolitana, e Goiana, na Mata Norte.

“São as cidades pequenas que mais precisam dos repasses, visto que não têm outras fontes de receitas”, argumentou o deputado ao ler o parecer em Plenário.   Presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSB) explicou que metade dos R$ 14 milhões foi disponibilizada pelo prefeito do Recife, João Campos, que abriu mão de parte dos R$ 42 milhões que vai receber a mais de repasse de ICMS no próximo ano.

“A matéria seria votada da forma como encaminhada pelo Governo. Entretanto, liguei para João Campos e ele concordou em ajudar neste processo. Não fez questão nenhuma, mesmo com perda de receita para o Recife”, registrou. 

Relator do PL nº 1506 na Comissão de Finanças, o deputado Lula Cabral (Solidariedade) emitiu parecer pela rejeição da proposta, também no Plenário. Na avaliação dele, o texto prejudica 35 cidades, especialmente aquelas de maior atividade econômica, que deixariam de receber R$ 314 milhões no total. Ele argumentou que os gestores terão frustrados os planejamentos feitos para o próximo ano. 

“Em 2024, o Estado vai ter um acréscimo de R$ 2,3 bilhões na arrecadação e, mesmo assim, não vai conceder um centavo para compensar as perdas destes municípios. Ele jogou a bomba para estourar nos municípios que mais produzem”, argumentou. O parecer dele, entretanto, foi rejeitado pela maioria dos membros do colegiado. Lula Cabral votou contra a matéria na Ordem do Dia. 

O presidente da Comissão de Assuntos Municipais, deputado José Patriota (PSB), emitiu relatório favorável ao PL junto às duas emendas. Ele lembrou que o texto foi construído após longa discussão de um grupo de trabalho envolvendo a gestão estadual, a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), além da própria Alepe. Segundo o parlamentar, dos 184 municípios pernambucanos, 172 terão ganho real de arrecadação, cabendo a 12 cidades “entrar com uma cota maior de sacrifício”. 

Discussão 

Outros deputados posicionaram-se sobre a proposta ao longo da Reunião Plenária. Jeferson Timóteo (PP) afirmou, durante o Pequeno Expediente, que a projeção de Cabo de Santo Agostinho seria arrecadar R$ 68 milhões em ICMS no próximo ano, valor reduzido a R$ 8 milhões com o PL do Governo. Ele defendeu uma proposta que garantisse um período de transição de dez anos para realizar a mudança nos critérios. Jeferson Timóteo também votou contra a matéria na Ordem do Dia.  Waldemar Borges (PSB), por sua vez, elogiou a postura do prefeito João Campos. Na avaliação dele, o gestor “agiu como estadista”, ao entender que não havia justiça em Recife ganhar, enquanto Quixaba, no Sertão do Pajeú, por exemplo, teria prejuízos na repartição das receitas.

Antônio Moraes (PP) destacou que o aumento da alíquota do ICMS de 18% para 20,5%, aprovado pela Casa em setembro deste ano, ajudou na arrecadação dos municípios. “Na época, o aumento foi muito criticado, mas se a gente não tivesse aprovado, as prefeituras que estão em dificuldade hoje estariam em situação muito pior”, avaliou.

Para Sileno Guedes (PSB), o Governo do Estado falhou em não conseguir fazer uma distribuição equilibrada do imposto para todos os municípios em sua proposta original. Ele elogiou os esforços da Alepe e da Amupe em discutir a proposta para garantir uma distribuição mais justa dos recursos. João Paulo Costa (PCdoB) também parabenizou os colegas pelos trabalhos e considerou importantes os ajustes para que as cidades menores possam garantir a prestação dos serviços à população.

Doriel Barros (PT) ressaltou que os municípios que se consideraram prejudicados, como Cabo de Santo Agostinho, são os que recebem maiores investimentos do Governo Federal. Cléber Chaparral (União) elogiou a emenda apresentada por Eriberto Filho que, segundo o parlamentar, evitou perdas para o município de Orobó, no Agreste Setentrional, cidade da qual foi prefeito por dois mandatos. Joãozinho Tenório (Patriota) e o líder do Governo, Izaías Régis (PSDB), destacaram a preocupação da governadora em fazer uma repartição mais justa. 

 

*Da Alepe

A Alepe aprovou nesta quarta (13), em dois turnos, a proposta do Governo do Estado que busca redefinir o cálculo do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a ser repassado anualmente aos municípios. O Projeto de Lei (PL) n° 1506/2023, alterado por emendas do Poder Executivo e da Comissão de Justiça, cria um mecanismo de compensação para garantir que todas as cidades pernambucanas tenham, em 2024, no mínimo a mesma receita arrecadada em 2023. 

Para que isso ocorra, a matéria altera o peso dos atuais critérios de distribuição, que envolvem tamanho populacional, ações ambientais e desempenho educacional, por exemplo. A principal mudança refere-se à redução de 75% para 65% no peso do valor agregado (contribuição econômica de cada cidade em comparação com o total do Estado) para a construção do indicador final da divisão. 

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A proposta gerou debate nas últimas semanas, já que algumas prefeituras que teriam acréscimo de arrecadação no próximo ano deixarão de tê-lo ou receberão em menor valor, a fim de garantir mais verba aos municípios que, em razão da baixa atividade econômica, perderiam mais receita.

Comissões

A emenda da Comissão de Justiça, apresentada pelo relator Eriberto Filho (PSB) durante a Ordem do Dia, busca minimizar as perdas, beneficiando 23 municípios com menos de 30 mil habitantes que seriam os principais penalizados com a nova fórmula. Para isso, concede a eles R$ 14 milhões provenientes dos ganhos de ICMS que teriam as maiores economias do Estado, como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Recife, na Região Metropolitana, e Goiana, na Mata Norte. “São as cidades pequenas que mais precisam dos repasses, visto que não têm outras fontes de receitas”, argumentou o deputado ao ler o parecer em Plenário. 

Presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSB) explicou que metade dos R$ 14 milhões foi disponibilizada pelo prefeito do Recife, João Campos, que abriu mão de parte dos R$ 42 milhões que vai receber a mais de repasse de ICMS no próximo ano. “A matéria seria votada da forma como encaminhada pelo Governo. Entretanto, liguei para João Campos e ele concordou em ajudar neste processo. Não fez questão nenhuma, mesmo com perda de receita para o Recife”, registrou.

Relator do PL nº 1506 na Comissão de Finanças, o deputado Lula Cabral (Solidariedade) emitiu parecer pela rejeição da proposta, também no Plenário. Na avaliação dele, o texto prejudica 35 cidades, especialmente aquelas de maior atividade econômica, que deixariam de receber R$ 314 milhões no total. Ele argumentou que os gestores terão frustrados os planejamentos feitos para o próximo ano. 

“Em 2024, o Estado vai ter um acréscimo de R$ 2,3 bilhões na arrecadação e, mesmo assim, não vai conceder um centavo para compensar as perdas destes municípios. Ele jogou a bomba para estourar nos municípios que mais produzem”, argumentou. O parecer dele, entretanto, foi rejeitado pela maioria dos membros do colegiado. Lula Cabral votou contra a matéria na Ordem do Dia.

O presidente da Comissão de Assuntos Municipais, deputado José Patriota (PSB), emitiu relatório favorável ao PL junto às duas emendas. Ele lembrou que o texto foi construído após longa discussão de um grupo de trabalho envolvendo a gestão estadual, a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), além da própria Alepe. Segundo o parlamentar, dos 184 municípios pernambucanos, 172 terão ganho real de arrecadação, cabendo a 12 cidades “entrar com uma cota maior de sacrifício”.

Discussão

Outros deputados posicionaram-se sobre a proposta ao longo da Reunião Plenária. Jeferson Timóteo (PP) afirmou, durante o Pequeno Expediente, que a projeção de Cabo de Santo Agostinho seria arrecadar R$ 68 milhões em ICMS no próximo ano, valor reduzido a R$ 8 milhões com o PL do Governo. Ele defendeu uma proposta que garantisse um período de transição de dez anos para realizar a mudança nos critérios. Jeferson Timóteo também votou contra a matéria na Ordem do Dia.

Waldemar Borges (PSB), por sua vez, elogiou a postura do prefeito João Campos. Na avaliação dele, o gestor “agiu como estadista”, ao entender que não havia justiça em Recife ganhar, enquanto Quixaba, no Sertão do Pajeú, por exemplo, teria prejuízos na repartição das receitas. 

Antônio Moraes (PP) destacou que o aumento da alíquota do ICMS de 18% para 20,5%, aprovado pela Casa em setembro deste ano, ajudou na arrecadação dos municípios. “Na época, o aumento foi muito criticado, mas se a gente não tivesse aprovado, as prefeituras que estão em dificuldade hoje estariam em situação muito pior”, avaliou.

Para Sileno Guedes (PSB), o Governo do Estado falhou em não conseguir fazer uma distribuição equilibrada do imposto para todos os municípios em sua proposta original. Ele elogiou os esforços da Alepe e da Amupe em discutir a proposta para garantir uma distribuição mais justa dos recursos. João Paulo Costa (PCdoB) também parabenizou os colegas pelos trabalhos e considerou importantes os ajustes para que as cidades menores possam garantir a prestação dos serviços à população. 

Doriel Barros (PT) ressaltou que os municípios que se consideraram prejudicados, como Cabo de Santo Agostinho, são os que recebem maiores investimentos do Governo Federal. Cléber Chaparral (União) elogiou a emenda apresentada por Eriberto Filho que, segundo o parlamentar, evitou perdas para o município de Orobó, no Agreste Setentrional, cidade da qual foi prefeito por dois mandatos. 

Joãozinho Tenório (Patriota) e o líder do Governo, Izaías Régis (PSDB), destacaram a preocupação da governadora em fazer uma repartição mais justa. 

Bônus Livro

Outra proposta do Governo do Estado acatada pelos deputados, em duas discussões, foi a criação do Bônus Livro, benefício financeiro para aquisição deste item por servidores da Secretaria de Educação e Esportes. O PL nº 1487/2023 prevê o pagamento de um auxílio anual de R$ 1 mil para professores e de R$ 500 para os demais servidores, que será concedido tanto para servidores efetivos como para contratados por tempo determinado. 

A matéria recebeu um Substitutivo da Comissão de Educação, proposta pela deputada Dani Portela (PSOL). Ele prevê a concessão do auxílio não apenas na ocasião de feiras de livros organizadas pela Secretaria estadual de Educação, como também naquelas promovidas pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) ou por organizações sem fins lucrativos. Para corrigir um vício de inconstitucionalidade do Substitutivo, a Comissão de Justiça acrescentou duas emendas com correções textuais ao PL nº 1487.

*Do site da Alepe

 

O deputado estadual Gilmar Júnior (PV-PE) recebeu, na noite da última terça-feira (12), a premiação “100 Mais Influentes da Saúde”, organizada pelo Grupo Mídia em parceria com a revista HealthCare Management. O parlamentar, que também é presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), foi premiado na categoria “Representatividade”, ao lado de mais nove autoridades, entre elas a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Durante o evento, que ocorreu no Palácio Tangará, em São Paulo, Gilmar agradeceu o reconhecimento e exaltou o seu trabalho à frente da luta da categoria de profissionais da enfermagem em Pernambuco. “Para mim é uma alegria dupla: elevar o nome de Pernambuco como um estado forte na luta por uma saúde de qualidade, para trabalhadores e usuários, e receber essa honraria, que é uma validação do meu trabalho enquanto parlamentar”, disse. 

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O político, que foi eleito com 68.359 votos no ano passado, foi o único enfermeiro a ganhar em sua categoria. Sendo assim, destacou que continuará lutando pelos direitos da sua profissão. 

“É uma honra representar a minha profissão, que passa por um momento muito difícil atualmente, especialmente, no STF. Mas sei que vamos continuar lutando e vamos ganhar essa batalha do piso da enfermagem, pois somos madeira de lei que cupim não rói e eu estou aqui para provar isso! No passado, nossa voz não era ouvida. Agora temos enfermeiros em posições de destaque, trazendo visibilidade e luz para a nossa profissão. Esse prêmio é nosso!”, pontuou.

O projeto de lei (PL) que institui cotas para concursos públicos em Pernambuco foi aprovado em primeira discussão nesta terça-feira (12), na Assembleia Legislativa (Alepe). O texto é da deputada Dani Portela (PSOL), líder da oposição na Casa, e determina a reserva de 20% das vagas para os candidatos autodeclarados negros. A proposição segue em tramitação, e deverá ser votado em segunda discussão. 

Segundo a parlamentar, a aprovação é um passo importante na luta antirracista no estado. “Muito importante colocarmos um projeto como este para frente, entendendo a necessidade de enfrentarmos o racismo nas demais áreas da vida social. Vamos seguir trabalhando e articulando para que essa lei saia do papel e mude de fato a vida das pessoas”, pontuou.  

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A proposta é um resgate, feito pela deputada, do texto que ela tentou emplacar na Câmara Municipal do Recife, quando ela foi vereadora, mas, à época, o projeto não prosperou. “Essa aprovação de hoje é uma conquista histórica da luta antirracista em nosso estado”, finalizou.

 

A FGV Conhecimento organiza o Concurso Público para a Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, com o intuito de preencher 107 vagas. Cinco são para Procurador Jurídico, com remuneração de R$ 32.228,69, e 102 para os cargos de Policial Legislativo II, Técnico Legislativo, e Analista Legislativo, com salários de R$ 3.847,65 e R$ 5.684,72, respectivamente.

As inscrições podem ser feitas até 18 de janeiro de 2024, no site da FGV Conhecimento. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: R$ 215,00 para Procurador Jurídico e R$ 80,00 (nível médio) ou R$ 125,00 (nível superior) para os demais.

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O pagamento deve ser feito até 19 de janeiro de 2024. O concurso consiste em uma etapa única com Prova Objetiva para todos os cargos, Prova Discursiva para algumas áreas do Analista Legislativo, Teste de Aptidão Física para Policial Legislativo II, Exame Psicotécnico para o mesmo cargo, além de Perícia Médica e Heteroidentificação, ambas eliminatórias. As provas ocorrerão em diversas cidades do Tocantins.

A Prova Objetiva para Procurador Jurídico está marcada para 13 de abril de 2024, e a Prova Discursiva, para 14 de abril de 2024. Para Policial Legislativo II e Técnico Legislativo (nível médio), a Prova Objetiva será em 14 de abril de 2024. Para Analista Legislativo (nível superior), as provas ocorrerão no mesmo dia, incluindo a Prova de Redação para algumas áreas específicas.

O debate em torno do Projeto de Lei nº 1506/2023, de autoria da governadora Raquel Lyra, voltou a debate no Plenário da Alepe nesta segunda (11). A proposta trata da redistribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) entre os municípios pernambucanos.

O deputado Lula Cabral (Solidariedade), relator da matéria na Comissão de Finanças, apontou os prejuízos financeiros para 35 municípios com a aplicação da medida nos parâmetros atuais. O parlamentar nomeou diversas cidades que não podem perder recursos, a exemplo de Saloá, no Agreste Meridional, sob pena de não honrarem despesas obrigatórias. 

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“Como é que esse prefeito vai saldar as dívidas que forem deste ano? Como é que vai pagar? É preciso que a governadora se sensibilize, que mande esses recursos. São apenas R$ 293 milhões que estão retirando de um município e colocando para outro”, alertou. Na avaliação de Lula Cabral, o Governo “jogou sobre os deputados a responsabilidade sobre a redistribuição do ICMS”, o que requer da Casa muita cautela na hora de votar a medida.

Em apartes, deputados concordaram com a necessidade de maior detalhamento do projeto do Governo, que tramita em regime de urgência. Waldemar Borges (PSB) e Sileno Guedes (PSB) apontaram falta de transparência sobre o cálculo utilizado pelo Poder Executivo e sobre os valores exatos que cada prefeitura vai deixar de receber. Já Antônio Moraes (PP) afirmou que a gestão estadual vem tratando a questão com muita clareza e que a Casa já deveria ter decidido sobre o repartilhamento do ICMS.

João de Nadegi (PV) admitiu que algumas distorções do projeto podem ser corrigidas e conclamou todos os deputados ao diálogo com os prefeitos para a busca de um consenso. “Os prefeitos e prefeitas de Pernambuco estão esperando ansiosamente uma decisão desta Casa. E temos que tomar uma decisão, até porque a gente está falando de recursos a partir de janeiro de 2024, e não podemos deixar passar muito tempo. Precisamos fazer o esforço necessário para dialogar e sair com um consenso”, enfatizou. 

Primeiro-secretário da Alepe, Gustavo Gouveia (Solidariedade) pediu que Lula Cabral compartilhasse a base de cálculo que utilizou para chegar a tais números. Ele argumentou que é preciso redistribuir os recursos, auxiliando os municípios de pequena atividade econômica.

Agricultura

Waldemar Borges (PSB) criticou a direção atual do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) por gastos realizados em eventos. O parlamentar mencionou a realização de uma feira sobre agricultura familiar com custo de R$ 1 milhão e também um encontro a ser promovido num hotel em Gravatá, no Agreste Central, pela quantia de R$ 600 mil e sem licitação. Ele afirmou que acionou o Tribunal de Contas do Estado para a tomada de providências e sugeriu o uso do recurso para a melhoria da estrutura do IPA. 

“Ele poderia, com esse dinheiro, comprar 200 jogos de pneus para os veículos utilitários da frota do Instituto. Poderia, somado a isso, comprar 200 baterias para os veículos utilitários, 11 microscópios binoculares, seis autoclaves verticais de 100 litros, cinco estufas de 100 litros, e, tudo isso junto, não daria os R$ 600 mil da farra que ele vai fazer amanhã em Gravatá”, aconselhou.

Borges também condenou a decisão da direção do IPA de fazer retornar ao Recife funcionários do órgão que atuavam em Goiana, na Mata Norte, e que denunciaram ao deputado Abimael Santos (PL) as condições de trabalho na instituição.

Sassepe

O deputado João Paulo (PT) explicou por que foi favorável ao Projeto de Lei Complementar n° 1481/2023, que reestrutura o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe). Para ele, a iniciativa beneficiará os servidores públicos que utilizam os serviços, assim como as empresas que aguardam receber pagamentos atrasados. “Mesmo contando com a insatisfação do movimento sindical em relação ao reajuste da mensalidade e a não equiparação entre os pagamentos dos servidores e do Estado, a mudança é considerada um avanço”, avaliou.

O parlamentar ainda destacou a 1ª Jornada Regional da Cannabis Sativa Norte-Nordeste (JRCMed), realizada no último fim de semana no Recife. O evento teve como objetivos desmistificar o tema e disseminar estudos científicos e resultados dos tratamentos com a cannabis medicinal no Brasil.

Ordem do Dia

Dezesseis dos 34 projetos de lei (PLs) integrantes do pacote enviado pelo Governo do Estado à Alepe foram aprovados, em primeiro turno, pelo Plenário. As propostas na pauta garantem, entre outros temas, um aumento no repasse para as áreas da saúde, segurança pública e previdência estadual. Também promovem atualizações no programa Dívida Zero, reorganização de secretarias e autorização para cessão de imóveis. Os parlamentares ainda deram o segundo aval à reestruturação do Sassepe.

Conheça algumas das propostas:

Orçamento

PL nº 1483/2023 aumenta o orçamento para saúde, previdência e segurança pública em R$ 927 milhões. O reajuste ocorrerá através da abertura de um crédito suplementar, custeada pelo volume de arrecadação acima do previsto na Lei Orçamentária de 2023. O valor será destinado a cobrir despesas de pessoal, principalmente em decorrência do reajuste concedido aos servidores estaduais no segundo semestre de 2022. 

Dívida Zero

O Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 1484/2023 modifica o Programa Especial de Recuperação de Créditos Tributários em Pernambuco (Perc), chamado pelo Governo de Dívida Zero. Uma das mudanças é a ampliação na data-limite de ocorrência do fato gerador dos impostos passíveis de terem o crédito tributário reduzido. Há ainda alterações nos percentuais de redução de multa e juros e na quantidade de parcelas a serem pagas por empresas em recuperação judicial.

Segurança Pública

PL nº 1486/2023 reajusta os valores, inalterados desde 2017, das Bolsas-Auxílio de Formação Profissional destinadas aos participantes de cursos preparatórios para ingresso nas carreiras de segurança pública. No caso das corporações militares, as bolsas passam de R$ 2,2 mil para R$ 2,9 mil na formação de oficiais e de R$ 1,1 mil para R$ 1.450 na de praças. Para os cargos da Polícia Civil, haverá aumento de R$ 2,2 mil para R$ 2,9 mil para delegados, peritos criminais e médico legistas, e de R$ 1,1 mil para R$ 1.450 para agentes de polícia, escrivães, peritos papiloscopistas, auxiliares de perito e auxiliares de legista.

PLC nº 1482/2023, por sua vez, altera quantitativos de tenentes coronéis (de 40 para 41), majores (de 80 para 92), capitães (de 110 para 97) e 2º tenentes (de 62 para 206) do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco. O número de cabos aumenta de 456 para 617.

Administração estadual

Mudanças na estrutura administrativa do Estado também fazem parte do pacote aprovado. O PL n° 1495/2023 cria o Sistema de Correição do Poder Executivo Estadual (Siscor). A estrutura ficará responsável por atividades relacionadas à prevenção, apuração e responsabilização relacionados a ilícitos praticados na administração pública. 

Já o PL nº 1509/2023 reforma a estrutura do Governo do Estado. A administração dos presídios, que hoje está sob responsabilidade da Secretaria Executiva de Ressocialização, vai se tornar a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização. Já a Secretaria de Desenvolvimento Social será desmembrada nas secretarias de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas e na pasta da Criança e da Juventude.

Ainda estavam na pauta quatro PLs que autorizam o Governo do Estado a ceder imóveis para uso de prefeituras. 

*Do site da Alepe

Depois de um extenso processo de discussão e avaliação de pesquisas internas, a oposição de Carnaíba, no Sertão do Pajeú, definiu, nesta quinta-feira (07), a chapa de pré-candidatos para a disputa da Prefeitura do município em 2024. Ilma Valério encabeçará a chapa e Gleybson  Martins ocupará a vice.

O anúncio dos nomes foi feito pelo deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto, logo após reunião com os dois pré-candidatos. Articulador do processo que unificou a oposição municipal, Porto destacou que agora é hora de fortalecer a unidade do grupo e trabalhar pela vitória.

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“Com esta decisão, estamos construindo o futuro de Carnaíba. Vamos juntos, firmes, fazer uma nova história para transformar o município”, disse.

A reunião serviu para que fossem colocadas na mesa as intenções de votos dos dois pré-candidatos, registradas em sondagens feitas junto ao eleitorado. Como ficou acertado no encontro que o deputado teve com o grupo em outubro, em Carnaíba, o nome em melhor situação na preferência da população concorrerá na cabeça da chapa. O segundo colocado, ocupará a vice.

“Como ja tínhamos dito, a oposição seguirá unida, contrariando o que muitos pensavam. O grupo está coeso e fortalecido. Vamos seguir assim para vencer a disputa pela Prefeitura. A gestão municipal terá o nosso total apoio para que possamos levar, cada vez mais, desenvolvimento a Carnaíba”, frisou o deputado Álvaro Porto. 

*Da assessoria 

Durante visita institucional do presidente do Tecon Suape, Javier Ramirez, à Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta terça-feira (5), o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto, afirmou que a Alepe está mobilizada para colaborar com a empresa naquilo que for possível para garantir mais desenvolvimento ao estado. 

“Estamos trabalhando para instalar um novo ambiente de negócios em Pernambuco. No que depender da Casa, estamos à disposição para ajudar a destravar demandas do Tecon e acelerar processos que possibilitem crescimento” disse, referindo-se ao fato do Tecon estar estruturado para ampliar suas operações, o que pode resultar em mais investimentos e ganhos pro estado.

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Ramirez lembrou que o Tecon é ferramenta fundamental para a atração de empresas para Pernambuco e que é importante se atentar para esta realidade. Segundo ele, este patrimônio, que coloca o Porto de Suape em condições ideias para aquecer negócios, precisa ser valorizado.

Hoje, o Tecon Suape opera, em seu terminal (o maior alfandegado do porto), 500 mil de contêineres por ano, mas tem capacidade de chegar a até 1,3 milhão. A movimentação atual de cargas gera R$ 200 milhões ao ano, o que corresponde a 50% da arrecadação total de Suape.   Esta realidade, segundo observações do mercado, coloca o Tecon Suape como o “sócio” mais vigoroso do governo do estado, com potencial para duplicar de tamanho. A empresa pertence ao grupo filipino ICTSI (International Container Terminal Service Inc.) e tem contrato para operar em Suape até 2031. 

Na visita, Ramirez esteve acompanhado do assessor jurídico do grupo Humberto Martorelli, e do publicitário Tiago Areias, da Trio Comunicação, agência que presta serviço ao Tecon. Além de Álvaro Porto, o grupo foi recebido pelo assessor da presidência, Álvaro Mendonça, e pelo chefe do gabinete, Pedro Paiva.

*Da assessoria 

Trinta, dos 33 projetos contidos no pacote enviado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa foram aprovados na manhã desta terça-feira (5) pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Casa. As três propostas restantes foram retiradas de pauta, a pedido de deputados da oposição que integram o colegiado, que desejam se aprofundar melhor nos conteúdos antes de se pronunciarem. Essas matérias serão votadas na sessão da próxima semana.

De acordo com o presidente da Comissão de Justiça, deputado Antônio Moraes, o pacote completo de projetos deverá ser aprovado. A partir da CCLJ, todos seguem para as demais comissões técnicas da Casa e, em seguida, serão votados em plenário. “Como eu havia afirmado quando os projetos chegaram à Comissão de Justiça, não houve dificuldades para aprová-los, porque tudo que a governadora Raquel Lyra enviou à Assembleia atende aos interesses da população de Pernambuco, e até mesmo a oposição reconheceu isso e deu seus votos a favor”, disse Antônio Moraes.

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Entre os projetos aprovados pela CCLJ estão o que cria o programa Pernambuco sem fome, para beneficiar pessoas em situação de vulnerabilidade, e o Programa Família Acolhedora Pernambucana. Outras propostas foram aprovadas, como a que incrementa o efetivo do Corpo de Bombeiros, a que cria a carreira de Controle Interno do Estado e a que aumenta os valores das Bolsas-Auxílio de Formação Profissional para servidores estaduais.

“Também aprovamos um projeto importante, que estabelece gratificações de representação para diretores, superintendentes, gerentes, coordenadores e chefes nos hospitais de grande porte e no Hospital dos Servidores do Estado, que hoje estão carentes de pessoas capacitadas para esses cargos”, acrescentou Moraes. A pedido de alguns integrantes da Comissão de Justiça, foram retirados da pauta de votação projetos como o que propõe a redistribuição do ICMS entre municípios, o que trata da reforma administrativa do Estado e o que cria o Bônus Livro.

“A oposição pediu para analisar melhor esses projetos, mas todos voltarão à Comissão de Justiça na próxima semana para serem votados, porque estamos em cima do prazo para o fim do período legislativo”, esclareceu Antônio Moraes.

*Da assessoria 

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